






A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Autor(es): Julia Duailibi |
O Estado de S. Paulo - 10/11/2009 |
Mineiro deve receber deputado em encontro público na próxima semana O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o deputado Ciro Gomes (PSB), pré-candidatos à Presidência da República, costuraram uma estratégia conjunta de atuação com o objetivo de se fortalecerem na corrida presidencial de 2010. Os dois articularam agenda pública comum para mandar mensagem de unidade e de capacidade de aglutinar forças políticas a seus partidos e adversários. A ideia é que já na próxima terça-feira Aécio e Ciro almocem juntos no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, para dar publicidade à dobradinha. Os dois, que cultivam boa relação pessoal, têm conversado com frequência, no momento em que encontram dificuldades para colocar na rua suas candidaturas ao Planalto. Aécio disputa com o governador paulista, José Serra, a indicação do PSDB para concorrer à Presidência. Nas últimas semanas, entrou numa queda de braço com Serra para antecipar a data de escolha do candidato tucano - o paulista é contra a antecipação da candidatura. Aécio, com projeção nacional menor que Serra, quer que a escolha do nome seja feita até o começo do ano que vem. Os dois governadores conversaram anteontem por telefone e devem se encontrar nos próximos dias para tentar um entendimento. O encontro com Ciro é útil para Aécio, porque ilustra o que o mineiro tem dito ser o seu diferencial: ter condições de agregar mais forças políticas em torno do projeto presidencial tucano que Serra - o paulista e Ciro são desafetos políticos. Para Ciro, a boa relação com o Minas vem a calhar. Está melhor colocado nas pesquisas que a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), mas, além de não ter respaldo na cúpula do governo para lançar sua candidatura, setores do PT trabalharam para asfixiá-la retirando o apoio de outras legendas. "Sou pré-candidato a presidente. Se Aécio não conseguir sua indicação no PSDB, quero ter a simpatia de Minas", disse o deputado. O pré-acordo entre PT e PMDB também prejudicou entendimento em torno da indicação de Ciro para vice de Dilma, posto defendido por setores do PSB. Na corrida para viabilizar seu nome, o governador mineiro passou o dia em São Paulo onde se encontrou com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Ao comentar as críticas feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao governo Lula, Aécio afirmou que se deve tomar cuidado para não cair na "armadilha" do debate plebiscitário, defendido pelo PT - em artigo no Estado há quase dez dias, o ex-presidente classificou de "autoritarismo popular" a gestão petista. Embora tenha defendido FHC, ao dizer que o ex-presidente tem "autoridade intelectual e política", Aécio afirmou que, "do ponto de vista eleitoral, devemos o construir uma estratégia que fuja da armadilha da eleição plebiscitária". "Não é um jogo de vida ou morte", completou. Aécio montou seu discurso para os empresários apresentando-se como alternativa política, com maior condição de governabilidade. "Não queremos apenas vencer as eleições e criar de novo um radicalismo que assistimos em 94, 98, 2002 e 2006. Não gostaria que 2010 fosse a reedição das últimas eleições, onde quem perde vai para o outro canto do ringue, criando dificuldades". Seguindo FHC, ele subiu o tom das críticas. Disse que o aumento dos gastos do governo prejudica a capacidade de investimento. "(O País) perdeu oportunidades num ciclo expansivo da economia mundial e menos ainda agregou o que quer que seja do ponto de vista administrativo. Nesse caso, registre-se, ocorreu retrocesso." À tarde, em entrevista ao programa Show Business, de João Dória Jr., na Band, disse que o Brasil vive uma "monarquia republicana", em razão da concentração de recursos nas mãos da União. ------------ |
O Estado de S. Paulo - 10/11/2009 |
