



A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Autor(es): Carlos Alexandre |
Correio Braziliense - 20/03/2012 |
De 13 a 22 de junho, o Brasil receberá 80 chefes de Estado e representantes de mais de 190 nações com o propósito de estabelecer condições mais favoráveis ao desenvolvimento sustentável. Vinte anos após a Rio-92, o resgate dos princípios estabelecidos pela conferência mundial sobre o meio ambiente significa, mais do que um referendo de intenções, a incômoda constatação de que as questões ambientais permanecem em plano secundário na agenda global. Em duas décadas, há poucas razões para acreditar que problemas relevantes como o aquecimento global, a carência alimentar e acesso a recursos hídricos merecerão tratamento adequado nos próximos anos. As principais economias do mundo terão, a médio prazo, que concentrar esforços para alcançar o equilíbrio fiscal e gerar empregos. Falta espaço para outros elementos nessa equação. No contexto brasileiro, a Rio+20 também será realizada em um momento delicado. O governo de Dilma Rousseff deu demonstrações que podem ser interpretadas como uma política de crescimento econômico descolada da preservação ambiental. A construção da usina de Belo Monte e a pesada negociação em torno do Código Florestal reforçam a linha desenvolvimentista, que pressupõe a expansão industrial e de serviços como objetivos primários. Se havia algum romantismo em favor da ecologia em 1992, foi enterrado pelo pragmatismo. Some-se a isso a complicada relação estabelecida no Congresso, com as feridas ainda abertas na base aliada, e uma eleição marcada para outubro. De um ponto de vista mais abrangente, a questão ambiental permanece em situação delicada porque governos têm o velho hábito de atender a outras prioridades. Até o momento que a natureza se encarrega de dar um alerta definitivo. O debate mais relevante em termos ambientais nos últimos meses não ocorreu em virtude de um consenso internacional. Nasceu sob o signo de uma tragédia no Japão. O vazamento nuclear em Fukushima, decorrente do tsunami, provocou uma onda de discussões sobre os perigos dos atuais modelos de produção de energia. Com esse panorama, é pouco provável que a Rio+20 resulte em mudanças substanciais. Há um risco concreto de se tornar apenas um encontro de notáveis com boas intenções. ---- |
Denúncia leva governos a cancelarem contratos |
Autor(es): agência o globo:Marcelle Ribeiro, Maria Elisa Alves, Rafael Galdo e Roberto Maltchik |
O Globo - 20/03/2012 |
Polícia Federal abre inquéritos para investigar as 4 empresas flagradas oferecendo propina a hospital federal RUFOLO VILLAR, da Rufolo Serviços Técnicos e Construções, e a gerente Renata Cavas resumem o esquema da propina: "É a ética do mercado" BRASÍLIA, SÃO PAULO e RIO. As quatro empresas que apareceram numa reportagem do "Fantástico", da Rede Globo, oferecendo propina para ganhar supostos contratos com um hospital da UFRJ no Rio receberam no ano passado valores milionários da União, do estado e do município do Rio. Juntos, eles pagaram R$177,5 milhões em 2011 à Locanty Soluções, à Toesa Service, à Bella Vista Refeições Industriais e à Rufolo Serviços Técnicos e Construções. Mas, após as denúncias exibidas no domingo, as quatro tiveram os contratos cancelados pelo Ministério da Saúde e pelos governos do estado e da prefeitura do Rio. Além disso, a Polícia Federal instaurou quatro inquéritos - um para cada denunciada - para investigar todos os contratos firmados pelas envolvidas no escândalo. Segundo o delegado Victor Poubel, a PF vai apurar fraudes em licitação, corrupção e formação de cartel, entre outros crimes. - Vamos apurar todos os contratos que tenham sido assinados por essas empresas com órgãos públicos da União desde 2009. São fatos repugnantes, mas que não causaram surpresa à PF - disse Poubel. Dezessete pessoas vão ter que depor na Polícia Federal Ontem, agentes da PF estiveram na sede das quatro empresas. Dezessete pessoas foram convocadas e devem prestar depoimento ainda esta semana. A Locanty e a Bella Vista informaram que já afastaram os funcionários que aparecem na reportagem oferecendo vantagens ao repórter que se passou por gestor do hospital. A ele os representantes das firmas contaram que todas as licitações têm cartas marcadas, com a presença de concorrentes que entram com preços mais altos para que determinada empresa, escolhida previamente entre elas, ganhe. Também ofereceram propina de até 20%. Ontem, em outro trecho da reportagem, exibido no "Jornal Nacional", o representante de uma das empresas revelou ainda que teria um contato com um auditor fiscal na Receita Federal para facilitar o esquema de corrupção. A Receita informou que vai investigar o caso e, se comprovada a participação do funcionário, ele será afastado. CPI pode ser instaurada para apurar o caso Além da reação da PF, uma enxurrada de outras providências foi tomada ontem contra as empresas em diferentes esferas e órgãos públicos. Em Brasília, as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado se articularam para, numa reunião hoje, tratar do recolhimento de assinaturas para instalar uma CPI mista da Saúde. A ideia dos parlamentares é ressuscitar um requerimento apresentado em abril de 2011, depois que O GLOBO revelou fraudes em série contra o SUS e no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). A investigação precisa do apoio de 171 deputados e 27 senadores. - É grave. Essas firmas têm contratos com empresas