
[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
O jornalista Celso Arnaldo acabou de chegar de mais uma incursão pela mente inquietante de Dilma Rousseff. Segue-se o relato do implacável caçador de cretinices:
Metida num charmoso macacão da Petrobras, suando pouco menos do que Lula, que reclamou estar se sentindo como um “pintinho que caiu na poça”, a palanqueira é instada a falar na inauguração do Gasduc III, em Duque de Caxias.
O que está sendo inaugurado é simplesmente o maior gasoduto da América Latina, com um potencial de escoamento de 40 milhões de metros cúbicos/dia. Mas o discurso parecerá igual ao da abertura de uma creche para 12 crianças, na semana passada. A esta altura, já pegamos a fórmula: cada discurso de Dilma começa por um tatibitate sobre os benefícios da obra em si e logo se encaminha, aos trancos e barrancos, para o segmento “nosso Brasil é melhor do que o deles”, onde ela embaralha e magnifica os feitos do governo Lula e suas próprias promessas de continuidade. Aliás, no fim deste texto, você verá que, para Dilma, creche e gasoduto são a mesma coisa.
“No PAC, esse segmento do gasodutos ele é muito importante (..) permite que hoje, com a temperatura que nós temos aqui, está previsto que mais ou menos se atinja algo como 36, 37, 38 graus, isso implica consumo de ar-condicionado, implica também o fato de que nós sabemos que houve, porque o presidente diminuiu a isenção do IPI, uma compra, né, de eletrodomésticos, a chamada linha branca, né, geladeira e outros eletrodomésticos, permitindo então que as pessoas também tivessem um nível melhor”.
Talvez entorpecidas pelo calor de Duque de Caxias que fazia na Refinaria Duque de Caxias, algumas pessoas presentes ao evento entenderam, nessa fala da Dilma, que o presidente Lula aumentou o IPI dos eletrodomésticos, antes de inaugurar o gasoduto, porque está quente demais ─ mas que assim mesmo houve uma corrida à linha branca e que ninguém deve se preocupar com o calor, porque o Gasduc III também levará ar-condicionado para todos e, portanto, um nível melhor.
Eleita Dilma, teríamos na presidência o mais baixo padrão de oratória da história da República. Pior do que Costa e Silva e Dutra ─ este não apenas pelo discurso chocho e descolorido, como pela má “dicchão” e fragilidade intelectual, motivo de inúmeras piadas. Como sua apresentação ao presidente Truman, que o cumprimentou protocolarmente:
─ How do you do, Dutra.
E Dutra:
─ How tru you tru, Truman.
Com Dilma, não dá vontade nem de fazer piada ─ embora sua desarticulação seja sempre risível. Porque por trás de sua rara incapacidade de costurar uma frase sem graves problemas de concordância, redundância, repetição, concatenação e raciocínio, esconde-se a mais primária e nociva forma de populismo, que vê o Estado como o provedor impossível de todas as necessidades humanas, embaralhando metas e limites de todo e qualquer projeto. Para isso, contribui, no caso de Dilma, a linguagem tosca e geralmente ininteligível.
“No nosso país, é muito importante essa questão de oportunidade. E o PAC eu acho que ele trouxe um grande impulso, um impulso enorme no Brasil, que é o impulso de construir aquilo que estava faltando no Brasil”.
O discurso feito no Gasduc III foi, para variar, um conjunto pastoso de platitudes, ideias desconexas e clichês tão mal formulados que se tornam pastiche do clichê. Para isso, Dilma usa meia-dúzia de imagens e metáforas pífias que ela decorou ou colaram na agenda dela ─ como a do soluço, a do povo de quinta potência, a da creche como berço das oportunidades.
“Nós só seremos quinta potência (lá vem…) se o povo brasileiro for quinta potência nossa, a nossa quinta potência”.
(Só faltou dizer “a potência quinta nossa” e “a potência nossa quinta”)
“Dar um passo além no sentido de que todas as crianças do Brasil (lá vem…) tenham direito a creche (…) Porque todos os estudos mostram que a diferença, a diferença, o momento importantíssimo na vida de cada um de nós seres humanos se dá entre 0 e 3, 3 e 5 anos, que é quando a gente se forma. E quando uma pessoa, quando uma criancinha não tem na família o acesso a livros, o acesso a todas as questões culturais que uma criança de classe média tem, ela não tem a mesma oportunidade do que as outras (…) Vocês vejam que é possível perfeitamente ter uma visão ampla do país, unir gasoduto com creche pra criança”.
(Essa visão ampla, essa obsessão pela creche como oportunidade de vida, essa visão tão gasosa só Dilma tem. E onde estão essas crianças já formadas com 3 anos de idade ─ ou seria com 5? Em Harvard? Ou no MIT?)
A tempestade que castiga o neurônio solitário é coisa de assustar paulistano. É tanta trovoada que o Brasil, se não perdeu de vez o juízo, vai acordar bem antes de outubro. Fala mais, Dilma.