Não há muito o que contestar no argumento utilizado pelo governo Lula para justificar sua política de aumentos de vencimentos de funcionários de diferentes carreiras da administração pública. Um país moderno, eficiente e capaz de assegurar presença destacada no cenário internacional precisa contar com quadros qualificados, como diz a secretária em exercício de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Maria do Socorro Mendes Gomes. E isso custa dinheiro ? do contribuinte. No entanto, o que a sociedade vem pagando para sustentar a folha de pessoal cada vez mais onerosa do governo federal não tem resultado em melhora da qualidade dos serviços públicos. Tem resultado, isto sim, na melhora da vida de um grupo de brasileiros que não precisa temer a demissão, pois goza de estabilidade, nem precisa se preocupar com a renda futura, pois terá aposentadoria tranquila. É esse grupo que, com a aproximação da eleição, vem merecendo atenção cada vez mais generosa do governo do PT. A reportagem publicada pelo jornal Valor na segunda-feira sobre a remuneração média do funcionalismo federal, comparando-a com a dos empregados do setor privado, não deixa dúvidas: ganha-se muito mais no governo federal do que na empresa particular. É a enorme diferença em favor do funcionalismo que explica o índice, observado em concursos para determinados cargos, de quase 400 candidatos por vaga. A situação privilegiada dos funcionários da União não surgiu no governo Lula. Em 1993, por exemplo, quando estava prestes a começar o governo FHC, a média dos salários do funcionalismo federal era 51,4% maior do que a dos empregados das empresas particulares. Em 2002, último ano do governo FHC, a diferença tinha subido para 78,9%. No ano passado, o sexto da gestão do PT, chegou a 101,3%. Em 2009, a diferença deve ser ainda maior e certamente continuará a crescer daqui para a frente, em razão dos benefícios concedidos a partir de 2003. A folha de pessoal da União vem aumentando seguidamente desde 2004, por conta de generosas correções dos vencimentos do funcionalismo, com índices superiores aos da inflação, da contratação desenfreada de servidores e dos ajustes específicos para diferentes carreiras do funcionalismo. Os aumentos diferenciados, incluídos os concedidos aos militares, resultarão no crescimento de R$ 40 bilhões nos gastos com pessoal até 2012. Nos sete anos do governo Lula, o Executivo contratou liquidamente 57,1 mil funcionários. Mais 14,4 mil poderão ser contratados no ano que vem, de acordo com leis já aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente. A proposta de Orçamento da União para 2010 cria mais 77,7 mil cargos federais, dos quais 56,8 mil poderão ser preenchidos no próximo ano, embora não esteja claro de onde virá o dinheiro para essas contratações. Trata-se, no caso dos aumentos salariais para algumas carreiras, de "investimento na inteligência operacional e estratégica do Estado", procurou justificar a secretária Maria do Socorro Mendes Gomes, em entrevista ao Valor. Não há, porém, nenhuma comprovação de que à melhora dos salários do funcionalismo "mesmo em época de crise, como a que o País enfrentou até há pouco e ainda provoca a redução da arrecadação tributária e forçou as empresas particulares a adotar drásticas medidas de contenção de gastos, inclusive com pessoal" venha correspondendo uma melhora na qualidade dos serviços prestados à sociedade. Em defesa de sua política de pessoal, o governo anuncia o estabelecimento de um sistema de avaliação do desempenho dos servidores federais. Mesmo, porém, que coloque em prática o esquema de avaliação, seus resultados, em termos de qualidade do serviço, serão muito limitados. Nas principais carreiras beneficiadas com grandes aumentos no governo Lula, foi reduzida a diferença entre o salário de admissão, que subiu muito, e o de fim de carreira. Se, por mau desempenho, não receber nota boa na avaliação, o funcionário não terá muito a perder. E, mesmo que receba nota péssima, não tem por que se preocupar. Não pode ser demitido e já ganha muito mais do que ganharia na mesma função na iniciativa privada. Melhorar o desempenho, então, para quê? ------------ |
Dora Kramer - Dora Kramer |
O Estado de S. Paulo - 10/11/2009 |
Os políticos costumam celebrar os feitos de Juscelino Kubitschek, sendo o mais célebre - mas não necessariamente o mais celebrado, é verdade - a construção de uma cidade no meio do nada e a transferência da capital da República do Rio de Janeiro para Brasília. O senso comum costuma atribuir os males da política a essa mudança e, a ela, o distanciamento entre representantes e representados. Há os que também responsabilizam a transferência da capital pelo início dos dissabores que assolam o Rio, mas essa é uma outra história. O que nos interessa aqui é o fato: Brasília é a capital do Brasil há quase 50 anos. E é na capital que funciona a sede do Congresso Nacional, local de trabalho de deputados federais e senadores. Quando a sede da República era no Rio, todos moravam na cidade