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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
O Estado de S. Paulo - 08/02/2012 |
O governo petista fez, afinal, sua primeira grande privatização, entregando três dos principais aeroportos do País - Guarulhos, Viracopos e Brasília - a consórcios com participação de capitais brasileiros e estrangeiros. Há alguma esperança, portanto, de que o País venha a ter aeroportos mais modernos, com maior capacidade operacional e melhores condições de atendimento num futuro não muito remoto. Deixando para trás o velho discurso partidário, a presidente Dilma Rousseff aceitou repetir três características importantes das privatizações dos anos 90: a presença decisiva de fundos de pensão de estatais, o compromisso do BNDES de financiar a maior parte dos investimentos necessários e o leilão baseado no maior lance e não na menor tarifa. Houve duas diferenças importantes. As maiores empresas participantes da licitação, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, desistiram de acompanhar os lances mais altos. Ficaram fora, na rodada final. O ágio chegou a 159,8% no leilão de Viracopos, 373,5% no de Guarulhos e 673,4% no de Brasília, com arrecadação total de R$ 24,535 bilhões. A outra grande novidade em relação aos leilões anteriores foi a presença do Estado como grande acionista: a Infraero terá uma fatia de 49% nos três consórcios. Na prática, portanto, quase metade da arrecadação total nunca será, de fato, entregue ao Tesouro, porque o Estado está dos dois lados do negócio. Pelo menos um ponto parece fora de dúvida. Se os consórcios levarem a sério suas tarefas, a administração dos três aeroportos será muito melhor do que seria se continuassem sob a responsabilidade da Infraero. Os três serão administrados por empresas com razoável experiência no setor. O consórcio Invepar, vencedor do leilão de Guarulhos, associou-se à Acsa, operadora de nove aeroportos na África do Sul, incluídos três internacionais. A gestão do aeroporto de Viracopos poderá ser beneficiada pela experiência da francesa Egis Airport Operation. A argentina Corporación América, associada à Engevix na disputa de Brasília, está presente em 48 aeroportos - a maioria na própria Argentina, na Itália, na Armênia, no Equador e no Uruguai. Operadoras de maior reputação, como a alemã Fraport e a suíça Zürich, deixaram o leilão antes do fim, juntamente com as grandes construtoras brasileiras, mas isso não desqualifica as participantes dos consórcios vencedores. O governo tomou o rumo da privatização depois de reconhecer a incapacidade da Infraero de realizar as melhorias necessárias não só para a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, mas também para a prestação normal dos serviços num mercado em expansão muito rápida. A estatal tem mostrado grave ineficiência tanto na gestão dos aeroportos quanto na realização dos investimentos programados. No ano passado a Infraero bateu um recorde, investindo R$ 1,14 bilhão, mas, ainda assim, só conseguiu aplicar 75,6% da verba programada. Em 2010, o dinheiro investido correspondeu a apenas 59,5% do previsto. Em 2009 não passou de 42,9%. O problema, de modo geral, não é a disponibilidade de recursos - embora o total disponível seja inferior ao necessário -, mas a qualidade da gestão. Esta deficiência permeia a maior parte da administração federal. Como o governo deu prioridade ao ágio, deixando em plano inferior a questão das tarifas, o custo para o usuário provavelmente será aumentado. Os consórcios terão de investir não só em pistas e em condições técnicas de operação, mas também no atendimento aos clientes. Terão de recorrer a tarifas para compensar tanto esses investimentos como o ágio elevado. Mesmo assim, o resultado final poderá ser muito positivo, se ocorrerem as melhorias indispensáveis. Se a Infraero continuasse administrando aqueles aeroportos, mantendo a má qualidade e a pouca variedade de seus serviços, que todos os seus usuários conhecem, seria inevitável algum aumento de custos para o público, simplesmente como consequência da inflação e das necessidades de financiamento do setor público. Em resumo, os serviços seriam os mesmos - ruins e escassos -, mas a um custo maior. Há motivos, portanto, para otimismo, principalmente se o governo continuar privatizando o setor. |
