







[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
O Globo - 01/10/2009 |
A situação da diplomacia brasileira continua crítica no impasse político em Honduras. O chanceler Celso Amorim afirmou que suspender o “abrigo” ao presidente deposto, Manuel Zelaya, na Embaixada do Brasil, seria “um incentivo a novos golpes de Estado na América Latina”. Parece esquecer-se, ou propositalmente esquece, que Zelaya também tinha um projeto golpista, à moda bolivariana, ou seja: realizar referendos para minar por dentro as instituições hondurenhas, tal qual Hugo Chávez na Venezuela e seus discípulos Evo Morales, na Bolívia, e Rafael Correa, no Equador. Já o assessor especial do presidente Lula para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que evitou criticar o fechamento de 34 emissoras de rádio por Chávez na Venezuela, acha que as tentativas de envolver o líder venezuelano na trapalhada em Honduras são “uma cortina de fumaça”. Mesmo tendo sido o presidente deposto transportado, a caminho de Honduras, num avião venezuelano, e o próprio Chávez admitido que monitorara o deslocamento de Zelaya pelo telefone, enganando quem o esperava na Assembleia da ONU, em Nova York. Tendo sido passiva (“Zelaya materializou-se na embaixada”, disse um diplomata brasileiro) ou ativa (o que o governo nega, com baixa credibilidade), a participação brasileira no episódio exacerbou o impasse. O governo interino de Honduras endureceu sua posição, enquanto Zelaya deixava mal a diplomacia brasileira ao transformar a missão em Tegucigalpa num bunker político de agitação e propaganda, em claro desafio às regras do asilo político — que ele não pede, nem o Brasil impõe, o que facilita sua atuação. Querendo ou não, o Itamaraty virou cúmplice do impasse. Logo, da crise. A grande vítima, além da credibilidade brasileira, é o povo hondurenho, pois o governo interino, sob o pretexto de evitar uma insurreição dos partidários de Zelaya, decretou estado de sítio, restringindo as liberdades civis. Embora claramente a negociação seja a única via admissível, não está afastada a hipótese de mais violência. É o pior dos mundos: o governo interino se acerca rapidamente de uma ditadura, o Brasil se vê acuado, o México — influente na América Central — se mantém mudo, e os EUA, que sempre apoiaram o retorno de Zelaya para que terminasse seu mandato constitucional, se mostram reticentes, diante das evidências das más intenções chavistas. Até agora, o vencedor é Hugo Chávez, que gosta de cultivar um clima de tensão propício a seu protagonismo bolivariano de cunho histriônico e desestabilizador. Quanto mais esticada a corta, melhor para ele. ---------------- |
O Estado de S. Paulo - 01/10/2009 |
Mais de 1,3 milhão de brasileiros assinaram o projeto de iniciativa popular, entregue terça-feira ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, que torna inelegíveis os candidatos que tiverem sido denunciados em primeira instância ou com denúncia acolhida em um tribunal por uma série de delitos - racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas -, bem como os já condenados por corrupção eleitoral. Os signatários expressam o repúdio da sociedade à anomalia que permite a delinquentes de todo tipo colecionar mandatos eletivos em busca da impunidade, quando não da reincidência no crime. Os chamados fichas-sujas, dos quais se pode dizer que não têm biografia, mas folha corrida, infestam as instituições representativas em todos os níveis, acobertados pela complacência de sucessivas levas de congressistas que, ao longo dos anos e decerto não por acaso, deixaram de vedar a brecha legal que entrelaça a bandidagem com a política. ------------ |
Folha de S. Paulo - 01/10/2009 |
A possível elevação dos juros básicos até o início de 2010 e a resistência de sua base de apoio congressual levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a reavaliar a proposta de cobrar IR (Imposto de Renda) a partir do ano que vem das cadernetas de poupança com saldo superior a R$ 50 mil. ------------- |
PROVA DO ENEM VAZA E MINISTÉRIO ANUNCIA CANCELAMENTO DO EXAME |
Autor(es): Renata Cafardo e Sergio Pompeu |
O Estado de S. Paulo - 01/10/2009 |
O vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) levou o Ministério da Educação a cancelar na madrugada de hoje a prova, que seria aplicada no fim de semana para 4,1 milhões de candidatos em 1,8 mil cidades do País. A decisão foi tomada pelo ministro Fernando Haddad após ter sido alertado pela reportagem do Estado sobre a quebra do sigilo do exame. "Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance", afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1h, por telefone. Ontem à tarde, o jornal foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil. "Isto aqui é muito sério, derruba o ministério", afirmou o homem. O Estado consultou rapidamente o material, para checar sua veracidade, sem se comprometer com a compra. Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. A comprovação da fraude se baseou em elementos repassados ao ministro pela reportagem, via telefone e e-mail. As questões originais estavam guardadas em um cofre, que foi aberto ontem à noite para confirmar a informação. No exame que o Estado teve acesso, a prova de linguagens e códigos, que seria aplicada no domingo, tinha na questão número 1 uma tira da personagem de história em quadrinhos Mafalda. Na folha seguinte, o exame reproduzia uma bandeira do Brasil com a área verde parcialmente suprimida, simbolizando o desmatamento. A imagem lembra uma campanha publicitária famosa da organização não governamental SOS Mata Atlântica. Embaixo dela, a prova tinha a seguinte frase: "Estão tirando o verde de nossa terra." Em outro trecho do exame, também no alto, à esquerda, os examinadores usaram no enunciado o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, aquele que começa com os versos "Minha terra tem palmeiras/onde canta o sabiá". As questões da bandeira e do poema foram confirmadas pelo MEC como originais. Outro trecho literário usado no Enem tinha o verso de Carlos Drummond de Andrade: "No meio do caminho tinha uma pedra/tinha uma pedra no meio do caminho". Mais adiante, a prova reproduzia um texto da revista Veja sobre o filme Touro Indomável, de Martin Scorsese. Outro personagem usado no Enem era o gato Garfield. O programa de mensagens instantâneas MSN é mencionado em uma das questões. O encontro no qual o Estado viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas. "Ninguém aqui é bandido, ninguém tem ficha na polícia, nós dois temos emprego", disse o homem. Ele afirmou que recebeu o material "de Brasília, de gente do Inep, do MEC". Disse que viu na situação a oportunidade de ganhar dinheiro. "Não tenho motivação política." Ele afirmou que procurou um advogado para orientá-lo. "Registramos em cartório cópias das provas." Seu companheiro, mais incisivo, cobrou o tempo todo da reportagem uma posição sobre o pagamento dos R$ 500 mil. "Isto aqui é muito grande, eu não quero correr o risco de morrer por nada." Diante da negativa da reportagem, ele se impacientou. "A gente vende isto aqui até por mais dinheiro", disse, revelando a intenção de procurar emissoras de TV. ---------------- |
Com folga, Senado aprova Toffoli para o STF |
Autor(es): Carolina Brígido |
O Globo - 01/10/2009 |
"Não haverá vínculo político ou partidário", diz advogado da União, que teve 58 votos a favor, 9 contra e 3 abstenções
BRASÍLIA. O plenário do Senado aprovou ontem com folga a indicação do advogado-geral da União, José Antonio Toffoli, de 41 anos, para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram 58 votos a favor, nove contra e três abstenções. Antes disso, Toffoli passara por sete horas de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que também legitimou a indicação, com placar de 20 votos a três. Antes de começar a ser interrogado pela comissão, o advogado ergueu um exemplar da Constituição federal e declarou que, se fosse aprovado para o cargo, obedeceria apenas aos princípios constitucionais. Como ele foi advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a oposição teme que Toffoli continue levantando a bandeira governista como ministro da mais alta Corte do país. — Se o Senado me der a honra de ir para o STF, serei juiz da nação brasileira, da Constituição brasileira. Não haverá mais nenhum vínculo político ou partidário — disse o advogado. Tucano questionou currículo e condenações no Amapá Na sessão da CCJ, a oposição concentrou-se na voz solitária do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O tucano tocou em pontos polêmicos sobre a indicação, como o fato de Toffoli não ter pós-graduação, não ter publicado livros, ter sido reprovado em dois concursos para juiz e ter sido condenado em