PAC: "QUEDA DE JUROS ou QUEDA-DE-BRAÇOS ?"

MEIRELLES diz ter interpretado posititivamente a "cobrança" de MANTEGA sobre queda nos juros:

BRASÍLIA. O presidente do BC, Henrique Meirelles, evitou polemizar com o ministro da Fazenda Guido Mantega que, durante a apresentação do PAC "cobrou" a queda de juros, de acordo com os "anseios" do mercado.

"Encarei como uma manifestação de confiança do ministro na capacidade do BC de entregar a inflação na meta, de forma consistente e continuada", disse Meirelles.
O ministro não comentou sobre a previsão de que a taxa de crescimento possa atingir 4,5% este ano.

É sabido que, até março o COPOM (Comitê de Política Monetária) se reunirá para manter a previsão parcial de uma taxa de 3,8%.

(Fonte: O Globo).

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FGTS: "QUEM PAGA O PA(C)TO" ?

DILMA ROUSSEFF diz que fundo de infra-estrutura será muito atrativo para o trabalhador:

RIO. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, explicou, em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Tv Globo, que a aplicação dos recursos do FGTS em um fundo de infra-estrutura pode ser muito atrativa e trazer muitos ganhos para o trabalhador, principalmente no momento em que a taxa de juros tem um tendência de queda. O fundo faz parte do PAC anunciado pelo governo.
"Vivemos hoje um momento de transição entre taxas de juro elevadas e taxas de juro mais condizentes com investimentos de longo prazo. O que vai acontecer é que cada vez mais será bastante atrativo, até para o próprio fundo, que ele tenha os retronos que esses investimentos propiciarão. Até porque a renda fixa (que atualmente corrige o FGTS) vai tender a cair, a diminuir".
Segundo o PAC o trabalhador poderá optar por investir até 10% do saldo do FGTS no fundo de investimentos nos projetos de infra-estrutura. Não há ainda uma data para o trabalhador fazer esta opção.
(Fonte: O Globo Online).
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FORÇA SINDICAL: "ATÉ TU, BRUTUS ..."

Força Sindical critica investimentos com FGTS:

A proposta de destinar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para projetos de infra-estrutura, a ser anunciada pelo governo federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), é duramente rechaçada pela Força Sindical – a segunda maior central do país. O presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, anunciou nesta quarta-feira que a Força vai entrar com ação no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, para barrar a medida do governo.
Segundo avaliação da central, a estratégia do Executivo de aplicar recursos do FGTS para financiar a infra-estrutura do país coloca em risco um “patrimônio do trabalhador”. Caso um investimento realizado com dinheiro do FGTS não dê o resultado projetado ou uma obra fundamental de infra-estrutura não seja concluída, o prejuízo recai, dessa forma, sobre o conjunto dos trabalhadores que mantém o fundo.
“Não podemos de forma alguma ficar calados diante da tentativa do governo de criar um fundo que pode gerar prejuízos, à revelia dos trabalhadores. Entendemos que os trabalhadores devem ter o direito de optar ou não em correr o risco, como no caso das aplicações de dinheiro do FGTS em compra de ações da Petrobras ou da Companhia Vale do Rio Doce”, diz Paulinho.
(Diário do Grande ABC).

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