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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Autor(es): Cristiane Agostine e Paulo de Tarso Lyra |
Valor Econômico - 06/07/2009 |
Longe do salão azul do Senado, o deputado estadual Raul Pont, um dos principais expoentes da chamada "esquerda" do PT, recebeu, durante os últimos dias, no Rio Grande do Sul, reclamações de eleitores irritados com a decisão do partido de apoiar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), envolvido em uma crise moral, política e administrativa. O relato de Pont se repete em outras histórias contadas por parlamentares e integrantes das diversas correntes de esquerda e de centro do partido. Mesmo com a pressão das bases sociais, grupos petistas que sempre fizeram críticas ao pragmatismo do partido aderiram aos argumentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a defesa da governabilidade e a eleição da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na disputa pela Presidência da República, em 2010, dependem da aliança com o PMDB de José Sarney e Renan Calheiros. Como em parte da bancada petista no Senado, há resistência dentro do PT nas diferentes correntes do partido quanto à defesa do PMDB e do senador José Sarney. Integrantes de alas da esquerda petista analisam que o governo deveria ter criado condições para tornar-se menos dependente dos pemedebistas, mas justificam que a aproximação faz parte da "esquizofrenia do sistema político brasileiro". "Não é pragmatismo. É o realismo da política brasileira", explicou o deputado gaúcho Raul Pont. "Não tem como entender de forma lógica esse apoio do PT. Somos críticos ao Sarney e ao PMDB, mas precisamos de apoio no Congresso", disse. "E concordamos que a eleição de Dilma, em 2010, deve estar acima de outras questões." Durante a pior crise enfrentada pelo PT, em 2005, durante o escândalo do mensalão, Pont foi candidato à presidência do partido contra Ricardo Berzoini, candidato do Campo Majoritário - ligado a Lula e ao ex-ministro José Dirceu - e levou a disputa ao segundo turno com uma candidatura que pretendia representar a "mudança" petista. "Em nome da governabilidade o presidente Lula teve que fazer sacrifícios e acabou contrariando o PT", comentou o deputado federal Geraldo Magela (DF), do Movimento PT, corrente moderada do partido. Petistas de tendências como Democracia Socialista, de esquerda, e do Movimento PT, de centro, dizem que o presidente Lula sempre terá influência muito grande dentro do partido. Integrante da Executiva do PT, Valter Pomar, da "Articulação de Esquerda", analisou que a divergência existente no partido não é sobre apoiar ou não Sarney, mas sim como o PT deve se relacionar com os aliados. "A diferença é outra, de natureza estratégica: como agir para que o PT não se torne prisioneiro dos limites de uma "governabilidade institucional", "parlamentarista"", disse. "O que fala mais alto no partido é a decisão de não perder as eleições presidenciais de 2010." O dirigente ponderou que as ações praticadas no Senado não são de responsabilidade exclusiva do presidente da Casa e afastar o pemedebista imediatamente "não ajuda a investigar e punir todos os culpados". "Está claro que o afastamento dele é visto como uma grande oportunidade pela oposição." Um senador que participou da reunião com Lula na noite da quinta-feira passada, quando o partido foi enquadrado, lembra que, neste episódio, é escolher o mal menor dentre das opções colocadas à mesa. "Ficamos entre uma escoriação passageira, que será curada a curto prazo ou um desgaste natural que pode sepultar a candidatura Dilma. O presidente já fez sua escolha. Cabe a nós a maturidade para tomarmos a decisão certa", afirmou o senador. O discurso dos defensores da governabilidade é de que Sarney não precisa se licenciar mas tem que promover mudanças administrativas que serviriam como um "analgésico", na opinião de alguns senadores, para que a dor da escolha seja menos impactante e a humilhação sofrida pela bancada, no enquadramento feito pelo presidente e consequente recuo nas decisões, seja absorvida. "O PT salvou o Renan Calheiros (PMDB-AL) da cassação, compartilhamos o desgaste e não ganhamos nada com isto. Esperamos que agora, pelo menos, as mudanças sejam implementadas." Um parlamentar que transita bem entre as correntes pemedebistas não se impressiona com o jogo imposto pelo PMDB, de pressionar o governo Lula em busca de apoio como uma contrapartida ao apoio à Dilma na sucessão presidencial. "Eles sempre fazem isto, jogam as cartas à mesa de acordo com os próprios interesses. Chantageiam o governo com a CPI da Petrobras, mas não querem investigar uma das subsidiárias, a Transpetro, comandada por Sérgio Machado, ex-senador pelo Ceará e filiado ao partido. |
Comissão que audita contas paralelas tem até um morto |
Autor(es): ALAN GRIPP |
Folha de S. Paulo - 06/07/2009 |
Único instrumento de fiscalização das contas bancárias mantidas em sigilo no Senado, a comissão interna formada por um senador e dez servidores é uma peça de ficção. |
Valor Econômico - 06/07/2009 |