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http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/
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Escolher o adversário é quase sempre mais importante que escolher os aliados, repetiu Tancredo Neves em janeiro de 1984, depois da vitória sobre Paulo Maluf no Colégio Eleitoral. “Fiz o possível para ter Maluf como oponente porque era o mais vulnerável entre os que poderiam ser apoiados pelo governo”, contou. Forçados a decidir entre um homem honrado e ûm sinônimo de corrupção, previu Tancredo, mesmo eleitores estreitamente ligados ao regime militar evitariam associar-se à imagem de Maluf. Acertou. “Para entender o resultado de uma votação, não se deve ver apenas quem ganhou, mas também quem perdeu”, ensinou. Frequentemente, o motivo principal de uma vitória é o derrotado.
Os partidos de oposição têm sorte: Lula escolheu por eles a adversária ideal. Como sabem há meses os frequentadores da coluna, como não demorarão a perceber milhões de brasileiros, Dilma Rousseff é incapaz de comunicar-se com cada parafuso da cabeça em seu lugar. Mais grave ainda, não tem nada de proveitoso a dizer. O mais popular dos presidentes entre os institutos de pesquisas de opinião acha que elege um poste. Até uma Dilma.
Lula também achou que transformaria Aloízio Mercadante em governador em 2006 e Marta Suplicy em prefeita em 2008. E achou até recentemente que todos os cinemas do país atravessariam 2010 tomados por multidões comovidas com a história do Filho do Brasil que virou presidente e campeão de popularidade. No fim de semana, o sucesso do século agonizava em São Paulo nas telas de meia dúzia de salas semidesertas. Não vai sobreviver ao Carnaval.
Dilma é muito mais desastrada que Mercadante, muito mais arrogante que Marta e ainda mais bisonha que o filme. A cada discurso improvisado, a cada declaração em reuniões ou entrevistas, o país é reapresentado ao espetáculo aflitivo do orador sem rumo. O sujeito agride o predicado, o substantivo não cumprimenta o verbo, a concordância é chicoteada sem dó nem piedade, os gestos colidem com a garganta, a palavra volta na mesma linha sem ser chamada nem pedir licença, a voz vive inutilmente à procura do ponto seguro que não aparece. Lula trata o português com selvageria, mas é fácil entender o que está dizendo. Dilma é incompreensível.
Exagero? Vejam o vídeo (se a dicção não ajudar, recorram à legenda) que exibe a primeira parte da Oração de São Leopoldo, pronunciada nesta sexta-feira na simpática cidade gaúcha:.
“Cês vejam o que aconteceu durante tanto tempo no Brasil. Não se investia em tratamento de esgoto. Nos países lá da Europa, Estados Unidos, no início do século passado eles investiram em tratamento de esgoto e em benefício pra população, porque principalmente as nossas crianças, as maiores e os jovens e os idosos os maiores beneficiários do tratamento de esgoto porque o tratamento do esgoto permite que a gente cuide da nossas águas, que a gente trate as águas, melhora a saúde das pessoas, diminui a mortalidade infantil, transforma a vida de cada um de nós principalmente para nós mulheres que somos mães sabemos a importância da saúde das nossas crianças e como no início da vida delas elas são tão frágeis. Por isso é muito importante essas obras que nós estamos aqui hoje apresentando pra vocês”.
Pronunciadas em 1 minuto e 11 segundos, as 138 palavras se dividem em apenas três frases. A primeira e a última poderiam ser amputadas sem anestesia. São penduricalhos de R$ 1,99. A segunda é a essência do discurso. O tratamento de esgoto é importante para todos, poderia ter resumido a oradora. Em vez disso, enfurnou-se na selva de vogais e consoantes, especialmente hostil a mentes em combustão, para produzir mais um discurso sobre o nada.
Um candidato com mais de 10 neurônios não precisa consultar marqueteiros para saber como agir num debate com Dilma Rousseff. É só perguntar, por exemplo, o que pretende fazer, se chegar à presidência da República, na área de saneamento básico. A Mãe do PAC dirá algo semelhante ao que disse no vídeo. Ao ouvir do moderador que tem um minuto para a réplica, o adversário confessará que não entendeu nada ─ para em seguida ceder o tempo à candidata e pedir que se explique melhor. A explicação vai agravar o desastre. No Brasil, um debate pode produzir efeitos devastadores. Lula sabe disso desde 1989. Aprendeu com o companheiro Fernando Collor.
O professor de eleição vem reiterando que quem se opõe ao governo não tem discurso. Tem de sobra, mas nem precisa de muito. Basta explorar, com alguma competência e um mínimo de ousadia, o trunfo bem mais poderoso que qualquer discurso: a oposição ganhou de Lula a adversária com que sonham todos os candidatos do mundo.
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Lula Marques/FolhaLula jogava o anzol há semanas. Súbito, FHC levou os lábios à isca do plebiscito.
Ao avistar o peixe graúdo, Dilma Rousseff apressou-se em puxar o caniço.
"Comparar não é ficar olhando para o retrovisor, pelo contrário”, disse ela.
“Comparar é discutir que caminho eu vou seguir, para que lado que eu vou”.
Uma resposta ao artigo que FHC levou às páginas neste domingo (7).
