



[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
CPI para investigar MST é criada no Congresso |
Autor(es): Evandro Éboli |
O Globo - 22/10/2009 |
Na última hora, governistas retiram 23 assinaturas, mas oposição apresenta mais 68 e consegue o número mínimo BRASÍLIA. A CPI do MST foi criada ontem com a leitura do requerimento da oposição que pretende investigar repasse de dinheiro público para a entidade. Os ruralistas conseguiram assinaturas suficientes de deputados e de senadores para apresentar o pedido. O governo teria até a meia-noite de ontem para convencer parlamentares a retirar assinaturas. Às 23h50m, faltando dez minutos para o fim do prazo, os deputados Maurício Rands e Doutor Rosinha, ambos do PT, ainda entregaram um documento informando que 23 deputados da base aliada retiravam suas assinaturas. Mas, logo em seguida, ainda dentro do prazo, os oposicionistas Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), autores do pedido de criação da CPI, apresentaram mais 68 assinaturas de deputados, e o requerimento passou a contar com 210 assinaturas. Com isso, já no início da madrugada de hoje, a Mesa Diretora do Congresso decretou a derrota dos governistas e confirmou a criação da CPI. Para apresentar o requerimento, são necessárias 171 assinaturas de deputados e de 27 senadores. Ao todo, 35 senadores assinaram o requerimento, e nenhum deles voltou atrás. Esta é a segunda tentativa da oposição de investigar o MST. No início de outubro, 43 deputados da base aliada retiraram seus apoios depois de terem sido pressionados pelo governo. Desde cedo, deputados da oposição apostavam ontem que o governo, desta vez, não conseguiria impedir o funcionamento da CPI, o que acabou se confirmando. Eles acreditam no efeito “trator” do MST, que foi flagrado utilizando uma dessas máquinas para destruir um laranjal na fazenda de uma empresa no interior de São Paulo. Essa imagem ganhou o país e gerou reações contrárias ao movimento. Até mesmo deputados do PT concordam que o episódio foi péssimo para imagem dos sem-terra, ainda que discordem da CPI. — Essa CPI é o sujo falando do mal lavado. Quem quer a CPI são latifundiários e grileiros de terra. E, do outro lado, um pessoal que invade fazenda e destrói inexplicavelmente plantação de laranja — disse Anselmo Jesus (PT-RO). Mais cedo, o deputado e ruralista Homero Pereira (PR-MT), um dos vice-presidentes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), disse acreditar que o governo não teria forças para impedir a criação da CPI. — Não há ambiente para evitar essa investigação. O MST não pode ficar impune e deixar o governo seu refém. Vamos apurar esse dinheiro, que é público. Quem não deve, não teve — afirmou Homero Pereira. Para o deputado Zé Geraldo (PT-PA), ligado ao movimento, o objetivo da oposição não é atingir o MST, mas o Incra. — Reforma agrária não se faz da noite para o dia. Uma coisa é assentar no Sul, onde o agricultor está habituado com a terra e tem outra formação. Outra coisa é no Norte, onde os assentados são pessoas que até então trabalhavam em garimpos e são analfabetos. De qualquer maneira, essa CPI, se instalada, será esvaziada — disse Zé Geraldo. ----------------
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O Estado de S. Paulo - 22/10/2009 |
A Justiça Eleitoral está diante da obrigação de dizer se de algo terão servido as advertências do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, sobre o imperativo de ela tomar posição em face do que chamou "esse tipo de vale-tudo", a acintosa campanha do presidente Lula em favor de sua candidata à sucessão, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não só muito antes do prazo permitido, mas também com o uso - e abuso - da máquina federal e com dinheiro público. Na semana passada, numa operação especialmente montada para fazê-la compartilhar de sua popularidade no Nordeste, o seu reduto por excelência, Lula percorreu em 3 dias 11 cidades do norte de Minas, Bahia, Pernambuco e Ceará a pretexto de "fiscalizar" as obras de transposição do Rio São Francisco. O presidente subiu ao palanque, admitiu que fazia comício, deu uma entrevista depois da outra, disse que a sucessão deveria ser idealmente um embate entre "nós e eles", comentou que Dilma e o outro aspirante a candidato governista, deputado Ciro Gomes, também participante da caravana, "têm vocação para serem cantores solo" e fez ironia com o presidenciável tucano José Serra. Falou o que quis, porque quis, quando quis. Com a sem-cerimônia de costume, nem se preocupou em disfarçar o caráter político-eleitoral da viagem em que se vangloriou sem cessar de ter posto em marcha "uma das maiores obras do mundo". Além disso, houve sorteio de casas, comilança e cantoria. "Nem o mais cândido dos ingênuos acredita que isso é uma fiscalização de obras", apontou Gilmar Mendes. Ele se guardou de julgar se "apresentar alguém como candidato em atividades de governo é compatível com a Constituição". Mas não deixou dúvida sobre a sua convicção de que a Justiça Eleitoral tem de discutir a questão, respondendo, por