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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
quarta-feira, maio 02, 2012
CPI CACHOEIRA [In:] ''SÃO AS ÁGUAS DE MARÇO..."
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Cachoeiroduto
02.05.2012 11:09
Cachoeira e o desafio da mídia
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Nesses tempos de Internet, redes sociais, e-mails, uma das questões mais interessante é a tentativa de monitorar a notícia por parte de alguns grandes veículos de mídia.
Trabalho sujo. Cachoeira operava em nome de seus lucros e de um "projeto maior". Foto: Gustavo Miranda/Ag. O Globo
Refiro-me à cortina de silêncio imposta pelos quatro grandes grupos de mídia – Folha, Estado, Abril e Globo – às revelações sobre as ligações perigosas do Grupo Abril – da revista Veja – com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
As provas estão em duas operações alentadas da Polícia Federal – a Las Vegas e a Monte Carlo. Até agora vazaram relatórios parciais da Monte Carlo, referentes apenas aos trechos em que aparece o senador Demóstenes Torres. Ainda não foram divulgados dois relatórios alentados – ainda sobre Demóstenes – nem as cerca de 200 gravações de conversas entre o diretor da Veja em Brasília e Cachoeira e seus asseclas.
O que foi revelado neste final de semana já se constitui nos mais graves indícios sobre irregularidades na mídia desde o envolvimento de outra revista semanal com bicheiros de Mato Grosso, anos atrás. E está sendo divulgado por portais na Internet, por blogs, por emissoras rivais do grupo, vazando pelas redes sociais, pelo Twitter, Facebook em uma escalada irreprimível.
Mostra, por exemplo, como Cachoeira utilizou a revista para chantagear o governador do Distrito Federal, visando receber atrasados acertados no governo José Roberto Arruda. Os diálogos são cristalinos. A organização criminosa ordena bater no governador até que ceda.
Outro episódio foi o das denúncias contra o diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). Percebe-se que ele havia endurecido nos contratos com a Construtora Delta, parceira de Cachoeira. Nos diálogos, Cachoeira diz ter passado informações para Veja bater no dirigente para acabar com sua resistência.
Em 2005, Cachoeira foi preso. Seu reinado estava prestes a ruir. Sete anos depois, até ser preso pela Operação Monte Carlo, transformara-se em um dos mais influentes personagens da República, operando em praticamente todos os escalões.
Para tanto, foi fundamental sua capacidade de plantar escândalos na Veja e também sua parceria com Demóstenes Torres – erigido em mais influente senador da oposição por obra e graça da revista.
Dado o grau de intimidade da revista com o contraventor, há anos Roberto Civita sabia das ligações de Demóstenes com Cachoeira, assim como o uso irrestrito que Cachoeira fazia de suas ligações com a revista para achaques.
Nenhum poder ficou imune a essa aliança criminosa.
O STF (Supremo Tribunal Federal) se curvou ao terrorismo da revista, denunciando uma suposta “república do grampo” – quando, pelos relatórios da PF, fica-se sabendo que o verdadeiro porão do grampo estava na própria ligação da revista com contraventores.
O ápice desse terrorismo foi a provável armação da revista com Demóstenes, em torno do famoso “grampo sem áudio” – a armação da conversa gravada entre Demóstenes e o ministro Gilmar Mendes (ambos amigos próximos) que ajudou a soterrar a Operação Satiagraha.
Outros poderes cederam à influência ou ao temor do alcance da revista.
O caso do Procurador Geral – 1
Nos diálogos, há conversas entre a quadrilha sugerindo bater no Procurador Geral da República Roberto Gurgel para ele não ameaçar seus integrantes. No Senado, Demóstenes bateu duro. De repente, mudou de direção e ajudou na aprovação da recondução de Gurgel ao cargo de Procurador Geral. Coincidentemente, Gurgel não encaminhou ao STF pedido de quebra de sigilo de Demóstenes, apanhado nas redes da Operação Las Vegas.
O caso do Procurador Geral – 2
A assessoria do MPF atribuiu a relutância do procurador ao fato de haver outra operação em andamento, a Monte Carlo. Não teria pedido a quebra de sigilo de Demóstenes, pela Las Vegas, para não prejudicar a Monte Carlo. Na verdade, a quebra de sigilo teria permitido à Monte Carlo avançar nas investigações. Agora se sabe que, nesse tempo todo, Demóstenes ficou livre para continuar nos achaques aos órgãos públicos.
O autorregulação da mídia – 1
Em fins dos anos 90, houve grandes abusos na mídia, com denúncias destruindo a vida de muitas pessoas, sem que o Poder Judiciário se mostrasse eficaz contra os abusos. Na época, havia a possibilidade de uma lei ser votada, assegurando direito de defesa aos atingidos. A própria grande mídia aventou a possibilidade da autorregulação, órgão similar ao Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária).
A autorregulação da mídia – 2
A maneira como se está restringindo o acesso da opinião pública aos dados sobre a Abril enfraquece bastante a tese. Pior, o populismo irrefreável do presidente do STF, Ministro Ayres Britto, influenciou para acabar com a Lei de Imprensa e, com ela, os procedimentos visando assegurar direito de resposta aos atingidos, deixando centenas de pessoas sem acesso à reparação. Tudo isso ajudou a ampliar os exageros.
A autorregulação da mídia – 3
Na Inglaterra, publicações de Rupert Murdoch se aliaram a setores da polícia para vazar informações sigilosas de inquérito e atentar contra o direito à privacidade de centenas de cidadãos ingleses. A constatação do Judiciário inglês foi o de que as ferramentas de autorregulação não foram suficientes para impedir abusos. Em vista disso, está sendo criada uma agência para garantir a defesa dos direitos dos cidadãos.
