






[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
José Dirceu fez aniversário na última terça (16). Festejou a chegada dos 64 em Brasília, rodeado amigos e poderosos.
A certa altura, dicursou. Falou dos assuntos de praxe: PT e eleição; mídia e perseguição. Disse coisas assim:
“Há uma manobra diversionista contra nós, mas não vamos nos desviar do nosso objetivo...”
“...Em 2002 e 2006 nós elegemos Lula e agora vamos eleger a continuidade do nosso projeto, que é a Dilma. A mídia não elege mais presidente no Brasil”.
Dilma Rousseff não deu as caras. Tinha outro compromisso. Um jantar com o pedaço do PTB que lhe devota simpatia. Deu-se na casa do líder Gim Argelo (PTB-DF).
Durante o repasto, coube ao senador Fernando Collor (PTB-AL) a intervenção mais efusiva. Disse que presidente como Lula o país não via desde Getúlio Vargas.
Ex-perseguido político do petismo, Collor como que ecoou Dirceu, um grão-petê que, no passado, plantava despachos de macumba contra ele nas encruzilhadas da mídia.
“O Brasil pode atravessar uma quadra de prosperidade de dez anos", vaticinou Collor. "Basta elegermos a Dilma. É fundamental”.
Como se vê, na Brasília dos dias que correm, o político coerente é um cadáver mal informado. Como não sabe que morreu, nunca é o que parece. Sobretudo quando parece o que é.
Escrito por Josias de Souza às 07h20
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Joelson Dias determinou nesta quinta-feira a aplicação de multa de R$ 5.000 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada. Segundo o tribunal, a decisão só será levada ao plenário se houver recurso.
Dias acolheu parcialmente uma representação apresentada pelo PSDB contra o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à sucessão presidencial. Dilma não recebeu nenhuma punição.
Na avaliação do ministro, o presidente Lula cometeu a irregularidade durante a inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas localidades de Manguinhos e Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em maio do ano passado.
O ministro afirmou que parte do discurso do presidente foi irregular porque Lula teria interagido com participantes do evento que gritavam o nome da ministra.
"Eu espero que a profecia que diz que a voz do povo é a voz de Deus esteja correta neste momento. O primeiro representado acabou realçando a futura candidatura, sendo essa a peculiaridade, a circunstância, que me leva a concluir pela ocorrência de propaganda eleitoral antecipada."
Segundo a representação do PSDB, as inaugurações, "na realidade, serviram como palanque para as eleições vindouras".
A defesa do presidente negou qualquer intenção de promover a ministra e pré-caniddata do PT e que as declarações no evento tinham o objeto de informar à população sobre as realizações do governo federal.
"A participação de gestor público federal, seja presidente ou mesmo ministro de Estado, em inauguração de obras públicas, constitui não apenas uma prerrogativa, mas um dever da função, consoante os preceitos da transparência e da prestação de contas."
Para o ministro, não há provas de que Dilma teve interferência no episódio. "Nada nos autos evidencia o prévio conhecimento da segunda representada sobre o fato de que seu nome seria aclamado por alguns dos presentes ao evento, nem sobre a maneira como o primeiro representado, em discurso realizado de improviso, reagiria àquela manifestação."
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se posicionou contra a concessão da prisão domiciliar para o governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). Para Gurgel, a prisão domiciliar, solicitada ontem pelos advogados, seria o mesmo que colocar Arruda em liberdade.
Segundo o procurador, em liberdade, o governador cassado ainda tem condições de influenciar na produção das provas do esquema de arrecadação e pagamento de propina.
"Eu descarto a prisão domiciliar. A prisão domiciliar seria inócua. Ela corresponderia à soltura porque ele teria as mesmas condições de tentar influir na produção das provas", disse.
Gurgel disse que pretende entregar amanhã ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) seu parecer sobre o outro pedido da defesa, que prevê a revogação da prisão de Arruda.
