


Homenagem aos chargistas brasileiros.
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Autor(es): Roberto Giannetti da Fonseca |
O Estado de S. Paulo - 06/12/2010 |
Ocorre hoje em dia uma discussão confusa entre economistas, políticos e jornalistas sobre a questão de estarmos ou não observando um processo de desindustrialização da economia brasileira e, se tal fenômeno de fato ocorre, quais seriam suas consequências econômicas e sociais para o País. Como uma dúvida shakespeariana, entre ser ou não ser, gastam-se horas de televisão e de rádio e toneladas de papel na discussão de um tema que, se for tratado com objetividade e clareza, pode ser bem explicado e mensurado para satisfazer os interessados. Então, vejamos: a confusão se instala quando analistas do tema utilizam conceitos equivocados para tratar da existência ou não do fenômeno de desindustrialização em nossa economia. Por exemplo, uns alegam que na formação do Produto Interno Bruto (PIB) a parcela do produto industrial vem caindo sistematicamente em relação ao setor de serviços. Mas se esquecem de verificar que isso vem ocorrendo há décadas e é um processo evolutivo normal de qualquer economia nacional ao longo do tempo. Longe de podermos dizer que o Brasil está entrando agora na chamada fase pós-industrial. É claro, também, que os empregos gerados pelo setor de serviços são em geral mais bem remunerados e menos poluentes, mas que não seja por isso que um país deva abrir mão precocemente de sua necessária estrutura industrial, base de emprego e renda de dezenas de milhões de brasileiros. Outros analistas, ao se referirem ao tema da desindustrialização, alegam a sua inexistência no Brasil por conta do elevado nível atual de ocupação da capacidade instalada da indústria. Mas se esquecem de verificar o real conteúdo de insumos e equipamentos importados que vêm sendo utilizados pela indústria de transformação, como também a evolução da relação entre a produção industrial nacional e o consumo aparente doméstico de produtos manufaturados. Há ainda aqueles que admitem a desindustrialização simplesmente porque as exportações de manufaturados caíram na pauta global, em relação aos produtos primários ou commodities. Isso pode ser um dos efeitos do processo de desindustrialização de um país, mas não é razão suficiente para justificar ou não a sua ocorrência. Em todos estes três enfoques se percebe o equívoco analítico ocorrido. A palavra desindustrialização é a antítese de industrialização, o que nos leva a, primeiro, tentar entender o que é a industrialização de um país. Bem, parece mais fácil e óbvio explicar que industrialização é o processo evolutivo de uma economia que consegue, ao longo do tempo, produzir localmente as manufaturas que são demandadas por sua população, tais como roupas, calçados, automóveis, alimentos, etc. Essa produção, num primeiro momento, normalmente substitui produtos importados, ou ainda cresce simplesmente para satisfazer à demanda marginal que aumenta ano após ano naquela economia, para, em seguida, vir a exportar a produção excedente para outros mercados no exterior. No Brasil foi notória a fase de substituição de importações por produção local, que ocorreu principalmente de 1930 até 1990. Podia-se mesmo afirmar no final dos anos 80 que a economia brasileira, de tão fechada, era praticamente autossuficiente em quase tudo. Podemos, agora por antítese, afirmar que desindustrialização é o fenômeno de substituição de produção local por produtos importados, o que resulta no aumento do coeficiente de importação de uma determinada economia. O coeficiente de importação nada mais é do que a relação da importação de manufaturados sobre o consumo aparente doméstico de manufaturas (produção local - exportações + importações). É isso que se observa hoje em dia na economia brasileira. Vamos aos fatos e dados: segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o coeficiente de importação da indústria brasileira subiu de 16,9% no 2.