primeira instância pela Justiça do Amapá. — O Supremo Tribunal não pode ser um cabide para nomear pessoas alinhadas com o governo. Vamos dar a Vossa Excelência tempo para se preparar melhor e dar agora chance a notáveis juristas brasileiros que honrariam o STF se tivessem sido indicados pelo presidente da República — disse o senador. Em sua defesa, Toffoli disse que optou pela advocacia e não pela vida acadêmica. Citou também texto do jurista Paulo Bonavides dizendo que a aprovação ou não em concurso público não é capaz de aferir o saber jurídico de uma pessoa. O advogado também afirmou que seu aprendizado como assessor jurídico da bancada do PT na Câmara foi tão efetivo quanto uma pósgraduação. Os ataques de Dias não encontraram eco nem mesmo entre os tucanos. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), fez elogios tão veementes a Toffoli que o levou às lágrimas. — Apesar de ter recebido manifestações contrárias em meu gabinete contra a sua indicação, reconheço que Vossa Excelência conhece o Direito. Não tenho dúvida de que o meu voto será pela sua indicação — declarou o tucano. Os elogios da oposição silenciaram até mesmo o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). — Nem vou fazer defesa dele. Já tem tanta gente fazendo isso... Vai ficar over — disse, enquanto deixava o plenário da CCJ para fazer um lanche. Novato ganha elogios dos agora colegas de STF Após a sabatina, o presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, elogiou o futuro colega: — Seguramente ele é uma pessoa qualificada. Vem exercendo a função de advogadogeral da União com grande responsabilidade e mantendo um diálogo altivo com o Supremo. Vai dar continuidade ao esforço que estamos fazendo de modernização do STF para transformá-lo numa autêntica corte constitucional do Brasil. Ayres Britto concordou, dizendo que a juventude de Toffoli qualificará os debates e vai arejar a corte.
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Toffoli é aprovado e diz que atuação para Lula é "passado" | ||
Folha de S. Paulo - 01/10/2009 | ||
Com apoio de parte da oposição, ex-advogado-geral da União passa no Senado por 58 a 9 Mais novo integrante do Supremo Tribunal Federal tem apenas 41 anos e poderá ficar por quase três décadas na mais alta corte do país
de passar também no plenário DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Com apoio da oposição, José Antonio Dias Toffoli foi aprovado ontem pelo Senado para ingressar no Supremo Tribunal Federal. Foram 58 votos a favor, 9 contra e 3 abstenções. Até então advogado-geral da União do governo Lula, Toffoli conseguiu superar críticas de sua vinculação ao PT. Ele tem 41 anos e poderá ficar no tribunal por quase três décadas. |
01 de outubro de 2009
O Globo
Manchete: Meirelles e Amorim põem BC e Itamaraty na campanha
Madri parte para ataque à Rio 2016
Toffoli no STP pode mudar caso Battisti
Terremotos devastam ilhas em 2 oceanos
Foto legenda: O retrato do estado de sítio
Desigualdade cresce no campo em 10 anos
Enem: recorde de 4,1 milhões de inscritos
Eike amplia seus domínios na Glória
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Folha de S. Paulo
Manchete: Concentração de terra cresce no país
Tremor e tufão matam centenas na Ásia
Operação em Honduras prende 55 oposicionistas
Jogos de 2016
FMI vê risco de ciclo recessivo 'em forma de W'
Meirelles diz a Lula que juros podem subir antes de 2010
Senado aprova ex -advogado do PT para vaga no Supremo
Teste reprova call centers da Oi e da Telefônica
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Indústria precisará de US$ 400 bi para pré-sal
Catástrofes em série matam na Ásia e Oceania
TJ manda caso da censura ao 'Estado' para o Maranhão
PF não aponta culpados pelo acidente da TAM
Enem deve valorizar questões ambientais
Exército acaba com protesto de camponeses pró-Zelaya
Agropecuária: Concentração de terras cresce
Judiciário: Senado aprova Toffoli para STF
Notas e Informações: O veto aos fichas-sujas
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Jornal do Brasil
Manchete: Rio concentra investimentos em transportes para 2016
Foto legenda: Pacífico furioso
Clima político muito perigoso
Senado aprova Toffoli no STF
Coisas da política
Informe JB
Anna Ramalho
Passe na mão
Editorial
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
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