




[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Autor(es): LILIAN TAHAN | ||||||||||
Correio Braziliense - 25/05/2010 | ||||||||||
Documento que será entregue hoje à Comissão de Ética da Câmara Legislativa vai sugerir a cassação da distrital, que já está afastada pela Justiça. Se aprovado, o parecer será então apreciado em plenário
A conclusão do relatório sobre a participação de Eurides Brito (PMDB) no episódio da Caixa de Pandora é de que a distrital afastada se envolveu em um processo de corrupção e que, por isso, deve ser punida com a cassação definitiva de seu mandato parlamentar. O documento, de autoria da deputada Érika Kokay (PT), será protocolado nesta manhã na Comissão de Ética da Câmara Legislativa, que provavelmente confirmará ainda esta semana o parecer da relatora. Com isso, o futuro político de Eurides — que já foi afastada do cargo por determinação da Justiça — será definido em plenário, durante sessão em que podem votar os 24 deputados da Casa. A opinião de Érika sobre o envolvimento de Eurides no escândalo político da Pandora foi construída a partir de depoimentos — foram nove ao todo —, diligências e laudos da Polícia Federal (PF). A conclusão dos 12 volumes que compõem o processo está encadernada em um documento de 120 páginas. Até a noite de ontem, os técnicos da Comissão de Ética trabalhavam no material, que ainda seria revisado pela própria relatora. Mas, a essa altura, a decisão já estava tomada em favor da condenação de Eurides. Érika fez um voto duro, respaldado em contradições de testemunhas e na perícia da PF que confirmou a autenticidade do vídeo no qual Eurides aparece embolsando dinheiro entregue por Durval Barbosa. As intervenções judiciais no episódio da Pandora referentes a Eurides também foram fundamentais para dar respaldo ao relatório de Érika Kokay. Desde o início da crise, a Justiça se pronunciou contra a deputada e no sentido de garantir que as apurações sobre o suposto esquema de pagamento de propina a deputados fossem concluídas sem ingerências políticas (veja quadro). Um dos argumentos da relatora para sugerir a cassação contradiz a sustentação de Eurides, para quem o processo na Câmara é político, diferentemente do trabalho da Justiça, que se baseia em fatos. Segundo Érika, justamente os fatos provocaram a Justiça a decidir em três ocasiões contra os interesses de Eurides Brito. Segundo a relatora do processo, o parecer é técnico, está embasado em documentos e depoimentos. “Os dados estão apresentados da forma mais didática possível, e o relatório está bastante detalhado. Acredito que os demais integrantes da Comissão de Ética terão todas as condições para formar uma opinião. Não necessariamente acompanhando o voto da relatora. Fiz o que a sociedade quer, dei uma resposta com responsabilidade”, acredita a petista. Composição Ainda nesta semana, o relatório de Érika deve ser votado na Comissão de Ética, composta, além dela, pelos distritais Raimundo Ribeiro (PSDB), Batista das Cooperativas (PRP), Aguinaldo de Jesus (PRB) e Paulo Roriz (DEM). A expectativa é de que a maioria dos membros da Comissão acompanhe o parecer. O grupo pretende com essa iniciativa diluir a definição sobre a situação de Eurides com o conjunto dos distritais. Até mesmo Aguinaldo de Jesus, que capitaneou uma tentativa de operação para salvar Eurides, deve se pronunciar a favor do relatório. Ele acredita que já se expôs muito. A tendência é que a votação em plenário ocorra antes do início da Copa do Mundo, ou seja, ao longo das próximas três semanas. Fora da Câmara e enfraquecida, dificilmente Eurides conseguirá preservar o mandato na Casa. Se for cassada, perderá o direito de se eleger por cinco anos. Ou seja, não poderá se candidatar nem em outubro nem em 2014. O rito do processo » Depois que o processo por quebra de decoro parlamentar é protocolado na Comissão de Ética da Câmara, o que ocorrerá ainda hoje, o documento será avaliado e votado pelos cinco distritais que integram