º trimestre de 2009 para 22,7% no 3.º trimestre de 2010, portanto um salto espetacular em pouco mais de 12 meses. Estima-se que no final de 2010 poderá estar próximo de 25%. Outro fato a ser observado é a substituição de matérias-primas e máquinas locais por importadas, na indústria de transformação. Vejam só, os carros aqui produzidos continuam sendo Made in Brazil, mas seu conteúdo importado, em muitos casos, subiu mais de 50% nos últimos dois anos. Até o aço utilizado na indústria brasileira é crescentemente importado. O coeficiente de importação setorial subiu de 8,6% para incríveis 17,3% no mesmo período acima observado. Quantos industriais brasileiros nós conhecemos que, sem outra alternativa, reduziram suas linhas de produção ou mesmo fecharam suas fábricas no País e terceirizaram sua fabricação na China, tornando-se agora prósperos importadores e distribuidores de seus próprios produtos e marcas, em vez de permanecerem como industriais deficitários? Se com estes fatos e dados não identificarmos o cerne e as causas do preocupante processo de desindustrialização precoce no Brasil, então estaremos cometendo um autoengano fatal, um quase suicídio econômico de nossa emergente nação. ECONOMISTA, EMPRESÁRIO, DIRETOR TITULAR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS E COMÉRCIO EXTERIOR DA FIESP, É PRESIDENTE DA KADUNA CONSULTORIA |
AS CONTAS DE DILMA | |
Autor(es): Denise Rothenburg | |
Correio Braziliense - 06/12/2010 | |
A nove dias do prazo final que estipulou para fechar o primeiro escalão da Esplanada, presidente eleita anunciou seis ministros e escolheu outros 10. Faltam 21 ministérios, a maioria deles com donos ou reservados aos aliados A nove dias do prazo final que estipulou a si própria para concluir o desenho do primeiro escalão, a presidente eleita anunciou seis ministros e escolheu outros 10. Faltam 21 ministérios, os quais a maioria já tem dono ou está reservada a algum partido (confira quadro abaixo). Pelo menos nove deles, segundo integrantes da equipe de transição, serão do PT. E esse número pode chegar a dez, se ela decidir tirar Juca Ferreira da Cultura para entregar a alguma ala do seu partido. Estão certos para os petistas ministérios como a Educação, onde Fernando Haddad ainda não foi convidado formalmente, mas é apontado como um dos que permanecem, e Desenvolvimento Social, onde a atual ministra, Márcia Lopes, não está assegurada por causa da pressão dos nordestinos para ocupar o cargo. Dois outros são técnicos: Advocacia- Geral da União e Gabinete da Segurança Institucional, que deve ser extinto para dar lugar ao antigo Gabinete Militar. Tirando esses 12, sobram nove, dos quais três já foram oferecidos ao PMDB para completar a cota de cinco cargos de primeiro escalão que o partido deseja. A tendência da presidente eleita é manter o convite feito a Edison Lobão para ocupar o Ministério de Minas e Energia, apesar das denúncias de que teria recebido em audiência um empresário ligado à máfia dos combustíveis do Rio de Janeiro e indicado para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O PMDB considera que, quando da indicação de Lobão para o Ministério em 2007, ele e o filho foram alvos de denúncias e, tão logo foi nomeado, as reportagens cessaram. Os peemedebistas avaliam que agora não será diferente. O PMDB espera concluir o desenho de sua participação no governo nas próximas 48 horas e encerrar esse capitulo, com o ministro da Previdência para o Senado, onde um dos cotados é Garibaldi Alves (RN); o do Turismo para a Câmara — aí há vários nomes, inclusive o da deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), uma forma de o PMDB colaborar com a cota de mulheres pedida por Dilma; e a SAE turbinada para abrigar Moreira Franco. Fechado o espaço do PMDB, Dilma paralelamente discutirá o desenho dos outros partidos e fechará os espaços do PT. Na Saúde, por exemplo, ela cogitou transferir Alexandre Padilha de Relações Institucionais para a Saúde, mas há quem