


A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Lula também falou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, acusando a oposição de estar fazendo "pirotecnia" e que ela "está sem discurso", já que não consegue fazer um debate econômico ou sobre infraestrutura. Ao ser questionado se não achava possível que, dentro de uma empresa do tamanho da Petrobras, com milhares de servidores e diretorias, pudesse haver problemas de corrupção, Lula admitiu que sim.
"É possível que haja, mas para investigar isso, existem órgãos específicos, como o TCU, CGU". Para Lula, "estão querendo brincar com a imagem da empresa". Porém, o presidente ressalvou que se os parlamentares quiserem investigar, que o façam, "mas preservando a imagem da Petrobras".
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http://br.noticias.yahoo.com/s/04062009/25/politica-lula-reitera-dilma-candidata-2010.html
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Estrada na Amazônia fica no PAC, mas Minc recua e diminui críticas |
Autor(es): João Domingos, Gerusa Marques, Leonencio Nossa e Renata Veríssimo |
O Estado de S. Paulo - 04/06/2009 |
Depois de criticar a "algazarra" na Esplanada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquadrou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que estava, até ontem, em duas frentes de batalha: contra o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, por causa da pressão pelo licenciamento das obras da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho; e contra os ruralistas, aos quais se referiu como "vigaristas" na semana passada. Em plena cerimônia de balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que possui várias obras criticadas por ambientalistas, Minc disse ontem que, embora seja contrário à concessão da licença para a rodovia, quem manda no governo não é ele, "é o presidente Lula, e o presidente quer a licença". Mas Minc voltou a insistir que, para dar a licença, exige o cumprimento de uma lista de condições, como a construção de postos de vigilância e unidades de conservação. Diante da posição do colega, o ministro Nascimento até marcou data para a licença: dia 15 deste mês. Minc disse que não se importa com datas, mas com as exigências ambientais, e que, se estas forem cumpridas, não tem nenhum problema em conceder a licença daqui a 11 dias. Na semana passada, Minc queixou-se ao presidente Lula dos ministros Alfredo Nascimento, Reinhold Stephanes (Agricultura) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos). Disse que eles combinavam uma coisa no governo e depois pegavam a "machadinha" e iam ao Congresso atacar a legislação ambiental. Ao falar com o Estado, o ministro se referiu ao governo como "casa da mãe joana", tantas as divergências. Lula, na ocasião, disse a Minc que não se preocupasse, porque falaria com os outros para não sabotarem a legislação do meio ambiente. Mas, ao saber que Minc tinha falado para os jornalistas os nomes dos ministros, repreendeu-o e mandou que parasse de arrumar brigas. Durante o balanço do PAC, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo espera que as exigências quanto ao cumprimento das questões ambientais sejam sanadas logo para que saia a licença para a BR-319. Lembrou que são três os trechos e que só um está sem licenciamento ambiental, enquanto os dois outros estão em obras. "Portanto não há motivos para maiores preocupações", disse Dilma, que manteve o selo verde na estrada - sinal de que considera que as obras estão em dia. Alfredo Nascimento, no entanto, fez críticas a Minc ao falar da BR-319. "Só quem não conhece o Amazonas e a BR-319 não sabe que essa estrada já foi construída e já foi asfaltada e que, com o tempo, o asfalto acabou. Não estamos querendo nenhuma estrada nova, apenas reconstruir uma rodovia de grande importância que já existia há décadas", disse Nascimento. A BR-319 foi aberta durante o governo militar. Depois, sem manutenção, a floresta a invadiu a pista. "E quem não conhece o Amazonas ignora que lá somos preservacionistas por natureza. Temos 98% de mata preservada e 99% de todos os nossos rios", acrescentou Nascimento. No evento de balanço do PAC, Minc anunciou outras duas medidas ambientais simpáticas aos "desenvolvimentistas" do governo. O ministro informou que o governo lançará, nos próximos dias, um novo sistema de licenciamento ambiental para as áreas de petróleo e gás. Segundo ele, no caso do petróleo e do gás, as licenças não serão mais por poço e sim por área de exploração. Nas hidrelétricas, o licenciamento será feito por bacia e não mais "caso a caso". Carlos Minc voltou a pedir desculpas aos ruralistas. Disse que exagerou em termos usados ao se referir a eles. Afirmou ainda compreender a indignação mostrada pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), que pediu a demissão dele. O ministro prometeu que vai procurar a senadora para fazer as pazes. "Claro que vou continuar a dialogar e a fazer acordo com os ruralistas. Cada vez que o meio ambiente e o agronegócio se entendem, quem ganha é o Brasil", disse ele. |