essa comissão. » A Comissão de Ética poderá aprovar o parecer, rejeitar ou sugerir uma punição diferente da que for proposta pela relatora. Se a decisão da Comissão for por acompanhar o relatório, que pedirá a cassação da deputada, então o processo seguirá para o plenário. Se a maioria dos integrantes da Comissão resolver rejeitar, a ação é arquivada. E se a opção for por uma advertência ou censura escrita, o processo também será interrompido nessa instância sem ser submetido aos demais deputados. » Uma vez aprovado na Comissão de Ética, o relatório deverá ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que julgará a admissibilidade da ação. Há um prazo de até cinco sessões para que a análise seja concluída. » Se for aprovado na CCJ, o relatório está pronto para apreciação em plenário. Nesse caso, também o regimento prevê prazo de cinco sessões ordinárias para que o assunto seja colocado em pauta » Eurides será cassada se tiver, pelo menos, 13 votos a favor do relatório de Érika Kokay, que sugerirá a perda do mandato da parlamentar afastada Derrotas na Justiça Conheça as três decisões judiciais que agravaram a situação de Eurides Brito no escândalo da Caixa de Pandora: 1 A primeira delas foi tomada em janeiro deste ano por um juiz de primeira instância do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) e confirmada em março pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o TJDFT determinou que oito distritais e dois suplentes citados nas investigações da Caixa de Pandora fossem impedidos de atuar no processo de impeachment contra o então governador, José Roberto Arruda. Como Arruda foi cassado pela Justiça Eleitoral, a decisão perdeu o objeto. 2 No fim de abril, a Justiça determinou a indisponibilidade dos bens de Eurides Brito. A decisão foi tomada com base na iniciativa do Ministério Público do DF e Territórios, que ajuizou ação civil pública contra Eurides Brito por ato de improbidade administrativa e reparação de danos morais. Na ocasião, o MP também ajuizou ação cautelar com pedido de liminar para que a então distrital ficasse impedida de movimentar seus bens. 3 Em maio, a Justiça ordenou o afastamento de Eurides Brito da Câmara Legislativa sob o argumento de que ela estaria usando a influência política no exercício do mandato para tentar escapar do processo de quebra de decoro parlamentar a que responde. A decisão de primeira instância foi confirmada por uma desembargadora do TJDFT na semana passada. Faltas aprovadas LUÍSA MEDEIROS Com mais de um mês de atraso, as justificativas das faltas dos deputados distritais no plenário da Câmara Legislativa foram aprovadas na última sexta-feira pela Mesa Diretora. As ausências registradas a partir da metade de abril até a última quinta-feira ainda não tinham recebido a chancela dos colegas. De acordo com a Resolução nº 228 de junho de 2007, os parlamentares têm de justificar a falta até 48 horas após a sessão ordinária. Se ela não for aprovada, desconta-se, por ausência, a trigêsima parte do salário de R$ 12,4 mil. O relatório também foi atualizado e há diferenças em relação ao levantamento publicado pelo Correio na edição de ontem. A Terceira-Secretaria da Câmara enviou as novas informações com alterações. O levantamento feito pela reportagem avançou até a 41ª sessão ordinária. A nova relação considera mais duas sessões ordinárias. A diferença entre elas é de uma falta a menos e uma a mais para 10 deputados citados. O campeão de ausências em plenário, Benício Tavares (PMDB), manteve as 27 faltas antecipadas pela reportagem. Destas, três foram justificadas com atestados médicos. O deputado Milton Barbosa (PSDB) teve mais ausências em plenário do que as sete publicadas. As 11 faltas foram justificadas por licenças médicas que recebeu quando sofreu um infarto. Com a apresentação dos atestados, ele não tem mais nenhum registro de falta. “Nunca faltei em plenário sem ter justificado”, afirmou Milton. Ele ainda está de licença, mas acompanha