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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
De volta à planície depois do discurso de posse de Barack Obama celebrando a tolerância, a coragem, a honestidade, a lealdade e o patriotismo entre outros valores caros à humanidade, Brasília nos oferta a volta de Renan Calheiros à cena, por intermédio do ex-presidente (da República, do Senado, da Arena, do PDS) José Sarney.
É de se perguntar: é tudo o que o Parlamento tem a oferecer ao cidadão brasileiro? Duas décadas e tanto de democracia plena e consolidada, inserção do Brasil na economia global, quebra de monopólios, ampliação do acesso a bens e serviços, formação de uma sociedade mais crítica, provas institucionais vencidas com louvor, nada parece afetar a firmeza do anacronismo na política.
Aquela velha esperteza do vai não vai, do dito pelo não dito, do jogo de simulações, ainda é saudada como demonstração de grande habilidade, digna de louvor e reconhecimento, quando se trata, na realidade, de um legítimo monumento à obsolescência.
O problema não é a pessoa do senador José Sarney, mas o uso que ele aceita que se faça da figura de um ex-presidente da República de reconhecido valor pelo papel exercido na transição democrática, com dotes de moderação e equilíbrio que já prestaram bons serviços ao país.
Não é admissível que agora se ponha a serviço de um senador envolvido em denúncias graves, obrigado por causa delas a renunciar ao mandato de presidente do Senado e salvo da cassação por conta da indulgência de seus pares e pelo que há de mais arcaico na política brasileira: a conjugação do fisiologismo com o corporativismo.
O senador Sarney desponta – faltando mais de 10 dias para a eleição – como o favorito. É bem possível que venha a se eleger porque conta com a maioria dos votos de seu partido, o PMDB, e até agora com a reverência de boa parte da oposição, DEM e PSDB.
Nem tucanos nem democratas ignoram os fatos subjacentes à alegação formal de que, sendo a maior bancada, o PMDB tem todo o direito de reivindicar a presidência da Casa. Sabem muito bem que o jogo se dá em torno de uma disputa de hegemonia dentro do PMDB entre o grupo que durante o primeiro mandato de Lula prevaleceu na condução dos negócios governamentais do partido sob o comando de Renan e Sarney e a ala que aderiu na reeleição, sob a liderança de Michel Temer e Geddel Vieira Lima.
Ambos os lados lutam pelo lugar de interlocutor privilegiado deste e do próximo governo. PSDB e DEM confrontaram Renan Calheiros e o exortaram a deixar a presidência do Senado, imagina-se que convencidos da veracidade das denúncias que o atingiam.
Como ficam diante da sociedade emprestando os respectivos apoios à volta do canto da antiga musa? Darão o dito pelo não dito? Dirão que não sabiam dos detalhes? Alegarão que a História absolveu Renan Calheiros? Neste caso, ficam devendo desculpas ao senador por tudo o que disseram dele naqueles terríveis meses de 2007, da denúncia até a renúncia.
Oficialmente, justificam que não é politicamente interessante para a oposição dar ao PT a presidência do Senado em período pré sucessão. Paralelamente apostam no rompimento da aliança PT-PMDB, se incentivarem o apoio a Sarney contra o petista Tião Viana, pondo em risco a eleição do presidente do PMDB, Michel Temer, para a presidência da Câmara.
Estrategistas de fancaria. Ou dissimulados, porque ainda que o mundo se acabe, o PMDB não romperá com o governo faltando dois anos, cinco ministérios, presidências e diretorias de estatais para terminar o mandato de Lula.
Reserva técnica
Pelo balanço que exibiu a carruagem, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, jamais foi de fato candidato à reeleição. Esteve para a candidatura de José Sarney mais ou menos como a ministra Dilma Rousseff está para o campo governista na sucessão de 2010.
Em domicílio
Consta que o governador Aécio Neves ficou aborrecido com o governador José Serra por causa da nomeação do ex-governador Geraldo Alckmin, agora secretário estadual de Desenvolvimento.
A razão, segundo as versões correntes, residiria na frustração da expectativa de Aécio de ter em Alckmin um arrimo na luta interna pela legenda do PSDB à Presidência da República.
Mas a razão – no sentido de racionalidade – não sustenta a possibilidade de Aécio de fato esperar que Alckmin possa apoiar um candidato de Minas em detrimento de um nome paulista.