Autor(es): Marta Salomon |
O Estado de S. Paulo - 08/02/2012 |
Engavetado pela presidente quando era ministra da Casa Civil, projeto obriga manter 40% do efetivo público
Ontem, o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil (Ugeirm-Sindicato) do Rio Grande do Sul anunciou o início de uma operação padrão. No dia 15, PMs e bombeiros ameaçam entrar em greve no Espírito Santo. Líderes da PEC 300 (que aumenta o salário de policiais e unifica os pisos pelo País) informaram que Minas também já enfrenta focos de reclamação da categoria. No Rio, policiais e bombeiros marcaram uma assembleia para hoje e podem definir greve a partir de amanhã. Isso apesar da tentativa do governo de adiantar reajustes para evitar mobilizações. Levada ontem a Assembleia, a proposta foi considerada insatisfatória por associações e representações de classe, recebeu 78 emendas e saiu de pauta. Líder do PSDB baiano, legenda que abriga o líder da paralisação, o deputado Antônio Imbassahy diz que o governo federal, "ao assumir a negociação na Bahia, da forma como foi feito, convocou os policiais de outros Estados a aderir ao movimento". O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse ontem que o Congresso está disposto a rediscutir o direito de greve. Mas reiterou que não vai pôr em votação a PEC 300. Direito de greve. O projeto de lei de restrição ao direito de greve foi preparado pela Advocacia-Geral da União em 2007, mas parou na Casa Civil, que, então comandada por Dilma Rousseff, não levou a proposta adiante. O projeto de lei preparado em 2007 prevê que a deflagração de greves de servidores públicos seja aprovada por pelo menos dois terços da categoria. Hoje, na Bahia, a paralisação é liderada por uma associação que só representa 2 mil dos 32 mil PMs. E a assembleia da categoria só poderá ser convocada dez dias após o envio da pauta de reivindicações à autoridade competente. O texto inclui segurança pública entre os 19 serviços considerados "inadiáveis de interesse público", em que o estado de greve deverá ser declarado com antecedência mínima maior, de 72 horas. E a proposta limita a paralisação a 40% dos servidores de um órgão. / COLABORARAM ALFREDO JUNQUEIRA E DENISE MADUEÑO |
QUASE 4 MILHÕES FORA DA ESCOLA |
Autor(es): agência o globo:Adauri Antunes Barbosa |
O Globo - 08/02/2012 |
Estudo mostra que Brasil não cumpriu meta de incluir crianças e jovens de 4 a 17 anos
Entre 2000 e 2010, houve um aumento de 9,2% na taxa de acesso à escola, atingindo 91,5% da população entre 4 e 17 anos, mas nenhuma das regiões do país conseguiu atingir a meta intermediária de 93,4% estabelecida para 2010. — Esses 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola excedem a população do Uruguai. É uma população mais difícil de incluir porque são os estão no campo, em favelas, em bairros muito pobres — disse a diretora-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz. O estado que tem o maior percentual de crianças e adolescentes fora da escola é o Acre (15%). Já Rio e São Paulo têm, respectivamente, 6,8% e 7%. Ao longo da última década, o Norte apresentou o maior aumento na frequência ao ensino, mas tem o pior indicador: 12,2% estão fora da escola. No Sudeste, o avanço foi mais lento, mas tem o melhor percentual de inclusão: 7,3%. O movimento, que é financiado pela iniciativa privada, desde 2006 acompanha as condições de acesso e alfabetização. Para isso, estabeleceu cinco metas, que têm prazo final de cumprimento em 2022. Além da meta de incluir todas as crianças de 7 a 14 anos na escola, quer que elas estejam alfabetizadas aos 8 anos, que todo aluno tenha aprendizado adequado à série e que todo jovem tenha concluído o ensino médio até os 19 anos. Quer ainda que o investimento seja ampliado. Inclusão é menor na faixa de 4 a 5 anos l No relatório, o país também não conseguiu a meta intermediária para 2010, de que 80% ou mais das crianças deveriam apresentar