A autorregulação da mídia – 4
No caso da Abril, a aliança foi com o próprio crime organizado. Hoje em dia há um fortalecimento da imprensa regional, da blogosfera, de portais de notícia, que ajudam a quebrar cortinas de silêncio. Isso tudo levará, dentro em breve, a uma discussão aprofundada sobre liberdade de opinião – um direito sagrado, uma das maiores conquistas democráticas – e as formas de impedir seu uso para atividades criminosas.
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Luis Nassif
Jornalista econômico e editor do site www.advivo.com.br/luisnassif
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GOVERNO DILMA [In:] OLIGARQUIAS ...
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Brizola Neto, blogueiro progressista, ministro de Estado (ou o fim do Lexotan do lado de baixo do Equador)
Brizola Neto, blogueiro progressista, ministro de Estado (ou o fim do Lexotan do lado de baixo do Equador)
A escolha do deputado Brizola Neto para ocupar o Ministério do Trabalho não é só um ato político de Dilma Rousseff, mas, sobretudo, um ato de coragem. O deputado federal do PDT é o herdeiro político direto de Leonel Brizola, a quem os militares da ditadura e o falecido empresário Roberto Marinho odiavam no mesmo nível e pelas mesmas razões. Brizola, por décadas, denunciou a ditadura e seus “filhotes”, termo que usava para tripudiar seus adversários da direita, e foi certamente o primeiro combatente dessa guerra contra o poder criminoso de manipulação da mídia, de quem sofreu um massacre diuturno nas duas vezes em que foi governador do Rio de Janeiro – eleito, diga-se de passagem, contra a vontade das Organizações Globo.
Antes da internet e, portanto, antes das redes sociais e da blogosfera, Brizola mantinha um espaço pago no Jornal do Brasil para rebater as incontáveis calúnias, mentiras e ignomínias que Roberto Marinho mandava noticiar contra ele em O Globo e na TV Globo. Os artigos do velho Brizola chamavam-se, com peculiar propriedade, de “Tijolaços”.
Desde 2005, Brizola Neto mantém na internet um blog noticioso também chamado de “Tijolaço” (www.tijolaco.com), onde mantém intacta a tradição de bom combate do avô, inclusive com o mesmo colaborador, o incansável jornalista Fernando Brito. Juntos, Brizola e Brito movimentam a blogosfera com denúncias, notícias e uma crítica permanente a esse comportamento da velha mídia que agora deságua na CPI do Cachoeira. Ao colocar Brizola Neto no Trabalho, a presidenta manda um recado fortíssimo ao baronato da imprensa, apavorado e com os dentes de fora, desde a semana passada a jogar ameaças para todo o lado pela boca de seus cachorrinhos amestrados.
Brizola Neto que se cuide. A primeira tentativa da Globo foi o de tentar desqualificá-lo dentro do PDT. Isso porque, paradoxalmente, é justamente no partido fundado por Leonel Brizola que está acomodado o deputado Miro Teixeira (RJ), porta-voz da velha mídia dentro do Congresso Nacional, primeiro a levantar a bandeira de que seria inconstitucional convocar jornalistas para depor da CPI do Cachoeira. Na Globonews, anunciou-se que a bancada pedetista iria se voltar contra o governo, caso Brizola Neto fosse escolhido para o cargo. E vem mais chumbo grosso, podem esperar. Os barões da mídia não vão perdoar o novo ministro do Trabalho, de apenas 33 anos, por querer manter íntegra a memória e a mensagem de Leonel Brizola.
Trata-se da mesma mídia que interpreta como golpe contra o “mensalão” a convocação, pela CPI, do procurador-geral Roberto Gurgel, acusado de manter escondido uma operação da PF que havia pego Demóstenes Torres, desde 2005.
Toda essa movimentação tem um nome que, inclusive, rima com tijolaço: cagaço.
P.S. Abaixo, o maior e mais sensacional tijolaço já jogado na cabeça dessa gente. Uma lição eterna de dignidade e honradez exposta, por brevíssimo momento, no horário nobre da televisão brasileira.
CPI DEMOSTENES-CACHOEIRA-DELTA [In:] MUITO ALÉM DO ATLÂNTICO ...
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Por JOÃO DOMINGOS /BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 02/05/2012 03:04
Com mais um governador na mira, CPI terá hoje primeiro embate político
Governistas e oposição vão travar hoje sua primeira grande batalha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira com um novo personagem no epicentro da luta política, até a semana passada restrita a petistas e tucanos, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Ele é mais um chefe de Executivo estadual a ter o nome envolvido no esquema de contravenção e o terceiro a entrar na mira da comissão parlamentar.
Na sessão marcada para as 10h30 os integrantes da comissão irão receber os 40 volumes do inquérito que investigou o esquema do contraventor e suas ligações com agentes públicos e privados. PMDB e PT pretendem fazer de tudo para blindar Cabral e Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e evitar que sejam convocados a depor na CPI a respeito de supostas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira e o empresário Fernando Cavendish, que se afastou na semana passada da direção da Delta Construções S.A.
Ao mesmo tempo, o PT defende a convocação do governador de Goiás, o tucano Marconi Perilo, sob o argumento de que os grampos feitos pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo escancararam as ligações dele com Carlinhos Cachoeira. 'Não quero fazer prejulgamentos, mas todas as conversas gravadas pela PF e que envolvem o governador Marconi Perillo apontam para uma séria relação dele com o bando do Cachoeira', disse ao Estado o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). 'É muito diferente do que ocorreu com o governador Agnelo, que é vítima da organização criminosa.'
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), rebateu Tatto. 'Nós, do PSDB, já pedimos a convocação do governador Marconi, que concorda em comparecer à CPI para dar explicações. Agora, se o PT e o PMDB querem usar de dois pesos e duas medidas para proteger os seus governadores, nós não vamos aceitar', afirmou. 'Se tem três governadores que são suspeitos de ligação com o Cachoeira e com a Delta, que esclareçam tudo à CPI. É isso que defendemos. Não tem de proteger ninguém', disse ainda o senador.