Empresários veem muita competência e pouco carisma | |||||||||
Autor(es): Yan Boechat e Raquel Landim, | |||||||||
Valor Econômico - 04/06/2009 | |||||||||
Em 2002, quando coordenava a equipe de infraestrutura do governo de transição do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff teve uma reunião com diretores de empresas de comercialização de energia elétrica e os chamou de "nefastos atravessadores". Em sete anos, a colaboradora do PT passou de ministra das Minas e Energia à Casa Civil e, de lá, a candidata do presidente à sucessão. Nesse período, a postura de confronto com o setor empresarial cedeu espaço para uma atitude de maior valorização da iniciativa privada. A mudança foi registrada pelo empresariado. Hoje, o prestígio da ministra é medido por uma frase recorrente em reuniões empresariais: "Vamos até a Dilma que ela resolve". Empresários e executivos de alto escalão, que sempre reconheceram nela preparo técnico, agora a veem como aliada, tanto na veemente defesa da indústria nacional quanto na diligência com que desfaz emaranhados burocráticos na relação do setor privado com o governo. Os maiores motivos de apreensão do empresariado são a ausência de um mandato eletivo anterior e de flexibilidade para o jogo político. Empresários veem muita competência e pouco carisma A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não tem o que se possa chamar exatamente de perfil carismático. Os anos de militância em organizações de esquerda, formadas em grande parte por intelectuais, não deram a essa mineira de alma gaúcha o que se costuma chamar de traquejo popular. Dilma ainda não se sente confortável em um palanque político. Ainda não fala a língua do povo, como faz com absoluta fluência seu principal cabo eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde que assumiu o posto de candidata virtual à sucessão de Lula, Dilma vem tentando melhorar essa comunicação com a base do eleitorado. Tem tomado aulas com políticos experientes, pedido conselho a colegas com cancha de palanque e consultado especialistas em discursos. "Ela está se esforçando, ainda falta muito, mas vai chegar nas eleições pronta para tomar um banho de povo", diz um parlamentar petista que dia desses enviou um relatório para a ministra sobre um discurso feito por ela em Minas Gerais. "O principal problema da Dilma é que ela ainda fala como se discutisse, com empresários ou economistas, um projeto de governo". É fato. Quando começou a intensificar sua participação em eventos de caráter político, em março deste ano, Dilma parecia estar discursando para economistas ou empresários, mesmo que a plateia fosse formada por metalúrgicos ou moradores da periferia de Campinas (SP). Quando tentou se aproximar desse público, adotou uma postura professoral, mas com um didatismo quase infantil. O resultado foi um discurso sem carisma, enfadonho, até. "Desliga o microfone dela, pelo amor de Deus", brincava um metalúrgico durante um evento em que a ministra participou em São Bernardo do Campo (SP) em março deste ano. O tecnicismo que caracteriza as falas da ministra, no entanto, é herança de um capital político intangível - seu traquejo em embates com empresários, principalmente do setor de infraestrutura. Executivos de alto escalão de vários setores ouvidos pelo Valor, alguns dos quais com resistência histórica ao PT, reconhecem em Dilma foco em resultados, organização, poder de comando, conhecimento técnico e coragem para correr riscos. "Ela é uma executiva, no termo mais exato da palavra", afirma o presidente de uma empresa de construção civil que participou de mais de uma dezena de reuniões com a ministra durante a formulação do programa Minha Casa, Minha Vida. "É uma executiva de nível internacional, é muito bem preparada, o trabalho flui e tive a sensação de estar discutindo com outro executivo, não com um representante do governo", conta, claramente impressionado com o desempenho da ministra nas reuniões de trabalho em que participaram. Para ele, uma das principais características de Dilma é o entendimento claro de que a iniciativa privada está em busca de lucros e que isso é justo. "Não somos beneficentes