
[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Merval Pereira | |
O Globo - 25/03/2009 | |
O presidente Lula continua na firme disposição de passar otimismo para a população, negando a gravidade da crise econômica, como se essa atitude pudesse mudar as coisas. No mesmo dia em que a pesquisa Focus realizada pelo Banco Central com os agentes econômicos reduzia a expectativa de crescimento do PIB no ano para pouco mais que zero, o presidente fazia uma de suas famosas metáforas, dizendo que "cabra macho" não deixa de trabalhar por causa de uma gripe qualquer. -------- |
Autor(es): Emir Sader |
Jornal do Brasil - 25/03/2009 |
CIENTISTA POLÍTICO O quadro político-eleitoral vai se configurando, conforme nos aproximamos de 2010. Algumas de suas peças não estão claras, entre elas o lugar – ou o não-lugar – de Aécio, se o bloquinho conseguirá manter a candidatura de Ciro Gomes, a posição do PMDB. Outras das incógnitas é a plataforma da oposição. O diálogo mais significativo das últimas semanas se deu entre Serra – pré-candidato presidencial tucano – e um dirigente do DEM. Este cobrava uma postura mais agressiva, de crítica dura ao governo, porque se estaria deixando a passarela livre para que Lula leve Dilma a desfilar sozinha. Serra respondeu dizendo que ele criticava, havia acabado de criticar o Banco Central e sua tímida e lenta política de redução dos juros. O dirigente do DEM o interrompeu imediatamente: "Não, com o Banco Central nós estamos de acordo, é preciso criticar outras coisas". Esse desencontro dá ideia da crise de identidade da oposição diante do governo Lula. Conta com os candidatos melhor situados – o que pode ser vantagem ou desvantagem, conforme a solução da disputa interna entre eles – nas pesquisas, mas não dispõe de uma plataforma. A candidatura de Alckmin foi uma possibilidade: um programa neoliberal puro e duro que, se foi derrotado antes da crise, hoje estaria totalmente deslocado, diante do fracasso da centralidade do mercado e do resgate do papel do Estado. Essa opção favoreceu o segundo turno para Lula, que polarizou pela esquerda e venceu com boa margem. Está claro que Dilma personificará essa política, de forma acentuada. O perfil de Serra é originalmente distinto do de Alckmin. Desenvolvimentista como economista, tentou manter certo espaço próprio dentro do governo FHC – governo coerentemente neoliberal – especialmente quando assumiu o Ministério da Saúde. Mas na prefeitura e no governo de São Paulo se rendeu aos interesses do grande empresariado paulista – é o queridinho da Fiesp – privatizando e se revelando mais um neoliberal que um desenvolvimentista. Aécio, mineiramente, já anunciou uma eventual alternativa: seria um candidato pós-Lula e não anti-Lula. Esta seria uma via de derrota, mas a outra permitiria reivindicar aspectos do governo – especialmente políticas sociais – além de não se comprometer a retomar as privatizações do governo FHC e se distanciar de um governo cuja recordação a oposição tentará ocultar, enquanto a campanha governamental forçará a comparação entre os governos de FHC tucano e petista. Caso mantenha a dianteira, a candidatura opositora evitará maiores definições, qualquer reivindicação do governo FHC, concentrará algumas críticas ao governo Lula – carga tributária, alianças nas políticas internacionais, gastos estatais – sem a necessidade de uma plataforma mais clara. Contam que a crise se prolongue e desgaste o ainda imenso apoio governamental de hoje. O que unifica a oposição é o objetivo de tentar tirar o PT do governo, se reapropriar do Estado, mesmo em um marco de diferenças entre os partidos que a compõem. Mais difícil será se a candidatura governamental, exibindo os sucessos da política governamental e propondo o desdobramento desse horizonte, em um marco de recuperação econômica, avança nas pesquisas, obrigando a oposição a se definir em relação aos projetos do governo. Projetos que a própria oposição considera que deram certo, responsáveis que são pelo apoio ao governo, difíceis de serem atacados. A atitude mesma de que as incorporará, facilita sua legitimidade e dificulta a critica a elas. De qualquer maneira, a oposição só conquista um lugar no espectro político diferenciando-se do governo. Ser pós-Lula é mais um jogo de palavras, porque a plataforma da candidatura governamental será a prolongação e o aprofundamento do governo Lula. Será provavelmente uma versão light do neoliberalismo, adaptada aos tempos de crise desse modelo. |
