



[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Autor(es): Elio Gaspari | |
Folha de S. Paulo - 20/05/2009 | |
A DOENÇA da ministra Dilma Rousseff acordou o fantasma de uma emenda constitucional que abra o caminho para Nosso Guia disputar nas urnas um terceiro mandato. > Como sempre acontece, essas tempestades nascem na periferia. O projeto, que prevê um referendo popular, virá do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) e há uma semana a proposta foi trazida pelo sindicalista Paulo Vidal, que nos anos 70 antecedeu Lula na presidência dos metalúrgicos de São Bernardo. Nas suas palavras, com seu estilo: "Imaginar pura e simplesmente que politicamente seria importante cumprir as normas constitucionais e tirar o Lula da Presidência, eu acho que todos nós temos que repensar isso. (...) A companheira Dilma que me desculpe." (Num lance pérfido, Lula já contou que, durante a ditadura, "muitos companheiros presos disseram que Paulo Vidal era quem tinha dedado. Eu, sinceramente, não acredito." Se não acreditasse, não deveria ter dito, sobretudo quando se sabe que na oficina de ourivesaria stalinista do mito de Nosso Guia, Vidal é colocado no papel de policial.) > Se a candidatura da doutora Dilma Rousseff sair do trilhos, são fortes os sinais de que a carta petista será a emenda constitucional que permita a disputa do terceiro mandato. A manobra exige que até setembro três quintos do Congresso votem a favor da medida, para levá-la a um referendo. Pode-se antever dificuldades no Senado, que já negou essa maioria ao governo no caso da prorrogação da CPMF, mas uma coisa é certa: se a nação petista for para esse caminho, ela não se fará ouvir com maiorias parlamentares, virá com o ronco das ruas. > A expressão "terceiro mandato" trai a abulia política em que se prostrou a oposição. O que Lula pode vir a pedir é o direito de disputar uma terceira eleição. A ideia de "mandato" pressupõe que, podendo disputar, ganhe na certa. > O comportamento dos dois candidatos tucanos à Presidência da República diante da opção queremista (ecoando o "Queremos Getúlio" de 1945) é hoje estímulo para o PT. José Serra e Aécio Neves guardam obsequioso silêncio em relação ao assunto. Serra e o PSDB meteram-se numa camisa de força institucional. Um governador de São Paulo e um partido que simpatizam com uma reforma política capaz de criar o voto de lista por maioria simples ficam numa posição girafa se quiserem condenar um projeto de reeleição que vai buscar os três quintos exigidos para reformas constitucionais para que se realize um referendo. > No caso do governador de Minas Gerais, chega a ser difícil entender por que ele condenaria a manobra queremista, capaz de levá-lo ao melhor do mundos. Primeiro porque a mudança permitiria sua própria reeleição (refrigério de que Serra já dispõe, caso não queira ir para outra disputa com Lula). Em 2014, Aécio Neves estará livre de seu principal adversário, que se chama José Serra, não Lula. > É possível que Serra, Aécio e grão-tucanato deem pouca importância aos sinais de fumaça que saem da panela do Planalto. Em 1995, muita gente boa da oposição se recusava a acreditar que Fernando Henrique Cardoso mudaria a Constituição para se reeleger em 1998. Deu no que deu, colocando no colo dos tucanos a paternidade do instituto da reeleição. |
Autor(es): Viviane Senna |
O Globo - 20/05/2009 |
Dois séculos. Mais precisamente 247 anos é o tempo que levaria para o ensino público brasileiro alcançar o atual nível de performance escolar dos países desenvolvidos. ------------------- (*) Basta verificar as "pérolas" contidas nas respostas dos alunos, nas avaliações do ENEM. --------------- N.B.: É possível obter os resultados por escolas, municípios, estados. E compará-los. http://mediasenem.mec.gov.br/enemMediasEscola/ --------------- |
MANTEGA ENGOLE JURO ALTO DO BB |
Autor(es): Eduardo Rodrigues e Gustavo Paul |
O Globo - 20/05/2009 |
Um almoço com o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi suficiente para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aceitasse as explicações para a alta de juros do BB após a troca de seu comando, em abril, por ordem do presidente Lula. Mantega disse que o novo comando do BB "não merece puxão de orelhas" e, pelo contrário, vem fazendo um bom trabalho. E justificou-se: os dados do Banco Central, que apontam a subida das taxas, são truncados.
