


[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Autor(es): Francisco Góes, do Rio |
Valor Econômico - 28/05/2010 |
O assessor-chefe da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, rebateu ontem as declarações feitas na véspera pelo pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, que, em declaração à Rádio Globo, considerou o governo boliviano de Evo Morales "cúmplice do tráfico de drogas". "Serra está tentando ser o "Exterminador do Futuro" da política externa (brasileira)", comparou Garcia. E continuou com as críticas: "Ele (Serra) já destruiu o Mercosul e agora quer destruir nossas relações com a Bolívia. Ahmadinejad (presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad) já é um "Hitler" e eu acho que talvez ele (Serra) esteja pensando que, em uma (eventual) política de cortes de despesas, venha a fechar 20 a 30 embaixadas de países, os quais ele está insultando neste momento", disse Garcia após participar da abertura do III Fórum Brasil-União Europeia, no Rio de Janeiro. Garcia disse que a conduta de Serra não lhe parece condizente com a de um candidato que tem a aspiração legítima de chegar à Presidência da República, embora considere que Serra pode não atingir seu objetivo eleitoral. Ele afirmou que o tucano deveria ser mais prudente no trato desses temas. Questionado se o suposto fechamento de embaixadas em um eventual governo Serra era uma suposição que estava fazendo, Garcia respondeu: "Não, ele está brigando com tanta gente que não vai sobrar outro caminho a não ser fechar embaixadas." Garcia disse ainda ter ficado preocupado com as declarações de Serra porque qualquer funcionário, no entender dele, sobretudo quem aspira a ser o primeiro funcionário do governo, tem que ter muita serenidade na análise da situação internacional já que esse é um assunto que envolve o relacionamento com países vizinhos com os quais o Brasil tem "sólidas relações", disse o assessor de Lula. |
Autor(es): Igor Silveira |
Correio Braziliense - 28/05/2010 |
Pressionado para tomar uma decisão difícil, especialmente em ano eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou mais tempo para escolher se vai desagradar aos aposentados ou à cúpula da área econômica do governo. Diferentemente do que foi divulgado por integrantes do Planalto anteriormente, o chefe de Estado tem até 15 de junho para sancionar ou vetar o reajuste de 7,7% para os inativos que ganham acima de um salário mínimo. A justificativa para o novo prazo é de que o texto do projeto só chegou à Casa Civil na quarta-feira e, seguindo os trâmites legislativos, o mandatário brasileiro tem até 15 dias úteis para despachar o documento. |
Uma década de irregularidades | ||||||||
Autor(es): Samanta Sallum | ||||||||
Correio Braziliense - 28/05/2010 | ||||||||
Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal mostra que o esquema para contratar empresas de informática a preços superfaturados, sem licitação, vem desde 1999, no governo Roriz
Auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apresentaram a engenharia de funcionamento do esquema que sangrava os cofres públicos desde 1999. Num retrospecto, revelaram as irregularidades que já eram identificadas antes do governo de José Roberto Arruda, alvo da Operação Caixa de Pandora. Apontam que as práticas da gestão de Joaquim Roriz, entre 1999 e 2006, eram semelhantes: burlar a licitação para contratar empresas de informática a preços superfaturados. No balanço de trabalho das 48 auditorias (1)abertas em dezembro passado sobre contratos de 2009, os técnicos deram um histórico das irregularidades voltando uma década. Lembraram que, ao assumir o governo, em 1999, Joaquim Roriz usou o Instituto Candango de Solidariedade (ICS) para contratar pessoal em cargos comissionados sem concurso público e também como intermediador de empresas de informática. Saltou de R$ 70 milhões em 1999 para R$ 600 milhões, em 2005, o volume de recursos repassados do GDF ao ICS para pagamento de prestadoras de serviço escolhidas sem licitação. Em apenas um contrato com a Linknet e a Prodata, gerido pelo então presidente da Codeplan, Durval Barbosa, o superfaturamento foi de R$ 24 milhões em 2005, segundo apurou auditoria do TCDF. Na exposição dos técnicos do Tribunal, em palestra interna que o Correio