A convocação de Sérgio Cabral será proposta por requerimento do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que é delegado da Polícia Federal. A sugestão para que ele apresentasse o requerimento de convocação é do deputado tucano Otávio Leite (RJ), que antes pediu a intermediação do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).
Francischini acusa o governador Agnelo Queiroz de ter montado uma rede de grampos ilegais. Por isso, requereu ao Ministério Público a prisão de Agnelo.
Ao defenderem Cabral dos ataques da oposição, os dirigentes do PMDB afirmam que o governador está sendo vítima de uma briga particular com o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). Na semana passada, Garotinho postou em seu blog fotos de Cabral, Cavendish e secretários na Avenida Champs-Elysées, em Paris, durante viagem oficial, e no Restaurante Luis XV, no Hotel de France, em Mônaco, em 2009.
Reação. Aliado do PMDB, com o qual não quer nenhuma confusão, o líder Jilmar Tatto discorda da convocação. 'É preciso examinar todos os elementos. Acho que é precipitado convocar o Sérgio Cabral agora', disse Tatto.
O Palácio do Planalto quer manter a CPI sob controle, fazendo com que investigue somente o esquema de Cachoeira e as ligações dele com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), além da construtora Delta.
O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que o governo não quer ter nada sob controle: 'Existe uma dinâmica no noticiário. É o chamado comportamento de manada. Atribui-se (isso) ao Planalto e ninguém diz com quem falou. Lamentavelmente, são análises em vez da informação', afirmou.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), voltou a prever que a CPI do Cachoeira será 'muito complexa, explosiva, e que vai exigir muita atenção das pessoas ligadas ao mundo da política'.
Segundo ele, sua expectativa é de que haja uma 'bela investigação', capaz de esclarecer as relações de Carlinhos Cachoeira com o mundo político, com o mundo privado e o setor público. Maia previu ainda que a CPI não vai atrapalhar a pauta da Câmara. Para ele, trata-se de algo independente do trabalho da CPI. /
COLABORARAM BEATRIZ BULLA E ISADORA PERON
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OPERAÇÃO MONTE CARLO [in:] ''FAÇAM SUAS APOSTAS...''
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Outros Carlinhos
Autor(es): Edson Luiz |
Correio Braziliense - 02/05/2012 |
Quem teve acesso ao processo da Operação Monte Carlo, que investiga o empresário de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, viu como era a relação dele com o mundo político e com a administração pública. Mostra uma pessoa transitando com desenvoltura dentro de governos, fazendo e acontecendo, dando ordens e distribuindo propinas . Enfim, mostrando à sociedade que é muito fácil agir dentro e contra o Estado. Carlinhos Cachoeira não é o único que atua dessa forma. Se houvesse investigação gigantesca como a da Operação Monte Carlo, com certeza outros apareceriam pelo país.
Se Carlinhos Cachoeira agia com desenvoltura, com certeza alguém começou, lá atrás, a dar guarita a esse tipo de comportamento. Infelizmente no serviço público isso é possível. E em muitos locais isso se torna comum. Ou seja, uma pessoa passa a exercer influência dentro de uma repartição, domina os políticos e corrompe quem estiver pela frente. Basta ver as auditorias feitas pela Controladoria-Geral da República (CGU), que mostram a presença explícita de empresários no domínio das coisas . Muitas vezes , participam de uma mesma licitação, com empresas diferentes , com laranjas ou com acer tos com os demais concorrentes.
Mas comportamentos assim não devem ser considerados normais na sociedade brasileira. Devem ser considerados , como está sendo o caso de Carlinhos Cachoeira, crime . Além de tudo, crime contra o povo que paga imposto, que sofre por não ter uma educação melhor, um atendimento médico público mais adequado e não temer em sair às ruas por falta de segurança. São nessas áreas que existem os maior es desvios detectados pelas investigações da Polícia Federal e pelas auditorias da CGU. E são setores de que a sociedade mais necessita em seu dia a dia. Tomara que um dia não tenhamos mais operações como a que pegou Carlinhos Cachoeira. Quando esse dia chegar, é sinal de que não teremos mais pessoas como ele atuando contra o Estado nem políticos e servidor es públicos agindo no próprio bem, mas em favor da sociedade . Enquanto isso não acontece , vamos torcer para que haja outras ações da PF para acabar (ou pelo menos diminuir) com os estragos feitos contra a nação.
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CPI DEMOSTENES-CACHOEIRA-DELTA [In:] TODOS SABEM MAIS QUE ''1/3 DA MISSA''
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Comissão com telhado de vidro
Autor(es): » GABRIEL MASCARENHAS |
Correio Braziliense - 02/05/2012 |
Cerca de um em cada três membros da CPI do Cachoeira já foi alvo de denúncias que vão de fraude em licitações a farra das passagens
Pelo menos um terço dos 32 titulares da Comissão Parlamentar inquérito (CPI) mista que investigará as ligações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários já estiveram do outro lado do balcão, expostos a denúncias e desconfiança da opinião pública. A personificação das reviravoltas políticas é o ex-presidente da República e agora senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Vinte anos depois de descer a rampa do Palácio do Planalto pela última vez, como unanimidade nacional, ele volta à cena para investigar um de seus pares, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Na lista de representantes do Congresso indicados para buscar a verdade, há ex-fichas sujas, aliados de figuras controversas, nomes envolvidos em escândalos nacionais e até deputado pego no bafômetro.
Collor subiu à tribuna do Senado esta semana para anunciar que trabalhará contra o vazamento de informações à imprensa. Ele confidenciou a aliados que uma de suas motivações na CPI será colocar luz nas relações de repórteres e veículos de comunicação com a quadrilha de Cachoeira. A antiga condição de vidraça, no entanto, não é exclusividade do senador alagoano. Relator do colegiado, o deputado federal Odair Cunha (PT-MG) foi acusado de usar sua cota de passagens aéreas para financiar a viagem de um amigo entre Buenos Aires e o Rio. Cunha nega, argumentando que o bilhete foi adquirido com milhas e que pagou a taxa de embarque legalmente, segundo ele.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) teve o mandato de governador cassado em 2009. A Justiça entendeu que, durante a campanha de 2006, ele usou um programa social do governo em benefício de sua candidatura à reeleição. Então considerado ficha suja, só assumiu em 2011 a cadeira no Senado, um ano depois da eleição. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi favorável à posse por interpretar que a pena de inegibilidade já havia sido cumprida.