"Com relação ao primeiro [pedido de revogação da prisão] que já recebemos, nós já nos preocupamos com as alegações de que as condições na prisão não seriam adequadas, embora as informações da PF apontem em sentido contrário, pedimos mais um relatório à PF e o parecer será encaminhado ao STJ amanhã", disse.
O procurador disse acreditar que não será preciso melhorar as condições de Arruda na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. "Pelas condições que temos, ele tem condições adequadas na Polícia Federal", disse.
Gurgel pediu informações à Polícia Federal sobre o estado de saúde do ex-democrata e as condições da prisão. Hoje, o governador cassado e preso passou por um cateterismo para identificar os motivos da obstrução parcial de uma das artérias coronárias por uma placa de gordura.
Os advogados do governador entraram ontem com um pedido de prisão domiciliar para Arruda enquanto o STJ não analisar o pedido de liberdade. A defesa alega no pedido de prisão domiciliar que a custódia deixou a saúde de Arruda debilitada, e agravou o quadro de diabetes e pressão alta.
Autor(es): Agencia O Globo |
O Globo - 18/03/2010 |
Apesar de não garantir para já a votação do chamado projeto Ficha Limpa, entregue ontem pelo grupo encarregado de analisar a proposta, que chegou à Câmara avalizada por 1,3 milhão de assinaturas e por entidades que pugnam pela assepsia da política brasileira, o presidente da Casa, Michel Temer, ainda pode levá-la a plenário a tempo de as regras serem adotadas nas eleições deste ano. Precisa fazê-lo, por ser uma demonstração de apreço a uma matéria oriunda da vontade popular e de compromisso com a moralização do exercício de mandatos eletivos. ------- (*) Alusão a um comercial de sabão em pó. ------- |
Ibope: Serra tem 35%, e Dilma alcança 30% |
Autor(es): Agencia O Globo/Wagner Gomes |
O Globo - 18/03/2010 |
Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República, subiu nas intenções de voto para as eleições deste ano e encostou no governador de São Paulo, José Serra, provável candidato do PSDB. De dezembro para março, a diferença entre Serra e Dilma caiu de 21 para cinco pontos, mostra o levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). --------------- |
Para EUA, Brasil e China "enterram" negociação |
Autor(es): Assis Moreira, de Genebra Valor Econômico - 18/03/2010 |
Os EUA estão "demonizando" o Brasil e a China, acusando os dois países de causar dificuldades para o presidente Barack Obama na área comercial, revelam fontes com acesso direto aos negociadores americanos. Um amontoado de queixas em relação a Brasil e China foi o que mais ouviram autoridades que visitaram Washington recentemente. Dirigentes americanos teriam dado "os piores sinais possíveis" na área comercial. Sobre o Brasil, o governo Obama alega que a retaliação no caso do algodão complica politicamente sua atuação no Congresso e enterraria de vez as tentativas da Casa Branca de retomar a negociação global em Genebra. Na próxima semana, os 153 países membros da OMC voltarão a examinar o que fazer em relação à combalida Rodada Doha de liberalização comercial, já que apenas os Estados Unidos estão bloqueando qualquer avanço. Os Estados Unidos estão "demonizando" o Brasil e a China, acusando os dois grandes emergentes de causarem dificuldades para o presidente Barack Obama na área comercial, revelam fontes com acesso direto aos negociadores com poder de decisão nos EUA. Um amontoado de queixas em relação ao Brasil e China foi o que mais ouviram autoridades que recentemente visitaram Washington. Na ocasião, a maior potência do planeta teria enviado "os piores sinais possíveis" para a área comercial. No caso do Brasil, a administração Obama alega que a retaliação de US$ 830 milhões (incluindo patentes, remédios, filmes etc.) complica politicamente sua atuação no Congresso e, ao mesmo tempo, enterraria de vez tentativas da Casa Branca de retomar a negociação global em Genebra. Na semana que vem, os 153 países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) voltarão a examinar o que fazer com a combalida Rodada Doha de liberalização comercial, já que apenas um país, os EUA, estão bloqueando qualquer avanço. Houve uma tentativa