GASOLINA E ÁGUA NÃO SE MISTURAM |
Autor(es): Eduardo Rodrigues e Ramona Ordoñez |
O Globo - 25/03/2009 |
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, descartou ontem qualquer redução, a curto prazo, dos preços dos combustíveis no Brasil, argumentando que a gasolina das refinarias brasileiras custa menos do que água. Muito questionado pelos senadores que comandaram audiência pública sobre investimentos da estatal, Gabrielli afirmou que a companhia não aumentou os preços quando a cotação do petróleo disparou no mercado internacional - chegando próximo a US$150 por barril - e, portanto, não deve repassar às bombas a queda recente do produto, cujo barril está custando hoje perto de US$50. - O preço não vai baixar porque não subiu. O litro da gasolina que sai das refinarias é mais barato que o litro de água engarrafada. O que encarece para o consumidor é a margem de lucro das distribuidoras e os altos tributos - defendeu, na sessão conjunta das comissões de Infraestrutura e de Acompanhamento Econômico. Porém, uma rápida consulta a supermercados e lojas na internet mostra que o preço da água mineral é mais baixo que o da gasolina. Um litro de água custa entre R$0,79 e R$0,90, dependendo da marca (referência a embalagens de 1,5 litro). Nas refinarias da Petrobras, o litro de gasolina sai por R$1,10, segundo as distribuidoras. Apesar dos apelos dos parlamentares, Gabrielli garantiu que reajustes só ocorrerão após a estabilização dos preços internacionais. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) questionou os argumentos de Gabrielli, que apresentou tabela mostrando que, em 2008, o preço médio do combustível ao sair das refinarias da Petrobras estava no mesmo nível de países como EUA e China, onde o valor final ao consumidor é menor. - Eu quero saber é de 2009. Temos hoje uma defasagem gigantesca em relação à média internacional - protestou o parlamentar, que contestou o argumento de que o lucro dos postos é que encarece o combustível, lembrando que a Petrobras Distribuidora, da estatal, é responsável por grande fatia do mercado brasileiro. Estatal detém 35% da distribuição A Petrobras Distribuidora detém 35% do mercado nacional de distribuição, e o presidente da empresa, José Eduardo Dutra, também estava presente na audiência pública no Senado. Gabrielli enfatizou que a Petrobras não mudará os rumos de sua política de preços para atender a pressões, pois a empresa ainda estaria se recuperando do prejuízo de não ter aumentado os preços no período em que o petróleo alcançou as alturas. Hoje, os preços da gasolina pura - sem a adição de 25% de álcool - nas refinarias da Petrobras estão 20% mais elevados do que o cobrado nas refinarias dos Estados Unidos. De acordo com o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, no último dia 23, a gasolina estava sendo vendida nos Estados Unidos a R$0,88 o litro, contra o R$1,10 da Petrobras, sem impostos. Reportagem do GLOBO de 18/3 revelou que essa defasagem já chegou a ser de 33% em meados deste mês. Segundo o vice-presidente do Sindicom, dos R$2,54 pagos, em média, pelos consumidores cariocas pelo litro da gasolina, 40% se referem ao custo do produto, sendo 32% da Petrobras e 8%, o álcool anidro. Os impostos representam 45% do preço final, enquanto as margens da distribuição, revenda e custos de transporte respondem pelos 15% restantes. Hoje, os trabalhadores da Petrobras entram no terceiro dia de greve e, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação vai até sexta-feira. No fim do dia, a direção da Petrobras e os grevistas retomaram as negociações. Antes disso, no Senado, Gabrielli afirmou que havia a possibilidade de a companhia aumentar a proposta de participação nos lucros e resultados da empresa (PLR). O valor oferecido, de R$1,3 bilhão, é equivalente a 4% do lucro líquido da companhia, mas não agrada aos grevistas. Gabrielli garantiu que a paralisação não causou impacto sobre a produção e o fornecimento de combustíveis. Para evitar cortes na atividade, a estatal conta com equipes de contingência. Ontem, segundo a FUP, a adesão à greve foi grande e teria havido redução na produção. |
A pedido de Lula, Dirceu tenta conquistar PMDB para Dilma |
Autor(es): Vera Rosa |
O Estado de S. Paulo - 25/03/2009 |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva incumbiu o ex-ministro José Dirceu de uma missão especial. Em conversa reservada, logo após o aniversário de 29 anos do PT, em fevereiro, Lula pediu a ele que ajude o partido a costurar alianças para sustentar a campanha da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010. O alvo principal é a conquista do PMDB. |
TESOURO VAI DAR SUBSÍDIOS DE R$ 16 BI PARA O BOLSA-HABITAÇÃO |
Autor(es): Lu Aiko Otta e Isabel Sobral |
O Estado de S. Paulo - 25/03/2009 |
O pacote da habitação, porém, contempla outras faixas de renda. Ontem, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou um novo orçamento, que destina um total de R$ 4 bilhões para subsidiar este ano empréstimos habitacionais para os mutuários com renda entre três e seis salários mínimos. No programa inteiro, que pretende construir 1 milhão de casas num prazo indeterminado, os subsídios do FGTS chegarão a R$ 12 bilhões. |
25 de março de 2009
O Globo
Manchete: Petrobras: gasolina não cairá pois é mais barata que água
Imóvel poderá ter até R$ 23 mil de subsídio (págs. 1, 20 e Negócios &Cia)
103 mil terão seguro-desemprego extra (págs. 1 e 20)
Senado pode ficar só com 14 diretorias
Sequestro-relâmpago agora é crime
Rocinha cresce 65% e já tem 25 mil casas e 6.300 empresas
Atas mostram como ditadura cassava (págs. 1 e 10)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Aécio lidera ranking de governadores
Senado revê outra vez número de diretorias
Presidente do STF nega ser `líder da oposição´
Câmara aprova parcelamento de dívidas com fisco em 15 anos
FMI oferece crédito para países com bons fundamentos
Paulo Rabelo de Castro: Juízo final de pacote americano vai ser adiado, mas virá
Editorias
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo decide subsidiar o bolsa-habitação com R$16 bi
Lula pede ajuda de José Dirceu para Dilma
Foto Legenda - Presidente: 'Prefeitos comem o pão que o diabo amassou'
MEC propõe um novo Enem para substituir o vestibular
Marcos Sá Corrêa - Adeus, reservas
Senado tinha 150 vagas para parlamentares
Sequestro relâmpago terá pena de até 30 anos
Assembleia de SP tem 67 diretores
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Jornal do Brasil
Manchete: Copacabana perde valor
Burocracia prolonga a crise de crédito
Desmatamento concentrado
Sociedade Aberta - Villas -Bôas Corrêa
Brasiguaios são alvo de protesto
Sociedade Aberta - José Carlos de Assis
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Correio Braziliense
Manchete: E os servidores do Senado ainda querem aumento...
R$ 29 bi para a casa própria
Pena de 30 anos para sequestro relâmpago
O caçador da cura do mal de Parkinson
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Valor Econômico
Manchete: BNDES amplia compras de participação em empresas
Ideias
Múltis perdem ações contra multas de IR
Indenização de companhia aérea sem teto
Transações correntes
Crise aérea
GVT tenta trocar dívida em dólar por reais
Apostas domésticas
Fábrica de sensações
Mais cerveja
Celulose do Brasil ganha mais mercado
Shopping center atrai investidores
Ações da Redecard
EUA rejeitam "moeda" global
Ideias
Ajuda a montadoras no Japão