Outro que já esteve no centro do noticiário foi o senador Humberto Costa (PT-PE). Ele era o ministro da Saúde quando veio à tona o escândalo dos sanguessugas: esquema de desvio de recursos da pasta que deveriam ser empregados na aquisição de ambulâncias. Costa, relator do processo que corre no Conselho de Ética da Casa contra Demóstenes, foi absolvido das denúncias.
Escutas
O senador Jayme Campos (DEM-MT) acumula processos na Jutiça, entre eles um de improbidade administrativa. Todas as ações são herança do período em que foi governador de Mato Grosso. Já a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) teve seu nome citado em escutas feitas pela Polícia Federal durante a Operação Satiagraha, em 2008. Um aliado do empresário Daniel Dantas afirmava que a parlamentar recebera R$ 2 milhões de uma empresa para apresentar emendas a uma medida provisória, da qual ela era relatora. A alteração iria de encontro aos interesses de Dantas. A denúncia nunca foi comprovada.
Cientista político da UnB, o professor Leonardo Barreto enxerga na ficha dos parlamentares motivos para endossar o senso comum de que CPI é sinônimo de pizza. “A única coisa que pode fazer essa CPI funcionar é o fato de ser uma guerra política, usada para descredenciar adversários”, analisou Barreto.
"A única coisa que pode fazer essa CPI funcionar é o fato de ser uma guerra política, usada para descredenciar adversários”
Leonardo Barreto, cientista político da UnB
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NACIONALIZAÇÃO [IN::] ''MUY HERMANOS''. ''TE CUIDA'', PETROBRAS !!!
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Agora é a Bolívia que nacionaliza grupo espanhol
Bolívia entra na dança da estatização |
Correio Braziliense - 02/05/2012 |
Duas semanas após ter a petroleira YPF expropriada pela Argentina, a Espanha sofre novo golpe. A exemplo do que fez com a Petrobras, o governo boliviano mandou o exército tomar as instalações da Transportadora de Electricid, empresa de energia do grupo espanhol Red Eléctrica
O presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizou ontem a empresa Transportadora de Eletricidade S.A., administrada pela Red Eléctrica Internacional, filial do grupo espanhol Red Eléctrica. Durante o anúncio em evento público na capital La Paz, ele também ordenou às Forças Armadas a ocupação imediata das instalações da empresa estatizada. A medida ocorre apenas duas semanas após o governo da Argentina, aliado da Bolívia, apresentar ao Congresso plano para ampliar o controle estatal sobre o setor de petróleo e gás,
começando com o confisco de 51% do capital da petroleira YPF nas mãos da também espanhola Repsol.
Morales tornou-se, assim, o par da presidente argentina Cristina Kirchner no seu tango de compasso nacionalista. Para encampar a YPF e a Red Eléctrica, os dois alegaram o mesmo motivo: o suposto baixo nível de investimentos das companhias. "Como justa homenagem a todo o povo boliviano que tem lutado pela recuperação dos seus recursos naturais e dos serviços básicos, nacionalizamos a transmissora de eletricidade", discursou o presidente boliviano no Palácio Quemado, sede do governo.
Ontem ele também comemorou o sexto aniversário de nacionalização do setor de petróleo e gás, além de algumas empresas de eletricidade e de fundições, em 1º de maio de 2006, e do qual foi alvo a Petrobras. Eleito há poucos meses, o presidente da Bolívia mandou à época o Exército invadir os campos de produção das empresas estrangeiras no país, entre elas a estatal brasileira, com a qual fechou acordo pouco depois.
Segundo analistas, o líder esquerdista de origem indígena retomou a nova rodada de estatizações para driblar uma onda de protestos de sindicatos, que exigem reajuste salarial superior aos 8% oferecidos pelo governo. A Red Eléctrica tem participação indireta de 99,94% na Transportadora de Electricidad (TDE), que administra mais de 1,9 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia. O 0,06% restante pertence aos trabalhadores da empresa.
Morales afirmou que a TDE que foi criada em 1997 durante a privatização do setor elétrico e está sob controle da Red Eléctrica desde 2002, teria investido "apenas US$ 81 milhões nos últimos 16 anos". Ele explicou que o decreto presidencial para nacionalizar as ações da transmissora busca fortalecer a estatal Empresa Nacional de Eletrificação (Ende), acrescentando ao seu comando a malha da Red Eléctrica, dona de 73% das linhas de transmissão.
Espanha
Diante do segundo golpe sobre os investimentos da Espanha na América Latina, a primeira reação do governo espanhol foi informar que estava apenas "coletando informações sobre os aspectos técnicos e diplomáticos" da decisão do presidente boliviano. A avaliação preliminar, contudo, era de que se tratava de um "caso bem diferente" da reestatização da argentina YPF.
A resposta oficial será dada pelo ministro de Relações Exteriores, José Manual García-Margallo, que também conduzirá a gestão diplomática da nova crise. A exemplo do caso argentino, o governo estuda pedir ajuda aos parceiros europeus para buscar apoio e a condenação internacional.
Apesar da nova etapa estatizante, o presidente boliviano tem evitado opinar sobre a decisão argentina de tomar o controle da YPF. "É um tema da Argentina e da Espanha", disse ele um dia após a decisão de Cristina Kirchner, no último dia 16. Morales também ressaltou que a Repsol já tinha uma boa relação com a Bolívia, respeitando normas e metas de investimentos.
