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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Dora Kramer - Dora Kramer |
O Estado de S. Paulo - 28/10/2010 |
O que o cidadão, ex-presidente Luiz Inácio da Silva fará durante os próximos quatro anos a contar já do próximo domingo quando será eleito o (a) sucessor (a)? |
Publicada em 27/10/2010 às 23:13
CAXAMBU (MG) - Cinco anos passados do ciclo de conferências "O silêncio dos intelectuais" - em que Marilena Chauí conclamou os pensadores a um maior engajamento -, um silêncio pré-eleitoral parece ter baixado no balneário mineiro. A três dias das eleições, os temas da sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e campanha eleitoral não deram o ar da graça, pelo menos entre os eventos centrais, até o encerramento do segundo dia de atividades do 34º Encontro Anual da Anpocs, que reúne sociólogos, antropólogos e cientistas políticos em dezenas de fóruns, simpósios e mesas-redondas, com apresentação de mais de 600 trabalhos.
Nem nas duas sessões do fórum "Instituições políticas sob o governo Lula", terça-feira e quarta-feira, os participantes abordaram os temas, limitando-se a apresentar trabalhos avaliando - em geral em comparação ao governo Fernando Henrique - os oito anos de Lula. E destacando, quase sempre, o viés positivo.
Participante desta mesa, Fernando Luiz Abrucio, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo, que apresentou um painel sobre o pragmatismo do segundo mandato de Lula, atribui o silêncio à radicalização da campanha.
- Só vai ser possível olhar além quando os ânimos estiverem mais aplacados. Mesmo na FGV, onde trabalho, o grau de belicismo é figadal. Serra e Dilma são muito melhores do que mostraram. Ficaram à mercê dos joguinhos, dos ódios. Serra tem uma história maior que Dilma, mas ela tem uma experiência administrativa e partidária não negligenciáveis. Não é uma neófita. Eles se equivalem em vários aspectos.
Menos condescendente, embora falando sempre baseado em constatações, como deve fazer um sociólogo, é o cientista Luiz Werneck Vianna, professor e pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).
- Faltam pouquíssimos dias para a eleição. Numa reunião com quase 2 mil intelectuais, você só ouve falar do assunto em conversas privadas, entre colegas. Admitamos: há uma dominância do PT na academia e na área de pesquisa em geral, que tem a ver com as políticas públicas que tiveram o setor de ciência e tecnologia como alvo.
Participante do grande encontro como expositor numa sessão especial em homenagem a Gildo Marçal Brandão, é com a mesma isenção que Werneck observa o evento em si:
- Este acontecimento aqui não se explica sem o apoio do Estado, das estatais, do BNDES, da Finep. Este não é o espaço da opinião livre, mas um mundo todo referido a realidades do poder. O mundo da opinião tem presença aqui, mas ela não é dominante. Na maior parte dos casos, esses congressos envolvem indivíduos que dependem mais das agencias estatais que da sociedade. É um espaço muito particular. E os grandes recursos privados não se interessaram ainda por esse pedaço do mundo. Se é que algum dia vão se interessar.
Um exemplo do que ele diz pode ser representado pelas palavras de um participante da mesa de avaliação do governo Lula que, a certa altura de suas considerações, deixou escapar: "Vou parar por aqui porque esse assunto é arriscado".
" A discussão da ética está se fulanizando muito e apresentando poucas soluções. Há um certo cansaço. Paulo Preto ou Erenice? O eleitorado padrão acha que todo mundo é ladrão "
Nota-se, também, a ausência quase completa de menções a temas como corrupção, evolução dos valores, ou ética na política. Na visão de Abrucio, o que ocorre é uma espécie de esgotamento do tema e uma "fulanização".
- A discussão da ética está se fulanizando muito e apresentando poucas soluções. Há um certo cansaço. Paulo Preto ou Erenice? O eleitorado padrão acha que todo mundo é ladrão. Venho trabalhando nos últimos 15 anos com muitas pesquisas qualitativas que deixam clara esta noção.
Instado a responder se, como dizem alguns críticos, Lula teria contribuído para esta noção por sua postura diante dos escândalos do mensalão, Abruccio prefere destacar avanços.
- Coisas boas foram feitas das quais pouco se fala, como o trabalho da Controladoria Geral da União. Talvez nós, intelectuais, junto com a mídia e os partidos, estejamos focando de maneira errada tais questões. Temos que sair um pouquinho só do denuncismo e ver o que faz esses processos ocorrerem. E formular soluções, de curto prazo, como melhoria das instituições, e de médio prazo, como o avanço da educação. E, importantíssimo, como destaquei em minha apresentação: a reforma da administração pública. Precisamos de mecanismos mais claros de cobrança e uma maior transparência. Está na hora de mudar o disco para uma linha mais propositiva de recuperação, não de destruição da política. Há questões mais importantes que a bolinha de papel. Em que canal vamos circular, para não transformar a discussão da ética simplesmente no sobrevoo sobre Brasília de "Tropa de Elite"? Fernando Henrique me ensinou que o papel do cientista político é pesquisar políticas públicas. É mais do que um governo, o que estamos analisando aqui.