Abespinhado com os múltiplos ataques dirigidos à sua gestão, FHC anotou:
“Eleições não se ganham com o retrovisor. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer”.
O petismo sacode a vara de pescar como se festejasse o adensamento da turvação da água.
Ecoando Dilma, o ministro Alexandre Padilha (Coordenação Política), declarou:
“Toda vez que o presidente Fernando Henrique fala, o governo cresce em aprovação e a ministra Dilma cresce nas pesquisas".
A voz de Dilma não costuma soar aos domingos, dia em que ela prefere enfurna-se em casa.
A rotina foi subvertida porque a candidata deu as caras num encontro da juventude do PT, em Brasília.
Além de FHC, Dilma foi provocada pelos repórteres a comentar as críticas que lhe fizera o “aliado” Ciro Gomes (PSB).
Ciro dissera que falta a Dilma “experiência” para o exercício da Presidência da República.
A ministra respondeu ao reparo com um afago. Disse que a observação do deputado não lhe causa constrangimento. E emendou:
"Acho o Ciro Gomes um dos políticos mais qualificados do nosso país. Agora, nem por isso eu vou deixar de acrescentar o fato de que nós temos uma aliança qualificada”.
Ciro pensa diferente. Repete à saciedade que a união PT-PMDB é tisnada pela “moral frouxa”. Sobre isso, Dilma não disse palavra.
Na reunião com os jovens do PT, Dilma foi aclamada como candidata. Brindaram-na com uma adaptação da musiquinha das campanhas de Lula:
"Olê, olê, olé, olááááááa! Dilmaaaaaa, Dilmaaaaaa!"
A despeito das as evidências, Dilma disse que ainda não está em campanha. Não aceita nem a qualificação de pré-candidata.
Dirigindo-se aos jovens, ela os instou a ajudá-la em sua não-candidatura:
"Espero contar com a força desse juventude para que o projeto de continuidade do governo Lula seja vitorioso em 2010”.
A não-candidata discursou em ritmo de Brasil grande:
“O Brasil hoje é considerado como quinta potência mundial, mas nós só seremos a quinta potência mundial quando realmente todos os 190 milhões de habitantes tiverem acesso a educação, saúde e segurança de qualidade”.
Dilma comparou-se à meninada: “A minha geração lutou pela democratização do país em um momento de escuridão e tortura...”
“...A juventude atual é a da esperança, que transforma o sonho das mudanças em realidade”.
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Escrito por Josias de Souza às 18h34
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http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-02-01_2010-02-28.html
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Convidado a discursar num seminário organizado por prefeitos e governadores do PSDB, Fernando Henrique Cardoso falou sobre a sucessão de 2010.
Comparou a Dilma Rousseff (PT) a “um boneco”. Disse que a ministra-candidata é “manipulada” pelo "ventríloquo" dela, Lula.
Duvidou das chances de êxito da transfusão de votos de Lula para Dilma. O eleitor, disse FHC, “desconfia de bonecos”.
As provocações de FHC soaram no último sábado (6), véspera da veiculação de seu último artigo, no qual rotulou lula de “tosco”, “mentiroso” e “dissimulado”.
No texto, o ex-presidente aceitou o desafio plebiscitário feito por Lula: “Se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer”.
Neste domingo (7), Dilma e outros expoentes do PT reagiram ao artigo do grão-tucano.
Embora José Serra, o rival tucano de Dilma, continue se fingindo de morto, a sucessão vai chegando, devagarinho, ao ponto de ebulição. FHC parece ter cansado de apanhar indefeso.
- PS.: Siga o blog no twitter.
Escrito por Josias de Souza às 03h45
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http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-02-01_2010-02-28.html
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O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.
Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?
A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês...). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.
Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados... O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado. Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.
Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.
Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.
O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.
Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.
É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).
Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.
08 de fevereiro de 2010
O Globo
Empresa usa Justiça para adiar punição
Irã anuncia enriquecimento de urânio
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Folha de S. Paulo
Manchete: Tarifa de celular é a 2ª maior do mundo
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Presidente do Irã afirma que vai enriquecer urânio a 20%
Serra cobra empresas de energia sobre apagões em SP
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Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo sai em bloco para responder a FHC
UE recusa ajuda do FMI e fala em saída 'europeia'
'Brasil é o melhor lugar para investir'
Ahmadinejad eleva risco de produção de arma nuclear
Notas e informações: A nova fase na crise
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Jornal do Brasil
Manchete: Bota classificado: Dia de El Loco
Pais se unem por mais segurança
Ministro diz ser a opção para Minas
Luta sem trégua para salvar baleias
Coisas da política
Hildegard Angel
Outras páginas
Editorial
Televisão
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Correio Braziliense
Manchete: Brasília só recicla 8% do lixo coletado
Foto-legenda: Em dia de estrela
Número de abortos no SUS é menor
Vídeo traz suposta negociação de suborno
Desemprego: ruim aqui, lá pior
Irã provoca alerta mundial
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Valor Econômico
Manchete: TCU aponta má gestão e irregularidades na Conab
Serviços já empregam 13 milhões
Trem-bala de Seul fatura com lojas
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Ideias:
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