acompanhou, ressaltou-se que o órgão não esteve inerte nesse período todo até que o Ministério Público e Polícia Federal agissem na Operação Caixa de Pandora, ocorrida em novembro passado, que implodiu o governo Arruda. Para os auditores, a diferença entre as irregularidades de Roriz e de Arruda na contratação de informática é apenas uma: na cadeia de subcontratação ilegal de Arruda foi suprimido o ICS (veja quadro). Mas a intenção e a prática continuavam a mesma: gastos volumosos com serviços de informática, burlando licitação. O que direcionava as contratações, beneficiando determinados empresários que, segundo as denúncias da Operação Caixa de Pandora, em troca, abasteciam com propina a suposta rede de corrupção de compra de apoio político para Arruda. Ralo O ICS foi usado como ralo de escoamento de dinheiro para empresas de informática até o fim de 2006. Em acordo com o Ministério Público do DF, que tinha diversas investigações e ações judiciais contra o instituto, Arruda extinguiu a entidade, garantindo a aparência de medida saneadora. No entanto, segundo o TCDF, a prática de burla de licitação continuou. Segundo os auditores, as contratações eram realizadas diretamente pela Codeplan. Entre 2007 e 2009, a empresa era presidida pelo atual governador Rogério Rosso (PMDB). Por meio da assessoria de imprensa, ele esclareceu que, quando assumiu o cargo na Companhia, em março de 2007, toda a parte de informática tinha sido transferida para a Secretaria de Planejamento. Rosso só teria aceitado o cargo com a condição de não ficar sob gestão da Codeplan tais contratos. O que na época era disputado pelo próprio Durval Barbosa, que se transformou no delator de todo o esquema. Em 2003, na gestão de Roriz, o Tribunal de Contas determinou ao GDF a suspensão de repasses ao ICS. No entanto, o governo e a entidade conseguiram mandados de segurança no Tribunal de Justiça do DF, revertendo a decisão. Em 2004, o TCDF voltou a divergir e mandou Durval Barbosa, na condição de presidente da Codeplan, abster-se de realizar novos contratos por meio do ICS. Pouco adiantou. Paulo Fona, assessor de imprensa de Roriz, comentou as conclusões do Tribunal de Contas. “Os responsáveis pelos contratos agiam com autonomia administrativa e seguiam o que as respectivas assessorias jurídicas autorizavam. Uma coisa é o Tribunal de Contas dizer agora que não podia ser feito na época tais procedimentos, o que é diferente de afirmar que houve desvio de dinheiro. E o Tribunal de Contas pode ter um entendimento, mas que nem sempre é palavra final. A Justiça autorizou os repasses de dinheiro ao ICS”, explica. 1 - Análise Apuração da força-tarefa do TCDF referente aos contratos do GDF em 2009 se deparou com superfaturamentos, falsas pesquisas de mercado e desperdícios propositais para justificar gastos. Das 48 auditorias abertas, em dezembro passado, cerca de 70% foram concluídas e o resto está em fase final. O universo de gastos analisado chega a R$ 354 milhões em despesas em 2009, principalmente despesas na área de informática. PREÇOS DO BRB No pente-fino que realizou nos contratos do governo local em 2009, o TCDF identificou valor excessivo na locação de equipamentos de informática. Preços elevados comparados aos pagos em contratos da área federal e até de uma empresa ligada ao GDF: o Banco de Brasília. Enquanto a instituição contratou o mesmo serviço pelo custo de R$ 60 pelo aluguel de cada computador, o GDF aceitava pagar R$ 330. Segundo os auditores, o BRB é a referência correta de alta de preço, enquanto que o GDF estava pagando valores superfaturados. Entenda o caso Confira abaixo a cadeia de contratações, segundo o TCDF. Entre 1999 e 2006 – governo Roriz // GDF — Codeplan — Instituto Candango de Solidariedade (ICS) – empresas de Informática. » Segundo o TCDF, a Codeplan e o ICS serviam apenas de intermediação para burlar licitação. O ICS, como uma organização social, podia ser contratado sem licitação, abrindo caminho para que se subcontratassem empresas a sua escolha. A Codeplan e o ICS eram remunerados pelo GDF sem na prática prestar serviço algum, apenas com a função de contratar outras empresas. » Em 2003, o TCDF determinou ao GDF a suspensão dos repasses de recursos ao ICS por julgar ilegais os contratos. Mas o GDF e o ICS conseguiram mandado de segurança no Tribunal de Justiça do DF para manter os pagamentos. » Em 2004, o TCDF mandou Durval Barbosa, na condição de presidente da Codeplan, se abster de contratar serviços de informática por meio do ICS. » O Tribunal de Contas do DF identificou que somente em 2005 os contratos com a Linknet e a Prodata provocaram um prejuízo de R$ 24 milhões aos cofres públicos. Na época, o presidente da Codeplan era Durval Barbosa, hoje o delator do esquema que implodiu o governo de Arruda. 