de se marcar uma reunião ministerial, de maior peso, mas Washington a bloqueou. E a reunião de altos funcionários na semana que vem foi encurtada. A avaliação na cena multilateral é que a retaliação brasileira está servindo de novo pretexto para os EUA desviarem a atenção da incapacidade do governo Obama de negociar, já que não tem condições, atualmente, de assinar nem um acordo comercial com o Panamá. Pelo clima em Washington, o sentimento de observadores é de que dificilmente a administração Obama terá condições de apresentar uma proposta de compensação ao Brasil nos próximos dias para evitar a sanção contra bens americanos. Em Genebra, os americanos não tocam no assunto do algodão. A impressão é que os EUA querem não apenas que o Brasil não retalie, como peça desculpas por estar incomodando, notam certos observadores. Não apenas o Congresso está entrincheirado no apoio protecionista a seus agricultores, como a equipe de Obama mostraria uma inação, ou até uma incompetência, para tratar com os parlamentares que não querem nem ouvir falar de liberalização ou compromissos. Uma negociação - na OMC ou bilateralmente - demanda, de todo modo, a reforma da lei agrícola americana. Só que o Congresso não quer mudar os programas para o algodão, os principais beneficiários de subsídios e com lobby fortíssimo entre os parlamentares. "Eles não querem alterar nada para viabilizar uma negociação global, e não é a retaliação do Brasil que vai mudar essa situação", diz fonte que conhece bem a posição americana. Há dois modos de agir quando se perde uma disputa na OMC. A União Europeia foi condenada na briga do açúcar com o Brasil e usou a decisão para facilitar a reforma de seu regime de subsídios, considerado ilegal. Já os EUA têm posição contrária e certos negociadores falam de "intimidação" bilateral. Em relação à China, os torpedos também aumentaram. Com déficits público e comercial enormes, os EUA não cessam de acusar Pequim de manipular a taxa de câmbio e manter a moeda desvalorizada em relação ao dólar, o que torna as exportações chinesas particularmente competitivas, ao mesmo tempo que protege o mercado chinês contra produtos americanos. Esta semana, 130 parlamentares republicanos e democratas enviaram uma carta ao Departamento do Tesouro, exigindo que o governo Obama imponha sobretaxa aos produtos originários da China. Longe de se intimidar, os chineses dizem que não vão alterar sua política cambial. E, por outro lado, cobraram dos EUA que sejam mais cuidadosos na administração econômica, porque estão preocupados com o desempenho da economia americana. A China e o Japão, os dois maiores credores dos EUA, voltaram a diminuir seus estoques de títulos do Tesouro americano, em janeiro, quando a demanda estrangeira caiu para US$ 19 bilhões, comparada aos US$ 63 bilhões em dezembro. O estoque chinês ficou em US$ 889 bilhões e o do Japão, em US$ 765,4 bilhões. |
Dividido, Copom mantém taxa de juro |
Autor(es): Fernando Nakagawa |
O Estado de S. Paulo - 18/03/2010 |
Três dos oito diretores defenderam alta de 0,5 ponto porcentual, indicando que Selic deverá subir na próxima reunião, em abril O Banco Central (BC) anunciou no início da noite de ontem a manutenção do juro básico da economia, a Selic, em 8,75% ao ano. O comunicado distribuído após a decisão, porém, indica que a taxa deve subir em abril. Três dos oito votos que decidem o rumo da Selic optaram pelo aumento de 0,50 ponto porcentual, o que levaria o juro para 9,25%. A divisão de votos reforçou a opinião dos especialistas de que o BC vai iniciar um novo ciclo de alta dos juros. Pesquisas realizadas antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) - responsável no BC pela definição dos juros - mostravam que pouco mais da metade dos analistas apostava na manutenção da taxa em março. Essa foi a quinta reunião seguida em que o Copom decidiu manter os juros em 8,75%, menor nível da história. Para os especialistas, o resultado da reunião deu uma indicação clara. "O voto dos três diretores pela alta da Selic mostra que a chance de aumento do juro em abril é praticamente de 100%", diz a economista da Icap Brasil, Inês Filipa, que espera aumento de 0,50 ponto no próximo mês. Sazonalidade. O