O mesmo compromisso com o eleitor de origem que faz Aécio se apresentar como candidato levaria Alckmin necessariamente a ficar, no máximo, neutro. A menos que estivesse pensando em mudar de domicílio eleitoral.
Só que o primeiro a saber disso é o próprio Aécio Neves, cujos aliados, ao transmitir a insatisfação do governador com a cooptação de Alckmin, devem estar querendo passar outra mensagem Por ora indecifrável.
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http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=849496&tit=Monumento-a-obsolescencia
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José Nêumanne
Quando o terrorista Cesare Battisti foi preso em Copacabana há quase dois anos, a Polícia Federal recebeu distinta consideração do governo italiano de centro-esquerda de Romano Prodi pela brilhante operação feita em conjunto com o serviço de inteligência francês. Agora é o Brasil quem passa recibo da sua falta de seriedade política ao conceder refúgio a notável bandido. De sobra complica as relações com a Itália de Silvio Berlusconi, por acaso país que gerencia atualmente o G8, grupo a quem prestamos vassalagem.
Sinceramente não me surpreendi com a decisão do governo brasileiro. Durante todo o período em que Battisti ficou preso foi alimentada pelo lulismo uma rede de solidariedade ao criminoso. De dentro do Ministério da Justiça converteram a condição de terrorista foragido das Justiças da Itália e da França em apelo dos direitos humanos. Houve passeata, moções de apoio, visita de parlamentares com audiência no cárcere enquanto várias ONGs, todas financiadas pelo governo Lula, se encarregaram de pedir a libertação do “filósofo e escritor Cesare Battisti.”
Conseguiram mais que isso, pois além de voltar à aprazível praia do Rio de Janeiro, o terrorista italiano ainda terá a proteção do governo brasileiro. Vai ganhar carteira de identidade e verá suspenso o seu processo de extradição, conforme determinação da legislação nacional. O interessante mesmo são hermeneutas de última hora a comentar da legitimidade da decisão do Ministro da Justiça de dar boa vida ao bandido. Argumentam, por exemplo, que Battisti é perseguido político porque foi julgado à revelia pela co-autoria de quatro assassinatos.
Assim considerado, o instrumento processual da revelia se torna uma iniqüidade, quando é um meio de defesa da sociedade contra bandidos que fogem da cadeia para não enfrentar o processo penal, como foi o caso deste terrorista, foragido da Itália desde 1981. Aliás, o filósofo Cesare Battisti é um criminoso completo, com amplas habilidades de realizar atentados, assaltos, homicídios e fugas. Trata-se de um bandido comum, que na década de 1970 liderou uma das facções das Brigadas Vermelhas, grupo terrorista que infernizou a vida dos italianos. Isso em plena democracia.
Eu ainda me recordo perfeitamente do drama do seqüestro e assassinato do ex-primeiro-ministro da Itália, Aldo Moro, realizado pelas Brigadas Vermelhas. Crime que, por sinal, promoveu uma guinada no tratamento que o governo italiano dava ao combate ao terrorismo e resultou na prisão de Cesare Battisti, entre outros. Esse cidadão sabe tanto de malandragem que escolheu o lugar certo para se esconder. Só no Brasil um marginal de altíssima periculosidade poderia adquirir a condição de refugiado político. Ainda há um estoque grande de bandidos internacionais que serão bem-vindos: Fidel Castro, Kim Yong-il, Muamar Al Kadafi, Robert Mugabe e um certo Hugo Chávez, depois que for defenestrado do poder.
Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO).
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http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=bandidos-sao-bem-vindos&cod_Post=155105&a=111
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>Obama lá, Lula cá
(Adriana Vandoni)
Foi sim comovente a posse de Barack Obama. Aliás, ualquer alternância de poder em um regime democrático me mociona. Mas não deposito nele as esperanças do mundo.
Esperança de que, afinal de contas? Me parece que estão tentando criar um sentimento que beira uma histeriaesquerdopata.