2007 – governo Arruda // GDF — Codeplan — empresas de informática. » Durval participou da gestão como secretário de Relações Institucionais. Arruda extinguiu o ICS, já que os contratos entre o GDF e a entidade eram alvo de investigações e ações judicais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e também do Ministério Público do Trabalho. No entanto, mesmo sem o ICS no esquema, as contratações irregulares permaneceram por meio de secretarias de governo e até de uma Agência de Informática, que foi criada e depois extinta. Repasses » Os repasses do GDF para o ICS saltaram de R$ 70 milhões, em 1999, para cerca de R$ 600 milhões em 2005. Aprovada cassação de Eurides Leilane Menezes
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou por unanimidade o pedido de cassação do mandato da deputada afastada (1)Eurides Brito (PMDB), em uma reunião extraordinária na manhã de ontem. Os integrantes rejeitaram ainda o requerimento de Eurides com pedido de suspensão do processo de quebra de decoro parlamentar. Os deputados entenderam que ela deve continuar afastada enquanto a investigação é concluída. Em seguida, cabe à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) avaliar a constitucionalidade da decisão e a legalidade das investigações feitas pela Comissão de Ética, sobre o envolvimento de Eurides Brito no suposto esquema de distribuição de proprina no GDF, denunciado pela Operação Caixa de Pandora. O pedido de cassação poderá ser apreciado em até cinco sessões ordinárias na CCJ, assim como ficou estabelecido para as atividades da Comissão de Ética. Mas, segundo a assessoria de imprensa da deputada Érika Kokay (PT), relatora do processo, nada impede que o pedido seja analisado em apenas um encontro. Depois disso, se aceito, o processo segue para o plenário da Casa, que dará a decisão final, na forma de projeto de resolução. São necessários 13 votos para aprovar a cassação. Entre os presentes na sessão de ontem estavam o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) — ex-secretário de Justiça e Cidadania do governo Arruda — Batista das Cooperativas (PRP), Paulo Roriz (DEM) e o presidente da Comissão, Aguinaldo de Jesus (PRB). Ao fim da reunião, Érika ressaltou a incoerência dos depoimentos de Eurides. “Os fatos se sobrepõem: a deputada mentiu de forma evidente para esta comissão, nem as testemunhas indicadas por ela sustentaram seu depoimento.” A relatora se mostrou confiante da cassação. Na terça-feira última, Érika Kokay entregou o relatório do processo de quebra de decoro contra Eurides Brito à Comissão de Ética. O documento tinha em torno de 200 páginas. Érika se baseou em nove depoimentos, no resultado das diligências e em laudos da Polícia Federal para fundamentar o parecer sobre o envolvimento de Eurides no suposto esquema de corrupção. O vídeo no qual a deputada aparece recebendo R$ 30 mil de Durval Barbosa e guardando o montante em uma bolsa trouxe respaldo para a decisão da CLDF. 1 - Decisão judicial Em 15 de maio, o juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, decidiu afastar Eurides Brito imediatamente do mandato. O objetivo era evitar que ela se aproveitasse do cargo para se proteger e escapar de qualquer punição. Nessa ação, a distrital teve os bens bloqueados para garantir o ressarcimento de possível prejuízo de R$ 4,3 milhões aos cofres públicos, referentes à propina e a título de danos morais à população. PRAZO É CONTESTADO O procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, ingressou ontem com Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra ato do corregedor nacional do Ministério Público, Sandro Neis, que estabelecia prazo até hoje para a apresentação de sua defesa na sindicância em curso no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Bandarra alega cerceamento de defesa. Há 15 dias, ele foi notificado a apresentar esclarecimentos aos pontos da conclusão de investigação da corregedora-geral do Ministério Público do DF, Lenir de Azevedo, segundo a qual há indícios de falta funcional cometida por Bandarra e a promotora Deborah Guerner. No STF, o caso será julgado pelo ministro Gilmar Mendes. Uma liminar pode alterar os prazos na sindicância que está sob a responsabilidade do corregedor nacional. A expectativa era de que na próxima semana o CNMP faria uma sessão para deliberar sobre o próximo passo da investigação contra os dois promotores. |