argumento pela manutenção do juro é que ainda é preciso aguardar novos indicadores, principalmente de inflação. Essa parcela do mercado lembra que, apesar da recuperação da economia no fim de 2009 e da forte reação do varejo, a inflação mais alta do início do ano é sazonal e pode desacelerar. Esse é o mesmo argumento do Ministério da Fazenda, que trabalhou nos bastidores para adiar a alta do juro, considerada "inevitável" no curto prazo. O discurso da Fazenda cita que a recente alta dos depósitos compulsórios, a elevação do superávit primário, o fim das desonerações fiscais e a alta do juro futuro no mercado conseguirão desacelerar a economia, o que deve ajudar a segurar a inflação. Já os defensores da alta imediata dos juros dizem que a inflação subiu mais do que o previsto e as expectativas para os preços este ano estão se deteriorando. Quanto mais cedo o BC elevar os juros para diminuir o ritmo da economia e reduzir a pressão dos preços melhor, dizem os analistas que esperavam a alta agora. Eleições. A reunião de ontem pode ter sido a última com a participação do presidente do BC, Henrique Meirelles, que poderá deixar o cargo no fim do mês para disputar as eleições de outubro. Se isso acontecer, é provável que o diretor de Política Econômica, Mario Mesquita, também deixe o posto.
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Dúvidas sobre a cassação | |||||||
Autor(es): Ana Maria Campos e Lilian Tahan | |||||||
Correio Braziliense - 18/03/2010 | |||||||
Procurador eleitoral sustenta que os efeitos da decisão do TRE já estão em vigor, mas juristas entendem que o cargo ainda não ficou vago
O ineditismo da situação de José Roberto Arruda, primeiro governador cassado por infidelidade partidária no país, criou uma série de dúvidas sobre a sua situação política. Como Arruda já está afastado da função, por ora, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal não provocou efeitos práticos. Ele continua preso numa sala da Superintendência da Polícia Federal (PF) sem poder para tomar qualquer decisão política na administração que comandou até 35 dias atrás, mas ainda não se pode considerar vago o cargo de governador do Distrito Federal. A decretação da vacância no Poder Executivo é medida essencial para que se comece a contar o prazo de 30 dias para convocação de eleições indiretas em que a Câmara Legislativa deverá escolher novos governador e vice-governador do Distrito Federal. Eles terão mandato tampão até o último dia de dezembro. O vencedor das eleições ordinárias, marcadas para outubro, assume o cargo em 1º de janeiro de 2011. Autor da representação por infidelidade partidária que resultou na cassação do mandato de Arruda no TRE-DF, o procurador regional eleitoral Renato Brill sustenta que os efeitos da decisão já estão em vigor desde o fim da sessão na noite de terça-feira. Precedentes Brill considera difícil Arruda conseguir um efeito suspensivo da cassação porque, segundo ele, há precedentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segundo os quais a decretação da perda de mandato por infidelidade partidária, prevista no artigo 10 da Resolução nº 22.610, que trata do assunto, tem aplicação imediata a partir de decisão do TRE. Dessa forma, Arruda teria de recorrer fora do mandato. O advogado Luís Carlos Alcoforado, que atua na Justiça Eleitoral, considera que a decisão só tem efeito quando for publicada no Diário da Justiça e transitar em julgado. “É precoce dizer que a cassação já produz efeitos porque a Justiça abre prazo para recursos e embargos que podem suspender a decisão”, analisa Alcoforado, que advoga para o PCdoB. Procurador de Justiça licenciado do Ministério Público do Distrito Federal, o deputado distrital Chico Leite, relator dos pedidos de impeachment contra Arruda e das licenças para abertura de ação penal no Superior Tribunal de Justiça (STJ), avalia que numa hipótese de cassação de mandato de governador não se pode decretar a vacância enquanto houver possibilidade de recurso. O fundamento é da segurança jurídica. Ele avalia que seria temerário convocar eleições indiretas neste momento, quando a cassação ainda está sob discussão, escolher um sucessor para Arruda e correr o risco de