e muitas vezes o Estado nos vê como gananciosos por queremos ganhar dinheiro, isso azeda a discussão porque toca no ponto que é a razão da existência de uma companhia: ter lucro", afirma o executivo. Mas nem sempre foi assim. Dilma, ao longo de sua carreira, teve uma relação muitas vezes conturbada com o setor privado. Não raros foram os episódios em que fez valer suas opiniões por meio da mão forte do Estado, sem contextualizar as demandas e os interesses de seus interlocutores. Doutoranda em Ciências Sociais pela Unicamp, Dilma teve os alicerces de sua formação intelectual e ideológica consolidados pela luta de classes marxista. Em muitos momentos, Dilma colocou de forma inflexível que os interesses privados e os interesses do Estado eram essencialmente divergentes. Isso aconteceu, por exemplo, quando coordenava a equipe de infraestrutura do governo de transição do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Nos meses que antecederam a posse de Lula, Dilma reuniu-se com diretores de empresas de comercialização de energia elétrica. Recebeu os executivos sozinha, sem auxílio de técnicos. Logo no início da conversa, chamou os empresários de "nefastos atravessadores" e disse que as empresas de comercialização "não têm função no setor elétrico", relembra um dos executivos que participou da reunião. Passados sete anos, o estilo direto e agressivo ainda é o mesmo, mas hoje a ministra parece mais madura no exercício do poder. Desde que assumiu a Casa Civil - e principalmente depois que passou a ser preparada para ser a candidata de Lula -, Dilma adotou uma postura mais leve e menos centralizadora, principalmente com o setor empresarial. Aos poucos as medidas que, em geral, colocavam a ministra em posição de confronto com o setor produtivo cederam espaço para uma maior valorização da iniciativa privada. O tempo dos duros embates sobre o novo modelo do setor elétrico - considerado mais intervencionista que o deixado pelo governo Fernando Henrique Cardoso - cedeu lugar para a quase lua de mel com o setor privado nas reuniões que discutem como o pré-sal, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou o plano habitacional para construção de centenas de milhares de casas podem estimular a economia nacional. A convicção de Dilma de que o Estado é um indutor do crescimento tem forte apelo para significativa fatia do empresariado. Para aqueles que criticam esse tipo de modelo de desenvolvimento, a tentação dos empresários de buscar agrados do setor público é muito grande, porque o governo tem mecanismos para diluir riscos e acomodar problemas, transferindo o custo para o contribuinte. Também tranquiliza o setor produtivo a independência da ministra, que não é considerada "candidata do PT", mas do presidente. Com Dilma, os empresários acreditam que os radicais do PT estariam tão controlados como o foram nos últimos sete anos. "Tenho mais medo do autoritarismo do (governador José) Serra e do tucanato. Com o governo Lula, nós dialogamos", confidencia um empresário, que ficou insatisfeito com o mecanismo de substituição tributária introduzido pelo governador de São Paulo. O presidente de uma importante associação de classe recorda que seus pares desconfiavam do governo petista. "Ouvi muita gente boa dizendo que eleger o Lula iria transformar o país em ditadura. Tenho certeza que muitos agora abandonaram a convicção pela prática. É uma lição para o setor empresarial não perder a capacidade de avaliar por conta própria". Em setembro do ano passado, Dilma convidou 30 empresários da área de infraestrutura para uma reunião na Casa Civil, que começou às 19h e se estendeu até às 22h. Com a participação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o encontro discutiu o plano de investimentos da estatal, ainda sem levar em conta as novas reservas do pré-sal. Durante o encontro, Dilma disse aos "senhores da indústria" - maneira como se referiu ao grupo - que o presidente Lula havia determinado que os insumos para as novas plataformas e refinarias da Petrobras fossem adquiridos "ao máximo" da indústria nacional, e, por isso, precisava saber as reais condições de fornecimento, com prazos e preços compatíveis com o mercado internacional. No relato de um dos presentes, Lobão e Gabrielli argumentaram que não seria possível dar preferência para a indústria brasileira na construção das 12 primeiras plataformas. "A concorrência já está na rua, não dá para voltar atrás", disse Gabrielli. "Então, recolha", respondeu Dilma. Gabrielli acabou vencendo a disputa, depois que os estaleiros informaram que não tinham condições de atender à