Autor(es): Ivan Iunes | |||||||||||
Correio Braziliense - 28/05/2010 | |||||||||||
Diante de público repleto de especialistas na área, presidenciáveis prometem ampliação de recursos, capacitação de agentes de saúde, apoio à Emenda nº 29 e trocam farpas em relação ao fim da CPMF Enviado especial
Gramado (RS) — Separados por uma diferença de duas horas, os pré-candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) defenderam a transferência de mais recursos para a saúde, sem apontar de forma clara de onde viria o aporte financeiro. Serra e Dilma falaram para uma plateia de duas mil pessoas, composta por secretários municipais de saúde, gestores e trabalhadores da área, ontem, durante o 26º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado (RS). Os dois presidenciáveis desviaram da ideia de criar um novo imposto para reforçar o caixa do setor. Hoje, será a vez da pré-candidata Marina Silva (PV) apresentar propostas para a saúde, no mesmo encontro. Os dois favoritos na corrida pelo Planalto responderam a diversas questões postas pela direção do evento, como a criação de programas, a capacitação profissional dos agentes de saúde e a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29(1), que direciona um percentual mínimo das verbas da União, dos estados e dos municípios para a saúde. O tom utilizado pelos dois foi praticamente o mesmo, até no ataque à derrubada da CPMF (Contribuição Provisória por Movimentação Financeira), mas com uma diferença. Para Dilma, o fim do imposto foi responsabilidade da oposição. Serra apontou a base do governo como maior culpada pela perda dos recursos. Compensação A petista subiu ao palco no fim da manhã, para defender a compensação das perdas com o fim da CPMF, estimadas em R$ 40 bilhões. Dilma disse que o crescimento estimado do PIB de 6% seria suficiente para aprovar a regulamentação da Emenda nº 29, sem necessidade de um novo tributo. A fala foi um recuo da ex-ministra da Casa Civil, que já havia cogitado em público a criação de um novo imposto para a saúde. “Não vim fazer demagogia e dizer que podemos regulamentar a emenda sem criar uma receita para adotar esses índices, mas havendo crescimento, não haverá necessidade de aumento do imposto”, apontou Dilma. Palestrante da tarde, o tucano José Serra também apontou o discurso para a necessidade de reforçar o caixa da saúde, mas responsabilizou o governo pelo fim da CPMF. “Não foi a oposição que derrubou a CPMF, mas a própria bancada do governo. O governo tem voto para aprovar o que quiser no Senado e na Câmara”, destacou. O pré-candidato prometeu regulamentar a Emenda nº 29 nos primeiros meses de governo, caso eleito, mas não indicou a fonte de recursos para bancar a medida. O tucano ainda acenou com a capacitação de 300 mil técnicos de saúde e criticou o aparelhamento político da saúde pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “A saúde não pode ficar no mercado de troca-troca”, atacou. Serviço civil Diante da proposta de Dilma, de escorar no crescimento da economia o aumento nos investimentos para a saúde, Serra disse que o Brasil não vem crescendo a taxas satisfatórias. Em contraponto, a pré-candidata petista afirmou que a fase do país é outra, em crítica indireta ao governo do antecessor, Fernando Henrique Cardoso. “Não somos mais o país da desigualdade, da estagnação, do desemprego. Deixamos essa era para trás”, defendeu Dilma Rousseff. Se eleita, a ex-ministra da Casa Civil prometeu criar um complexo industrial de saúde, desonerar remédios de uso geral e adiantou que vai estudar uma possível adoção do serviço civil de saúde no país — sugestão feita pela direção do congresso. O programa estabeleceria um período em que formandos na área de saúde em universidades públicas prestassem serviço comunitário no Sistema Único de Saúde (SUS). 