ter de devolver o mandato para ele, na hipótese de o TSE reverter a decisão tomada por quatro votos a três no plenário do TRE-DF. De acordo com a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o resultado da sessão da última terça-feira estará publicado na edição de hoje do Diário da Justiça. A formalidade é uma das exigências para que a decisão tenha validade. A outra providência é a notificação do fato à Câmara Legislativa, o que está previsto para ocorrer também nesta quinta-feira. A partir desse momento, o cargo de governador do Distrito Federal estará oficialmente vago, desde que a defesa não consiga junto à Justiça medida cautelar suspendendo a decisão do Tribunal Regional Eleitoral enquanto o assunto não for julgado numa instância superior. Até que isso ocorra, o próprio TSE considera temerário tratar Arruda como ex-governador antes que haja uma decisão definitiva da Justiça sobre a cassação do mandato do político. Segundo entendimento do TSE, a atual situação de Arruda é a de governador cassado. Esse entendimento é também o do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “Ele será ex-governador a partir do cumprimento de exigências formais, como o comunicação do fato à Câmara Legislativa. Depois disso, só uma decisão judicial poderá devolver a ele o cargo e as prerrogativas inerentes”, afirmou o procurador. Seria temerário começar um processo de novas eleições quando ainda há possibilidade de o TSE rever a decisão. Eleger um novo governador nessa situação provocaria ainda mais instabilidade às instituições do DF” Chico Leite, deputado distrital
Até o momento, não se pode dizer que José Roberto Arruda é ex-governador do Distrito Federal. Ele teve o mandato cassado por infidelidade partidária, mas a decisão tomada na noite de terça-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) só passa a vigorar com a publicação do acórdão no Diário de Justiça. Se Arruda não recorrer, a decisão transitará em julgado e ele perderá definitivamente o mandato de governador. Perde, ainda, o foro especial para ser julgado apenas com autorização da Câmara Legislativa e da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Se José Roberto Arruda protocolar algum tipo de recurso com pedido de efeito suspensivo da cassação imposta pelo TRE-DF, a decisão poderá ser suspensa na seguinte hipótese: o próprio TRE-DF admitir o processamento de embargos de declaração ou se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conceder uma medida cautelar para congelar a decisão do TRE-DF até o julgamento do recurso contra a ação por infidelidade partidária no plenário da corte. Se for mantida a decisão no plenário do TSE, ele estará cassado. José Roberto Arruda só perde as prerrogativas de governador quando a decisão do TRE-DF passar a vigorar oficialmente. Nesse caso, se ele ainda estiver preso preventivamente, uma das consequências será a perda do direito de permanecer numa sala da Superintendência da Polícia Federal (PF) e ele deverá ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde já se encontram seu ex-secretário particular Rodrigo Arantes, o ex-chefe da Agência de Comunicação Weligton Moraes, o deputado suplente Geraldo Naves (sem partido), o ex-diretor da Companhia Energética (CEB) Haroaldo Brasil e o ex-conselheiro do Metrô-DF Antônio Bento. |
Para dirigir grandes empreitadas não se faz necessário ser especialista, mas cercar-se desses especialistas e escolher as opções mais certas. Para fazer isso não serve esperteza, mas uma aguda inteligência, da qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva carece e, dando uma de espertinho ou de malandro agulha (toma no … sem perder a linha), está quebrando a cara no item que mais apostou: o de ser um estadista de reconhecimento internacional. Tudo devido ao erro irreparável que cometeu ou foi levado a cometer, ao escolher seu tripé para sustentar a política externa:
Samuel Pinheiro Guimarães – um diplomata americanofóbico por anacronismo político filosófico, ele ainda está na guerra fria e não percebeu que a União Soviética e os países satélites foram fragorosamente derrotados;
Celso Amorim – um piscastênico e “last but not least”
Marco Aurélio Garcia – um boçal primário.