Após a nacionalização do setor petroleiro, em 2006, e meses de duras negociações, 10 petroleiras estrangeiras, entre elas a Petrobras e a espanhola Repsol, que controlava 27% das reservas de gás bolivianas, firmaram acordos com o governo sobre as novas condições para operar no país. Só a estatal brasileira tinha investido mais de US$ 1,5 bilhão no país.
O grupo EBX, do empresário brasileiro Eike Batista, anunciou no fim de abril daquele ano sua saída da Bolívia, depois que Morales acusou a companhia de operar ilegalmente e ameaçou expulsar a empresa do país. Além de uma siderúrgica, o grupo deixou de construir uma termelétrica, em um investimento total de US$ 450 milhões.
Ex-dirigente do Movimento para o Socialismo (MAS) e líder dos produtores de coca, Morales, o primeiro índio eleito à presidência da Bolívia, havia anunciado várias vezes durante a campanha presidencial a sua intenção de nacionalizar o petróleo e o gás, alegando ser esta uma exigência expressa da população indígena.
Todo o povo boliviano tem lutado pela recuperação dos seus recursos naturais e dos serviços básicos"
Evo Morales, presidente da Bolívia
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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02 de maio de 2012
O Globo
Manchete: Bolívia estatiza gigante de energia da Espanha
Anúncio amplia a onda de nacionalizações de empresas na América do SulPouco mais de duas semanas após a presidente argentina Cristina Kirchner ter nacionalizado a petroleira YPF-Repsol, ontem foi a vez de a Bolívia anunciar a expropriação da Transportadora de Eletricidade (TDE), que pertence ao grupo Rede Elétrica Espanhola. A TDE detém 73% das linhas de transmissão no país. A decisão do presidente Evo Morales já virou uma rotina: desde 2006, ele vem adotando medidas de reestatização de empresas nas comemorações de 1º de Maio. Um dos primeiros alvos foi a Petrobras, que tinha quase US$ 1 bilhão em investimentos no país. Nos anos seguintes, houve expropriação de outras companhias de energia e telefonia. Na Venezuela de Hugo Chávez, desde 2008, foram nacionalizados os setores de energia, telecomunicações, bancos e até cimenteiras. (Págs. 1, 19 e 20)
Fotolegenda: Soldados vigiam, em Cochambamba, uma sede da empresa de eletricidade espanhola que foi nacionalizada pelo governo boliviano: ela tem 73% das linhas de transmissão do país.
Equador aceita indenizar Petrobras
O Equador concordou em pagar US$ 217 milhões à Petrobras pelos ativos que a estatal brasileira tinha em blocos petrolíferos no país, quando houve um desentendimento com o governo de Rafael Correa, em 2010. Na época, Correa discordou do contrato com a Petrobras, que deixou o país. (Págs. 1 e 20)
Participação nos lucros vai ter isenção definida
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, anunciou ontem em evento de 1º de Maio que Dilma se reunirá com líderes de centrais sindicais amanhã para definir o limite de isenção no Imposto de Renda dos ganhos de trabalhadores com participação nos lucros das empresas. A presidente cogita chegar a um teto de R$ 7 mil. (Págs. 1 e 10)
Enquanto isso...Protestos tomam a Europa
No 1º de Maio, atos contra desemprego e austeridadeVistos como os vilões capitalistas na Bolívia de Evo Morales, os espanhóis, enfrentando a maior taxa de desemprego da Europa, foram às ruas protestar contra a falta de trabalho e os cortes de gastos do governo, receituário anticrise clássico do capitalismo. As manifestações tomaram ainda várias capitais europeias, no momento em que o continente luta para se livrar da recessão. (Págs. 1 e 21)
Cachoeira queria fazer Demóstenes prefeito
Gravações de conversas interceptadas pela Polícia Federal entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e o vereador de Goiânia Santana Gomes (PMDB) mostram que o grupo do bicheiro trabalhava para que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) fosse eleito prefeito da capital neste ano e governador em 2018. O objetivo era “ter alguém com o poder na mão”. (Págs. 1 e 3)
Fim dos postos na Av. Atlântica acaba na Justiça
O Sindicato de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência vai recorrer à Justiça contra a decisão do governador Sérgio Cabral de fechar os cinco postos do canteiro central da Avenida Atlântica. A Sociedade Amigos de Copacabana também é contra a medida. (Págs. 1 e 12)
Sarkozy não terá o voto de Marine Le Pen
Terceira colocada no 1º turno da eleição presidencial francesa, a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, anunciou ontem que votará em branco no 2º turno. A decisão frustra o presidente Nicolas Sarkozy, que conta com os eleitores dela para derrotar François Hollande domingo. (Págs. 1 e 26)
Brasil ganha novo navio oceanográfico
Este mês o Brasil terá seu segundo navio oceanográfico civil. O Alpha Crucis foi comprado pela Fapesp e investigará o impacto das mudanças climáticas na Amazônia e na costa brasileira. Ele será usado por várias instituições do país. (Págs. 1 e 28)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Para baixar juros, governo estuda mudar poupança
Rendimento da caderneta funciona como piso para a taxa real; presidente pode apresentar proposta hojeA presidente Dilma Rousseff estuda mudanças na caderneta de poupança como parte de sua estratégia para baixar as taxas de juros.
A proposta, que pode ser apresentada a líderes governistas em reunião hoje, objetiva reduzir os juros reais da economia para 2% ao ano ainda neste mandato.
(Págs. 1 e Poder A4 a A7)
Fotolegendas: Dia do Trabalho
Fogo bolivianoTrabalhadores queimam boneco de Evo Morales em La Paz.
Confronto em NY
Mulher é presa durante protestos do Occupy WallStreet.
Cerco alemão
Policiais detêm manifestante durante ato em Hamburgo.
Paz brasileira
Novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, discursa em festa das centrais sindicais ao lado do deputado Paulinho, do PDT.