pondere o perigo de abrir uma área política neste momento, o que poderia atiçar a fome das alas do próprio PT e dos aliados. Hoje, ela pode, inclusive, anunciar mais um lote e fechar a indicação para a Saúde. Afinal, um ponto está certo: essa pasta não está mais na cota do toma-lá dá cá da coalizão. A situação da Esplanada Confira como está a composição dos ministérios até agora Já anunciados » Casa Civil Antonio Palocci » Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho » Fazenda Guido Mantega » Planejamento Miriam Belchior » Banco Central Alexandre Tombini » Justiça José Eduardo Cardozo Escolhidos » Secretaria de Comunicação da Presidência da República Helena Chagas » Defesa Nelson Jobim » Comunicações Paulo Bernardo » Desenvolvimento, Indústria e Comércio Fernando Pimentel » Relações Exteriores Antônio Patriota » Agritultura Wagner Rossi » Minas e Energia Edison Lobão » Ciência e Tecnologia Aloízio Mercadante » Trabalho Carlos Lupi » Relações Institucionais Alexandre Padilha O que falta fechar » Meio Ambiente Izabella Teixeira falou com os funcionários em tom de despedida » Desenvolvimento Social É do PT. O governador da Bahia, Jaques Wagner, faz força para indicar o ministro » Saúde Padilha esteve cotado para o cargo, mas a tendência de Dilma é buscar um médico de renome » Desenvolvimento Agrário Está reservado para o PT » Direitos Humanos Maria do Rosário (PT-RS) » Educação Fernando Haddad está cotado para permanecer no cargo » Controladoria-Geral da União Reservado para o PT » Política para as Mulheres Reservado para o PT » Advocacia Geral da União Luiz Adams está cotado para permanecer, caso não seja nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal » Esportes Reservado para o PCdoB. Tendência é a permanência de Orlando Silva » Gabinete da Segurança Institucional da Presidência Em vias de ser substituído pelo Gabinete Militar » Integração Nacional Reservado para o PSB » Portos Reservado para o PSB » Previdência Social Oferecido ao PMDB » Turismo Oferecido ao PMDB » Cidades Tendência é permanecer com o PP » Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) Oferecida ao PMDB » Transportes Oferecido ao PR » Pesca Oferecido a Ideli Salvatti (PT-SC) » Micro e Pequena Empresa Foi criado para abrigar o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, mas pode servir para fechar acordo com aliados » Cultura A tendência é que seja entregue a um aliado |
06 de dezembro de 2010
O Globo
Tráfico planta maconha no Paraguai
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Folha de S. Paulo
Manchete: Principais estradas de SP cobram pedágio a maisSob Lula, tributo federal na conta de luz duplica
Dilma critica abstenção em votação sobre o Irã
WikiLeaks: Europa não crê em vitória dos EUA no Afeganistão
Hillary acusou Arábia Saudita de financiar o terror (Págs. 1 e A13)
Editoriais
Mayra Dias Gomes
Entrevista da 2ª: José Mariano Beltrame
Boa notícia
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dilma diz que apoio ao Irã na ONU foi um erroBrasil teria oferecido ajuda contra Chávez
Mais de 40% de beneficiários do Bolsa- Família são miseráveis
Licitações vão ajudar grupos nacionais
Repasse a fantasmas envolve mais deputados (Págs. 1 e Nacional A8)
José Roberto de Toledo
Denis Lerrer Rosenfield
Visão Global
Notas & Informações
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Valor EconômicoReceita paralisa defesa comercial
Gabrielli vê risco na pressa com o pré-sal
Música ajuda a resgatar o pau-brasil
Mineradoras saem de novo às compras
Aposta 'barata' no campeão Fluminense
Governo quer seguir o modelo dos fundos de pensão no uso dos recursos do pré-sal (Págs. 1 e A3)
Bancos revisam suas projeções para as carteiras de crédito (Págs. 1 e C5)
Aquém do mínimo legal
CSC projeta crescimento no Brasil
Justiça apreende GPS na Luiza
Pré-sal melhora o cardápio
Especial: Inovação
'Arbitragem' no café
Times estrangeiros cobram a CEF
Ideias
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