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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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(*) OS WALTONS.
http://www.infantv.com.br/waltons.htm
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Dora Kramer - Dora Kramer |
O Estado de S. Paulo - 25/11/2010 |
O presidente Luiz Inácio da Silva convida quem quiser para suas entrevistas individuais ou coletivas. Do mesmo modo, vê, ouve ou lê o que é dito quem quer. Portanto, o encontro que reuniu alguns autores de blogs para entrevistar o presidente da República não se pode dizer que tenha pecado pelo excesso de governismo. Inclusive porque ninguém é obrigado a ter senso crítico em relação a pessoas, objetos ou situações que lhe sabem bem ao paladar, à visão, ao tato e ao olfato. O Palácio do Planalto e Lula resolveram retribuir os serviços prestados por um grupo de "blogueiros progressistas" (o pressuposto é que os demais sejam reacionários), ativistas da campanha de Dilma Rousseff e não seria de esperar outra atitude que não a da benevolência. De todo modo, chamou atenção o entusiasmo. Na saudação ao "primeiro presidente do Brasil a receber representantes da blogosfera" - como se não fosse ele o primeiro a conviver com a modalidade -, no silêncio reverencial diante de respostas quilométricas e/ou incongruentes, nas gargalhadas cúmplices, na docilidade nas repetidas referências à "imprensa golpista" ou "velha mídia". Nas entrevistas tradicionais, em que não há seleção ideológica, não se vê, por exemplo, o entrevistado precisar corrigir o entrevistador que estranha o fato de as indicações ao Supremo Tribunal Federal não terem deixado a Corte com "a cara do governo Lula". "Graças a Deus o Supremo não ficou com a cara do governo", respondeu o presidente a um rapaz que se identificou como representantes de um "blog jurídico", ensinando-lhe, em seguida, algo sobre a independência dos poderes inerente à República. Fora isso, os autodenominados "blogueiros progressistas" passaram batidos por repetidas afirmações de Lula de que não fazia ideia das realizações de seu governo em diversas áreas: comunicações, legislação trabalhista e direitos humanos. O presidente, depois de oito anos de governo, disse que só teria a real noção de suas realizações depois que "desencarnasse" da Presidência. Pôde dizer sem ser contestado que o ex-diretor da ABIN, Paulo Lacerda, deixou o governo e a PF porque "estava na hora de sair". A ninguém ocorreu lembrar-lhe que Paulo Lacerda foi mandado para Portugal em meio ao escândalo dos grampos telefônicos ilegais, por sugestão do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Quando afirmou que a sociedade ao controle social da mídia, defendendo iniciativas como a Ancinav e o Conselho Nacional de Jornalismo, não precisou explicar a razão de seu governo ter recuado de todas elas. Inclusive retirando propostas semelhantes do Plano Nacional de Direito Humanos 3. Dissertou sobre enormes resistências à reforma política sem que lhe perguntassem quais são elas. Não foi questionado sobre a razão de ter aprofundado velhas práticas contra as quais agora promete lutar ao "desencarnar" da Presidência. Esteve à vontade para ressaltar sua altivez em reuniões internacionais (permanecer sentado, enquanto os outros chefes de Estado se levantavam para receber George W. Bush), e relatar a amargura por ligações feitas entre o desastre da TAM e a crise aérea de 2006/2007. Tão à vontade que, ao repetir que a agressão de petistas ao então candidato José Serra foi uma "farsa" - na abertura havia provocado muitos risos ao "ameaçar" os blogueiros com "bolinhas de papel" - deu-se ao desfrute do machismo consentido. Na ocasião, contou, resolveu responder no lugar de Dilma, comparando ao adversário ao goleiro chileno Rojas, "porque ela é mulher e não entende nada de futebol". _ Cada um fala com quem quer, mas respeito, inclusive aos fatos, é bom e todo mundo gosta. ============= Erratas. No artigo de ontem havia dois erros: o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal é José Antonio, e não José Roberto, Toffoli; o próximo integrante da corte seria o 9º e não o 8º indicado por Lula. Dos ministros em atividade o presidente nomeou seis. Carlos Alberto Direito morreu no exercício da função e Eros Grau se aposentou. |
Autor(es): Leonencio Nossa |