Fernando Rodrigues: Dilma procura marca própria ao atacar bancos
A lógica de Dilma é simples. Todo presidente precisa ter uma marca. É assim que penetra corações e mentes dos governados. Até o momento, sua marca era arriscada e irreal: a faxineira da República. (Págs. 1 e Opinião A2)
Delta atuou para proteger liderança do PMDB, diz PF
Gravações da PF mostram que um diretor da Delta pediu a ajuda de Cachoeira para evitar que Demóstenes Torres atacasse o vice-líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha. O senador iria depor como testemunha de defesa de uma jornalista processada pelo deputado. Os envolvidos negam que isso tenha ocorrido. (Págs. 1 e Poder A10)
Elio Gaspari
Vídeo de Cabral constrange por sua vulgaridade. (Págs. 1 e Poder A6)
Evo Morales toma controle de elétrica da Espanha
No momento em que enfrenta protestos internos, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a nacionalização da empresa espanhola Transporte de Eletricidade, responsável por 85% do setor no país.A decisão ocorre duas semanas após a Argentina expropriar a YPF, controlada pela espanhola Repsol. A Espanha disse que os casos são “muito diferentes”. (Págs. 1 e Mundo A12)
Vinícius Torres Freire
Até a Austrália quer capturar lucro de empresa. (Págs. 1 e Mercado B4)
Obama vai ao Afeganistão para fazer campanha
O presidente Barack Obama viajou ontem para o Afeganistão, de surpresa e pela primeira vez, no aniversário de um ano do assassinato de Osama bin Laden, que fez subir a sua popularidade.Em discurso na TV, Obama disse que a meta de derrotar a Al Qaeda “agora é tangível” e os afegãos serão “responsáveis pela própria segurança”. (Págs. 1 e Mundo A13)
Conselho autoriza usar estimulação magnética no crânio humano (Pás. 1 e C10)
Editoriais
Leia “Marcha lenta”, sobre desaceleração chinesa e efeitos no Brasil, e “Tirania e civilização”, acerca de tribunais penais internacionais para ditadores. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: CPI abre hoje batalha política e envolve mais um governador
Retomada do caso Cachoeira tem Sérgio Cabral (PMDB) como novo personagemGovernistas e oposição vão travar hoje sua primeira batalha na CPI do Cachoeira com um novo personagem na luta política, até a semana passada restrita a petistas e tucanos. O peemedebista Sérgio Cabral (RJ) é mais um governador a ter o nome citado como suspeito de ligação com o esquema de contravenção de Carlinhos Cachoeira. Partidos de oposição decidiram pedir a convocação de Cabral para que ele explique a relação com Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, que faria parte do esquema de Cachoeira. PMDB e PT querem blindar Cabral e Agnelo Queiroz (DF). Por outro lado, petistas defendem a convocação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Os tucanos aceitam a ida de Perillo, desde que os outros governadores sejam convocados. O governo federal já se preocupa com a possibilidade de a Delta abandonar a execução de obras no País, em especial as previstas no PAC. (Págs. 1 e Nacional A4, A6 e A7)
Álvaro Dias
Senador (PSDB-PR)
“Se tem três governadores suspeitos de ligação com Cachoeira, que esclareçam tudo à CPI. É o que defendemos”
Fotolegenda: Primeiro de Maio e os juros
Festa do Primeiro de Maio na zona norte de SP; os dirigentes das principais centrais sindicais elogiaram a presidente Dilma Rousseff por suas críticas, em rede nacional, aos juros bancários. Os bancos não quiseram comentar o pronunciamento. (Págs. 1 e Economia B3)
Dilma aceita reduzir IR da participação nos lucros
Sindicalistas querem isenção total do impostoO governo decidiu que vai reduzir o Imposto de Renda cobrado sobre a participação nos lucros e resultados que os trabalhadores recebem. O nível dessa redução, no entanto, ainda não está definido e será discutido ainda esta semana, em reunião da presidente Dilma Rousseff com dirigentes sindicais - que querem isenção total. A informação foi dada pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), que representou Dilma no Dia do Trabalho em São Paulo. O ministro disse também que o governo aceita discutir a mudança no fator previdenciário para as aposentadorias, embora tenha dito que, sobre esse tema, é necessário um debate mais aprofundado. (Págs. 1 e Economia B3)
Fotolegenda: Sem apoio
Nicolas Sarkozy acena durante comício em Paris; Marine Le Pen, da extrema direita, declarou ontem que votará em branco no segundo turno entre o atual presidente e François Hollande. (Págs. 1 e Internacional A10)
Bolívia nacionaliza empresa espanhola
O presidente Evo Morales anunciou ontem, “em nome do povo”, à nacionalização da principal rede de energia da Bolívia, a Transportadora de Electricidad, da espanhola Red Eléctrica. Há 15 dias, a Argentina expropriou a petrolífera YPF da também espanhola Repsol. (Págs. 1 e Economia B4)
Terapia celular falha em casos de doença de Chagas (Págs. 1 e Vida A14)
Obama faz viagem surpresa ao Afeganistão (Págs. 1 e Internacional A10)
Licitação de celular no Brasil vai parar na OMC (Págs. 1 e Economia B5)
Celso Ming
Discursar é mais fácilPara reduzir os juros, não se pode focar somente os bancos. As taxas praticadas pelos cartões de crédito são ainda mais escorchantes. (Págs. 1 e Economia B2)
Roberto DaMatta
O velho Brasil da rua e da casaO jogo é complexo: quanto mais leis, mais os elos pessoais (hoje poderíamos falar em laços partidários) se reforçam e as neutralizam. (Págs. 1 e Caderno 2, D10)
Tutty Vasques
A olhos vistos!O interesse pelo turista brasileiro vai virar aborrecimento quando o telemarketing passar a te caçar para “estar disponibilizando” o visto dos EUA. (Págs. 1 e Cidades C4)
Notas & Informações
As Malvinas de DilmaA campanha contra os juros seria mais digna de crédito se precedida de ações sérias do governo. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Polícia caça acusado de injúria racial no DF
A vítima das agressões, testemunhas e investigadores não têm dúvida: o homem nas imagens ao lado é o doutor em psicanálise Campos Menezes. Ele teria fugido de um shopping na Asa Norte após discriminação racial contra uma atendente de bilheteria que não o deixou furar a fila de compra de ingressos para o cinema. As pessoas presentes se revoltaram com as ofensas à jovem. Ontem, a polícia o procurou na clínica onde trabalha e na casa dele no Lago Sul, para intimá-lo a depor, mas até à noite não o havia encontrado. A OAB-DF vai acompanhar as investigações.Diferença entre crimes
O racismo, inafiançável e imprescritível, ocorre quando a discriminação é dirigida a um grupo ou quando há segregação. No caso da injúria racial, a ofensa é contra um indivíduo.
