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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
O Estado de S. Paulo - 01/06/2010 |
Revela o quanto de desprezo pelo valor do dinheiro púbico nutrem alguns representantes do povo na Câmara Alta a recontratação, pelo mesmo valor e à mesma instituição, de um serviço contratado há um ano. No início de mais uma gestão do senador José Sarney na presidência da Casa, um bombardeio de denúncias de irregularidades dos mais variados tipos de atos secretos de nomeação de parentes e apaniguados a abusos no uso de passagens aéreas, passando por improbidade e irracionalidade administrativas ? chegou a ameaçar a permanência do senador maranhense pelo Amapá no cargo.
Passado um ano, a reforma proposta pela FGV não saiu do papel. Mas correu o risco de ser totalmente desfigurada pelos caciques senadores e altos funcionários da Casa, que não só se permitiram recompor, mas também aumentar seus privilégios. O estudo "revisado", que contrariava as diretrizes propostas pela FGV, chegou a ser aprovado pela Mesa do Senado. Mas o embuste não foi implantado por interferência de uma comissão de senadores incumbida de analisar a reforma, sendo relator o senador Tasso Jereissati. Isso posto, encomendou-se outro estudo sobre o mesmo tema à mesma FGV, mediante um novo pagamento de R$ 250 mil, que o senador Jereissati considerou apenas "simbólico" talvez porque seja dinheiro dos contribuintes. A prometida reforma administrativa e de hábitos não saiu do papel, mas a diretoria-geral do Senado guarda a sete chaves um projeto de aumento de salários dos funcionários, que aguarda votação em plenário. A isto se acrescem novas denúncias da existência de funcionários fantasmas, da manutenção de empresas terceirizadas sob suspeita e o fracasso na tentativa de controlar a frequência dos servidores para evitar abuso com horas extras. Ao justificar a recontratação da FGV, o senador Jereissati acusou servidores do Senado, sob o comando do diretor-geral Haroldo Tajra, de terem desvirtuado o primeiro estudo feito pela fundação. "Saiu o Agaciel e continua agacielizado", disse ele, referindo-se a Agaciel Maia, que, sob o beneplácito de Sarney, dirigiu o Senado por 14 anos e foi acusado de envolvimento com os atos secretos e outras irregularidades. Outro membro da comissão encarregada de analisar a reforma, o senador Pedro Simon, foi enfático ao criticar as mudanças feitas no projeto da FGV. "As coisas continuam como se nada estivesse acontecendo" e citou como exemplo do inchaço do Senado a enorme estrutura da Polícia Legislativa. "Nem no tempo da ditadura tinha algo parecido." De fato, as propostas de mudança foram sistematicamente ignoradas ou descumpridas e muitos são os exemplos disso. Anunciava-se a adoção do ponto eletrônico para o controle de frequência dos funcionários mas a maioria dos senadores dispensa os funcionários de seus gabinetes desse registro; anunciava-se o recadastramento dos funcionários houve recadastramento eletrônico, mas sem qualquer fiscalização; anunciava-se a revisão de contratos considerados irregulares e sob suspeita de nepotismo mas as empresas suspeitas e os parentes contratados continuam prestando serviços. A esta altura, não existem muitos eleitores que acreditam que o atual elenco do Senado ainda possa ser submetido a algum tipo de profilaxia ética que o faça recuperar sua imagem tão profundamente desgastada perante a opinião pública. Se houver, os novos R$ 250 mil até que terão valido a pena. |
'Clube do bilhão' tem 85 empresas abertas no país |
Autor(es): Graziella Valenti, de São Paulo |
Valor Econômico - 01/06/2010 |
A receita somada dessas companhias não financeiras equivalia a US$ 470,4 bilhões em 2009, ou 30% do PIB. As empresas bilionárias com ações em bolsa já faturam o equivalente a quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. São 85 companhias de capital aberto com receita líquida anual superior a US$ 1 bilhão e nove com ganho acima de US$ 10 bilhões. A receita somada dessas companhias não financeiras foi de US$ 470,4 bilhões em 2009, ou 30% do PIB. Em 2000, o Brasil tinha 39 empresas com faturamento líquido superior a US$ 1 bilhão - apenas a Petrobras estava acima de US$ 10 bilhões -, que somavam receitas correspondentes a a 17% do PIB. Desde o ano passado, a receita líquida da estatal do petróleo supera US$ 100 bilhões. A explicação para esse avanço combina estabilidade político-econômica, captação de recursos na bolsa e crescimento doméstico. Ao assumir seu papel de agente de financiamento, o mercado de capitais deu fôlego para as empresas brasileiras investirem, promoverem a consolidação setorial e ainda partir para aquisições de companhias internacionais. Desde sua retomada, a partir de 2004, o mercado já forneceu R$ 134,4 bilhões às empresas em emissões de novas ações. Além de commodities como minérios, aço, petróleo, papel e celulose, outros setores foram à bolsa e financiaram sua expansão, muitas vezes internacional. O país tem hoje a maior