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"Ou o Brasil é um país sério, ou não", diz Zurita |
Autor(es): Juliana Elias |
Gazeta Mercantil - 20/05/2009 |
"As regras antitruste têm que ser iguais para todos. Ou o Brasil é um país sério, ou não é", afirmou ontem o presidente da Nestlé, Ivan Zurita, ao comentar a união entre a Sadia e a Perdigão e a submissão do negócio ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Nestlé, que adquiriu a concorrente capixaba Garoto em 2002, foi uma das poucas empresas a ter um processo de fusão negado pelo Cade, por ferir os direitos de livre concorrência - mesmo julgamento de que depende agora a criação definitiva da Brasil Foods. Definida dois anos depois da negociação, a decisão do Cade reprovou a união e determinou a venda da Garoto. As duas empresas aguardam até hoje o resultado de recurso da empresa suíça na Justiça pelo direito à fusão. =================== Alvo de uma das poucas proibições determinadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em um ato de concentração entre empresas, a fabricante de alimentos Nestlé assiste atenta à união entre a Sadia e a Perdigão. Em 2004, dois anos após comprar a concorrente Garoto, por R$ 600 milhões, a companhia suíça teve a fusão negada pelo órgão regulador, que determinou a venda integral da fabricante de chocolates. Ainda unidas, mas administradas separadamente, as duas empresas aguardam até hoje o resultado de uma série de recursos da Nestlé na Justiça pelo direito à fusão e pelo atraso na decisão do Cade em relação ao negócio. "Eu entendo que se trata de um momento pontual e difícil, de uma empresa que passou por problemas de gestão, e que deve ser levado com cuidado", disse ontem o presidente da Nestlé, Ivan Zurita, durante encontro do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. "Mas as regras antitruste têm que ser iguais para todos. Ou o Brasil é um país sério, ou não é." Maior empresa de alimentos do mundo, de origem suíça, a Nestlé se destacou de outros casos de fusão e aquisição de proporções semelhantes no País, que tiveram restrições mais brandas - caso da Antarctica e Brahma, ambas nacionais, e da compra da Palmolive pela norte-americana Colgate, que tiveram de se desfazer de marcas ou ativos para poderem seguir unidas no País. Segundo Zurita, quando a Nestlé comprou a Garoto, a participação de mercado total que passaram a ter era de 47%, ante 33% da concorrente mais próxima. A união da Sadia à Perdigão, se aprovada pelo Cade, criará uma gigante de alimentos que, dependendo do segmento, chega a ter 85% de participação. O maior problema, destacou o presidente da Nestlé, está no sistema brasileiro de julgamento dos atos de fusões e aquisições, que, diferente de outros países, ocorre após a realização da operação. Discussão levantada há anos no órgão do Ministério da Justiça, as mudanças nos procedimentos seguem paralisadas, também há anos. "Há muitas empresas que se inibem em negociar com medo de ter a operação recusada depois, e de perder o investimento", disse. No caso da Nestlé, este não seria mais o problema. Se a Justiça decidir pela venda da Garoto, sua atual dona devolverá ao mercado uma empresa muito mais valiosa. A receita da fabricante de chocolates, quando foi comprada, estava na faixa dos R$ 520 milhões, e encerrou 2008 a R$ 1,7 bilhão. "Foi uma batalha difícil, mas conseguimos fazer a empresa crescer e se tonar exportadora. Os investimentos se pagaram em quatro anos e meio." Novas aquisições Com um plano de dobrar de tamanho até 2012, a Nestlé segue investindo, ampliando suas instalações e buscando novas oportunidades. Está negociando a compra de pelo menos duas novas empresas ainda este ano, sendo que uma delas deve ser anunciada nos próximos dias, adiantou Zurita. Os investimento aprovados para este ano são de R$ 350 milhões, que vão para ampliação de capacidade e modernização, excluída a verba calculada para novas aquisições. Para este ano, calcula um crescimento de 8%, sobre os R$ 13,5 bilhões que faturou em 2008. |
BNDES ADMITE PARTICIPAR DA BRASIL FOODS | ||
Autor(es): CRISTIANE BARBIERI | ||
Folha de S. Paulo - 20/05/2009 | ||
Fusão entre Sadia e Perdigão cria a maior empregadora do país; banco estatal deve ajudar nova empresa a se capitalizar. O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou que o banco estatal deve comprar ações da recém-criada Brasil Foods na oferta que a companhia pretende realizar para captar R$ 4 bilhões no mercado. É a primeira vez que o banco admite a possibilidade de entrar no capital da empresa, resultante da fusão entre Perdigão e Sadia.
