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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Que transformação radical no visual em apenas três anos – e o objetivo maior da maquiagem de Dilma Rousseff é, segundo os estilistas que cuidam dela, a HDTV: a televisão digital de alta definição, implacável em sua precisão, que mostra até os sinais da alma… A imagem na TV, justa ou injustamente, faz um candidato ganhar ou perder votos. Na campanha estética, Dilma tem muito mais truques e recursos do que o tucano Serra.
Acima, a candidata do PT e do presidente Lula à Presidência da República em quatro momentos. O rejuvenescimento de 2007 a 2010 teve uma decisiva contribuição da ciência.
1) como ministra, chefe da Casa Civil, de óculos, semblante duro, franzindo o cenho, aprofundando as rugas da preocupação ou do jeito mandão de ser – tão criticado pelos companheiros. (em 2007)
2) já sem óculos de professora ou titia, depois da plástica (lifting no rosto, pálpebra, e botox), mas um pouco inchada devido ao tratamento de câncer linfático , e usando peruca – foi um período duro que a ministra, já considerada pré-candidata e mãe do PAC, enfrentou com a energia que a caracteriza. (em 2009)
3) sem a peruca que a incomodava muito, finda a quimioterapia, e os cabelos crescendo, encaracolados, a ministra ainda tinha dificuldade de sorrir e se mostrar simpática, acolhedora, em busca dos votos de seu mentor. (início de 2010)
4) na foto maior, Dilma hoje, sorridente, com cabelos e maquiagem modernos – mesmo que ironizem, comparando-a a Marta Suplicy e dona Marisa (mulher do Lula) porque todas se submeteram a intervenções estéticas semelhantes (algumas com os mesmos médicos), a candidata do PT está mais feminina, e se mostra mais suave, esbanjando sorrisos e autoconfiança, com a ajuda de pesquisas estimulantes neste período que antecede o início oficial da campanha. (agora, maio de 2010)
Eis os segredos na mudança do visual de Dilma, apurados pelo blog 7×7 com a ajuda de nossa colaboradora especial de Brasília, Naiara Lemos, que conversou com o cabeleireiro (ou “hair stylist”) Celso Kamura. Celso foi convocado por João Santana (marqueteiro de Marta Suplicy). Foi com Marta que Dilma passeou e fez compras recentemente em Nova York. A maquiagem e a manutenção do novo corte de cabelo ficam sob responsabilidade da “make-up artist” Rose Paz, com quem eu conversei ontem e revelou todas os pequenos detalhes que dão luz e leveza aos traços de Dilma.
O look se chama “new generation” e é inspirado em Carolina Herrera – a “fashion-designer” venezuelana que se tornou uma celebridade internacional e que vive em Nova York desde 1981. Como vocês podem perceber, é tudo em inglês nessa área de estética, cosmetologia e visual. Há duas semanas (dia 14), o cabeleireiro foi a Brasília apresentar a proposta de revolução estética para Dilma.
“O visual antigo não combinava com ela, dava uma aparência ultrapassada, não tinha a cara da mulher atual. Quando eu a via por foto, geralmente naquele plano americano, eu tinha a impressão de que ela era baixinha e gordinha. Mas, não! Ela é alta! Está um pouco acima do peso, mas nada demais”, disse Celso Kamura.
CABELOS
“Dilma tem muito cabelo, o que é bom. Mas, quando está meio grande é um problema, tem que fazer escova. Pensei: ‘Essa mulher precisa de um cabelo prático, que levante a expressão, não dê problemas e ela consiga ajeitar em qualquer lugar’”.
O novo corte tirou o volume das laterais e na parte de trás da cabeça. “O volume para cima alonga a silhueta”.
Kamura queria escurecer o cabelo da candidata, mas Dilma não aceitou. “Ela disse que ia dar trabalho para manter. O problema é que ela tem muitos brancos. Eles crescem e já denunciam.”
A solução foi manter a cor de cabelo que Dilma usava – “marrom dourado” – e fazer algumas luzes finas em dourado claro da linha Matrix. “Como ela tira muita foto precisava de algo que iluminasse”.
PRÉ-BASE
“Uso uma pré-base chamada Prime no rosto da candidata. Essa pré-base segura qualquer suor”, diz Rose Paz, a maquiadora de 40 anos, 22 de experiência na profissão, e que já passou por várias televisões, cuidando de artistas como Ivete Sangalo. No calor do Nordeste e dos comícios Brasil afora, essa pré-base não deixa a maquiagem desabar durante o dia.