Quando Lula chegou à presidência do Brasil, houve no mundo inteiro, uma espécie de frisson entre os simpatizantes da esquerda, especialmente na mídia, que divulgava informações fantasiosas sobre seu governo.
A derrocada, com crítica de todos os países livres, começou em 23 de fevereiro quando chegou à Cuba, o que coincidiu com a morte por greve de fome do prisioneiro dissidente político Orlando Zapata, Lula disse que sentia muito a morte de Zapata, mas o comparou a bandidos e ainda aparece numa foto logo depois, que correu o planeta chocando os que a viam, onde ele pode ser visto gargalhando obscenamente com Fidel Castro.
Lula poderia muito bem, depois dessas gafes, recolher-se na tentativa de não piorar o péssimo, mas isso não faz parte de seus egocentrismo,assim dias depois de um breve retorno ao Brasil, pegou “seu” avião para ir ao Oriente Médio, desembarcando e Israel (Jerusalém 14/3), ele havia riscado do cronograma da visita de 36 horas ao país a realização de uma cerimônia em homenagem a Theodor Herzl, o jornalista austro-húngaro fundador do movimento sionista, que levou à criação do Estado de Israel. Numa demonstração patente que não queria desagradar os palestinos que visitaria que visitaria logo depois.
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http://www.prosaepolitica.com.br/2010/03/17/la-vem-o-lula-descendo-a-ladeira/
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Num período breve o presidente brasileiro mostrou aos que lhe tinham simpatia e ao resto do mundo, que enganara todos, ele não é um liberal e está se ralando para os heróis da liberdade e dos direitos humanos, o que ele gosta mesmo é da amizade que fez com extremistas e ditadores, conforme a foto.
(*) Fotos no sentido horário: O presidente Lula aparece com o aspirante a ditador, o venezuelano Hugo Chaves; com o golpista frustrado, o hondurenho Manoel Zelaya; com o sanguinário presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, com o decano dos ditadores do mundo, o cubano Fidel Castro e com o também eternizado ditador da Líbia Muammar Gheddafi
Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.
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Foto: Bia Barbosa
...O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teria ido longe na vida se tivesse tentado fazer no Irã, o mais recente dos grandes amigos de seu governo, a carreira de sindicalista e militante de oposição que fez aqui no Brasil; provavelmente teria sido condenado à morte e mandado para a forca, solução que o regime iraniano adota, como procedimento regular, para lidar com líderes sindicais, adversários políticos e criadores de problema em geral. O Irã é hoje, depois da China, o país que mais aplica a pena de morte; só nos oito primeiros meses do ano passado, último período do qual existem estatísticas, executou 320 pessoas, metade delas nos cinquenta dias que se seguiram às eleições de junho, denunciadas como uma maciça operação de fraude. Nos processos por crimes políticos, os réus não têm direito a advogado. Também não podem reclamar de violências sofridas na prisão; o Irã se recusa, simplesmente, a aprovar qualquer lei proibindo a tortura. A polícia dissolve atos de protesto investindo com motos contra os manifestantes. Oposicionistas são punidos com expulsão da universidade, cassação de direitos trabalhistas e, no caso de dissidentes religiosos, com a destruição de seus templos.
É esse o regime em favor do qual o Brasil tanto vem brigando ultimamente, como teve a oportunidade de deixar claro mais uma vez, na semana passada, durante a visita ao país da secretária Hillary Clinton, a chefe do serviço diplomático dos Estados Unidos. Lula, que em novembro recebeu em Brasília o presidente do Irã e se prepara para ir visitá-lo em maio, já avisou ao mundo que viaja para onde quiser e que não tem de submeter seus planos de voo à aprovação prévia dos Estados Unidos. É mais uma dessas coisas que não se entendem direito, porque não há ninguém dizendo o contrário, nem lá nem aqui. O que os americanos acham, como muitos outros países, é que o Irã representa algo pior que um regime delinquente, apenas; é um regime delinquente a caminho de ter uma bomba atômica e que se recusa a abrir seu programa nuclear a qualquer inspeção internacional séria. Deveria, portanto, receber as sanções legais previstas para esse tipo de conduta. É um ponto de vista.