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Brasília-DF |
Autor(es): Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 28/10/2010 |
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Autor(es): Tim Wegenast |
Correio Braziliense - 28/10/2010 |
Tudo indica que o progresso está logo ali, a aproximadamente 7 mil metros abaixo do nível do mar. Finalmente o país poderá livrar-se do carma de eterno país do futuro, tornando-se verdadeiro global player. A euforia é tamanha que o governo liberou o fundo de garantia para a capitalização da Petrobras. O diretor-financeiro da empresa, Almir Barbassa, evoca o nirvana desenvolvimentista, prevendo a industrialização brasileira no encalço do petróleo. Enfático, o presidente Lula pede mania de grandeza à população. --- Tim Wegenast é doutor em ciências políticas, pesquisador do German Institute of Global and Area Studies, Alemanha, e professor da Universidade de Konstanz, Alemanha |
Manobra com dinheiro da Petrobras vai cobrir alta de gastos do governo |
Autor(es): Fabio Graner e Adriana Fernandes |
O Estado de S. Paulo - 28/10/2010 |
Cerca de metade da receita extra de R$ 31,9 bilhões obtida com a manobra contábil que inclui recursos da capitalização da Petrobras como receita serviu para cobrir o aumento das despesas de custeio da máquina pública neste ano. Na terça-feira, o governo anunciou superávit primário recorde de R$ 26,06 bilhões. 0 governo contou como receita 0 pagamento, pela Petrobras, de reservas do petró1eo no pré-sal. Embora o dinheiro que entra nos cofres da União não tenha carimbo, a arrecadação com a venda da concessão de exploração de 5 bilhões de barris da camada de pré-sal abriu espaço para o governo aumentar também os gastos com despesas regulares da administração, de baixo retorno de longo prazo. E como se o governo estivesse antecipando receitas da exploração de petróleo para bancar despes as crescentes do dia a dia. Mais de 80% dos recursos obtidos pelo governo na capitalização serão usados em custeio de gastos correntes e pagamento de salários |
Autor(es): Agencia o Globo/Irany Tereza |
O Estado de S. Paulo - 28/10/2010 |
Balanço. Recuperação da demanda mundial por minério impulsionou os resultados da mineradora, que estabeleceu um novo recorde para o resultado trimestral, superando em 33% a marca anterior, registrada há dois anos, antes do início da crise mundial. Os reajustes no preço do minério de ferro, que este ano passaram a ser trimestrais, e a recuperação da demanda mundial embalaram os resultados financeiros da Vale, que registrou no terceiro trimestre do ano o melhor resultado de sua história. O lucro líquido recorde de R$ 10,554 bilhões foi 33,5% maior do que o último recorde da empresa, no segundo trimestre de 2008, imediatamente antes do baque da crise mundial. Se comparado ao terceiro trimestre de 2009, quando a mineradora ainda buscava recuperar o mercado que a crise reduziu, o aumento foi de impressionantes 253,4%. O documento de divulgação do resultado, distribuído na noite de ontem, intitulado Um excepcional desempenho, destaca recordes de receita operacional bruta, lucro e geração de caixa. "Este desempenho resultou da forte demanda por minerais e metais e dos nossos esforços para aumentar a produção, mantendo os custos sob controle", diz o documento, sintetizando a estratégia da empresa de elevação de preços, aproveitando o aquecimento da demanda, e de segurar custos de produção. A receita operacional também foi recorde: chegou a R$ 26,4 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 23,3% em relação ao recorde anterior, de R$ 21,4 bilhões, registrado no segundo trimestre de 2008. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o crescimento foi de 39%. Classificando os meses posteriores a setembro de 2008, quando foi deflagrada a crise mundial, como "a grande recessão", a empresa projeta uma manutenção do crescimento, acompanhando a recuperação do mercado global - principalmente a forte demanda da China, que respondeu, no terceiro trimestre, por 46% de todas as compras de minério de ferro da companhia. "Há motivos sólidos para se esperar melhora expressiva nas perspectivas de crescimento global para a primeira metade de 2011", prevê a empresa. O documento lembra que os últimos dados mostram que o nível de atividade econômica na China está bastante robusto, "o que sugere que o crescimento do PIB tenha atingido seu pior momento no segundo trimestre de 2010". De acordo com cálculos da Vale, o PIB chinês anualizado cresceu 8,5% no terceiro trimestre. A Vale destacou, ainda, seus investimentos no terceiro trimestre, que somaram US$ 3,081 bilhões, sem contar as aquisições - US$ 1,902 bilhão foi gasto na execução de projetos, US$ 346 milhões em pesquisa e desenvolvimento e US$ 833 milhões na manutenção das operações existentes. Em aquisições de ativos foram gastos, de janeiro a setembro, US$ 6,37 bilhões nas áreas de fertilizantes (US$ 5,78 bilhões), minério de ferro (US$ 500 milhões) e carvão (US$ 92 milhões). Vendas. As vendas de minério de ferro e pelotas da Vale totalizaram 78,628 milhões de toneladas no terceiro trimestre, um incremento de 7,8% se comparado ao mesmo período de 2009. Esse é o terceiro melhor resultado trimestral da história do grupo. As vendas de minério somaram 68,043 milhões de toneladas, 1,9% a mais do que no mesmo trimestre de 2009. No acumulado do ano, as vendas de minério e pelotas alcançaram 313,873 milhões de toneladas, um aumento de 19,6% frente ao apurado entre janeiro e setembro de 2009. Em posição financeira bastante confortável, a geração de caixa da Vale será suficiente para financiar seu crescimento e "satisfazer o acionista". A dívida total da empresa em 30 de setembro de 2010 era de US$ 25,267 bilhões, com prazo médio de 9,6 anos. A alavancagem (relação entre dívida e patrimônio) da empresa caiu substancialmente, ficando em 1,3 vez. Em setembro do ano passado, era de 2,2 vezes. Com o caixa desafogado, a empresa se dedica a novas captações de recursos no mercado internacional. "Como parte da estratégia de financiamento, estamos assinando contratos com instituições oficiais de crédito de vários países, envolvendo financiamento de longo prazo nos nossos projetos de mineração e logística", diz a empresa. |
28 de outubro de 2010
O Globo
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Folha de S. Paulo
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O Estado de S. Paulo
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Notas & Informações
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