as sessões. Alírio Neto (PPS) e Erika Kokay (PT) também descontaram faltas com atestados médicos. O presidente da Casa, Wilson Lima (PR), não contabiliza ausências no relatório atualizado. Segundo a assessoria dele, quando o distrital tornou-se chefe do Executivo, as ausências não poderiam ter sido registradas. O ponto O relatório das faltas em plenário é referente às 43 sessões ordinárias deste ano, ocorridas entre 1º de fevereiro e 21 de maio Parlamentares - Faltas justificadas até 21 de maio Aguinaldo de Jesus** 5 Alírio Neto 16 Aylton Gomes 2 Batista das Cooperativas 15 Benedito Domingos 6 Benício Tavares 27 Cabo Patrício 11 Chico Leite 1 Cristiano Araújo 15 Dr. Charles 3 Eliana Pedrosa 10 Erika Kokay 6 Eurides Brito* 10 Geraldo Naves** 1 Jaqueline Roriz 4 Milton Barbosa 11 Paulo Roriz** 8 Paulo Tadeu 3 Raad Massouh** 1 Raimundo Ribeiro 1 Roberto Lucena** 0 Reguffe 0 Rogério Ulysses 12 Rôney Nemer 6 Wilson Lima** 0 Observações: * A deputada está afastada do cargo, por ordem da Justiça, desde a última terça-feira ** A frequência nas sessões é equivalente à época em que eles se tornaram deputados Depoimento aos promotores » Eurides Brito (PMDB) prestou depoimento ontem ao Ministério Público do DF e Territórios sobre um escândalo que surgiu como desdobramento do episódio da Caixa de Pandora. A distrital afastada foi convocada a falar sobre as denúncias feitas pelo ex-senador Valmir Amaral. Em janeiro, o empresário, que é dono da Rápido Brasília, denunciou que a votação do projeto do passe livre foi precedida de negociação entre integrantes do governo e deputados distritais. Eurides Brito depôs a promotores de Justiça do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) e negou que tenha tido conhecimento da suposta negociação, muito menos de ter participado dela. Na época da aprovação do projeto, Eurides era a líder do governo Arruda. |
Marina: Dilma, Serra e Lula extrapolam a lei |
Publicada em 24/05/2010 às 09h43m
Sérgio Roxo - O GloboReutersRIO - A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse em entrevista à CBN nesta segunda-feira que seus adversários José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) extrapolam os limites da pré-campanha. Marina aproveitou para fazer um mea culpa, afirmando que a coordenação de campanha do PV preferiu ocultar seu nome em faixas de apoio ao lançamento da candidatura de Fernando Gabeira (PV) ao governo do Rio para não configurar propaganda eleitoral antecipada. ( Blog da Miriam Leitão: Marina diz que errou ao votar contra Real e LRF )
( Ouça um trecho da entrevista )
" É uma orientação de quem está entendendo da legislação e não quer extrapolar como estão extrapolando a torto e a direito "
- Um grupo de uma comunidade muito simples trouxe as faixas e obviamente que ainda estamos em dúvida do período eleitoral que não pode fazer campanha. Inclusive fui participar de um evento em Natal e um grupo de jovens levou uma faixa também e isso foi motivo de uma notificação à nossa candidatura. Com base nessa experiência, a coordenação da campanha do Gabeira orientou para que colocasse um ocultamento do (meu) nome, mas não tem nada a ver com política. É uma orientação de quem está entendendo da legislação e não quer extrapolar como estão extrapolando aí a torto e a direito - afirmou Marina.
- Estou me referindo aos dois (Serra e Dilma). E estou aguardando os meus advogados que vão olhar a história da faixa (em Natal), ainda que seja uma coisa muito modesta, para saber se, mesmo involuntariamente, nós também não extrapolamos. A minha orientação é que sempre se cumpra a lei, mas às vezes a militância extrapola - completou.
No lançamento da pré-candidatura de Gabeira ocorrido no domingo, o nome de Marina foi coberto em faixas. Enquanto a campanha da senadora tem o apoio exclusivo do PV até agora, Gabeira leva as adesões não apenas dos verdes, mas também do PSDB, DEM e PPS, as três siglas que dão suporte à candidatura de Serra à Presidência da República.