1 - Fixação de verbas A Emenda Constitucional foi aprovada pelo Congresso no ano 2000 e obrigava a União a investir 5% a mais do que havia sido transferido no ano anterior para a área de saúde, valor corrigido pela variação nominal do PIB. Pela regra, os estados teriam de repassar 12% da arrecadação para o setor e os municípios, 15%. A regra, inicialmente transitória, deveria ter vigorado até 2004, limite para que uma Lei Complementar regulamentasse a medida. O projeto, contudo, está parado na Câmara dos Deputados há mais de dois anos. Não vim fazer demagogia e dizer que podemos regulamentar a emenda sem criar receita para adotar esses índices, mas havendo crescimento, não haverá necessidade de aumento do imposto” Dilma Rousseff
Não foi a oposição que derrubou a CPMF, mas a própria bancada do governo. A base do PT tem voto para aprovar o que quiser. A saúde não pode ficar no mercado de troca-troca” José Serra Um casal inelegível
Acusada de abuso de poder econômico durante a campanha nas eleições de 2008, a atual prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosinha Garotinho (PMDB), teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A punição também atinge o marido de Rosinha, o pré-candidato do PR ao governo do estado, Anthony Garotinho. Ele ficou inelegível até 2012. O TRE-RJ julgou que Rosinha foi beneficiada por práticas panfletárias da rádio e jornal O Diário. Na decisão, os radialistas Linda Mara da Silva, Patrícia Cordeiro Alves e Everton Fabio Nunes Paes também se tornaram inelegíveis. Como a ex-governadora do Rio obteve mais de 50% dos votos, o tribunal convocou novas eleições para o município, pois o segundo colocado não teria representatividade suficiente para ser empossado. O julgamento chegou a ficar empatado em 3 x 3. Coube ao presidente do TRE-RJ, desembargador Nametala Jorge, o voto de desempate. “Os fatos foram inadmissíveis. O pleito eleitoral tem que ter uma lisura absoluta, trata-se de um direito da sociedade”, justificou o desembargador. Os votos vencidos foram do relator do processo, juiz Célio Salim, e dos juízes Leonardo Antonelli e Luiz de Mello Serra. Os desembargadores Sérgio Lúcio de Oliveira e Raldênio Bonifácio acompanharam o voto divergente do revisor, juiz Luiz Márcio Pereira. Impasse De acordo com o TRE, houve ainda um impasse quanto ao início da contagem do prazo de inelegibilidade. O juiz Luiz Márcio Pereira defendeu a tese de que o prazo deveria contar a partir da decisão, no que foi acompanhado pelo desembargador Nametala Jorge. Mas os desembargadores Sérgio Lúcio de Oliveira e Cruz e Raldênio Bonifácio entenderam que deveria prevalecer a Súmula 19 do TSE, com a contagem a partir das eleições em que os fatos ocorreram, ou seja, em 2008. Para resolver o impasse, o juiz Luiz Márcio Pereira adotou o prazo da Súmula. Como a punição é de três anos, eles somente poderiam se candidatar novamente em 2012. A decisão, contudo, pode ser revertida em recurso com efeito suspensivo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por meio da assessoria de imprensa, Antony Garotinho informou que ainda está analisando a decisão do TRE e avaliando com os seus advogados como deverá apresentar recurso ao TSE. A assessoria de imprensa da prefeitura de Campos disse que a prefeita ainda não se manifestou sobre o caso. |
Autor(es): Luciana Otoni, de Brasília |
Valor Econômico - 28/05/2010 |
O setor industrial começa a emitir sinais de que a produção em abril não se manteve em nível elevado como o verificado em março, indicando possível acomodação no ritmo de recuperação. Sondagem feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1.214 empresas constatou que o índice de produção industrial baixou de 62,9 pontos em março para 51 pontos em abril. Na escala de zero a cem, a evolução acima de 50 é considerada positiva. O recuo indicado para o nível de produção, salienta o gerente da unidade de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, não representa retração, mas redução do ritmo de expansão da atividade fabril. Ele lembra que o ano começou embalado para o setor industrial, que nos primeiros três meses de 2010 direcionou esforços para atender à maior demanda, gerada pelos estímulos tributários na