
[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
O Estado de S. Paulo - 06/05/2010 |
Dados da produção industrial no 1.º trimestre, sejam os do IBGE ou os da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram um forte aumento sobre igual período do ano passado: 18,1%, no primeiro caso, e 12%, no segundo. Mais significativo é o avanço nos três primeiros meses deste ano (com ajuste sazonal): janeiro, 1,1%; fevereiro, 1,5%; e março, 2,8% ? segundo o IBGE. Sem dúvida a indústria procura se adaptar a uma demanda crescente, como mostra a CNI com a Utilização da Capacidade Instalada (UCI ? dados dessazonalizados): em fevereiro, 81,1%; e em março, 82,8%. Na corrida da oferta atrás da demanda, a maior taxa de aumento, segundo o IBGE, é a dos bens de capital (+3%) ? particularmente elevada no setor de construção civil (+244,5%); equipamentos de transporte (+33,8%); energia elétrica (+29,4%); e para o próprio setor industrial (+23,1%), segundo dados brutos. A primeira dúvida é saber até que ponto a indústria terá capacidade financeira para realizar investimentos cujo custo é elevado e que, em certos casos, demandam um tempo de maturação prolongado. Os recursos financeiros para esses investimentos deveriam ter como fonte principal a poupança das empresas, isto é, seus lucros, pois financiar investimentos com empréstimos bancários a um custo normal é correr o risco de falência. Somente os investimentos financiados pelo BNDES, com custo subsidiado, podem ser realizados, sabendo-se, porém, que o BNDES se utiliza de recursos que têm um custo mais alto do que a remuneração que recebe dos seus empréstimos, o que a longo prazo poderá representar um sério problema para a instituição. Ao dar prioridade à produção de bens de capital, a indústria tem de sacrificar outros setores. De fato, verifica-se que o índice de UCI é particularmente elevado para a produção de veículos automotores (90,4%) e de outros equipamentos de transporte (91,8%), que exigem grandes investimentos. A velocidade do aumento do consumo não apenas afeta a produção, como a balança comercial, elevando as importações. No caso dos investimentos públicos a perspectiva é ainda mais preocupante. Em nossa edição de ontem divulgamos que a Empresa de Pesquisa Energética estima que, ao ritmo atual, o Brasil precisa construir uma usina equivalente à de Belo Monte a cada 16 meses. E com que recursos? O ritmo que se dá ao consumo deve ter em conta a capacidade de poupança (interna e externa) do País, sob pena de leva-lo a um impasse... |
Lula elogia Tuma Jr., acusado de ligação com máfia chinesa |
Folha de S. Paulo - 06/05/2010 |
Após encontro com presidente, ministro da Justiça diz que tudo fica como está
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., flagrado pela Polícia Federal em gravações telefônicas e troca de e-mails com Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, preso em 2009 sob acusação de contrabando. No final do mês passado, Romeu Tuma Jr. assumiu o CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria), órgão central do governo de combate a produtos contrabandeados. Reportagem publicada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo" considerou Li "chefe da máfia chinesa". Nas gravações em poder da PF, o secretário pede celulares, trata da compra de videogame e até de regularização de chineses que viviam clandestinamente em São Paulo, tema tratado por seu departamento no Ministério da Justiça. "Primeiro tem de esperar a investigação. Todo mundo sabe que o delegado Tuma é muito experimentado na polícia brasileira, na polícia de São Paulo. É um homem que tem uma folha de serviços prestada ao país", disse o presidente. Apesar da defesa, Lula chamou o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, para uma conversa ontem à noite. Depois do encontro, o ministério informou que "tudo fica como está" em relação ao secretário. As conversas de Tuma Jr. e Li fazem parte de uma investigação da PF sobre contrabando. O secretário, contudo, não foi investigado neste inquérito, relatado pela superintendência da PF de São Paulo em outubro. A Folha apurou que a Polícia Federal deve abrir nova investigação sobre a participação do secretário nacional de Justiça no caso. As suspeitas sobre ele são de tráfico de influência no departamento de imigração e advocacia administrativa. A PF afirmou, por meio da assessoria, que a análise de computadores apreendidos terminou só em abril, quase sete meses após a conclusão do inquérito. Com a