BASE
Antes, Dilma usava uma base mais clara que o tom de pele dela. “Parecia que a pele era falsa, sugeri mudar o tom”, disse Kamura. A maquiadora Rose revela que a base é francesa e nao está à venda no Brasil: Make-Up Forever. “Tem a virtude de, mesmo sendo liquida, ser mais sequinha e cremosa, sem deixar a pele craquelar”.
Algumas bases, as mulheres sabem muito bem, acentuam as rugas e deixam o rosto como se fosse uma estátua do Museu de Cera.
“Aplico a maquiagem com uma pistola, Air Brush, que é uma maquininha para espalhar bem pela face e homogeneizar a pele”. Mas, segundo Rose, “a pele da ministra é muito boa, hidratada e conservada”.
SOBRANCELHAS
“Ela tem sobrancelhas naturalmente arqueadas e às vezes, parece brava, arrogante”, disse Kamura. Ele tirou um pouco dos arcos na parte de cima, para suavizar, porque ficavam muito pontudas. O resultado foi um visual mais sereno, menos altivo.
“Eu só afinei um pouco para que se descobrissem mais os olhos”, disse Rose.
OLHAR
“Para a personalidade forte de Dilma, um olhar expressivo”, recomendou Kamura. Contorno sempre preto, “esfumaçando um pouquinho a sombra escura no canto externo para fechar, fixar o olhar”.
“Uso delineador pretinho”, disse Rose, “e o truque de fechar os lados externos dos olhos é para destacar a íris cor de mel de Dilma, muito expressiva”. A sombra, segundo a maquiadora, precisa ser quase invisível, branquinha, apenas para acentuar e iluminar o olhar.
BATOM
“Percebi que ela não passava batom na boca inteira”. Kamura sugeriu usar um batom levemente acobreado e não economizar na hora de passar.
Durante algum tempo, as estilistas sempre recomendaram publicamente à ministra que ela abandonasse o batom vermelho, que envelhece mulheres de meia idade.
“A ministra é muito obediente”, disse Rose. “Faz o que a gente sugere. Sabe que é para melhorar e confia nos especialistas. Mudamos o vermelho por um batom terroso, de tom alaranjado”.
CERA AZUL
“Ela não conhecia. Isso foi uma novidade para ela! A cera serve para dar um style no cabelo, um brilho”, disse Kamura.
“O corte do cabelo e mudança do visual são assinados pelo Kamura, e eu mantenho tudo, porque os cabelos cortados assim exigem cuidados diários. Não uma escova por dia, mas quase”, disse Rose.
Aqui estão os produtos principais usados por Dilma:
- Pó compacto Cover Up CK 062 de C. Kamura
- Base HD (high definition) da Sephora – linha Make Up Forever
- Batom CK 112 de C. Kamura – linha Colour Perfect
- Cera azul modeladora de C. Kamura
E você, o que achou da nova Dilma? Dê aqui a sua opinião. Não precisa ser eleitora ou eleitor. Nem petista nem tucano. Não estamos falando aqui de programa de ideias, mas de imagem.
Como dizia o autor irlandês, gênio maldito e homossexual da literatura Oscar Wilde (1854-1900), “só as pessoas fúteis não fazem julgamentos baseados na aparência”.
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REVISTA ÉPOCA.
As recentes mudanças gráficas e editoriais ocorridas na Folha de S. Paulo incluíram o sumiço dos colunistas “mais longevos”, menos do campeão de longevidade que atormenta os leitores desde 1983: José Sarney continua por lá. Pior para ele e pior para a Folha: ambos poderiam ter-se livrado deste texto arrasador do jornalista Celso Arnaldo. Confira:
Na reforma gráfica e editorial da Folha, espirraram os colunistas mais “longevos”, no dizer do secretário do jornal. Mas sobrou José Sarney, o mais “longevo” de todos, para revolta dos leitores, que encheram o painel da Folha de protestos indignados.
Especulo a manutenção de Sarney com pelo menos três motivos: 1) virou atração turística do jornal como o pior escritor do mundo; 2) como a Folha tem obsessão pelo tal “pluralismo”, mantém Sarney como representante do estrato social mais atrasado do país – embora a famiglia entenda muito mais de extrato com números estratosféricos nas Ilhas Cayman do que de estrato social; 3) bem ou mal, o homem é presidente do Senado. Seria um tiro no pé demiti-lo agora, ano de eleição.
Imune a uma reforma que lança as bases da “Folha do futuro”, o pretérito passado José Sarney comemora hoje, em sua coluna salva dos escombros, esse verdadeiro milagre de sobrevivência. E qual é o assunto da coluna? A reforma da Folha…
Sarney está vibrando, nem tanto pelas novidades, como por ter tido a vida poupada, mais uma vez:
“Volto do exterior. Encontro a Folha de S.Paulo de roupa e alma novas. Obriga a habituar os olhos e a ver o futuro no e do jornal. É uma desafiadora ousadia.”