habilidades básicas de leitura e escrita até o final do 3, ano do ensino fundamental. Segundo dados da Prova ABC, aplicada em 2011, em escrita; a média nacional foi de 53,3%, em matemática, de 42,8%; e em leitura, de 56,1%. Duas das cinco metas foram atingidas. Além de fazer com que 64,5% dos jovens tivessem concluído o ensino fundamental aos 16 anos em 2009 — o país atingiu 63,4%, ou seja, ficou dentro do intervalo de confiança —, foi alcançado o objetivo de conclusão do ensino médio até os19 anos: o resultado foi de 50,2% contra 46,5% da meta. Embora o Brasil tenha alcançado a meta intermediária, o ritmo está lento para que o país possa atingir a meta de 2022. Até lá, 95% ou mais dos jovens até16 anos devem ter concluído o ensino fundamental e 90% ou mais dos jovens até 19 anos devem ter finalizado o ensino médio. As previsões indicam uma taxa de conclusão (com até um ano de atraso) de 76,8% para o fundamental e 65,1% para o médio. — A crise que estamos vivendo no país acaba desaguando no ensino médio. Apenas 50% dos jovens têm o ensino médio concluído. Temos um funil: metade conclui o ensino médio e, dessa metade, só 11% aprenderam o mínimo de matemática — disse Priscila. De acordo com Priscila, o relatório aponta que no 5, ano a porcentagem de alunos que aprendem o mínimo esperado é maior do que no 9, ano, que, por sua vez, também é maior do que no final do 3, ano do ensino médio. Ontem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comentou o relatório do Todos pela Educação. Mercadante disse que o problema de crianças e jovens fora da escola se concentra na pré-escola e no ensino médio, e que o governo trabalha nessas duas frentes: por um lado, quer acelerar o ProInfância. De outro, aposta na oferta de ensino técnico-profissionalizante para quem cursa o ensino médio. Segundo o relatório, crianças de 4 e 5 anos têm a menor taxa de atendimento (80,1%). -— A pré-escola prepara para alfabetizar. A criança chega pronta (ao fundamental) para aprender a ler e fazer contas. Ao ensino médio, vamos juntar o ensino técnico-profissionalizante, para que os alunos tenham condições de continuar estudando. |
Benefícios do STJ, além dos salários, custaram R$ 47 milhões em 2011 |
Autor(es): Fábio Fabrini e Ricardo Brito, |
O Estado de S. Paulo - 08/02/2012 |
Corte pagou só aos 31 ministros R$ 2,7 milhões em "vantagens especiais"; com nomes preservados, folha de pagamento mostra que contracheque de um ministro foi de R$ 463,2 mil BRASÍLIA - As chamadas "vantagens eventuais" pagas a ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) consumiram, ao longo de todo o ano de 2011, R$ 2,7 milhões, o que equivale a um quinto da folha (R$ 13,2 milhões) dos 31 ministros e dois desembargadores convocados para ocupar a função. Quando analisado todo o quadro de servidores da Corte, a remuneração custou em 2011 R$ 450,5 milhões, sendo R$ 47,2 milhões só com vantagens eventuais, que são benefícios específicos e gratificações pagos aos servidores. Dados da folha de pagamento do STJ em todo o ano passado revelam que, em determinados meses, a Corte pagou até 17 vezes o teto do funcionalismo federal a seus ministros. Os magistrados - cujo subsídio é limitado a 95% do salário dos integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), ou R$ 25.386 - engordam o contracheque com as chamadas vantagens eventuais. Tecnicamente, o STJ não pratica o fura-teto. Em março do ano passado, um ministro chegou a receber R$ 463,2 mil, somados o subsídio e os extras. Foram R$ 435,1 mil só em vantagens eventuais, "guarda-chuva" que abriga inúmeros benefícios. Segundo o STJ, cabem nesse conceito o abono, a indenização e a antecipação de férias, a gratificação natalina (13.