análise do material em andamento, ainda não era possível determinar a abertura de nova investigação. "Fui informado da investigação. Aconselhei que o secretário prestasse depoimento. E a PF está cumprindo seu dever, tratando igualmente todo cidadão. Aguardemos a conclusão dos trabalhos", disse Tarso Genro, que deixou o Ministério da Justiça em fevereiro. Na reportagem do "Estado" foram transcritas conversas em que o secretário trata com o chinês sobre a compra de produtos ("Deixa eu te falar: lá na Vinte e... lá na Paulista vende aquele jogo Wii?") As investigações também flagraram Paulo Li pedindo ao secretário para checar o processo sobre um chinês. "Deixa eu te falar: você tinha pedido um negócio pro Luciano de "Uang Hualin Chen Ian'", afirma Tuma Jr. na interceptação divulgada pelo jornal. À noite, em um rápido pronunciamento dado à imprensa, o secretário disse que "não teve acesso e não conhece a investigação, por isso não iria falar sobre o caso". "Quando tiver mais detalhes, por dever moral, eu vou falar com vocês", disse. Em São Paulo, o procurador da República responsável pela investigação, Marcos Gomes Corrêa, disse que Tuma Jr. não foi investigado no inquérito que tratou de formação de quadrilha e descaminho supostamente praticados pelo chinês. O procurador afirmou que não denunciou Tuma Jr. em outubro, quando o inquérito foi concluído pela Polícia Federal, porque não foi constatado nenhum ato ilícito nas suas relações com Paulo Li. Indagado se Tuma Jr. é investigado em outro inquérito, Corrêa afirmou: "Não que eu tenha conhecimento, a menos que outro colega [procurador] tenha requisitado". |
Planalto cobra explicação convincente de Tuma Jr. para suspeitas da PF |
Autor(es): Tânia Monteiro e Leandro Colon, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo |
O Estado de S. Paulo - 06/05/2010 |
Secretário da Justiça é suspeito de elo com mafioso chinês Operação Wei Jin. Declarações do secretário nacional de Justiça foram consideradas insuficientes pelo ministro Luiz Paulo Barreto, o que pode tornar a situação "insustentável"; paralelamente, articuladores do governo tentam colocar "panos quentes" no caso.
Expoente da hierarquia do Ministério da Justiça, Tuma Júnior comanda áreas estratégicas como o Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI), que é responsável pelo rastreamento de dinheiro ilegal no exterior, e o Departamento de Estrangeiros. Como o Estado revelou na edição de ontem, o secretário nacional de Justiça mantinha estreita ligação com Paulo Li, hoje um presidiário na capital paulista. Li foi preso pela PF com mais 13 pessoas, sob acusação de comandar uma quadrilha especializada no contrabando de telefones celulares falsificados, procedentes da China, durante a Operação Wei Jin (trazer mercadoria proibida, em chinês), deflagrada em setembro de 2009. Sob o impacto do noticiário, Tuma Júnior preferiu silenciar, dar declarações sucintas a imprensa e ofereceu explicações consideradas fracas para seu superior hierárquico, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Entrevista. O secretário chegou a convocar a imprensa para uma entrevista coletiva. Prometeu que se defenderia publicamente, mas depois desistiu. Em um movimento para não atrair para o Planalto o escândalo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a senha para Barreto exonerar o auxiliar. Lula "despolitizou" Tuma Júnior, filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP), aliado do governo, afirmando que esse era um assunto do Ministério da Justiça. "Eu vi informações hoje (ontem) sobre o delegado Romeu Tuma. Primeiro tem de esperar a investigação. Todo mundo sabe que é um delegado muito experimentado na polícia brasileira. É um homem que tem uma folha de serviços prestados ao País", disse. "Se há uma denúncia contra ele, a única coisa que temos de fazer, antes de precipitarmos decisão, é investigar da forma mais democrática possível", afirmou o presidente Lula, no Palácio do Itamaraty, onde recebeu as credenciais de novos embaixadores estrangeiros. Enredo. Mas as idas e vindas do secretário e a escassez de respostas colocaram o Planalto no enredo. À tarde, Barreto foi chamado para uma reunião no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República. Oficialmente, ele foi lá para tratar da Comissão da Verdade, prevista no decreto do Plano Nacional de Direitos Humanos. Barreto teria sido orientado a exigir explicações que sufocassem a crise ou a abreviasse, com a exoneração do secretário nacional