exemplo, se é lícito "transformar um evento rotineiro de governar em um comício". Exortou a Procuradoria-Geral Eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a comparar "como se fiscalizava obra antes, como se está a fiscalizar agora". O ministro não ignora que todo governo tem uma vantagem de partida sobre a oposição - "mais-valia natural", nas suas palavras - em matéria de exposição de seus candidatos. Mas caberia às leis e aos tribunais, por isso mesmo, defender a igualdade de oportunidades eleitorais, coibindo os abusos dos poderosos de turno. Nesse ponto, o País está malservido. A legislação eleitoral e a jurisprudência focalizam apenas as condutas dos candidatos e autoridades a partir do início oficial das campanhas. "Em ano pré-eleitoral", diz o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, "é muito difícil separar o que é ação de governo e o que é propaganda eleitoral antecipada." Para ele, "considera-se que ninguém está pedindo voto porque não há candidato formal". O argumento desconsidera que Dilma é a candidata notória do presidente e que, desde o ano passado, ele trabalha ostensivamente para promovê-la. Há formas e formas de pedir votos para alguém. Em fevereiro, Lula aproveitou a realização, em Brasília, de um Encontro Nacional de Prefeitos para cobrir Dilma de elogios. A oposição acionou o TSE - e perdeu. "Não há provas de que o evento tenha tido finalidade de cunho eleitoral", entendeu o relator do caso, Arnaldo Versiani, apoiado pela unanimidade dos seus pares. Recentemente, a oposição foi de novo derrotada, também por falta de provas, ao recorrer contra o programa eleitoral do PT que apresentou Dilma em contexto "triunfal". O ministro Britto diz que os pedidos eram inconsistentes e insuficientemente documentados. Anteontem uma nova representação - a sexta do gênero - deu entrada no TSE, agora para condenar o presidente e a ministra pelo uso do poder político e recursos públicos na caravana eleitoral às margens do São Francisco. Fica difícil imaginar que outras provas, além das irrefutáveis evidências trazidas pelo noticiário, a Justiça precisa desta vez para reconhecer o ilícito cuidadosamente planejado. Se não o fizer, estará dando carta branca para o presidente reincidir no abuso, porque não será o senso ético que o deterá. "O governo Lula", diz o ministro Gilmar Mendes, "testa os limites de tolerância da Justiça Eleitoral." Resta esperar que sejam menos amplos do que o retrospecto sugere. ------------- |
Folha de S. Paulo - 22/10/2009 |
Compromisso entre os partidos para 2010 indica força do lulismo, apesar da dianteira da oposição nas pesquisas eleitorais FOI SELADO na noite de anteontem, em jantar oferecido pelo presidente Lula no Palácio da Alvorada, o pré-compromisso entre PT e PMDB visando às eleições de 2010. Nos termos do que foi conversado, além da coligação formal entre as legendas, o partido representado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (SP), deverá ficar com a vaga de vice na chapa da situação. ------------ |
O Estado de S. Paulo - 22/10/2009 |
O governo e seus aliados continuam trabalhando energicamente para montar um bom orçamento de campanha, feito sob medida para a gastança eleitoral do próximo ano. Para facilitar a execução da tarefa, os governistas conseguiram entregar a relatoria da proposta orçamentária ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo. O esforço tem produzido resultados admiráveis. Jucá propõe acrescentar R$ 14,76 bilhões à previsão de receita. Se a ideia for aprovada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá mais dinheiro para investir nas candidaturas de seu interesse, a começar, naturalmente, pela da ministra Dilma Rousseff, se ela se mantiver na corrida. O governo tem recorrido a dois expedientes para ampliar a gastança em 2010. Um deles é a redução da meta fiscal. Ao descontar do cálculo do superávit primário os principais programas de investimentos, o Executivo de fato aumenta suas possibilidades de gastos. Formalmente manterá o compromisso de obter um superávit primário equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Na prática, o resultado será bem menor, por causa das deduções. O último lance, nessa parte do jogo, foi a inclusão do Minha Casa, Minha Vida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com o desconto de mais esses investimentos e a adição de R$ 14,76 bilhões à previsão de receita, o potencial de gastos adicionais em 2010 chega a R$ 22,6 bilhões. O segundo expediente é o aumento da arrecadação estimada. Parte do acréscimo, cerca de R$ 3,7 bilhões, virá da tributação do capital estrangeiro aplicado em ações e em papéis de renda fixa. A cobrança de 2% de IOF sobre esse dinheiro entrou em vigor na terça-feira. Outros R$ 6,4 bilhões deverão vir da inclusão de mais depósitos judiciais na receita primária, isto é, não financeira. Hoje o governo pode incluir na arrecadação os depósitos correspondentes a pendências tributárias. Com a aprovação da Medida Provisória 468, poderá contar como arrecadação também os valores não tributários. O governo