O que determina a lei
O Código Penal estabelece pena de um a três ano de prisão e multa para quem comete o crime de injúria racial. No racismo, as penas variam de um a cinco anos, além de multa. (Págs. 1 e 19)
Expropriação: Agora é a Bolívia que nacionaliza grupo espanhol
Duas semanas após ter a petroleira YPF expropriada pela Argentina, a Espanha sofre novo golpe. A exemplo do que fez com a Petrobras, o governo boliviano mandou o exército tomar as instalações da Transportadora de Electricid, empresa de energia do grupo espanhol Red Eléctrica. (Págs. 1, 8 e Visão do Correio, 12)
Guerra ao terror
De surpresa, Obama vai a Cabul, faz acordos e celebra morte de Bin Laden. (Págs. 1 e 15)
Escutas da PF: Cachoeira atraiu sul-coreanos para negociatas
Desde 2003 o bicheiro é sócio de um empresário da Coreia do Sul na Bet-Capital, que atua no setor de limpeza urbana. Usando sua rede de contatos políticos, ele também tentou promover a aproximação de grupos de tecnologia asiáticos com os governos de Goiás e do DF. (Págs. 1 e 2 a 4)
Dia do Trabalho
Sindicalistas se reúnem com Dilma amanhã para discutir taxa de juros. (Págs. 1, 9 e 10)
Anencefalia: HRAS atende desde 1996
O hospital é referência no DF e tem 10 profissionais especializados nesse tipo de gestação. Este ano, nove gestações foram interrompidas com permissão do Ministério Público. (Págs. 1 e 24)
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Valor Econômico
Manchete: Barreira faz exportação à Argentina cair 30%
As exportações brasileiras foram duramente golpeadas em abril pelas barreiras argentinas à entrada de mercadorias no país. As vendas caíram 30% em relação a abril de 2011, apurou o Valor. O fraco desempenho da balança comercial do Brasil será confirmado hoje, com a divulgação oficial dos resultados do mês passado, que preocupam o governo. Empresas se queixam de restrições arbitrárias que afetam cada vez mais setores."Há um desordenamento total no fluxo do comércio exterior", queixa-se Elisabeth de Carvalhaes, presidente-executiva da Bracelpa, que reúne no Brasil os produtores de papel e celulose, um dos novos setores alcançados pela eliminação geral das licenças automáticas de importação e sua substituição por pedidos de autorização à Receita argentina para compras externas, especificando bens, volumes e valores. Cerca de 40% dos embarques de janeiro a março foram retidos nas alfândegas, e as remessas de abril estão totalmente bloqueadas, provocando custos logísticos crescentes, relata. (Págs. 1 e A3)
Petrobras avalia projeto portuário
A Petrobras estuda participar da construção do Terminais de Ponta Negra (TPN), um projeto de R$ 5 bilhões localizado na Praia de Jaconé, em Maricá (RJ). A DTA Engenharia, empresa de logística que desenvolve o terminal, investirá R$ 1,5 bilhão na construção da infraestrutura marítima e terrestre, e R$ 3,5 bilhões serão alocados pelas empresas que se instalarem no local. A Petrobras negocia com a DTA há seis meses. A expectativa do presidente da DTA, João Acácio de Oliveira Neto, é que a Petrobras construa um dos dois terminais de granéis líquidos do empreendimento. (Págs. 1 e B7)
Rumos da Economia
O caderno "Rumos da Economia", no dia do 12º aniversário do Valor, traz artigos que respondem a 12 perguntas sobre a economia e a política.Márcio Garcia
Basta refletir um pouco para duvidar de que o real forte seja, de fato, tão indesejável.
Fernando Sarti
Estratégia industrial depende da expansão da demanda interna e do estímulo à produção e ao investimento.
José Luis Oreiro
O BC, se quisesse, seria capaz de produzir uma desvalorização administrada do câmbio.
Marcus A. Melo e Carlos Pereira
O eleitor precisa retomar sua crença em representantes que "fazem mas não roubam".
Claudia Safatle
Começa a ficar claro que não basta reduzir a taxa de juros para conter a valorização do real.
Rudá Ricci
Desde a criação dos grupos escolares, em 1893, o Brasil privilegia quantidade e náo a qualidade no ensino
Alexandre Schwartsman
Apesar dos protestos do BC, a taxa de juros de equilíbrio continuará entre as mais altas do mundo.
Riordan Roett
O Brasil tem sido sortudo com vários bons presidentes, todos com o tom certo de cada momento
Monica de Bolle
Caminhamos para um modelo de mercado de crédito de longo prazo dominado por instituições públicas.
Fabio Kanczuk
Na economia mundial, o tempo será nublado. Mas investidor e empresário não precisarão de guarda-chuva.
Renato Cardoso
A preservação da indústria exige escolhas impopulares, reformas que não estão na pauta do governo.