O governo brasileiro estuda a adoção de barreiras não tarifárias para dificultar a entrada de produtos argentinos no mercado nacional. A ideia é incluir uma série de produtos no sistema de licenças não automáticas, tornando morosa ou mesmo inviável a liberação das mercadorias. As medidas, segundo antecipou ao Valor um ministro de Estado, deverão afetar as importações de automóveis, autopeças, alimentos e laticínios. A Organização Mundial do Comércio (OMC) autoriza a aplicação de licenças não automáticas, desde que a liberação dos produtos não exceda o prazo de 60 dias e que a regra seja aplicada a todos os países. Quando recorre a esse tipo de mecanismo, um governo visa atingir, no entanto, não todas as nações de forma indiscriminada, mas um determinado país ou grupo de países. Com a licença não-automática, prevalece a discricionariedade no controle das importações. O objetivo do Brasil é retaliar a Argentina, que, desde o fim do ano passado, vem aplicando licenças não automáticas a produtos de 37 segmentos das exportações brasileiras. A decisão de Buenos Aires vem dificultando a venda de calçados, produtos têxteis e móveis, além de itens da linha branca. As autoridades brasileiras alegam que, além de impor barreiras, os argentinos não estão respeitando o prazo limite de 60 dias das licenças não automáticas. O que aborrece o governo brasileiro é a deslealdade do país vizinho no trato com seu maior parceiro comercial e aliado político. Há alguns meses, empresários brasileiros concordaram em reduzir voluntariamente as vendas para a Argentina de produtos de quatro setores: freios, embreagens, calçados e móveis. Os cortes são significativos e variam de 19% (calçados) a 40% (embreagens), na comparação com os embarques de 2008. Fabricantes de papel e bateria fecharam acordos semelhantes e outros setores estão em negociação, como o de têxteis e linha branca. A preocupação de Brasília não é, nem poderia ser, com o fato de a balança comercial entre os dois países estar negativa para o Brasil - em US$ 48 milhões, até maio. O que chama a atenção são as artimanhas da Argentina, que está substituindo, de forma velada, produtos brasileiros por chineses e de outros países asiáticos. Dados recentemente compilados pela empresa de consultoria Abeceb mostram que as importações argentinas da China diminuíram 25% no primeiro trimestre de 2009. A queda foi bem maior, porém, no caso dos produtos exportados pelo Brasil (de 45%), forte indício de que o país vizinho está aplicando licenças não automáticas para mercadorias brasileiras. O desvio de comércio em favor da China já vinha ocorrendo, segundo a Abeceb, antes mesmo da crise econômica. No período entre 2007 e 2008, enquanto as importações provenientes do Brasil para a Argentina cresceram 23%, as compras da China aumentaram 38%. Setores da indústria nacional como os de brinquedos, calçados, confecções e materiais de transporte foram especialmente atingidos. O que se diz em Brasília é que o tratamento especial que os argentinos estão dando aos chineses decorre do fato de Pequim ter aberto uma linha de crédito de 70 bilhões de yuans, equivalentes a US$ 10 bilhões, para ajudar Buenos Aires. Trata-se de uma operação de swap cambial (troca de moedas) que permite ao país vizinho importar produtos da China sem usar dólares das reservas cambiais. O Brasil fez operação idêntica, mas de valor bem menor (US$ 5 bilhões). O governo Lula tem sido leniente na relação com a Argentina. No Ministério das Relações Exteriores e mesmo no Palácio do Planalto, prevalece a ideia de que "a Argentina é um problema nosso", segundo as palavras de um ministro. Recentemente, a área técnica do governo propôs medidas duras contra o país vizinho, mas o Itamaraty impediu que isso acontecesse, alegando que uma retaliação neste momento prejudicaria a oligarquia Kirchner nas eleições legislativas. Passadas as eleições, a disposição neste momento é aplicar as medidas para, pelo menos, obrigar os argentinos a se sentarem à mesa para conversar. Nas palavras de um ministro brasileiro, esta é a única linguagem que a Casa Rosada entende. |
06 de julho de 2009
O Globo
Manchete: Bando mata mulher em área de arrastão em Botafogo
Honduras nega entrada a Zelaya
Crise agrava pobreza no mundo
Charge Chico: No flagrante, mais um ato secreto do Senado
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Folha de S. Paulo
Manchete: Choque deixa 1 morto em Honduras
Governo usa as estatais para cobrir gasto do funcionalismo
Desvio de verba ameaça parar pesquisas sobre Aids na UFRJ
Senado tem até servidor morto para fiscalizar contas sigilosas
Marina Silva
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo impede volta de Zelaya a Honduras
Senado anuncia auditoria externa em contas secretas
Poupança atrai pouco e mudança é adiada
Dólar dá alívio de R$ 36 bi a empresas
Novo ranking põe em risco revistas científicas
Fogo em Londres: Brasileiros estão entre os mortos
Anistia: Em vez de justiça, indenização
Notas & Informações: A safra de erros na Argentina
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Jornal do Brasil
Manchete: Sarney manda investigar aliado
Zelaya tenta a volta e desiste
Museu põe acervo na web
Coisas da Política
Informe JB
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
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Correio Braziliense
Manchete: Pedestres em perigo no DF
Concurso
Fundo dos municípios: Pequenas cidades, grandes contrastes
Ministério Público: Procuradora não teme polêmicas
G-8 se reúne entre ruínas
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Valor Econômico
Manchete: Governo liberaliza regras para companhias aéreas
Trem-bala toma lugar de avião