e não havia discussão, nem visitas semanais obrigatórias às bases ou jornada de trabalho reduzida às terças e quartas-feiras. Para o atendimento das demandas locais existem os deputados estaduais e os vereadores. Parece claro. Mas não é tão cristalino assim para suas excelências que não apenas passam a maior parte do tempo longe do local de trabalho onde deveriam dar expediente, como querem tirar vantagem da ausência e ainda nos convencer de que estão no gozo de seu direito pleno. No domingo, o jornal O Globo publicou uma dessas reportagens que não revelam nenhuma novidade, mas retratam uma lamentável realidade com a qual se convive pela força da inércia. O jornal fez algo muito simples e de grande utilidade: na quinta-feira passada pôs um repórter-fotográfico a registrar os deputados que marcavam presença em plenário e outro a conferir o movimento de saída no aeroporto. Claro que flagrou várias excelências - algumas de bom histórico - no exercício da mais deslavada das gazetas. Os mesmos deputados que vinte minutos, meia hora, uma, duas ou três horas antes marcavam o ponto no plenário, preparavam-se para o embarque em direção aos seus Estados, deixando as presenças devidamente registradas como se lá estivessem. Uma fraude, certo? Nenhuma diferença em relação ao servidor que assina o ponto sem trabalhar, só para constar e tornar regular o pagamento registrado no contracheque, correto? Não para a corregedoria nem para a procuradoria da Câmara, muito menos para os parlamentares flagrados. Com anuência do corregedor e do procurador, eles justificam que a prática é habitual e não se configura como gazeta porque o regimento interno os libera quando as votações são simbólicas, como em geral ocorre às quintas-feiras. E quem disse que o trabalho do parlamentar se resume ao plenário? E quem disse que é certo marcar uma presença inexistente? O regimento? O mesmo que não proibia o desvio da cota de passagens aéreas? Pois é, nem tudo na vida é manual. Há aspectos que só compreende quem tem um mínimo de escrúpulos. Honra ao demérito Entre punir a turba de 700 agressores ou castigar a aluna agredida, a Universidade Bandeirante fez a escolha que lhe pareceu financeiramente mais vantajosa. Numa visão pragmática, optou pela maioria: antes a baixa de uma mensalidade que o risco de um déficit de receita mais pesado. As garantias individuais, a liberdade de ir e vir, a civilidade, o princípio da igualdade, da tolerância, do respeito ao próximo, tudo foi mandado devidamente às favas em nome da supremacia da vontade da maioria e sob uma justificativa esfarrapada: as atitudes "provocativas" da moça que vai de saia curta à escola. Algo a ver com política? Tudo, principalmente nessa quadra em que o mais importante é o resultado e os fins justificam o uso de quaisquer meios. Ainda que as armas preventivas de defesa da moral e dos bons costumes representem um elogio à selvageria coletiva e agridam o artigo 5º da Constituição Federal. Lá está escrito que todo cidadão é livre para fazer tudo o que estiver dentro da lei e que ninguém será submetido a tratamento degradante. Qual o crime da estudante Geisy Arruda? Divertir-se sacudindo a libido alheia. Qual a atrocidade dos bárbaros indomados? Impingir a outrem tortura moral e ameaça de linchamento físico. Qual a infração da Universidade? Impor sua opção pela lei do mais forte em detrimento à lei mais forte do País, extinguindo por conta própria os ditames da Constituição. Na Uniban não vigora o Estado de Direito. Lá viceja a liberdade de injuriar, agredir, humilhar, desrespeitar e barbarizar. Se não há garantias para Geisy, não há para mais ninguém que desobedeça aos critérios de conduta impostos pela malta à qual a Uniban conferiu salvaguarda para defender o "ambiente escolar" com a truculência que achar conveniente à ocasião. Até no recuo de última hora pautado pela repercussão negativa, não pela convicção do que é certo e do que é o errado, a Uniban assemelha-se ao pior da política. --------------- |
"A gente até aguentaria mais 5 anos", diz Lula |
Autor(es): Clarissa Oliveira |
O Estado de S. Paulo - 10/11/2009 |