companhia do mundo de carne bovina, a JBS, que abriu seu capital há pouco mais de três anos. A maior companhia de etanol é brasileira, a Cosan, que deve fechar em breve uma associação com a multinacional Shell. Apesar do avanço significativo, o espaço para consolidação e crescimento no Brasil ainda é expressivo. Nos Estados Unidos, eram 934 companhias com receita anual superior a US$ 1 bilhão no ano passado e 210 com vendas líquidas superiores a US$ 10 bilhões. A soma das receitas dessas empresas chegava a 67% do PIB do país. Há uma década, essa relação já estava em 64%. "A retomada da atividade do mercado foi essencial para o país. A empresa brasileira hoje não precisa mais depender só das disponibilidades do empreendedor para crescer", avalia o professor Antonio Carlos Rocca, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). |
No rastro de novos "aloprados" |
Autor(es): Gerson Camarotti, Maria Lima, Jailton de Carvalho e Roberto Maltchik |
O Globo - 01/06/2010 |
Depois do escândalo dos aloprados do PT na campanha de 2006, quando tentaram comprar um falso dossiê contra o tucano José Serra, agora é a campanha de Dilma Rousseff que está às voltas com uma suposta nova tentativa de atingir Serra: desta vez, o alvo seria a filha do tucano. A crise expõe ainda uma briga de poder no comando da campanha de Dilma. Campanha de Dilma entra em crise após descoberta de suposto dossiê contra Serra O comando da campanha presidencial da petista Dilma Rousseff trabalhou nas últimas horas para tentar abafar uma crise que poderia ter consequências explosivas. Empresa é investigada pelo TCU e pela CGU Na ocasião, Lanzetta trabalhava em parceria com o empresário Benedito Oliveira Neto, da Dialog, uma empresa de eventos de Brasília investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria Geral da União (CGU) por participação em licitações suspeitas. Esse é outro motivo de desconforto no comando da campanha do PT. |
Governo vai dar Bolsa Família para 46 mil moradores de rua |
Autor(es): Catarina Alencastro |
O Globo - 01/06/2010 |
O governo federal vai distribuir Bolsa Família a cerca de 40 mil moradores de rua identificados pelo IBGE em cidades com mais de 300 mil habitantes. Serão 300 mil bolsas para a população de rua, quilombolas, ribeirinhos e indígenas. As contrapartidas, como manter crianças na escola, não serão dispensadas. Serão 300 mil benefícios, incluindo também quilombolas O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vai começar a distribuir o Bolsa Família para 46.078 moradores de rua identificados nas cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Com base em levantamento feito pelo IBGE, cerca de 300 mil bolsas serão destinadas a eles e a quilombolas, ribeirinhos e indígenas. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome já atende a população de rua em um programa piloto em Belo Horizonte. |
Bolsa-Família não vence extrema pobreza no NE |
Autor(es): Marta Salomon |
O Estado de S. Paulo - 01/06/2010 |
Estudo revela que os beneficiários do Bolsa-Família no Norte e Nordeste não superaram, na média, a condição de pobreza extrema, quando a renda por pessoa é de R$ 70. A renda média é de R$ 65,29 e R$ 66,21. "O valor do benefício, de R$ 95, em média, é pequeno, insuficiente para superar a pobreza", avalia Lúcia Modesto, secretária responsável pelo Bolsa-Família no Ministério do Desenvolvimento Social. Ela insiste em que o programa não tem por objetivo substituir outras fontes de renda das famílias. O peso do benefício foi relevante no aumento da renda em todas as regiões do País, sobretudo no Norte e Nordeste, mostra o estudo. Em média, o benefício aumentou em quase a metade (48,74%) a renda por pessoa da família. A ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, estima que mais de 2 milhões das 12,4 milhões de famílias que recebem o benefício ainda sejam consideradas extremamente pobres. Família "típica". O mais recente levantamento sobre pobreza no País indica que, apesar da redução do porcentual de pobres registrada nos últimos anos, mais de um a cada quatro brasileiros (28,8%) ainda está nessa condição. A cruzar dados do cadastro de beneficiários - uma tarefa repetida a cada dois anos -, o Ministério do Desenvolvimento Social identificou a família "típica" do programa. Essa família é chefiada por uma mulher, de 37 anos de idade, que estudou apenas até a quarta série do ensino fundamental. Tem quatro pessoas e renda mensal de R$ 48,82 por pessoa. Vive em casa de tijolo e dispõe de serviços de água e esgoto. O acesso ao saneamento básico, no entanto, mostrou-se ainda um problema na mais recente edição do perfil do beneficiário do Bolsa-Família. Em setembro de 2009, mais de 20% dos beneficiários ainda não contavam com tratamento de água e apenas 54,2% dispunham de escoamento sanitário. Além disso, 10% ainda não tinham acesso à rede de iluminação e dependiam de velas e lampiões. Embora tenha melhorado um pouco, ainda continua elevado o porcentual de pais analfabetos no programa: mais