de Justiça. Depois do encontro com o presidente Lula e outros ministros, Barreto saiu sem falar com a imprensa. Sob pressão. Ao chegar para trabalhar pela manhã, Tuma Júnior reuniu-se com seus principais assessores para analisar sua defesa. Foi então chamado para uma reunião às pressas com o ministro na hora do almoço. O encontro não estava agendado. Tuma Júnior defendeu-se e afirmou ao ministro que não havia praticado nada de irregular. Antes desse encontro, a reportagem do Estado o abordou nos corredores do ministério. O secretário tentou demonstrar tranquilidade e afirmou que não era dono do cargo que ocupa no governo. "Eu não sou do cargo", declarou Tuma Júnior. Logo depois, minimizou as acusações: "Eu não fiz nada". Indagado sobre as relações com o chinês Paulo Li, o secretário partiu para a ironia: "Eu não sou racista". No início da tarde, após a reunião com o ministro, foi questionado pelo Estado sobre sua permanência no governo. Ele desconversou: "Primeiro o serviço, depois a fofoca". A assessoria do Ministério da Justiça avisou os jornalistas que, para comentar as acusações, ele daria uma entrevista coletiva após a reunião que teria sobre Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), com a participação de secretários estaduais de Justiça, representantes do Ministério Público, da Advocacia Geral de União (AGU) e do Poder Judiciário. Destino. Ele, aliás, comandou essa reunião da Enasp, que contou com a presença do ministro Barreto por alguns minutos. Tuma Júnior, no entanto, ausentou-se da sala por cerca de 40 minutos. Seu destino foi incerto. Depois da reunião, ele informou que não daria mais a prometida entrevista, alegando que não teve acesso à investigação. |
06 de maio de 2010
O Globo
Manchete: Reajuste dos aposentados: Lula ainda não sabe se vetará, mas Serra e Dilma já o apoiam
Crise paralisa Grécia e deixa 3 mortos
Procuradora tem prisão decretada
Governo apura ligação de Tuma Jr. com mafiosos
Banda larga da Telebrás é estreita
Segurança maior em voos nos EUA
Britânicos escolhem premier em cenário de crise e incerteza (págs. 1 e 31)
Lucro da Vale recua 8,6% no 1º trimestre, para R$ 2,8 bilhões (págs. 1 e 27)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Ricos miram Brasil e China em pacto contra a pirataria
Presidente defende Tuma Jr. de acusações
Foto legenda: De volta à mãe
Teles podem ir à Justiça contra plano de banda larga do governo
Para bispo, tocar em adolescente não é pedofilia
Britânicos vão às urnas hoje sob medo da crise
Kenneth Maxwell: Ascensão de um 3° partido é mudança mais significativa (págs. 1 e A2)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Crise grega se espalha e UE já teme pelo seu futuro
Governo quer mais usinas em reservas da Amazônia
Para o Planalto, explicação de Tuma Jr. é insuficiente
Novo governo herdará conta da banda larga
Droga contra aids tem baixa produção
Sem favoritos, britânicos vão hoje às urnas
Governo lança pacote de apoio à exportação (págs. 1 e Economia B5)
Celeiro do País sofre com falhas logísticas (págs. 1 e Especial Economia)
Nouriel Roubini: Grécia é ponta do Iceberg
Notas & Informações: O estouro da bolada
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Jornal do Brasil
Manchete: Guerra anunciada
Foto legenda: A Grécia derrete
Pacote dá estímulo às exportações
Irã anuncia acordo, e Brasil nega
Banda larga vai custar R$ 13 bi
Vale comandará fundo ambiental
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Correio Braziliense
Manchete: Veto a aposentados une Serra, Dilma e Lula
Falta tudo no Hospital de Base. Até respeito
Foto legenda: Economia faz a Grécia mergulhar no caos
Polêmica: CNBB cala a boca do bispo
UnB: Servidor vai devolver URP
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Valor Econômico
Manchete: Construtoras já temem apagão de mão de obra
Insegurança atinge bancos da Europa
Aperto reduz oferta de dinheiro
Telebrás vai receber capital de R$ 3,22 bi
Foto legenda: Vender até em biroscas
Inflação sobe mais para a baixa renda
Em tempos de crise, demissão em massa pode ser a pior saída (págs. 1 e B6)
Credicard fecha acordo com a varejista EletroShopping (págs. 1 e C10)
Liberais democratas de Nick Clegg definirão eleição britânica (págs. 1 e A16)
Foto legenda: ‘Choque’ de gestão
Investimento estrangeiro
Olho no olho
Linha branca preta
Engevix e Funcef miram estaleiro
Montadoras aceleram
'Private equity' nos trilhos
Petrobras vende ativos argentinos
Polêmica no campo
Avanço dos defensivos
Ideias
Ideias