Anna Jaguaribe
A mudança do eixo do crescimento da China, com estímulo ao consumo interno é boa para o Brasil. (Págs. 1 e Especial)
Estatais fora da lei de informação
O decreto que será baixado pela presidente Dilma Rousseff, provavelmente nos próximos dias, com o objetivo de regulamentar a Lei de Acesso à Informação, vai preservar as empresas públicas e de economia mista da divulgação de informações que possam comprometer a atuação no mercado ou dar vantagens a competidores. Para estabelecer os limites no acesso às informações de estatais, o governo vai se basear no princípio constitucional que garante que as informações relacionadas com a atuação competitiva entre as empresas sejam preservadas, explicou a diretora de Prevenção à Corrupção da Controladoria-Geral da União, Vânia Vieira. "A Lei de Acesso à Informação não revogou os outros sigilos, como o fiscal e o bancário". (Págs. 1 e A6)
Fotolegenda: Depois do Bamerindus
Ex-senador José Eduardo Andrade Vieira celebra fim do processo 15 anos após intervenção no banco Bamerindus. Ter sido banqueiro foi "acidente de percurso", diz ele, que mora numa fazenda. (Págs. 1 e A16)
Expansão do agronegócio continuará forte até 2022
O agronegócio brasileiro continuará a crescer a taxas maiores do que a produção média mundial de grãos, carnes e açúcar. Haverá uma desaceleração no ritmo de expansão agrícola no país até 2022 em relação aos últimos dez anos, mas ainda assim será um incremento vigoroso. Essa é uma das principais conclusões do mais amplo estudo já realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre o setor, que será divulgado hoje. O trabalho consolida uma nova postura da entidade em relação ao agronegócio e sua importância inclusive para outros setores da economia.Realizado em parceria com o Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), o "Outlook Brasil - Projeções para o Agronegócio" está focado em dez grandes cadeias (algodão, arroz, cana, trigo, feijão, milho, soja, carne bovina, carne de frango e carne suína). (Págs. 1 e B12)
França deve ficar mais protecionista
A provável eleição do socialista François Hollande para presidente da França, como indicam as pesquisas, deve tornar a relação com o Brasil "mais institucional" e "descentralizada". Além disso, o discurso de proteção à agricultura francesa deve ser mantido, avaliam diplomatas e analistas. No próximo domingo, Hollande vai disputar com o presidente Nicolas Sarkozy o segundo turno das eleições. "Existe um sentimento de que a França precisa de uma potência emergente como parceira para competir com outras potências", diz um diplomata, lembrando que 38 das 40 empresas que fazem parte do índice da bolsa de Paris estão atualmente no Brasil. (Págs. 1 e A12)
Aventuras do investidor em tempo integral
André Luiz Antunes, 29 anos, trabalhava na área de tecnologia da informação quando descobriu o mercado financeiro ao ser contratado por uma corretora para aumentar a velocidade de processamento do home broker. Gostou tanto que resolveu se dedicar apenas a investir na Bolsa. "Eu me dei seis meses para não ganhar dinheiro", lembra. Depois desse prazo ele diz ter conseguido se sustentar com os rendimentos.Não há estatísticas na Bovespa sobre quantos investidores vivem de aplicar seu próprio dinheiro. Parte desses investidores atua nas salas de operação das corretoras. Os homens são a esmagadora maioria e muitos assistem a palestras para tentar evitar erros. Roberto Lombardi, 25 anos de experiência no mercado financeiro, explica a seus "alunos" que "é possível ganhar muito depois de algum tempo e com condições econômicas que permitam correr grandes riscos, mas dá para perder muito também". (Págs. 1 e D1)
O BNDES vai apoiar o aumento das relações do país com Moçambique e Gana (Págs. 1 e A2)
Evo Morales nacionaliza a Transportadora de Electricidad (Págs. 1 e A13)
Novo ministro Brizola Neto promete debate sobre a redução da jornada de trabalho (Págs. 1 e A11)
Aviação civil desacelera
A demanda por viagens aéreas domésticas teve em março seu pior desempenho mensal desde maio de 2009 e cresceu apenas 1,27%. O fluxo de passageiros transportados no país avançou 0,2%. (Págs. 1 e B1)
Preços agrícolas em queda
A maioria das commodities agrícolas negociadas no mercado futuro de São Paulo registrou queda em abril. Segundo levantamento do Valor Data, etanol, milho e café sofreram fortes recuos. (Págs. 1 e B2)
Fundos diversificam
Diante do desafio de alcançar a meta atuarial mesmo com queda de juros, os Regimes Próprios de Previdência dos Servidores (fundos estaduais e municipais de pensão) começam a investir em produtos estruturados, com maior rentabilidade. (Págs. 1 e C1)
Inadimplência relativa
A inadimplência no crédito, em leve alta a partir do segundo semestre de 2011, é cadente se comparada ao passado recente. Há três anos, ela superava 7%. Hoje, ronda 5,5%. Os calotes tiveram queda vertiginosa nos bancos públicos. (Págs. 1 e C11)
S&P revisa Argentina
A Standard and Poor’s revisou a tendência do rating soberano da Argentina de estável para negativa. O pais manteve a classificação ‘B', ficando como o penúltimo colocado na América do Sul, à frente apenas do Equador. (Págs. 1 e C12)
Vale recomendada
Mesmo enfrentando uma maré de notícias ruins—cobrança de tributos pelo governo na Justiça, resultados piores do que se esperava —, a Vale continua na lista de recomendações de uma boa parte dos analistas. (Págs. 1 e D2)
Planos de saúde versus SUS
Os planos de saúde estão perdendo a disputa judicial travada contra a obrigação de ressarcir o Sistema Único de Saúde (SUS) por serviços prestados a seus segurados, e apostam suas últimas cartadas no Supremo Tribunal Federal (STF). (Págs. 1 e E1)
Ideias
Cristiano HomeroO aquecimento contínuo do mercado de trabalho não representa neste momento um fator de risco para a inflação. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Martin WolfOs bancos centrais terão um duplo papel — formuladores da política monetária e guardiões da estabilidade financeira. (Págs. 1 e A15)
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