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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Direto da Fonte - Sônia Racy |
O Estado de S. Paulo - 14/06/2010 |
Para ex-integrante do governo e amigo de Lula, o PT continua sendo o partido dos pobres mas não da ética. Frei Betto lutou, foi preso, rezou em passeatas e chegou ao poder com o Lula em Brasília. Agora, ele se define como um "feliz indivíduo não governamental". Depois de correr o mundo, está de volta para onde tudo começou. Vive no convento dos frades dominicanos, uma construção moderna, em Perdizes. De lá, reflete sobre sua trajetória, os caminhos e descaminhos do PT que ajudou a construir. Sem deixar de ser crítico, fala sobre avanços do governo Lula: "Hoje não há uma pessoa que diga que o PT se destaca pela sua integridade". Sobre a indicação de Dilma Rousseff para disputar a sucessão de Lula, diz que se não fosse o mensalão o candidato certamente seria outro. Frei Betto gosta de temperos fortes. Também é assim quando cozinha para os amigos. Faz "bacalhau espiritual" à base de muito leite de coco.
O que mudou para que o Brasil viesse a ter uma candidata oriunda da esquerda armada? É fantástico que, enquanto os torturadores se escondem envergonhados e não conseguem nem votos de seus companheiros de farda, uma pessoa como a Dilma seja hoje a candidata preferencial à Presidência. Acho que ela está preparada, conhece profundamente a administração pública e foi ótima ministra. Lula fez uma boa escolha? Lula fez a escolha possível porque as outras se queimaram. Dilma é candidata por falta de opção. Se não fosse o caso mensalão quem seria o candidato? José Dirceu teria chance? Só Lula pode responder, mas, na minha opinião, certamente não seria a Dilma. O PT é um antes do mensalão e outro depois? Sem dúvida alguma. O PT tinha dois trunfos simbólicos para garantir a sua credibilidade: ser o partido dos mais pobres e da defesa da ética. De certa maneira, ele ainda é o partido dos desfavorecidos. O apoio popular do presidente Lula vem das políticas sociais que governo desenvolveu. Entretanto, não há hoje ninguém que diga que o PT se destaca por sua integridade. O caráter da militância mudou? Com certeza. Nas eleições dos anos 80 e 90 existiam militantes que voluntariamente se dedicavam a fazer panfletagem, que davam o sangue nas campanhas. Hoje os cabos eleitorais do PT são pagos. Isso é triste. Por que o governo Lula não deu continuidade ao Fome Zero? Porque quem controlava o cadastro eram representantes eleitos em assembleias populares. Isso provocou gritaria dos prefeitos, pois o dinheiro não passava por eles. Saía da Caixa Econômica direto para as famílias beneficiadas. O prefeitos ameaçaram sabotar e o governo federal decidiu erradicar os comitês gestores formados em mais de 2 mil municípios. O governo deu aos prefeitos o controle do cadastro, permitindo que famílias fossem incluídas ou retiradas do programa, estimulando a corrupção. Isso criou uma relação de clientelismo político no País. Por que deixou o governo? Descobri que não era minha vocação. Fui convocado para fazer o Fome Zero que tinha um caráter emancipatório. O governo matou o programa e o substituiu pelo Bolsa Família, que é usado como cacife eleitoral. Até agora nenhum gênio achou a porta de saída. Você guarda mágoas? Não, ao contrário. Minha experiência no governo expus em dois livros: A Mosca Azul e Calendário do Poder. Tenho bons amigos lá e espero que tudo tenha continuidade. Queria voltar a escrever, pois é minha verdadeira vocação. Quais são os problemas do governo Lula na sua opinião? O governo Lula, apesar de muitos méritos, ainda deve à Nação reformas básicas, como a agrária, tributária, política, da saúde e da educação. O principal defeito do governo atual é não ter mexido na estrutura. O presidente Lula o consulta? Não, o presidente é meu amigo. Nunca fui consultor, guru. Isso que falam é bobagem. Tem falado com Fidel Castro? Tenho. Quando vou a Cuba, ele me recebe na casa dele. A última vez foi no dia 3 de março, quando fui comemorar os 25 anos do livro Fidel e a Religião. Acredita em abertura do governo de Cuba com Raúl Castro?Raúl está empenhado em reduzir o paternalismo estatal e permitir o aumento dos salários. Mas o retorno do capitalismo está fora de cogitação. O que acha do Lula intermediar acordo para que o Irã desenvolva seu programa nuclear? Lula é um grande negociador. Ele provoca enorme ciumeira no cenário internacional porque não precisa pedir licença a ninguém para desempenhar seu papel de agenciador da paz. Não importam os argumentos de que o Irã tem um governo