da metade não completou o ensino fundamental. "O acesso aos serviços públicos e à educação avança lentamente", declarou a secretária Lúcia Modesto, com base nos números sobre as outras dimensões da pobreza, que não se limita à renda das famílias. Com base no número atualizado de integrantes das famílias beneficiárias, o Ministério do Desenvolvimento Social calcula que mais de 49 milhões de pessoas façam parte do programa de transferência de renda - mais da metade é de crianças e adolescentes. Novas ampliações. Estão previstas mais duas ampliações para o Bolsa-Família ainda neste ano. No mês de junho, deverão ser pagos benefícios a 12,7 milhões de famílias. E, até dezembro, a meta é alcançar 12,9 milhões de famílias. "O alcance dessa meta vai depender do trabalho em bolsões de pobreza e do cadastramento da população de rua", disse a ministra Márcia Lopes. Cabe aos municípios identificar os pobres que ainda não recebem o benefício. Renda aumenta, mas não supera pobreza R$ 72,42 62,93% |
Israel ataca...e se defende | ||||
Autor(es): Rodrigo Craveiro | ||||
Correio Braziliense - 01/06/2010 | ||||
Soldados invadem barco turco que romperia bloqueio a Gaza, matam ao menos nove ativistas e atraem a ira da comunidade internacional Não foi preciso esperar mais do que o início da tarde para conhecer a resposta do governo brasileiro ao ataque contra a Flotilha da Liberdade: em nota tão rápida na divulgação quanto dura nos termos, o Itamaraty deixou claro o repúdio à violência e a disposição de tomar também medidas práticas. Além de condenar “em termos veementes” a ofensiva, à qual reagiu com “choque e consternação”, o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador israelense, Giora Becher, para transmitir em pessoa as recriminações. O chanceler Celso Amorim instruiu a embaixadora brasileira nas Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança, e acrescentou que esperava “uma declaração forte” contra Israel. “Não poderíamos ter ficado mais chocados”, disse Amorim à imprensa, em Brasília. “É algo que realmente necessita de algum tipo de ação da ONU, porque vai ficar uma marca muito forte”, emendou. Em nota divulgada no fim da tarde, a Embaixada Israelense afirmou que o titular da representação reiterou, em reunião com a subsecretária-geral para Assuntos Políticos Vera Machado, que “a flotilha não seguia com uma ação humanitária, mas chegou como uma provocação com o intuito de apoiar o regime ilegal e terrorista do Hamas em Gaza”. O embaixador Giora Becher também reiterou que “não existe crise humanitária em Gaza, uma vez que todo tipo de ajuda tem ingressado diariamente na região”. Eu acho... “Esse incidente não ajudará Israel a legitimar argumentos contra os extremistas. O risco é uma reação excessiva da comunidade internacional, seguindo países árabes. Não creio que isso criará uma crise internacional maior. Há um consenso sobre os objetivos de uma ONG como a IHH no mundo ocidental. Ela é uma entidade extremista conhecida por seus elos com a Al-Qaeda” Jean-Charles Brisard, especialista em terrorismo |
01 de junho de 2010
O Globo
Manchete: Mundo condena Israel por ataque a frota humanitária
Dossiê abre crise na campanha de Dilma
Moradores de rua receberão Bolsa Família
Educação vai sofrer corte de R$ 1,3 bi
Lula: só Geisel investiu tanto em estradas
Após 24 anos, Angra 3 sai enfim do chão
Inflação 4x0 aplicações
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Folha de S. Paulo
Manchete: Israel ataca barco humanitário e causa protestos pelo mundo
Dilma defende mais contribuição para Previdência
Brasileira está entre ativistas sobreviventes
Receita Federal quer cobrar R$ 5,5 bilhões da Bolsa de SP (Págs. 1 e B1)
Faltam vacinas contra H1N1 em clínica particular
Cotidiano: Médicos 'loteiam' seus eventos para a indústria de remédios (Págs. 1 e C5)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Israel ataca barcos civis, mata 10 e causa repúdio mundial
Governo corta mais R$ 1,2 bilhão da Educação
Bolsa-Família não vence pobreza no NE
Autorizada construção de Angra 3
Litoral sofre surto de dengue
População de rua cresce 57% em SP
Odebrecht atuará na área militar
Nova técnica tenta conter vazamento (Págs. 1 e Vida A11)
Visão Global: A fé americana
Notas & Informações: O Estado glutão
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Valor Econômico
Manchete: 'Clube do bilhão' tem 85 empresas abertas no país
Foto legenda: Juiz e não justiceiro
Perdas à vista com estádios da Copa 2014
Há um batalhão de hackers atrás dos clientes dos bancos
Nó trabalhista tira a expansão da GM de S. José
Ford ainda é afetada por revés no RS
Grécia exige preços menores e abre crise com farmacêuticas (Págs. 1 e A11)
Excesso de produção ameaça o setor siderúrgico (Págs. 1 e B6)
Acomodação na indústria
MP denuncia ex-dono da Dudony
Resseguro na saúde
Corrida à China
Cikel transfere fábrica para o Pará
Investimentos da Michelin
Guarani compra a Mandú
Importação de trigo
Ideias
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