O Estado de S. Paulo - 25/11/2010 |
Em entrevista a autores de blogs "progressistas", presidente ataca meios tradicionais e diz que, em 2011, tratará do mensalão "com profundidade"
Ao final do encontro, Lula confidenciou que, após deixar o governo, pretende retomar o debate sobre a crise política de 2005. "Quando eu desencarnar da Presidência, vou resgatar essa questão do mensalão no Brasil com profundidade", afirmou, segundo um dos entrevistadores. A entrevista foi concedida a Renato Rovai, articulador do encontro, José Augusto Duarte, do Blog Os Amigos do Presidente Lula, Rodrigo Vianna, do Blog Escrevinhador, entre outros. MENSALÃO Descontraído, depois da entrevista, Lula confidenciou que, quando deixar o governo, quer retomar o debate sobre a crise política de 2005. "Quando eu desencarnar da Presidência, vou resgatar essa questão do mensalão no Brasil com muita profundidade", afirmou, segundo um dos entrevistadores. O presidente demonstrou não estar satisfeito com os esclarecimentos sobre o caso que atingiu o Planalto e o PT no terceiro ano do primeiro mandato, avaliou o blogueiro que relatou a declaração dele. INFORMAÇÃO "Vocês sabem que eu parei de ver revista, parei de ver jornal. A raiva deles é que eu não os leio. Então, pelo fato de não os ler, eu não fico nervoso. Mas podem ficar certos de que eu trabalho com muita informação, mas não preciso ler muitas coisas que eles escrevem." LIBERDADE DE IMPRENSA "Com todos os defeitos, eu sou o resultado da liberdade de imprensa neste País. Quem tem que julgá-los não sou eu, não vou ficar xingando. O que eles se enganam é que eles pensam que o povo é massa de manobra, como era no passado, que eles podem derrotar um candidato, tirar candidato, pôr candidato, eles se enganam. O povo está mais inteligente, está mais sabido, e eles agora têm que lidar com uma coisa chamada internet que eles não sabiam como lidar." CONTROLE DA MÍDIA "Acho que é diferente ser dono de banco e ser dono de um meio de comunicação. Nós precisamos ter claro: um trabalha com o bolso e o outro trabalha com a cabeça das pessoas. Então, eu acho que nós temos que ter um certo controle da participação de estrangeiros, sim. A gente não pode abrir mão do controle, essa é a minha tese." FUTURO MULTIMÍDIA "Pode ficar certo que eu serei tuiteiro, que eu serei blogueiro, que eu serei... vou ser um monte de coisas que não fui até agora." ARAGUAIA "Nós estamos para apresentar o resultado de uma investigação em que participou não apenas o governo, mas a sociedade civil. E o resultado vai ser o de que não encontramos aquilo que nós queríamos encontrar. Eu ainda não (tenho) o resultado das investigações, mas parece que até agora não foi encontrado nada. Essas pessoas vão ter que apresentar o relatório para mim para que eu possa passar o relatório para a Dilma. (...) Eu fiz o que eu sabia e o que eu podia fazer na questão de direitos humanos. Gostaria de ter encontrado os cadáveres que as pessoas queriam que encontrasse. Espero que a Dilma tenha mais sorte do que eu." TRISTEZA "O dia em que eu sofri mais aqui na Presidência foi o dia do acidente da TAM no Aeroporto de Congonhas. Eu nunca vi, nunca vi tanta leviandade. (...) Ninguém falava de erro humano. Esse foi o dia mais nervoso, mais triste da minha vida. Eu não quero nunca mais que isso se repita." PLANO DE DIREITOS HUMANOS "Eu cometi um erro, porque eu disse textualmente que, para aprovar um texto daquela magnitude, a gente deveria ter feito um debate dentro do governo e não foi possível fazer isso. Então, refizemos algumas coisas que era preciso fazer, sem ferir aquilo que era a principalidade do texto." |
Rio em dia de fúria |
Autor(es): Carolina Khodr e Edson Luiz |
Correio Braziliense - 25/11/2010 |