º salário) e os pagamentos retroativos e por serviços extraordinários, por exemplo. No mesmo mês, outro integrante do STJ teve rendimentos de R$ 432,6 mil, dos quais R$ 407,2 mil para além do subsídio; um terceiro obteve R$ 197,8 mil. Há casos de mais pagamentos vultosos, como em setembro, quando seis ministros receberam valores que variam de R$ 190,9 mil a R$ 228,9 mil. O STJ não diz nomes dos beneficiários. Além das vantagens eventuais, a Corte pagou reiteradamente benefícios enquadrados como vantagens pessoais, de R$ 2.792 ou R$ 5.585, conforme o caso. Em média, cada um recebeu R$ 30,9 mil por mês em 2011. Conforme o servidor, esses valores quase quadruplicam o salário. Turbinado pelos benefícios, a remuneração de um técnico judiciário, por exemplo, saltou de R$ 6.106 para R$ 23.840 em julho, quase alcançando o subsídio dos ministros. Graças aos penduricalhos, em setembro, o assessor de um dos ministros teve o contracheque engordado em R$ 19.829, de R$ 6.781 para R$ 26.610. Em maio, outro assessor recebeu R$ 21.213, R$ 14.390 além do salário. Explicações. Procurado na terça-feira, 7, o STJ informou que o grosso dos valores pagos além do teto aos ministros refere-se ao "auxílio-moradia na parcela autônoma de equivalência" do período de 1994 a 1997. Os pagamentos retroativos foram feitos a partir de decisão do Supremo e do Conselho de Administração do STJ, explicou o órgão. O STJ não deu detalhes dos critérios para o pagamento de extras, explicando apenas que eles são feitos "conforme disponibilidade orçamentária/financeira" e autorizados "pelo ordenador de despesas do órgão, com base na legislação específica de cada caso". O tribunal sustentou que os critérios são os mesmos para ministros e demais funcionários. O pagamento de vantagens foi o estopim da crise entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O órgão investiga a evolução patrimonial de magistrados e servidores com base em dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), folhas de pagamento e declarações de imposto de renda, o que gerou reação da magistratura. Por conta das apurações, a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, foi acusada por entidades de classe dos magistrados de quebrar o sigilo de juízes e seus familiares. Na última semana, o Supremo, ao julgar ação da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), assegurou ao conselho o direito de abrir processos contra magistrados suspeitos sem ter de esperar as corregedorias locais. Recorde. No domingo, o Estado mostrou que a folha de pagamentos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) vai custar R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos este ano. Custeado pela União, o TJDFT vai gastar cinco vezes mais que o STF e o dobro das despesas do STJ com pessoal. Essas cortes também são bancadas pelo Orçamento da União. O tribunal é o mais caro do País. |
Reajuste a juízes para no STF |
Autor(es): DIEGO ABREU |
Correio Braziliense - 08/02/2012 |
Ministro manda arquivar mandado de injunção impetrado por associação de classe que cobrava aumento de 4,8% Os magistrados perderam um round no Supremo Tribunal Federal (STF) na luta para conseguir reajuste salarial de 4,8% retroativo a janeiro de 2012. O ministro Ricardo Lewandowski mandou arquivar o mandado de injunção impetrado, na semana passada, pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), pedindo que o tribunal fixasse o aumento. A entidade alegou omissão do Congresso que não apreciou ainda o projeto de lei enviado pelo próprio STF em agosto de 2011, que reajusta os subsídios da magistratura em 4,8%. Com isso, o vencimento do ministro do tribunal, teto do funcionalismo, passaria dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 28 mil. Lewandowski, relator do processo, observou que não ficou comprovado o descumprimento da Constituição pelo Congresso, pois não há atraso "desmedido" na apreciação do projeto. O ministro acrescentou que a Câmara teve menos de quatro meses para apreciar a matéria. Ele acrescentou, na sua decisão, que consultou o site da Câmara e verificou que a tramitação está regular, em regime de prioridade e já está com parecer favorável do relator da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O ministro lembrou que a jurisprudência do STF é extremamente criteriosa no reconhecimento de omissão do Legislativo em relação à regulamentação de dispositivos constitucionais. "A presente impetração revela-se, portanto, manifestamente prematura", O mandado de injunção é a ação prevista para