Homenagem a José Alencar, ontem à noite na Fiesp, reuniu os principais nomes cotados para a corrida de 2010 como Dilma, Serra, Aécio e Ciro Os principais nomes colocados para a corrida presidencial do ano que vem deram uma trégua nas críticas e se juntaram na noite de ontem em uma plateia montada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para homenagear o vice-presidente José Alencar. Na cerimônia em que o vice recebeu o título de presidente emérito da entidade, dividiram espaço a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e os governadores tucanos José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, além do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Em geral, o tom de homenagem guiou os discursos. Ainda assim, coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva reservar espaço em sua fala para alguns apartes sobre temas eleitorais. O presidente, que chegou a derrubar algumas lágrimas ao lembrar a parceria com Alencar, brincou sobre a possibilidade de um terceiro mandato. "A gente até que aguentaria mais uns cinco anos." Serra e Lula - únicos a discursar além de Alencar e do presidente da Fiesp, Paulo Skaf - se revezaram em elogios ao vice. Serra recorreu ao discurso sobre o perfil trabalhador e empreendedor de Alencar. Já Lula descreveu o vice como sua "cara-metade". "Foi uma dádiva de Deus ter te encontrado", disse. No discurso, contudo, Lula encaixou uma alfinetada discreta em Serra. Após o governador tucano ter cumprimentado as autoridades presentes em seu discurso, o presidente abriu sua fala dizendo que não reverenciaria a todos, pois não tinha em mãos uma nominata. "Mas como não sou mais candidato nem preciso cumprimentar muita gente", emendou. Lula também arrancou lágrimas de Alencar ao relembrar o convite que lhe fez para compor a chapa presidencial de 2002. "Quem sabe se a gente tivesse se conhecido há muito mais tempo, eu não tivesse perdido tantas eleições", disse Lula. "Eu já estava cansado de ter sempre 30% dos votos." O presidente disse ter sido indagado por Alencar se o PT o aceitaria na Vice-Presidência. "Eu é que estava aceitando, que estava precisando." Serra procurou dizer que Alencar se aproximou do povo paulista. "Essa proximidade com São Paulo parece até uma coisa de predestinação", afirmou, ao lembrar que o local de nascimento do vice, em Minas, costumava se chamar São Paulo do Muriaé. Alencar, por sua vez, também não economizou nos afagos a Lula. "Ninguém vota no vice-presidente. Vota no titular. Eu procurei não atrapalhar as duas campanhas e acho que não atrapalhei, porque nós ganhamos", disse. E, reconhecendo que passou bastante tempo no exercício da Presidência, lembrou que achava que Lula não viajaria muito para o exterior. Ainda assim, o vice garantiu em seu discurso ao menos uma brincadeira tradicional. Ao falar do crescimento econômico, observou: "Não é graças aos juros altos não. É apesar deles." --------------------- |
10 de novembro de 2009
O Globo
MEC faz propaganda do governo no Enade
Gazeta da 5ª feira ignora fila de projetos
Uniban recua e mantém aluna que usou minissaia
Foto legenda: A nova queda do Muro
Corte de gás-estufa ficará em 40%
Venda de ar condicionado sobe e luz cai
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Folha de S. Paulo
Manchete: FGTS tem o menor ganho da história
Universidade volta atrás e anula expulsão de estudante
Foto legenda: 20 anos nesta noite
Governo de SP adia prova de 2,5 milhões de alunos
Brasil não terá meta obrigatória para reunião do clima, diz Dilma
Erro na conta de luz causa perda de R$ 631 foi só no 1º semestre
Justiça na Bahia acata ação contra três empreiteiras
Cotidiano: Tribunal errou quando anunciou que guarda tinha sido absolvido (págs. 1 e C4)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dólar cai a R$ 1, 70 e BC prevê que câmbio seguirá instável
Festa do Muro lembra vítimas do comunismo
Emenda facilita criação de municípios
Criticada, Uniban recua de expulsão
Governos usam 'esquema legal' contra mídia, diz SIP
Planalto muda e aceita fixar meta ambiental
Polêmica: José Celso Martinez Corrêa
Notas e Informações: Chávez vai à guerra
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Jornal do Brasil
Manchete: Vendas de veículos desafiam a crise
Repressão recua: Entidades intercedem a favor de Geisy
Número de acidentados cai 26,7% com Lei Seca
Helicóptero seria alvo de sem-terra
Todos festejam Queda do Muro
Coisas da política
Informe JB
Anna Ramalho
Editorial
Sociedade Aberta
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Correio Braziliense
Manchete: Castigos sem crimes
Comércio tem três mil vagas abertas
Berlim reafirma a liberdade
Copa 2014: VLT e balão do aeroporto receberão R$ 361 mi
Câmbio: Em queda, dólar pode chegar a R$ 1,55 no fim do ano
Fraude: Emissão de diplomas falsos vira caso de polícia