O cenário no Rio de Janeiro e nos municípios vizinhos era de uma batalha. Os cariocas e os fluminenses tiveram que sair de casa em meio a tiroteios e a incêndios de carros e de ônibus – em Mesquita, na Baixada Fluminense, os bandidos queimaram um coletivo na madrugada. A onda de violência e arrastões organizada por traficantes chocou o país e provocou a reação do governo do estado. Milhares de policiais foram às ruas. E o resultado do confronto foi trágico: pelo menos 15 pessoas morreram ontem. Para as autoridades que comandam a segurança no Rio, os ataques demonstram desespero e são uma retaliação às ações de combate à criminalidade. Rio em dia de fúria Sob ataque de bandidos desde o último domingo, capital fluminense vive 24 horas de pânico com 15 mortes e inúmeros carros incendiados Veículos tomados pelo fogo, medo nas ruas e 15 pessoas mortas — o saldo de mais um dia de violência sem qualquer controle no Rio de Janeiro, onde os criminosos fizeram mais de 15 ataques, atearam fogo em 14 carros, oito ônibus, uma van e um caminhão. Mais que um clichê, o real clima de guerra, que vem desde o domingo, mostra que o reforço policial anunciado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) não intimidou o crime organizado, que agora passa a levar medo não só às ruas do subúrbio do Rio, mas também às regiões metropolitanas e à Zona Sul. Na televisão, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame pediu calma à população, enquanto o comando da PM colocou todo o efetivo de prontidão. A madrugada de quarta-feira foi a mais violenta desde o início dos ataques e arrastões. Desta vez, os criminosos miraram suas ações em carros, ônibus e vans. Os atentados começaram ainda na noite de terça-feira e se estenderam até ontem pela manhã. Só no Jardim Floresta, em Belford Roxo, oito pessoas foram baleadas na troca de tiros com a PM e morreram no local. Na Vila Cruzeiro, na Penha, uma adolescente acabou atingida por uma bala perdida e morreu ao chegar ao hospital. Até mesmo um Caveirão — o carro blindado da PM utilizado na ocupação de favelas — foi atingido por bombas caseiras e teve os pneus furados em uma barricada erguida pelos criminosos. Ao todo, já são 26 mortes e 32 veículos incendiados desde o domingo. Ontem, as ações avançaram para outras regiões do estado, onde houve ataques distintos. Isso aconteceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo e Niterói. Na Zona Sul foram registrados casos na Lagoa e em Laranjeiras. Na Avenida Vicente de Carvalho, próximo ao Morro da Fé, no bairro da Penha, um intenso tiroteio iniciado na madrugada de ontem perdurou por toda a manhã, apavorando moradores. Motoristas evitaram passar pelo local e o comércio fechou as portas temendo retaliações dos criminosos. Um bilhete encontrado em um ônibus incendiado em Belford Roxo confirmou as suspeitas de que as instalações das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) em comunidades dominadas por facções criminosas seriam o motivo dos ataques. Nele, o grupo que ateou fogo avisou que, caso as unidades continuem, “não haverá Copa (do Mundo) e Olimpíadas”. “Esse bilhete somente homologa que estamos no caminho certo”, afirmou Beltrame. O clima de tensão era tanto na cidade que em determinado momento duas caixas de madeira foram isoladas. A suspeita da polícia era de que elas poderiam conter algum artefato explosivo. O esquadrão antibomba foi chamado, mas as caixas nada mais eram do que um material publicitário. Exemplo claro de um dia caótico que os moradores da capital fluminense preferem esquecer. |
NOVA EQUIPE ECONÔMICA DE DILMA REJEITA BOMBAS FISCAIS DO CONGRESSO |
O Estado de S. Paulo - 25/11/2010 |
Apresentados como integrantes da equipe econômica do futuro governo de Dilma Rousseff, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento), ao lado de Alexandre Tombini (Banco Central), rejeitaram as bombas fiscais em tramitação no Congresso. Mantega disse que, para um crescimento na casa dos 5%, não é possível criar novos gastos. "O ano de 2011 será de contenção fiscal, com redução de despesas de custeio, para elevar o investimento", resumiu o ministro. Miriam disse que a meta é "fazer mais com menos dinheiro". Tombini, por sua vez, afirmou ter "autonomia total" na condução política de juros para alcançar a meta de inflação. Ministros oficialmente confirmados adotam discurso com tom fiscalista, a despeito de a presidente eleita, Dilma Rousseff, ter negado necessidade de ajuste; Miriam Belchior, futura titular do Planejamento, diz que é preciso ‘fazer mais com menos dinheiro’ Eugênia Lopes, de O Estado de S.Paulo BRASÍLIA - Na primeira aparição pública, depois de confirmados oficialmente como integrantes da equipe econômica da presidente eleita, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) rejeitaram as bombas fiscais em tramitação no Congresso e elegeram como alvos fiscais os aposentados, o salário mínimo, o Judiciário e os policiais. Adotando um discurso típico de