demanda. A atitude de Dilma retrata exatamente o que agrada ao setor privado. Os empresários gostam quando Dilma "fala grosso" em defesa da indústria e não se prende aos emaranhados burocráticos que muitas vezes contrapõem de forma tão profunda o setor privado e o público. Uma das bandeiras políticas de Dilma que mais agradam ao setor privado é a fama de gerente competente. "Vamos até a Dilma que ela resolve" é uma frase comum nas reuniões das associações de classe. Com algumas ressalvas, os executivos a consideram uma boa gestora, com características apreciadas no meio empresarial e raras no setor público como agilidade para tomar decisões, grande capacidade de trabalho, disposição para ouvir opiniões divergentes e preparo técnico em vários assuntos. "Dilma tem capacidade de decidir em momentos cruciais", avalia o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. "A ministra é a favor de um Estado ativo e dá o tom das ações do setor público, que precisa de alguém que vislumbre a solução e leve adiante", diz o ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda e consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Econômico (Iedi), Júlio Sérgio Gomes de Almeida. Foi exatamente com essa impressão que saíram os cerca de 15 empresários da construção civil que participaram da formulação do programa Minha Casa, Minha Vida em conjunto com a ministra. "Ela é uma gestora, com foco no resultado e as querelas políticas e burocráticas ficam em segundo plano, isso é raro de se ver no setor público", diz o executivo de uma construtora que participou de mais de dez reuniões de trabalho com Dilma nos primeiros meses deste ano. "Durante todo o processo ela sempre estava extremamente bem informada sobre os aspectos técnicos e financeiros e deu segurança ao setor". O ambicioso, e quase irreal, projeto habitacional de construir um milhão de novas casas populares até 2010 também mudou um paradigma em planos como esse. Pela primeira vez será a iniciativa privada quem vai executar as obras, e não o Estado. A decisão de retirar das companhias estaduais de habitação a responsabilidade por executar o projeto trouxe ainda mais prestígio para a ministra junto aos empresários, mas gerou, também, um ônus político considerável entre os governadores, em especial os de oposição. Pelos planos do governo, a conta do Minha Casa, Minha Vida só fecha com uma série de renúncias tributárias nos âmbitos federal, estadual e municipal. Aos Estados caberia uma redução no ICMS e aos municípios isenção de tributos como Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis. Concentrando a execução das obras com a iniciativa privada e a concessão de crédito junto aos agentes financeiros federais, Dilma conseguiu evitar que Estados não alinhados a Brasília ficassem com os ativos políticos. Por temerem ficar marcados como inimigos de um projeto tão popular, raros foram os Estados e municípios que se recusaram a participar. "Não sei o quanto de jogo político teve aí, só sei que ela conseguiu fazer o projeto deslanchar com um mínimo de burocracia, privilegiando quem sabe de fato fazer isso, a iniciativa privada", afirma o presidente de uma construtora paulista. Os empresários dizem que a candidata Dilma já dispõe de realizações importantes conquistadas pela ministra: o marco regulatório do setor elétrico - ainda bastante criticado -, a aprovação da Lei do Gás, a retomada das licitações de ferrovias e rodovias, a superação das restrições ambientais para as usinas do Rio Madeira - uma briga política que causou atritos com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que deixou o cargo - e até mesmo a exploração do pré-sal. "O licenciamento do Madeira não sairia sem a Dilma", afirma Ricardo Lima, presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres. Apesar da fama - nem sempre unânime - de boa gestora, dedicada e focada em resultados, a política Dilma Rousseff não goza do mesmo prestígio que sua figura executiva. Para muitos empresários, ainda faltam para a ministra qualidades ligadas ao lado emocional de um gestor experiente, como capacidade para formar e motivar sua equipe e jogo de cintura em situações adversas. Executivos próximos à ministra a descrevem com uma pessoa culta - uma de suas paixões é a ópera - e contida, que não gosta de ostentações ou restaurantes luxuosos. Segundo eles, Dilma é formal e só se dirige a Lula como "senhor presidente", enquanto é tratada por ele com camaradagem. Outros afirmam ainda que Dilma é muitas vezes grosseira, desagradável, dura e perfeccionista, principalmente com seus subordinados. "Ela não tem receio de expor as