poderá dispor também de recursos de outras fontes. Empresas exportadoras terão de pagar, em prestações, o Imposto sobre Produto Industrializado correspondente ao crédito fiscal usado indevidamente durante anos. O débito foi caracterizado com base na decisão do Supremo Tribunal Federal contra a pretensão das empresas. As parcelas previstas para 2010 deverão proporcionar uma arrecadação estimada em R$ 4,5 bilhões. O resultado deverá incluir outros ajustes menores. A maior parte dessa receita adicional será temporária. Por exemplo: a tributação do capital estrangeiro aplicado em ações e em papéis de renda fixa será eliminada, presumivelmente, num prazo não muito longo. O IOF de 2% terá um efeito limitado sobre o câmbio ? objetivo principal da cobrança desse tributo, segundo a explicação oficial. A tendência de valorização do real provavelmente se manterá a médio prazo. No entanto, os danos causados por esse aumento do imposto deverão acumular-se e causar sérios incômodos em pouco tempo. O financiamento da dívida pública ficará mais caro e a capitalização das empresas brasileiras no mercado nacional será prejudicada. Em contraste, os gastos adicionais programados para 2010 serão em grande parte permanentes. É muito difícil a redução das despesas com a folha de salários e encargos. O governo federal já elevou os vencimentos em 2009 e provavelmente concederá novos aumentos no próximo ano, porque não terá disposição política para resistir às pressões. Da mesma forma, o aumento das transferências de renda por meio dos programas sociais, como o Bolsa-Família, será convertido num compromisso de longo prazo. Só haverá alguma liberdade para se mexer nesses benefícios quando a política de subsídio aos pobres incluir uma segunda etapa ? a fase de saída, por meio da educação e da ampliação das oportunidades de trabalho produtivo para os assistidos. A caravana eleitoral na Bacia do São Francisco e outros atos semelhantes comandados pelo presidente Lula são apenas a parte mais ostensiva da campanha iniciada pela cúpula do governo. Menos visível para a maioria das pessoas, mas até mais importante por suas consequências, é o afrouxamento cada vez mais perigoso da política orçamentária. Os efeitos da gastança poderão prejudicar o País durante muitos anos. ------------ |
22 de outubro de 2009
O Globo
Manchete: Contra novas invasões, PM ataca facção em 10 morros
Policiais roubam tênis de assassinado
Prioridade para os jovens em transplantes
Lula diz que 'inaugurações' só começaram
Programa de FH também vira PAC
Publicidade oficial cresce com eleições
CPI do MST é criada para apurar repasses
Enade: fotos mostram provas sem lacre
Dólar: Mantega já fala em novas medidas
Recorde de crianças vacinadas
Rio terá mais turistas que vêm de navios (págs. 1 e 19)
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Folha de S. Paulo
Manchete: No Brasil, Cristo teria de se aliar a Judas, diz Lula
Foto legenda: Tiro no escuro
Negociadores do Irã aceitam proposta para acordo nuclear
Belluzzo critica medidas do BC para segurar o câmbio no país
Adolescentes e crianças vão ter prioridade em transplante
Brasil denuncia à OEA tortura em Honduras
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo propõe livrar da prisão pequenos traficantes
Ministro diz que IOF só serve para arrecadar
Foto legenda: Pará: madeira barrada pela comunidade
Crianças terão prioridade nas filas de transplante
Em pré-acordo, Irã aceita enviar à Rússia seu urânio
Instalada CPI para investigar repasses de verba ao MST
Direto Da Fonte: Parceria inusitada
Notas e Informações: Bilhões para a campanha
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Jornal do Brasil
Manchete: Fuzis das Farc a caminho do Rio
BC mantém juro em dia de recuperação de choque
Foto legenda: Obama no bambolê
Novas regras para transplantes
Educar e inovar: desafios do país
Coisas da política
Anna Ramalho
Informe JB
Editorial
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
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Correio Braziliense
Manchete: Brasiliense vive três anos a mais
Presa por forjar o próprio seqüestro
A resposta da polícia: investigação “embrionária”
Política econômica: Compulsório vai manter juros baixos
Rio ganhou R$ 200 mi no combate à violência
Saúde: GDF chama mais 814 concursados
Caso HRAN: Dentistas vão tentar corrigir um absurdo
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Valor Econômico
Manchete: Bancos disputam clientes para o boleto eletrônico
Brasil corta licenças para importados da Argentina
Minas entra no desenho da sucessão com Costa
Foto legenda: Nova faixa de disputa
Garantia ameaça obras no Madeira
Frigorífico quer vender carne com marca
Governo do México eleva impostos e corta gastos para sair da crise (págs. 1 e A15)
Fabricantes de alimentos como a Café Bom Dia agregam valor para elevar exportações, diz Sydney Marques (págs. 1 e B16)
Aquecimento global
Sinais de recuperação
Shopping popular
Brasil ganha espaço na VW
Selic fica nos 8,75%
Prefixados perdem no mês
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