teocrático e de que não respeita os direitos humanos? Mas os EUA também não respeitam. Quem deu a eles o direito de ocupar o Vietnã, de matar mais de 600 mil civis no Iraque e outros tantos no Afeganistão?Que moral têm para falar de um país como Irã? É possível, então, ignorar a falta de liberdade de expressão e a pena de morte? E nos EUA não tem? É legítimo se os dois países se comportam da mesma forma? Nós queremos a paz no mundo e não haverá paz se não tiver justiça. Enquanto não vem, o melhor caminho é dialogar. Isso o Lula faz muito bem. Como vê o comportamento da igreja em relação à pedofilia? A igreja tardou a tomar providências efetivas. Primeiro internas, com a suspensão dessas pessoas, depois respondendo pelos crimes cometidos perante a legislação vigente. O que está por trás disso? A ideia de que todo sacerdote precisa ter vocação para o celibato. Esse não era o ponto de vista de Jesus. E como sei disso? Porque está no primeiro capítulo do Evangelho de Marcos, que fala que Jesus curou a sogra de Pedro. Agora, se Pedro tinha sogra, qual é a conclusão? E o interessante é que não só Jesus incorpora ao grupo de apóstolos um homem notoriamente casado como o escolhe para ser o primeiro Papa. O celibato foi uma medida tardia na história da igreja católica. E o celibato leva à pedofilia? Isso acontece por dois motivos: a obrigatoriedade do celibato e a má formação afetiva dos seminaristas. Acho um crime colocar no seminário um jovem antes dos 15 anos, que não tem claro ainda o seu perfil sexual, e depois jogá-lo sozinho em uma paróquia sem qualquer relação familiar. Essa carência leva, às vezes, a aberrações. Você é celibatário? Sim. Para quem vive numa comunidade religiosa como eu, não faz o menor sentido casar porque você partilha os seus bens, a sua vida. Agora, para os sacerdotes diocesanos não há nenhuma razão. Se há nesses escândalos de pedofilia algo aproveitável é a possibilidade da igreja voltar a discutir a obrigatoriedade do celibato e a ordenação das mulheres. Qual é a explicação para as mulheres não sejam ordenadas? A igreja considera ainda hoje a mulher um ser inferior ao homem. No período medieval, a instituição abraçou o princípio de São Tomás de Aquino que, entre grandes luzes, disse essa bobagem. Como era o Frei Betto de 30 anos atrás e como é o de hoje? Continuo um cigano de Deus, viajando a bordo de um paradoxo. Há 30 anos eu acreditava que o meu tempo pessoal coincidiria com o meu tempo histórico. Hoje, sei que não participarei da colheita, mas faço questão de morrer semente. |
Correio Braziliense - 14/06/2010 |
Uma das maiores fraudadoras da Previdência volta às ruas depois de cumprir pena de 14 anos, mas ainda tem de devolver R$ 200 milhões |
Fotos Fernando Donasci/Folha Imagem e Sergio Lima/Folha Press | ||
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José Serra e Dilma Rousseff protagonizam hoje a campanha presidencial mais apertada que o Brasil já viu. A pouco mais de três meses do dia da eleição, o tucano e a petista estão rigorosamente empatados nas disputas de intenção de voto. Cada um conta com 37% da preferência dos brasileiros, segundo o Ibope e o Datafolha. Esse quadro de equilíbrio entre os dois candidatos principais no mês de junho é uma tremenda novidade na política nacional. Em quatro das últimas cinco disputas presidenciais, o nome que saiu vitorioso ao final do pleito foi o que liderava as pesquisas neste período do ano. A única exceção se deu em 1994. Naquela eleição, Fernando Henrique Cardoso estava atrás de Lula em junho, mas chegou à frente em outubro. A disputa, no entanto, teve um fato atípico, além de histórico: o Plano Real, um tiro fatal contra a hiperinflação que atraiu milhões de votos para o tucano. Mesmo assim, FHC já apresentava uma curva ascendente em junho, indicador de que sua candidatura logo chegaria à liderança. Desta vez, contudo, os índices estão parados, o que faz da evolução do quadro eleitoral um enigma até o momento. VEJA analisou, com a ajuda de quatro especialistas em pesquisas, os cinco últimos pleitos para presidente da República (veja o quadro sobre os mitos e as verdades das campanhas abaixo). Com base nessa análise, é possível afirmar apenas que, a se repetir a dinâmica registrada em todas as disputas anteriores, os próximos dois meses serão decisivos para o resultado da eleição. Se um dos favoritos tomar a dianteira até julho, e conseguir mantê-la em agosto, suas chances de vitória serão altíssimas. Não há um único caso na história recente do Brasil de uma virada conquistada depois do mês de agosto, quando começa o horário eleitoral gratuito.