que sejam sanadas omissões legislativas em relação à regulamentação de normas constitucionais. No caso do pedido da Ajufe, ou o STF manda os parlamentares aprovarem a lei necessária, ou ele próprio determina o reajuste, como pedido pela associação. O Supremo já consolidou o entendimento de que o relator tem legitimidade para arquivar ou negar seguimento a pedido ou recurso incabível e quando contrariar a jurisprudência predominante do tribunal. Na ação, a Ajufe argumentou que o projeto de lei atende à revisão anual do vencimentos dos servidores públicos prevista na Constituição, para recomposição do seu poder aquisitivo, e até hoje não cumprida pelo Executivo por falta de regulamentação. Há mandados de injunção de outras categorias de servidores tramitando há anos no STF, pedindo a revisão anual dos vencimentos, prevista na Constituição. Da própria Ajufe, há outros dois, de 2009 e 2010. Decisão favorável do STF para qualquer um deles desencadeará um processo de reajuste anual dos salários de todo o funcionalismo público, que pode custar aos cofres públicos cerca de R$ 74 bilhões de uma só vez, pouco mais de um terço do que o governo pretende gastar neste ano com pessoal (total de R$ 203 bilhões). Entre 2008 e 2010,o governo Lula reajustou as remunerações de dezenas de categorias do Executivo em mais de 100%. Recurso |
SÃO PAULO - Apenas 35 cidades brasileiras – 0,6% do País – têm 50% ou mais de seus alunos com aprendizado em matemática adequado à série que cursam. Isso quer dizer que a maior parte dos estudantes desses municípios não aprendeu, por exemplo, a identificar objetos em mapas e a resolver problemas com números inteiros e racionais fazendo várias operações. Os dados se referem ao 9.º ano do ensino fundamental das redes públicas.
No caso da língua portuguesa, esse índice é de 1,2%. Ou seja: apenas 67 municípios apresentam a metade ou mais de seus estudantes com conteúdo satisfatório para o ano da escola em que estão. Isso significa que a grande maioria ainda não aprendeu a identificar o conflito e os elementos que constroem a narrativa de um texto, por exemplo.
Os dados são referentes a 2009 e constam do relatório anual do movimento Todos Pela Educação, apresentado na terça-feira, 7. Todo aluno com o aprendizado adequado à sua série é uma das metas da organização.
Para acompanhar o desenvolvimento desse processo nos municípios, a organização usa o porcentual de estudantes com aprendizagem adequada em língua portuguesa e matemática. As duas disciplinas são avaliadas em todo o País pela Prova Brasil, no 5.º e 9.º ano do fundamental, e pelo Saeb, nas mesmas séries e também no 3.º ano do médio.
No caso do 5.º ano, em matemática, são 1.029 as cidades (19%) que têm 50% ou mais de seus alunos sabendo o que foi ensinado – como ler dados em tabelas. Em língua portuguesa, essa taxa cai para 14,3% – ou 773 cidades – com metade ou mais dos estudantes sabendo, por exemplo, identificar efeitos de humor em um texto.
Nenhuma das capitais do País tem metade ou mais de suas crianças e jovens com o aprendizado adequado nas duas disciplinas dos dois anos avaliados. As taxas mais altas pertencem a Belo Horizonte, com 49% de suas crianças do 5.º ano com conteúdo correto em português e em matemática.
Esses mesmos índices, na cidade de São Paulo, são de 33,6% para matemática e 34,5% para língua portuguesa.
Cidades grandes paulistas, como Campinas, também têm todos os índices abaixo da metade. O mais baixo é 12,3% de alunos do 9.º ano com aprendizado adequado em matemática.
O secretário de Educação do município, Eduardo Coelho, reconhece que o aproveitamento escolar no 9.º ano é um “sinal amarelo” para os administradores. “Isso reflete o que vem ocorrendo desde anos anteriores e mostra que temos de caprichar, fazer mais investimentos, trabalhar para que o aluno tenha vontade de ir à escola, de aprender”, afirmou Coelho.
Objetivos. Parte dos municípios e Estados cumpriu as metas do Todos Pela Educação para aprendizado adequado. Em matemática, no 5.º ano, por exemplo, cinco Estados deixaram de atingir as metas. Já no 9.º ano, só quatro Estados as atingiram.