, . O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) confirmou ontem, pela primeira vez, que injetará recursos para financiar a fusão entre Sadia e Perdigão, que dará origem à Brasil Foods (BRF). Embora Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan, copresidentes do conselho da BRF, tenham dito ontem que esperam não precisar da ajuda do banco estatal para financiar a empresa, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, confirmou que participará do processo, mesmo que "nossa participação venha a ser mínima". Assim, o BNDES deve ajudar as três grandes empresas brasileiras (Sadia, Votorantim Celulose e Aracruz) que tiveram pesadas perdas na crise por causa de operações financeiras atreladas ao dólar, classificadas como especulativas e muito criticadas pelo governo, incluindo o presidente Lula. Num primeiro momento, no entanto, a BRF diz que prescindirá da injeção de capital do banco. Segundo Secches, houve conversas com o BNDES e interesse por parte do banco no negócio, mas não compromisso. "O BNDES entrará como um participante normal do mercado de capitais", diz Furlan, ex-ministro do governo Lula. "Nós, que somos clientes antigos das linhas tradicionais de financiamento do banco, continuaremos a usá-las." A expectativa é que a BRF não precise da injeção de recursos do BNDES porque deve ser capitalizada via mercado. Com endividamento de R$ 10 bilhões, a BRF pretende fazer um lançamento de ações no valor de R$ 4 bilhões, até meados de julho, para reduzir a relação entre geração de caixa e dívida. "A disposição dos atuais acionistas é subscrever pouco mais de R$ 1,8 bilhão, o que significa que quase metade dessa operação já está colocada", diz Secches. "Como ela está bem demandada, poderíamos aumentar a emissão, mas nos pareceu que os R$ 4 bilhões eram adequados para dar folga a nossos projetos de expansão." Tais projetos devem fazer com que a BRF, que se tornou a maior empregadora do país (com 116 mil funcionários), eleve sua receita líquida anual de R$ 22 bilhões para R$ 30 bilhões no curto prazo, conforme anunciado ontem. Só a Sadia deve inaugurar quatro fábricas no Brasil nos próximos meses. Conforme previsto, a Perdigão ficou com 68% da BRF, e a Sadia, com 32%. A área financeira da Sadia (o banco e a corretora Concórdia) foi transferida para uma terceira empresa e ficará com as famílias Fontana e Furlan, da Sadia. Dos 11 conselheiros, 3 serão indicados pela Sadia, 5 pela Perdigão e os outros serão independentes. O maior acionista individual da BRF passará a ser a Previ, o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, com cerca de 12% de participação. Os Fontana e Furlan terão participação um pouco menor. O negócio passará agora pelo crivo das autoridades regulatórias. Sadia e Perdigão continuarão funcionando de maneira independente até o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência). Segundo Furlan, não haverá demissões no chão de fábrica. "A Brasil Foods vai crescer e empregar mais gente", diz ele. A venda de fábricas da Sadia e investimentos que tinham sido suspensos por conta do endividamento serão revistos. A empresa, que pretende ser a maior exportadora de carnes processadas do mundo, quer também aumentar exportações, principalmente para EUA e China. "A BRF vai lutar pela abertura do mercado americano", diz Secches. "Estamos dispostos a qualquer acordo de reciprocidade porque agora temos uma empresa de porte para jogar em condições de igualdade." Para Furlan, as empresas brasileiras vivem um momento mais favorável do que as estrangeiras. Além de o mercado local estar aquecido, as empresas dos EUA não têm mais do que 20% de suas receitas provenientes do exterior. Evento ganha piadas e tom futebolísticos A camiseta do Corinthians com o logotipo da Brasil Foods (BRF), dada pelo copresidente da empresa Nildemar Secches ao outro copresidente e ex-ministro Luiz Fernando Furlan, foi exemplar único. Mas fez parte das muitas comparações futebolísticas feitas durante o lançamento da empresa. |
20 de maio de 2009
O Globo
Manchete: Mantega defende juro alto do BB e culpa BC
Foto legenda: Lucrando com a desgraça alheia
Morador de rua também terá Bolsa Família
MP quer punir Cesar com inelegibilidade
Egípcio admite queimar livros 'metaforicamente'
Dilma reduzirá ritmo e Lula vai acelerar
Colômbia terá votação sobre 3º mandato
China investe US$ 10 bi na Petrobras
Previ será o maior acionista da Brasil Foods
Charge Chico
Cai presidente do Parlamento britânico (págs. 1 e 28)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Megafusão deve contar com capital do BNDES
Foto legenda: Com a casa nas costas
Dilma deve sair hoje de hospital após inflamação nos músculos
Obama manda cortar 30% da poluição de carros até 2016
Câmara aprova cadastro sobre bons pagadores
Candidato a chefe da Unesco admite tensão com Israel
Em SC, suspeito de comercializar donativo é preso
Dólar cai para a menor cotação desde outubro
Foto legenda: Campeões de visitação
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Fundos de pensão e BNDES querem 44% da Brasil Foods
PMDB usa CPI para pressionar governo
Pagamento de bolsa do ProUni atrasa até 4 meses
Presidente da Câmara britânica anuncia saída
Donativos para SC eram vendidos em brechó
Dilma terá agenda mais leve durante tratamento
Notas & Informações: Sopro de otimismo
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Jornal do Brasil
Manchete: Apesar da crise, pobreza diminui
No ES, menores infratores sem direitos humanos
Confronto antes de a CPI começar
ONU abandona 21 refugiados
Gripe suína não impede viagens
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
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Correio Braziliense
Manchete: Onde a saúde pede socorro
Crise moral: As caronas amigas do senador Efraim
Gigante nacional: Dúvidas na trilha da Brasil Foods
Crime na internet: Aumenta o cerco a pedófilos do Orkut
Emprego: Oi promete contratar 2,5 mil
No ritmo: Oficina da UnB integra crianças
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Valor Econômico
Manchete: Transportadoras querem mudar licitação de linhas
Cartões de crédito na mira do governo
Campo pode ter um fundo garantidor
Foto legenda: Demanda interna
O lento declínio de Juiz de Fora
Fundos terão forte presença na Brasil Foods
Endividada, Infinity avalia vender ativos
Grandes bancos dos EUA querem antecipar a devolução de recursos públicos (págs. 1 e C11)
Redução da pobreza
Recessão americana
Choque de oferta
Lenovo em casa
Fora do radar
Queda do milho
Ideias
Ideias