Na semana passada, as principais candidaturas oficializaram sua entrada na campanha. José Serra chega a esse período crucial com pelo menos dois bons motivos para se preocupar e outros tantos para se sentir aliviado. O assunto mais incômodo para o tucano é a (in) definição do nome de seu companheiro de chapa. Depois que Aécio Neves desistiu de vez de ocupar o posto, o PSDB deparou com a falta de um nome consensual – e chegou à sua convenção com a chapa incompleta. O crescimento de Dilma nas pesquisas também ocorreu num ritmo mais rápido do que esperavam os tucanos. Nas previsões do PSDB, o empate entre os candidatos se daria apenas no início de agosto. Mas as pesquisas também revelam dados animadores para Serra. O primeiro é que, desde dezembro, ele se mantém na faixa de 40 pontos porcentuais, com pouquíssima oscilação. Isso significa que não perdeu eleitores para Dilma: a petista cresceu sobre outras faixas do eleitorado. Outro dado animador para o PSDB é que a maioria dos eleitores que pretendem votar no tucano diz que o conhece bem. Isso reduz o risco de que eles troquem de candidato até a eleição. Serra, portanto, está firmemente assentado sobre uma montanha de 49 milhões de votos – um capital eleitoral que, creem os tucanos, vai crescer agora, com o início dos debates, sabatinas e aparições em programas de TV. "É a fase de comparar os candidatos, um terreno em que levamos larga vantagem", diz Sérgio Guerra, presidente do PSDB. "Tanto assim que o PT já começou a esconder a Dilma, que cancelou a participação em vários debates."
O fato de ter conseguido chegar em junho cabeça a cabeça com o rival tucano aumentou a confiança da candidata do PT. Ela estaria mais satisfeita, porém, se não tivesse tido de gastar as
Com reportagem de Otávio Cabral, Ronaldo Soares, Gabriele jimenez e Marina Yamaoka
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VEJA.
14 de junho de 2010
O Globo
Manchete: Lula: oposição faz 'jogo rasteiro' com dossiês
Petrobras faz no país 75% de suas compras
Jorgina sai da cadeia após 13 anos
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Folha de S. Paulo
Manchete: À sombra de Lula, Dilma promete 'alma de mulher'
Boa notícia: Programa de TV ajuda a recuperar detentas em SP
Dentista fatura R$ 120 mi com clínicas para as classes C, D e E
Ruy Castro: Simon iguala-se em oportunismo aos que atacava
Afeganistão tem US$ 1 trilhão em minérios, diz jornal dos EUA (Págs. 1 e A13)
OAB vai apurar se homicídio de advogada tem elo com clientes (Págs. 1 e C4)
Entrevista da 2ª: Abdias Nascimento
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Ao lado de Lula, Dilma diz que rivais usam 'veneno'
Passaportes brasileiros terão chip eletrônico
Consumidor ficou mais tempo sem luzem 2009
Colômbia resgata mais dois reféns das Farc (Págs. 1 e Internacional A14)
Falta de leitos impede transplantes de medula (Págs. 1 e Vida A18)
Carlos A. Sardenberg: Copa e economia
Visão Global: Israel deve mudar seu discurso
Notas & Informações: A ameaça da Inflação
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Valor Econômico
Manchete: Brasil vai puxar produção agrícola
Renner aposta em decoração e moda jovem
Foto legenda: Na trilha do cobre
País perde apoio em Washington
Alianças do PT e do PSDB em crise
Reunião de Bonn debate fundo mundial de patentes. (Págs. 1 e A10)
Cientistas apostam na clonagem para salvar espécies ameaçadas de extinção (Págs. 1 e B2)
Reduzir a pobreza é meta de Echeverry, provável futuro ministro da Colômbia (Págs. 1 e A16)
Fundos se acertam em Belo Monte
Cisco reorganiza o negócio
China se rende aos Zegna
CSA inicia produção
Uniformidade acelera negócios
Ações sob controle
Estratégia segmentada
Mercado automático
Caça aos talentos
TJ do Paraná ajuda devedores
Ideias
Ideias
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RADIOBRAS.