Para Marina, "não tem nada a ver" o apoio de Serra ao deputado:
- O Gabeira tem dito reiteradas vezes que está com o nosso projeto nacional. Obviamente que ele está em uma coligação que está sendo construída de uma forma muito delicada e o governador Serra está apoiando. Isso significa que o Gabeira é o melhor para o Rio, e o Partido Verde e o seu projeto o melhor para o Brasil.
Marina afirma que não foi a evento de Gabeira devido a acerto com SerraMais tarde, em entrevista a jornalistas, a verde disse que não foi ao lançamento da pré-candidatura de seu colega de partido porque havia um acerto para que nem ela nem o tucano José Serra comparecessem.
- Já havia um entendimento de que nem eu nem o Serra íamos neste evento, como concepção política. Além disso, eu já tinha um impedimento neste domingo. Fiquei tentando melhorar (a voz), para dar esta entrevista (à rádio CBN) - explicou.
" No caso do presidente Lula, ele mesmo toma a atitude de fazer estas extrapolações"
Ainda durante a entrevista, a pré-candidata criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em razão das quatro multas que ele levou da Justiça Eleitoral, por fazer campanha para a petista Dilma Rousseff.
- No caso do presidente Lula, ele mesmo toma a atitude de fazer estas extrapolações. Aí é muito grave, pois o exemplo tem que vir de cima. Sempre digo que mais próximo do rei, mais alta é a forca - apontou Marina.
A verde ressaltou também que a lei eleitoral deveria ser respeitada independente do valor das multas aplicadas:
- A gente nem deve precisar que seja uma multa cara para cumprir a lei. A lei deve ser cumprida independentemente de qualquer coisa.
Marina também afirmou na entrevista que é favorável à sanção do aumento de 7,7% para os aposentados, mas disse que vetaria o fator previdenciário. Ela voltou a criticar a construção da usina de Belo Monte. Disse ainda, que o acordo do Brasil com o Irã para resolver a questão do urânio deve ser visto com ressalvas.
Confira outros trechos da entrevista:Pesquisa Datafolha e eleição plebiscitária
"Confesso que gostei (do resultado), porque estamos só no começo, sem estrutura, há cinco meses. Os outros já são candidatos desde pequenininhos. A gente está com estes 12% é porque a sociedade brasileira resolveu se escalar para acabar com este empate. Sinto que estamos debelando o plebiscito e estabelecendo um processo político. (...) O povo não vai comprar a tese do plebiscito e vai desempatar este jogo. O plebiscito entre Lula e Fernando Henrique que não estão nem concorrendo as eleições. As pessoas tem que olhar para quem está concorrendo. O Brasil está cansado dessa história de que toda a vez fica uma guerra do vermelho contra o azul. Não é isso que interessa."
Fator previdenciário e reajuste de 7,7%
"No caso do fator, vetaria. No caso do reajuste dos aposentados, não. Eu inclusive fui para o Congresso para participar desta votação. E lá foi feito um acordo de lideranças em que eu votei favoravelmente ao projeto como estava para não voltar para a Câmara dos Deputados, mas eu tenho um posicionamento contrário ao (fim do) fator previdenciário. Esse vetaria. Em relação aos aposentados, acho que é justo recuperar o poder aquisitivo dos aposentados e obviamente que isso leva a déficit na Previdência. (...)Se o governo fizer as escolhas certas vai conseguir (dar o reajuste), agora vai precisar fazer a reforma da Previdência."