tecnocratas, Miriam Belchior disse que a meta, no governo Dilma, é "fazer mais com menos dinheiro". Mantega disse que com o crescimento econômico acima de 5% não é possível criar novas despesas. Mantega listou o que ele considera riscos para a consolidação fiscal do País. Disse que o reajuste do mínimo pode passar dos atuais R$ 510 para R$ 540, o Congresso não deve aprovar o reajuste de 56% para o Judiciário, os aposentados que ganham acima do piso da Previdência não podem ter reajuste real e a Proposta de Emenda Constitucional número 300, criando um piso nacional para os policiais, e com gastos que podem chegar a R$ 43 bilhões, não pode ser aprovada. O receituário fiscal foi anunciado logo depois de o deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) anunciar formalmente os nomes de Mantega, Miriam Belchior e Alexandre Tombini (na presidência do Banco Central) como os escolhidos para a equipe econômica. Por uma regra acertada entre governo e centrais, ainda não convertida em lei, o mínimo é corrigido conforme a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Por esse mecanismo, o valor para 2011 seria R$ 538,15, que é o piso atual (R$ 510) corrigido pela inflação, mas sem o acréscimo do PIB porque em 2009 a economia encolheu 0,2%. As centrais reivindicam um mínimo em torno de R$ 580. "O ano de 2011 será de contenção fiscal com redução de despesas de custeio para aumentar a poupança pública e aumentar o investimento", resumiu Mantega. "É preciso um esforço comum de contenção de gastos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário para que a solidez fiscal continue viabilizando o crescimento sustentável do País", emendou. Além de pregar "forte redução de gastos de custeio", o ministro mandou um recado para o mercado: a autonomia do BC será mantida e as metas de inflação, cumpridas. Para 2011/2012, a inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5%. "Essa é a inflação que nós vamos perseguir nos próximos dois anos. O Banco Central tem a competência e a autonomia para cumprir essas metas de inflação", disse Mantega. Didático, o ministro listou cinco projetos de lei que estão em tramitação no Congresso e põem em risco a consolidação fiscal. O futuro governo também vai diminuir o repasse de recursos do Tesouro para o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Com isso estamos abrindo espaço para que o setor privado possa fazer empréstimo de longo prazo. A redução do gasto público com a queda da demanda estatal contribuirá para ampliar as condições para a queda mais rápida da taxa básica de juros", afirmou Mantega. Ele garantiu ainda que o governo não vai permitir a "concorrência desleal nem a manipulação do câmbio". Dilma Rousseff não anunciou pessoalmente a sua equipe econômica. No início da tarde, a assessoria de imprensa da presidente eleita divulgou nota confirmando a manutenção de Mantega, na Fazenda, e os nomes de Tombini para o Banco Central e de Miriam Belchior, no Planejamento. A nota ressaltou que "a presidente eleita determinou que a nova equipe assegure a continuidade da bem sucedida política econômica do governo Lula - baseada no regime de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal - e promova avanços que levarão o Brasil a vencer a pobreza e alcançar o patamar de nação plenamente desenvolvida". Miriam confirmou que o Planejamento ganhará musculatura com a administração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pela pasta. |
Autor(es): Fernando Lopes | De São Paulo |
Valor Econômico - 25/11/2010 |
Maior Estado produtor de grãos do país na safra 2009/10, o Paraná deverá perder novamente o posto para Mato Grosso neste ciclo 2010/11, que está em fase de plantio. Isso não significa, entretanto, que a vida dos agricultores paranaenses vai piorar. Ao contrário. Se o clima não comprometer demais as lavouras - e há esse risco, por causa do fenômeno La Niña -, a maior parte deles terá rentabilidade maior que na temporada passada, em razão da queda de custos e dos melhores preços sobretudo de soja e milho. "Os produtores estão animados com as duas grandes culturas de verão, e esse otimismo está diretamente relacionado aos preços", diz Flávio Turra, analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Grande parte da última safra estadual de soja, diz ele, foi vendida por R$ 33 ou R$ 34 a saca de 60 quilos, valor