pessoas em público, o que não é bom para a formação de uma equipe", disse um executivo que ficou mal impressionado pela maneira com que a ministra tratou um de seus assistentes. Alguns executivos também criticam a escassa experiência da ministra em articulação política e citam suas desavenças com o PMDB desde que deixou o Ministério de Minas e Energia para assumir a Casa Civil. Segundo uma fonte do setor elétrico, Dilma batalhou para manter a influência na Pasta, mas hoje apenas o secretário de energia elétrica, Ronaldo Schuck, é de sua confiança, porque o atual titular, Edison Lobão, ganhou espaço. Lobão teria demitido até o chefe da procuradoria jurídica, indicado por Dilma. "No setor público, gestão e política estão intimamente ligados", diz um empresário. Essa inexperiência no jogo baseado na disputa de poder comum ao Planalto Central e não nos embates essencialmente ideológicos, no qual Dilma forjou seu ingresso na política, é um dos principais motivos de preocupação do setor empresarial. Para muitos executivos, a ausência desse jogo de cintura tão necessário para circular pelos labirintos do poder em Brasília, especialmente os estreitos corredores do Congresso, pode levar boas ideias a naufragarem. "Além da doença da ministra, que sempre gera insegurança, a dúvida se ela vai conseguir ter capital político para governar e fazer as complicadas e necessárias reformas permeia a cabeça de todos, não há como fugir disso", afirma um empresário do setor de telecomunicações. Exemplos históricos recentes não faltam para alimentar essas dúvidas. Fernando Collor de Mello, que foi eleito com apoio maciço do capital, não conseguiu se sustentar por conta, principalmente, de sua relação autoritária e conflituosa com o Congresso. Mesmo Lula teve que buscar métodos heterodoxos para conseguir uma maioria - frágil - no parlamento em seu primeiro mandato e, por pouco, não correu o risco de ter o mesmo destino de Collor. Os dois episódios mostram quem mesmo em um sistema presidencialista os sonhos absolutistas se transformam com facilidade em pesadelo. Dilma, na visão dos empresários, sabe como poucos no governo discutir olho no olho assuntos importantes e de interesse nacional. Agora a ministra precisa aprender a falar ao pé do ouvido questões nem sempre tão objetivas quanto um plano habitacional ou uma nova fronteira energética. Antes disso tudo, é claro, Dilma Rousseff tem que se convencer de que dizer que "a falta de liquidez mundial que fez com que o crédito se retraísse a níveis históricos foi causada por um problema sistêmico no núcleo do sistema financeiro internacional" não é exatamente a melhor maneira de explicar a um metalúrgico porque ele está correndo sérios riscos de ficar desempregado. |
04 de junho de 2009
O Globo
Manchete: Agência tinha alertado para riscos com avião da tragédia
Desgastado, Minc é alvo de queixas e se isola
Justiça pune repasse ilegal para sem-terra
Foto legenda: Inimigos, nunca mais
OEA revoga veto a Cuba e abre espaço para retorno
Trabalhistas articulam saída de Gordon Brown
Sean: ministro diz que menor deveria depor
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Folha de S. Paulo
Manchete: Após 47 anos, OEA revoga veto a Cuba
Mancha no oceano indica que o Airbus não explodiu no ar
Notre-Dame lota em homenagem às vítimas do voo
Familiares criam comissão para monitoramento
Regularização de terra na Amazônia passa no Senado
Governo auxilia empreiteira que faz obras do PAC
Polícia Militar volta a ocupar campus da USP
Dinheiro: Bolsa tem maior queda em 3 meses; dólar sobe e fecha dia a R$ 1,964 (págs. 1 e B10)
Comissão da Câmara aprova restrições à demissão de grávida (págs. 1 e B11)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Aposta na produção faz entrada de dólar dobrar
Força internacional fará resgate
OEA decide revogar suspensão de Cuba
Lula enquadra Minc e manda dar licença para rodovia
Foto legenda: Frio: Geadas no sul
Obama fará hoje no Egito discurso aos muçulmanos
Notas & Informações: Barreiras na Argentina
Thomas Friedman: O presidente quer a 'verdade'
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Jornal do Brasil
Manchete: Armadilhas na rota da Europa
BB baixa juros para compra de imóveis
Celular para pagar as contas
OEA aceita Cuba de volta
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
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Correio Braziliense
Manchete: Um terço dos carros no DF estão ilegais
Um avião desintegrado
Congresso: Senado gasta R$ 4,5 mi com estagiários
Américas: Cuba rejeita sinal de paz da OEA
Oriente Médio: Obama duela com Osama nas Arábias