Plano Real e Lei de Responsabilidade Fiscal
"Votei contrário (à Lei de responsabilidade fiscal), seguindo a orientação do partido, mas hoje, reconheço que foi uma coisa acertada. Acho que você pode ter um pensamento num determinado momento, agora, você não pode permanecer com o mesmo pensamento só porque quer manter aquela posição, quando a realidade já te mostra que você estava equivocada. (...) Com relação ao plano real, eu tinha uma visão contrária, na época. Inclusive nós, equivocadamente, quando fizemos a campanha do presidente Lula, que ele ganhou, foi tudo em cima de combate ao Plano Real. E isso foi uma aprendizagem muito grande para mim, porque aprendi que não podemos deixar de reconhecer as coisas só depois que os governos passam"
Acordo nuclear com o Irã
"O Brasil acabou dando um audiência excessiva que nenhum país, nenhuma democracia ocidental deu ao Irã. Não é proibido conversar, não é proibido dialogar. Agora, é fundamental que a diplomacia presidencial fique muito atenta para separar o que são interesses comerciais do que é uma política de Estado baseado nos princípios que defende. Se direitos humanos, liberdade política, liberdade de expressão é importante para os brasileiros, então é importante para os cubanos e para os iranianos. Estamos com este acordo Brasil e Turquia, mas não vamos nos esquecer que a França e Rússia no ano passado fizeram este acordo com o Irã, e não foi cumprido. Temos que ficar em compasso de espera porque o Irã tem como princípio produzir a bomba atômica. (...) É bom não celebrar antes do tempo, inclusive mantendo a pressão. Porque se a opinião pública internacional não tivesse feito a pressão que fez sequer talvez este acordo tivesse saído."
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Marina Silva demonstrou tranquilidade hoje ao falar sobre as faixas (como a reproduzida acima, publicada em reportagem do G1) que excluíam seu nome e foram penduradas durante o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Fernando Gabeira (PV) ao governo do estado do Rio de Janeiro. Marina disse à rádio CBN que seu nome foi excluído do material para não caracterizar campanha antecipada, um crime eleitoral.
Apesar da resposta legalista e serena de Marina, a exclusão do seu nome das faixas gerou rumores de que se trata de mais um capítulo controverso na relação com Gabeira. Além de PPS e DEM, Gabeira é apoiado pelo PSDB, cujo candidato à presidência é José Serra. Gabeira já chegou a dizer que apoiará Serra no segundo turno e tem tido disputas públicas sobre o arranjo da coligação com Alfredo Sirkis, presidente regional do PV no Rio e atual coordenador de campanha de Marina.
Marina tem tido paciência cristã ao tratar do assunto. Procura afastar a interpretação de que Gabeira desconfia da viabilidade da candidatura verde para a presidência, se mostra leal ao repetir que “Gabeira é o melhor para o Rio de Janeiro” e diz manter total confiança no colega de partido. Em entrevista à ÉPOCA ela disse: “Tenho uma relação de 20 anos com Gabeira. Ele me deu os rudimentos da questão ambiental. Ele está muito imbuído do nosso projeto nacional”.
Marina Silva amealha, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem, 12% das intenções de voto. Está na terceira posição. Nenhuma grande mudança em relação a abril, quando a candidata tinha o mesmo percentual no cenário que excluía do páreo o então pré-candidato do PPS, Ciro Gomes. Marina comemorou e disse que a corrida presidencial está só começando. Resta saber como ela vai se desenvolver, principalmente em termos de financiamento de campanha.
Entre os três principais candidatos, Marina Silva terá o menor orçamento. Estima-se que ela disporá de 70% menos dinheiro do que os candidatos José Serra, do PSDB, e Dilma Rousseff, do PT. Enquanto ambos têm circulado de jatinho pelo Brasil, 90% das viagens de Marina são feitas em vôos de carreira. Jatinho é luxo viabilizado, de vez em quando, pelo vice de Marina, o empresário Guilherme Leal. Dono de um avião, ele já doou algumas horas de vôo para o PV.
A partir de junho, no entanto, a expectativa do partido é que Marina disponha de um avião alugado full time para fazer campanha. Em junho, com a formalização da candidatura, ela terá um CNPJ próprio e será possível doar diretamente para a candidata e não apenas para o partido, como acontece agora. Espera-se que Marina e sua plataforma de sustentabilidade e ética atraia doadores especialmente entre os setores da sociedade que não costumam dar dinheiro para campanhas. Isso vai ser fundamental porque Marina não vai aceitar dinheiro de muitos dos tradicionais patrocinadores da campanha. Para doar para Marina a empresa tem que ter lisura e transparência nos negócios, buscar a sustentabilidade ambiental e social e não estar envolvida em casos suspeitos com o Estado. A indústria do tabaco, ruralistas que tenham desrespeitado as reservas legais e parte das empreiteiras seriam recusadas.