Frases fora do contexto podem ficar piores do que realmente são. Mas “o futuro no e do jornal”, Sarney típico, é ruim sozinha ou em grupo. Só ele escreve assim – mal e pretensamente “muderno”.
A seguir, faz um balanço de sua bem-sucedida parceria com a Folha:
“Comecei a escrever aqui em 1983, logo após entrar para a Academia Brasileira de Letras. Parei para ser vice e presidente.”
O jornal perdeu então seu pior colaborador – o país ganhou seu pior presidente.
“Em 1991, na Cidade do México, recebo um telefonema. Era Octavio Frias de Oliveira. Convidava-me para assumir esta coluna às sextas-feiras. Não faltei uma só vez, com paixão.”
Essa assiduidade, motivo de orgulho para Sarney, levou centenas de leitores da Folha a cancelarem suas assinaturas ou deixarem de comprar o jornal – incomodados pelo impulso de desviar os olhos da coluna da direita da página 2, às sextas-feiras.
“O texto deve ser leve, os adjetivos, ques e porques são inimigos e só devem entrar em caso de absoluta necessidade. É preciso segurar o leitor com o tema, nunca afastado do dia a dia, e brincar com as palavras, para enganar o que é sério com capa de burlesco ou cômico, ferino ou inútil. E haja tantos gêneros de crônicas!”
Sarney, leve? Adjetivos, quês e porquês (ele ainda não entendeu bem o “chapeuzinho”) são inimigos do texto de Sarney, como qualquer palavra é inimiga de um texto de Sarney. Segurar o leitor não é bem sua especialidade. E, brincar com as palavras, francamente: Sarney brinca é com as palavras erradas, o tempo todo.
Sarney aplaude a Folha:
“No testemunho destes anos, algo nunca mudou com as mudanças: os valores do pluralismo, o dever com o leitor e a notícia, o respeito ao direito de dizer e a resistência a patrulhas organizadas, hoje fáceis no mundo da internet, querendo cabeças.”
“Querendo cabeças” só faz sentido se for a cabeça de Sarney: nenhum leitor o quer no jornal.
“A Folha ousa adiantar-se e faz um jornal de como navegar com os olhos, sem mouse, integrando meio, forma e conteúdo. Haja coragem e criatividade.”
“Um jornal de como navegar com os olhos” – eis aí um lema perfeito que a agência que cuida da conta da Folha recebe de graça de Sarney. E olha que ele não faz nada de graça.
A coluna de hoje tem o título de “Navegar sem mouse”.
Com a manutenção de Sarney, a Folha navega com um rato.
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31 de maio de 2010
O Globo
Manchete: Candidato de Uribe surpreende na Colômbia
Desmilitarização da aviação em estudo
Pais bandidos, estudantes assustados
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Folha de S. Paulo
Manchete: Quase metade dos médicos receita o que indústria quer
Petroleira não dá prazo para deter vazamento
SNI espionou críticos do governo após a ditadura
Aliado de Uribe vence 1º turno na Colômbia
Entrevista da 2ª: Marcio Thomaz Bastos: 'Proibição de propaganda não abarca realidade'
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Vazamento pode durar até agosto, admitem EUA
PIB do Brasil cresce mais que o chinês
País suspende embarque de carne aos EUA
Candidato de Uribe vence, mas haverá segundo turno
Foto legenda: Negócios: Positivo mira mercado de TV s e smartphones
Sindicatos se digladiam por verba, filiados e 'território' (Págs. 1 e Nacional A4)
Por votos, Serra e Dilma buscam alianças incômodas (Págs. 1 e Nacional A8)
Carlos A. Sardenberg: A conta dos Impostos
Notas & Informações: Mais bondades no orçamento
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Valor Econômico
Manchete: Fisco leva 45% da 'riqueza' das S.A.
Ultrapar quer a operação de GLP da Shell
Seguranças do Citi ajudam a prender sequestradores
Faculdades da Argentina atraem brasileiros
Governo dos EUA admite que óleo pode vazar por meses no Golfo do México (Págs. 1 e A10)
Após ajuste fiscal, RS volta a investir (Págs. 1 e Valor Estados)
Desaceleração da Indústria
A Copa da globalização
Investimentos do Algar
Otimismo no setor de plásticos
RJ incentiva a agropecuária
Justiça ordena renegociação
HSBC foca a alta renda
Maio negro
CVM investiga 'Barretão'
Ideias
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