venda de automóveis e de eletrodomésticos e pela maior renda disponível. O que a redução do índice de produção indica, segundo Fonseca, é um menor dinamismo nas fábricas em função do fim do benefício tributário e uma acomodação do nível de atividade em base menos elevada. Mesmo assim, o otimismo continua alto entre os industriais. A sondagem mostrou que a expectativa dos empresários para os próximos seis meses para a compra de matérias-primas está em 64,4 pontos, acima da média da série de 59,2 pontos. Em relação às exportações, a expectativa se manteve em 52 pontos As projeções para a evolução da demanda tiveram ligeiro recuo de 65,7 pontos em março para 64,4 pontos. |
Autor(es): Juliana Schincariol |
Isto é Dinheiro - 24/05/2010 |
Markku Wilenius O mundo ainda sente os efeitos do estouro da bolha do mercado imobiliário americano, que devastou o crescimento em dezenas de países em 2008 e 2009
Enquanto governos e empresas elaboram estratégias para driblar a recessão e o desemprego elevado neste e nos próximos anos, o executivo finlandês Markku Wilenius está de olho nas tendências desta e da próxima década. Responsável pela área de macrotendências do Grupo Allianz, maior seguradora da Europa, Wilenius enxerga no mercado de tecnologias limpas o risco da próxima bolha financeira global. A demanda por produtos ecologicamente corretos e novas fontes de energia está aumentando e os investidores buscam projetos e empresas para ganhar dinheiro com esse fenômeno. Ninguém sabe no que isso vai dar, afirma Wilenius. Em recente passagem pelo Brasil, ele falou à DINHEIRO. DINHEIRO Qual será o perfil do consumidor no futuro? DINHEIRO Qual é a chave para entender este novo consumidor? DINHEIRO Quando o consumo consciente se tornará uma tendência global? DINHEIRO Isso se aplica ao consumidor financeiro? DINHEIRO E como retomar a confiança? DINHEIRO Quais são os riscos de uma nova regulação global? DINHEIRO Quais são os princípios comuns? DINHEIRO Quais são os outros quatro ou sete países que integrarão este grupo? DINHEIRO Como o sr. vê a crise financeira nos países desenvolvidos? DINHEIRO O que os investidores devem esperar desta situação? DINHEIRO Qual será a próxima bolha? DINHEIRO Por quê? DINHEIRO Qual é o papel do Brasil neste cenário? ----------------- ISTOé DINHEIRO. |
28 de maio de 2010
O Globo
Manchete: Tribunal cassa Rosinha e torna Garotinho inelegível
DEM faz na TV o mesmo que condenou no PT
Foto legenda: A resistência da velha França
IME: Fraude pode envolver até generais
Hillary vê sérias discordâncias com o Brasil
Vistos para os EUA já valem por 10 anos
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Folha de S. Paulo
Manchete: Hillary vê risco para o mundo no acordo Brasil/Irã
Tribunal condena o tesoureiro de Dilma
Aécio insiste em tentar Senado e descarta ser vice
Vazamento no golfo do México já é o pior dos EUA na história
Homenagem é retirada depois de protesto na USP
Fábrica de vacina do Butantan não produz há 3 anos
Rodolfo Landim
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Hillary aponta 'sérias divergências' com Brasil no caso do Irã
Obama manda parar prospecção de petróleo
Aécio rejeita apelos e volta a negar chapa com Serra
Previdência e Trabalho dão apoio a reajuste
Faculdade de Direito da USP revoga atos de reitor (Págs. 1 e Vida A17)
Visto americano volta a valer por dez anos (Págs. 1 e Cidades C3)
Marcos Sá Corrêa: Gol da Argentina
Notas & Informações: O presidente em xeque
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Valor Econômico
Manchete: Justiça lenta impede a volta de US$ 3 bi ao país
'Refis' se alastra e atrai as empresas
Classe D agora vai aos bancos
Braskem busca novos ativos e prepara expansão nos EUA
HRT vai explorar petróleo na Amazônia e Namíbia
STF derruba taxa municipal cobrada de concessionárias de serviço público (Págs. 1 e E1)
China nega redução de exposição ao euro e alivia mercados (Págs. 1 e C2)
CCE vai construir fábrica de telas de LCD em Manaus, diz Fleury (Págs. 1 e B3)
Mercado de trabalho aquecido
Montadoras investem na tradição
Bridgestone investe em serviços
Valor Estados/Bahia
Arcelor amplia produção
Romi insiste na Hardinge
Monsanto muda estratégia
Aposta na fruticultura
Relações governamentais
Ideias
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