Na última quinta-feira, Marina Silva concedeu uma entrevista à ÉPOCA. Ela falou por duas horas, em seu gabinete no Senado, sobre seus planos de governo, suas crenças e memórias. Parte da conversa pode ser assistida no vídeo a seguir.
MINISTROS ACONSELHAM LULA A VETAR AUMENTO DE 7,7% PARA APOSENTADOS |
Jornal do Brasil - 25/05/2010 |
Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, recomendaram ao presidente Lula o veto ao reajuste de 7,7% a aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo. A equipe econômica do governo recomendou segunda-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vete o reajuste de 7,7% para aposentados e pensionistas da Previdência Social que ganham mais de um salário mínimo. O presidente Lula ainda irá analisar o assunto. As razões da equipe econômica para a defesa do veto foram expostas ao presidente durante a reunião de coordenação política pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência, Carlos Eduardo Gabas. Nossa posição foi de que se mantivesse o veto por questões de manter a solidez orçamentária do governo pensando nos gastos públicos, pensado não tanto no presente, também no futuro, que a gente mantivesse essa decisão de não aumentar o gasto nessa rubrica que é a mais alta do governo disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Eleições não interferem Paulo Bernardo reafirmou que o compromisso de governo com as centrais sindicais foi de conceder reajuste de 6,14%: Se tivermos como manter o compromisso, vamos fazer. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula buscará uma decisão que cumpra a responsabilidade fiscal e disse que o presidente não se deixará contaminar pela proximidade do período eleitoral. Já vetamos matérias como essa em campanhas eleitorais anteriores e não prejudicou a reeleição do presidente. Qualquer decisão que ele tomar vai tomar preocupado com a responsabilidade fiscal disse. Em relação ao fator previdenciário, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o presidente Lula decidiu pelo veto. A proposta enviada pelo governo ao Congresso Nacional previa reajuste de 6,14% aos aposentados que recebem mais de um salário mínimo, mas o percentual foi alterado para 7,7%. Lula tem até o dia 1º de junho para tomar uma decisão, data em que o texto perde a validade. |
25 de maio de 2010
O Globo
Manchete: Área econômica pede a Lula veto a reajuste de aposentado
Aeroportos: solução para a Copa é um 'puxadinho'
Irã rejeitará mudanças no acordo nuclear
Para Marina, adversários extrapolam lei
Ficha Limpa e o tempo verbal
Multas baixas servem de estímulo para a propaganda irregular (Págs. 1 e 13)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Luz é mais cara para pagar usina poluidora
Obama recusa convite de Lula para vir ao país antes de eleição
Metrô do futuro
Ministérios pressionam por veto a 7,7% para aposentados
Facebook diz que facilitará a proteção de dados pessoais
Poder: Analistas veem com ceticismo chance de Lula chefiar a ONU (Págs. 1 e A4)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Ministros pedem que Lula vete reajuste de 7,7% a aposentados
Serra explora inserções de TV estaduais para reagir
Foto legenda: Metrô chega à Faria Lima
Ibama liga greve de fiscais a desmate
Seul para comércio com Coreia do Norte (Págs. 1 e Internacional A12)
EUA discutem venda de 'viagra feminino' (Págs. 1 e Vida A17)
Notas & Informações: A tragédia mexicana
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Valor Econômico
Manchete: Receita recorde tira da crise concessionárias de rodovias
Compra de carteiras de crédito retoma fôlego
Juro leva 62% dos gastos com desapropriação
Empresas negociam sem sindicatos
Países ricos preveem anos sem brilho
Estudo do Ipea mostra que só 12% das estradas do país são pavimentadas (Págs. 1 e A6)
Petroleiras estatais controlam mais de 75% da produção mundial (Págs. 1 e B7)
Disney adapta seus personagens ao mercado nordestino (Págs. 1 e B8)
Balança comercial
Imigrantes apertam o cinto
Turismo emprega menos no RJ
ES vive ciclo de crescimento
“Private equity” na TI
Internacionalização do Bourbon
Fome de aço
Política e desigualdade nos EUA
Ideias
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