A meta do Todos Pela Educação é de que, até 2022, 70% ou mais alunos tenham aprendido o conteúdo ensinado em sua série. Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, afirma que o problema da aprendizagem depende de um conjunto de fatores, que passa até mesmo pela infraestrutura da escola.
“A qualidade do equipamento escolar hoje é muito baixa. Não é só um problema curricular ou de motivação do docente: a escola deve promover a cidadania por meio de sua infraestrutura.”
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SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS |
08 de fevereiro de 2012
O Globo
Manchete: País ainda tem 3,8 milhões de crianças fora da escola
A trégua do bolo
Foto legenda: Nova tragédia
Argentina abre na ONU nova 'guerra' por Malvinas
Só Rússia e Síria acreditam em negociação
Calor faz carioca sofrer nos transportes
Dengue começa o ano 58% maior
Rio tem menos homicídios e mais saidinhas
Os próximos voos da privatização
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo teme que crise nas policias chegue a 6 Estados
Receita do leilão de aeroportos é disputada por áreas do governo
Fernando Rodrigues
Reforma em cobertura pode ter derrubado lajes de prédio
Senador peruano traz nova suspeita sobre a Copa de 78
Estudante tentou 'adotar' moradores da cracolândia
Diplomatas sírios são expulsos de países árabes
Dilma irá aos EUA no dia 9 de abril para encontro bilateral (Págs. 1 e Mundo A13)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Negociação fracassa na BA e mortes passam de 120
Foto-legenda: 13 andares de destruição
Capacidade de vencedores de leilão é posta em dúvida
Rússia tenta negociar fim de ataques na Síria
Doação problemática
STJ paga quase R$ 50 milhões em 'vantagens eventuais'
Rio tem 58% mais casos de dengue em janeiro (págs. 1 e Vida A17)
ONG ganha prazo para se explicar
Eliana Cardoso
Dora Kramer
Notas & Informações
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Correio Braziliense
Manchete: Cinco mil empregos à vista no aeroporto
A alegria e o orgulho de passar na UnB
Juízes perdem batalha no STF por reajuste salarial (Págs. 1 e 12)
Blindagem: Planalto sai em defesa de Mantega
Foto-legenda: Impasse na Bahia
Agricultura: Diretor do Ministério ganha indenização de frigoríficos (Págs. 1 e 3)
Chagas: Benefícios do governo chegam a passos lentos para doentes (Págs. 1 e 8)
Futuro da Lei seca na pauta do STJ
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Valor Econômico
Manchete: União fará mudança geral no sistema de aeroportos
Itaú decide fechar capital da Redecard
AA renegocia suas dívidas no Brasil
País passa a comandar área na Stora Enso
Brasil alerta Congresso dos EUA sobre subsídios
Fisco cruza dados e exclui do Simples
Empresas de estacionamentos e bebidas vão ao Bovespa Mais
Gigantes de eletrônicos do Japão perdem o brilho
Pouca idade e muito poder na diretoria das empresas (Págs. 1 e B9)
Queda dos juros estimula captações domésticas, diz Miranda (Págs. 1 e C 14)
Brasil Maior na infraestrutura
Mais importadores
Despesas com educação crescem
Expansão dos genéricos
País puxa avanço dos transgênicos
'Compras coletivas' no ensino
TJ-SP julga prejuízo com franquia
Ideias
Ideias
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Estado de Minas
Manchete: Enquadraram a folia
Cinco mortos em chacina no Vale do Rio Doce
Educação: Minas tem 363,9 mil menores fora da escola
Foto-legenda: Greve na Bahia
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Jornal do Commercio
Manchete: Parceria pela segurança
Negociação na Bahia segue travada
Foto-legenda: Dilma visita o Sertão para renovar empenho oficial com a transposição
Governador visita obras do novo shopping
Itaú conseguiu lucro histórico no ano passado
Recife antecipa ações contra os efeitos da chuva
PSDB “vinga” discursos contra privatizações
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