da órbita federal, estadual e municipal, e são generosas doadoras de campanha. Corrupção ampla, geral e irrestrita da iniciativa privada, envolvendo também agentes públicos - afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). O Ministério da Educação, responsável pela unidade da UFRJ onde foi feita a reportagem, informou que as quatro empresas não têm contratos vigentes com os 46 hospitais geridos por ele. Por precaução, vai verificar se as firmas mantêm contratos com universidades e, em caso positivo, prometeu cancelá-los. Já o Ministério da Saúde informou que um contrato com a Bella Vista, para o fornecimento de alimentação no Hospital do Andaraí, que estava vigente, foi suspenso ontem. A Controladoria Geral da União (CGU) informou que as quatro empresas têm sido fiscalizadas constantemente. Em 2009, a CGU constatou que a Locanty foi contratada para prestar serviço de coleta de lixo na UFRJ, por dispensa emergencial, "embora tenha apresentado preços unitários superiores em quase 180% aos apresentados por outra empresa concorrente". A Rufolo foi citada pela CGU em outra fraude: de janeiro a maio de 2011, o Hospital Federal Cardoso Fontes pagou pela lavagem de 72 toneladas de roupas que não foi realizada. - São fatos graves que, infelizmente, mostram artifícios que as pessoas usam para desviar dinheiro público - disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. TCU: empresas podem ser declaradas inidôneas Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), as empresas podem ser declaradas inidôneas e ficar, por até cinco anos, impedidas de participar de licitações na administração federal. De acordo com o TCU, será analisada a atuação das empresas em outras unidades. Em nota, o órgão disse que casos como o da reportagem "são encontrados com frequência indesejada" em suas apurações. Enquanto isso, no Ministério Público Federal, procuradores da República da área de saúde e da área criminal no Rio se reuniram ontem para traçar diretrizes para investigações sobre as empresas. - Vamos pedir ao TCU que inicie uma investigação relativa a praticamente todos os hospitais universitários onde verificarmos indícios de irregularidades, para que possamos verificar sobrepreços e cobrar dos gestores públicos e corruptores também a devolução desses recursos - disse o procurador Marinus Marsico. As empresas também já foram punidas no Estado do Rio. Depois de investigações do Ministério Público estadual em 2010, por exemplo, a Secretaria estadual de Saúde chegou a proibir a participação da Toesa em suas licitações, após denúncias de superfaturamento em contratos de manutenção de 111 veículos de combate à dengue. Para fazer o serviço, a empresa cobrou um valor com o qual era possível comprar nova frota e ainda sobrar dinheiro. --- |
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS |
20 de março de 2012
O Globo
Manchete: Nas nossas costas - Vazamento foi causado por erro da Chevron, conclui PF
Ataques racistas põem França em alerta máximo
Estudante brasileiro é morto por policiais na Austrália (Págs. 1 e 9)
Propina: governos cancelam contratos
Demora para julgar mensalão
Itália prende 16 juízes ligados à máfia Camorra
Remédios aumentam até 5,85%
Ciência
Descaso nas margens do Rio
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Folha de S. Paulo
Manchete: Corregedoria vai investigar todos os juízes do TJ-SP
Atirador mata quatro em escola judaica na França
Brasileiro é morto por policiais na Austrália
Há mais de um ano, camisinha feminina não é distribuída no SUS (Págs. 1 e Cotidiano C8)
Fifa contraria Brasil e mantém Valcke na Copa-14
Editorial
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O Estado de S. Paulo
Manchete: MP diz que petroleira sabia do risco de vazamento
Juízes são acusados de liderar corrupção no TJ do Tocantins
Ataque a escola judaica mata 4
Exército e rebeldes sírios combatem em Damasco (Págs. 1 e Internacional A11)
Polícia da Austrália mata turista brasileiro (Págs. 1 e Cidades C3)
Um quinto dos produtos industriais já vem de fora (Págs. 1 e Economia B1)
Dilma mobiliza governo para aprovar Lei da Copa (Págs. 1 e Esportes E1)
E. Lichtblau E.M. Landler
Dora Kramer
Notas & Informações
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Correio Braziliense
Manchete: Senado vai acabar com o 14° e o 15°? Ninguém acredita
Remédio, tão caro, ainda subirá 5,85%
Sob pressão, UnB estuda proibir trote
Fotolegenda: Patrimônio
Buriti em dia de Esplanada
O pesadelo que volta a assombrar a Europa
Brasileiro morto na Austrália
Alerta: Itamaraty recomenda a turistas brasileiros que evitem viagens ao Egito (Págs. 1 e 17)
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Valor Econômico
Manchete: Mínimo puxa aumento real de 3,65% dos salários
Vale recorre a Geisel para se defender
Disputa sobre Viracopos pode se arrastar
Fundos frustram minoritários
Falsos turistas roubam arte sacra em MG
Investimentos de US$ 11 bilhões parados no Peru
Montadoras apostam em carros com conectividade
Receita deve liberar recursos do Reintegra até o fim do mês (Págs. 1 e A3)
UPS anuncia acordo para compra da TNT por € 5,1 bi, diz Scott Davis (Págs. 1 e B5)
ITA terá centro de inovação
Plano da Gol tem adesão parcial
Axxon prepara saída da Guerra
Impasse no acordo do algodão
Crédito doméstico mais atrativo
Allianz prepara ressegurado
Pessoa física ainda foge da bolsa
Nova fase para o mercado fonográfico
Ideias
Ideias
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