Ah, é um negro que chegou ao comando da mais importante nação do mundo. Sem dúvida que sim, aliás, algo só possível de ser visto em uma democracia madura como dosEstados Unidos. Mas Obama não enceu as eleições por representar uma cor de pele. Venceu por ter dito o que o eleitor queria ouvir naquele momento.Tenho verdadeiro asco dessa conotação racial que tantos tentam entrouxar em nossas
cabeças. Acho que é menosprezar sua capacidade. Ele foi eleito porque o povonorte-americano é suficientemente desenvolvido para fazer sua escolha independente de gênero ou raça. Isso só existe na cabeça latina, em especial “das zesquerda” latina. Ao povo de lá um brinde e o agradecimento por mostrar ao mundo o que é democracia.Quanto à esperança de mudança... pela formação do seu governo ele sinalizou que é Diferente de Bush sim, é menos beligerante, mas não é totalmente contra o governo de Bush. Disse em seu discurso que vai mudar o que achar ruim e continuar o que achar bom. Básico!Na parte que nos toca entram os acordos comerciais. Obama já deu inúmeras demonstrações de que nesse sentido é muito mais para protecionista que qualquer outra coisa.Ontem vi o comentário de uma analista, não consegui saber seu nome, mas pelo estilo era uma legítima representante “das zesquerdas latinas”. Em seu comentário só faltou ela afirmar que com Obama na presidência os Estados Unidos se tornariam um imperialismo muito menos imperialista como nunca antes na história.
Ora! Outro argumento, este vem de Zé Dirceu (que está adolescentemente nos EstadosUnidos fazendo intercambio para aprender inglês), diz ele que “Depois de mais de 40 anos, os americanos tem, de novo, umpresidente que representa o povo e a esperança de dias melhores”.
Então fica assim, os outros não representavam a vontade do povo, não foram escolhidos pelo povo e não simbolizavam a esperança dias melhores. De certo foram escolhidos através do voto, durante uma "crise de masoquismo coletiva". É muito maniqueísmo pro meu gosto! Ora, não gosto de Lula nem do seu governo, mas sei que foi alçado ao poder através da via democrática e por isso representa o povo sim. Fazer o que?
Enfim, que Barack Obama seja bem vindo e que consiga enfrentar os enormes desafios que tem pela frente. É mais um presidente a comandar os Estados Unidos.(*)
O santinho Obama veio do blog do Roberto Romano
Fernando Nakagawa
22 de janeiro de 2009
O Globo
Mangabeira critica foco do Bolsa Família (págs. 1 e 3)
Pela 1ª vez em 13 anos, cai o déficit da Previdência (págs. 1 e 23)
Negócios & Cia
GM perde para Toyota posto de maior montadora do mundo (págs. 1 e 26)
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Folha de S. Paulo
Ciência
Setor que mais demitiu teve mais verba do BNDES
Dinheiro
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Governo Serra começa 2009 com cofre cheio
Gigante estrangeira acha petróleo no pré-sal
Obama suspende julgamentos de Guantánamo
Artigo: É preciso escrever uma história nova
Artigo: Discurso une EUA, mas não o mundo
Notas e informações: O norte do governo Obama
Volta à realidade
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Jornal do Brasil
Sociedade aberta
Mais mortes por culpa do álcool
Rio ganha verba para área social
Falta psicólogo na PM fluminense
Sociedade aberta
Sociedade aberta
Ecologia: prêmio aos melhores
Choque de Ordem e gestão nas ruas
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Correio Braziliense
A ofensiva de Sarney
Niemeyer sai em defesa da nova praça
Paz no trânsito: Brasiliense aprova a lei seca e critica fiscalização
Foto: Olá, eu sou Obama
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Valor Econômico
Argentina quer energia do Brasil de novo
Medidas para o setor aéreo ficam no papel
Idéias
Deflação no IGP-M
Justiça julgará demissões
Ganho de minoritários da Aracruz ainda pode mudar
Indústria e varejo têm estoque alto
Brasil pesquisa alga como combustível
Isolux entra em rodovias
Seca chega ao Mato Grosso
Obama inicia governo sob o signo da cautela
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Gazeta Mercantil
Opinião
PAC completa dois anos
Pacote de estímulo à construção
Contra a crise, menos impostos
Benefícios
Anbid prevê emissões de até R$ 120 bi em 2009
Isolux/Corsan vence leilão de rodovias na BA
Rio terá 100 mil novas moradias
Soluções brasileiras para árabes
Obama anuncia uma era de transparência e respeito à lei
Opinião