O Brasil tem o direito de ter um ponto de vista diferente. Tem o direito, também, de manter boas relações com todos os países, e não apenas com os que são considerados virtuosos. Mas o que realmente importa, no caso, não é a divergência de posições com os Estados Unidos e outros países, ou mesmo o debate para saber se o Irã está ou não construindo a bomba e se vai jogá-la em cima de alguém. O que chama atenção é o fato, cada vez mais claro, de que a política externa brasileira pode ser um primor de independência, mas seu resultado prático mais visível foi tornar o Brasil, ao longo do governo Lula, o grande amigo do que existe de pior no mundo em matéria de regimes celerados. É como se o Brasil, nas suas relações com os demais países, fizesse uma pergunta-base: é ditadura ou não? Se for, tem a nossa preferência.
As declarações mais recentes dos pensadores da nossa política externa a respeito do assunto não são de animar. O diplomata Samuel Pinheiro Guimarães Neto, hoje à frente da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, já advertiu que é preciso tomar cuidado com o que chamou de "direitos humanos ocidentais"; trata-se dos mesmos direitos que todo mundo conhece há mais de 200 anos, mas que, em sua opinião, são impostos pelas "grandes potências" para defender seus próprios interesses. Outro mau momento foi a recente visita do presidente Lula a Cuba, que coincidiu com a morte, após uma longa greve de fome, do operário Orlando Zapata, condenado a 25 anos de cadeia por fazer oposição ao governo. Para o Brasil, tudo bem. "Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro", comentou o assessor presidencial para política externa, Marco Aurélio Garcia. Lula, por sua vez, não foi capaz, com toda a sua influência junto ao governo cubano, de dizer uma única palavra em favor do companheiro Zapata; embora houvesse uma carta aberta pedindo sua intervenção, reclamou, irritado, que ninguém lhe escreveu nada a respeito. O que ele queria? Os presos em Cuba não têm acesso a e-mail, carta registrada ou serviço de entrega rápida dos correios. Lula achou o episódio "lamentável". Mas deu a impressão de que estava aborrecido, mais do que tudo, com o próprio Zapata – por ter feito a greve de fome e por não ter tido a consideração de esperar, antes de morrer, que a visita acabasse.
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http://veja.abril.com.br/100310/opcao-preferencial-ditaduras-p-097.shtml
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18 de março de 2010
O Globo
Dividido, BC mantém juros pela quinta vez
Ibope: distância Serra-Dilma cai para 5 pontos
Lula fala em chance mágica para a paz
Enem: sobra de vagas nas federais chegou a 15% (págs. 1 e 11)
União investiga acúmulo de cargos de 140 mil servidores (págs. 1 e 9)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo investiga duplo emprego público
Foto legenda: Arrastão cubano
Dividido, Copom decide manter juro básico em 8,75% ao ano
Saldo de emprego formal tem melhor fevereiro da história
Ato por royalties do petróleo reúne cerca de 80 mil no Rio
Concorrentes em licitação usam documento igual
Bairros ricos de SP têm taxa de suicídio maior
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Lula ajuda se pedir ao Irã que se afaste do Hamas, diz Abbas
Dividido, BC decide manter taxa de juros
Foto legenda: Tudo pelos royalties
Vantagem de Serra cai de 11 para 5 pontos
Novo Código reduz uso de prisão provisória
Violência em Cuba
Rolf Kuntz: É melhor queimar
Fernando Reinach: O segredo das cavernas
FGTS já vale para consórcio imobiliário (págs. 1 e Economia B3)
Universidades de Minas desistem de notas do Enem (págs. 1 e Vida A18)
Notas & Informações: O emprego e os gargalos
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Jornal do Brasil
Manchete: União pelo Rio: Com o Rio até debaixo d’água
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Correio Braziliense
Manchete: Câmara apressa eleição indireta
Foto legenda: A revolta do pré-sal
Fraude: Aqui, lá, em todo lugar…
SUS: Estado deve custear saúde
BC mantém juro em 8,75% ao ano