que hoje está em R$ 45, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura. No mercado de milho, os R$ 13 ou R$ 14 por saca de parte do primeiro semestre, que levaram o governo federal a apoiar o escoamento da produção, agora se tornaram cerca de R$ 20. E como a tendência de escassez hídrica do La Niña alimenta incertezas, os produtores creem que as cotações poderão subir mais. A colheita ganha ritmo no Paraná em fevereiro, e as vendas antecipadas estão paradas muito por conta disso. A Ocepar é um bom termômetro para medir o ânimo dos agricultores do Paraná porque reúne 82 cooperativas agropecuárias, responsáveis por mais da metade da produção de soja e milho no Estado. Na soja, o percentual chega a 72%; no milho, atinge 52%. Estimativas da entidade apontam que os associados estão plantando uma área de soja 4,5% maior em 2010/11, enquanto a safra de milho de verão terá área 15% menor. É mais ou menos o movimento captado pela Conab para o Paraná como um todo, apesar das pequenas diferenças nos percentuais. Se o La Niña permitir, prevê a Conab, a produção estadual total de soja deverá atingir até 14,067 milhões de toneladas, mesmo volume de 2009/10 - quando o clima foi quase perfeito -, e a safra de verão de milho deverá render até 5,544 milhões de toneladas, queda de 20%, determinada pelos baixos preços entre janeiro e julho. Se somada a safrinha de inverno de milho, ainda passível de todas as incertezas, o Paraná poderá colher 11,239 milhões de toneladas de milho no total, baixa superior a 16%. A produção paranaense de grãos como um todo deverá chegar a praticamente 30 milhões de toneladas em 2010/11, ante 31,4 milhões em 2009/10. Em Mato Grosso, serão, agora, 32 milhões. Apesar de boa parte da produção deste ano ter sido comercializada com preços abaixo dos níveis observados a partir de julho, quando soja e milho voltaram a disparar nos mercados internacional e doméstico, o grande volume colhido colaborará para que o faturamento conjunto das cooperativas do Paraná alcance R$ 28,5 bilhões em 2010, 15% mais que em 2009. Mesmo com o dólar fraco, as exportações deverão representar US$ 1,7 bilhão do faturamento neste ano, ante US$ 1,5 bilhão em 2009, conforme Turra. "Só para se ter uma ideia", diz ele, "em 1970 o faturamento foi de R$ 22 milhões, em valores corrigidos". Como já informou o Valor, os investimentos das cooperativas, por sua vez, deverão chegar a R$ 1 bilhão em 2010, aplicados principalmente nas áreas de carnes de frango e suína e em armazenagem. Em 2009, foram R$ 1,2 bilhão. "A queda se explica pela crise financeira global. Cerca de 50% dos investimentos deste ano foram em agroindustrialização, incluindo os segmento de carnes. A armazenagem deverá representar 35%", afirma Turra. Hoje, a capacidade de armazenagem das cooperativas paranaenses é de 14,5 milhões de toneladas; em todo o Estado, é de 25 milhões de toneladas. |
25 de novembro de 2010
O Globo
Manchete: PM avança para ocupar o bunker do tráfico na Penha
Cunha admite conversas com suspeito
No reino da lulosfera
Futura equipe de Dilma prega austeridade
Anatel libera TV a cabo para operadoras de telefonia e beneficia Oi (Págs. 1 e 37)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Novos confrontos elevam atentados e mortes no RioMantega diz que vai reduzir gastos e a dívida
EUA mobilizam porta-aviões em resposta à Coreia do Norte
Irlanda aumenta impostos e corta 25 mil servidores
Banco de Israel recebeu US$ 2,2 bi de brasileiros
Anatel autoriza que teles passem a oferecer TV a cabo (Págs. 1 e A13)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Equipe econômica de Dilma promete austeridade fiscal
Importações do Brasil são as que mais crescem
Disputa entre tucanos de SP e MG se acirra (Págs. 1 e Nacional A12)
Notas & Informações
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------------------------------------------------Valor Econômico
Manchete: Equipe de Dilma promete austeridadeEBC desiste de construir rede digital
Novas redes de energia devem atrair R$ 22 bilhões
Um lento avanço nos índices de saúde
Pacote irlandês
SABMiller mira o Cone Sul
Volvo define estratégia para 2011
PR vê safra menor, mas rentável
Aralco adere à Copersucar
Especial/Shopping Centers
Cliente insatisfeito é alvo do HSBC
Banco médio eleva taxas do CDB
Ideias
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