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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
sexta-feira, junho 07, 2013
O LEILOEIRO WALRASIANO
Chegou hoje às livrarias o livro Dirceu: A biografia, escrito por Otavio Cabral, editor da revista de Veja.
Publicado pela Record, a obra traz informações e documentos exclusivos sobre a trajetória do petista, desde a sua infância em Minas Gerais até o julgamento no processo do mensalão.
Para fazer o livro, Cabral entrevistou 63 pessoas próximas ao petista e descreveu a vida do ex-ministro da Casa Civil de Lula, condenado no processo do mensalão e apontado pela Procuradoria Geral da República como “chefe da quadrilha”. A obra aborda ainda o período em que Dirceu viveu em Cuba e, depois, na clandestinidade no Brasil.
Jornalista há mais de 20 anos, Cabral cobriu os principais acontecimentos políticos do País em Brasília entre 2000 e 2010. Antes de Veja, trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo e Notícias Populares.
A biografia, não autorizada, seria publicada pela editora Leya, que acabou desistindo do projeto alegando questões jurídicas. O livro será vendido por R$ 39,90.
''PESQUISA DE POPULARIDADE'' A VISTA
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IBGE prevê IPCA acima do teto da meta em junho
Altas das tarifas de ônibus, trem, água e esgoto em algumas cidades vão influenciar índice do mês
07 de junho de 2013 | 12h 17
Fernanda Nunes e Maria Regina Silva,
da Agência Estado
RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços Consumidor Amplo (IPCA) tende a ultrapassar em junho o teto da meta do governo, de 6,50%, no acumulado em 12 meses. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), neste mês, há uma série de altas de preços administrados e questões metodológicas que permitem prever uma alta relevante na inflação de junho.
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Para a formação do IPCA em 12 meses, o instituto irá desconsiderar uma alta de 0,08% relativa a junho de 2012 para utilizar outra maior, de 0,43% relativa a julho. Entre os preços administrados, o índice de inflação deste mês sofrerá influência das altas das tarifas de ônibus urbano no Rio de Janeiro (7,27%), e em São Paulo (6,75%); da água e esgoto em Belo Horizonte (5,25%) e Fortaleza (8,51%); e do trem em São Paulo (6,75).
O IPCA de maio ficou em 0,37% em maio ante 0,55% em abril. Em abril, ele já havia ficado praticamente no teto da meta do governo, em 6,49%.
Na divulgação, o IBGE destacou o comportamento dos alimentos e bebidas, "que apresentou forte desaceleração ao passar de 0,96% em abril para 0,31% em maio, trazendo o impacto para o índice de 0,24 para 0,08 ponto porcentual, respectivamente". O grupo, porém, na avaliação de especialistas teve impacto sazonal e nos próximos meses pode voltar a pressionar a inflação.
Mesmo com a desaceleração de maio, a dinâmica inflacionária não é das melhores. Ao excluir dos cálculos os preços dos alimentos, o índice de difusão de maio (que representa o porcentual de preços de itens em alta do IPCA) teria uma taxa de 67,60%, frente a um aumento de 67,10% anteriormente, de acordo com o Besi Brasil.
"Acreditamos que será um movimento temporário e o IPCA tende a acelerar daqui para frente, voltando para 0,50% no quarto trimestre. Não acreditamos em melhora consistente da dinâmica da inflação no médio prazo", avaliaram o economista-sênior do banco, Flávio, Serrano, e o economista-chefe, Jankiel Santos, em relatório.
De acordo com os economistas, mesmo considerando a avaliação mais "hawkish" (conservadora) do Banco Central, o governo já sinalizou a intenção de manter a expansão de gastos correntes, na tentativa de impulsionar o crescimento econômico, o que também tende a elevar a inflação, segundo eles.
"Recentemente, elevamos nossa projeção de fim de ano para a taxa básica de juros para 8,75%, mas o ajuste da política monetária não seria suficiente para trazer a inflação para 4,5% (centro da meta) em um futuro próximo. Prevemos 6,0% em 2013 e 5,7% em 2014 para o IPCA", estimaram.
O PAÍS DAS ''ANAs"
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SINAIS DE FUMAÇA (e/ou Saudades do MST)
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RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA-CONSUMO-INFLAÇÃO
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Consulta ao IR começa dia 10
O primeiro lote de restituição do Imposto será pago em 17 de julho. O total de devoluções passará de R$ 2,6 bilhões.
Restituição para forçar consumo
Disposto a reanimar o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o governo decidiu reeditar os megalotes de restituição do Imposto de Renda (IR). Hoje, a Receita Federal anunciará os detalhes da primeira devolução do ano, que poderá contemplar até 2 milhões de contribuintes. Nesta etapa, devem ser liberados entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões, conforme antecipou o Correio há um mês.
Na lista inicial, as prioridades são aposentados, deficientes e pessoas que entregaram mais cedo a declaração de ajuste do exercício 2012. A consulta para saber quem foi contemplado nessa etapa, no entanto, só será aberta na próxima segunda-feira, 10 de junho, pelo site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br) e pelo Receitafone, o 146. Já o pagamento ocorrerá em 17 de junho.
O dinheiro deverá reforçar o orçamento das famílias, já comprometido com dívidas atrasadas e encolhido pela inflação.
Em 2012, os preços subiram, em média, 5,84%. No mesmo período, a correção do IR, que, em tese, deveria compensar essa alta, foi de apenas 4,5%. Essa combinação entre gastos em alta e poder de compra em baixa gerou perda de fôlego do consumo interno, o que limitou o desempenho do PIB no primeiro trimestre. Mesmo com diversos incentivos dados pelo governo, o consumo das famílias avançou apenas 0,1% no período, número que ajudou a consolidar um crescimento econômico de 0,6%.
Agora, com o dinheiro extra dos megalotes, os técnicos do governo esperam que o brasileiro saia às compras, voltando a estimular o varejo e, por tabela, a indústria. Neste ano, cerca de 26 milhões de brasileiros declararam o IR. Quem pagou imposto a mais deverá ser contemplado em um dos sete lotes de restituições.
O governo vai recorrer novamente a medidas criativas para turbinar as contas públicas. Por meio de manobras contábeis, a União conseguirá, em uma só tacada, reduzir as despesas com empréstimos feitos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contabilizar essa diferença como ganho financeiro para a instituição. O artifício foi inserido no texto da Medida Provisória 618, publicada ontem no Diário Oficial da União. Não foi informado, no entanto, o montante de recursos que poderão ser usados nessa operação.
Por lei, o Tesouro Nacional é obrigado a bancar a diferença entre o valor dos recursos que repassa ao BNDES e os empréstimos que o banco oferece a juros camaradas a empresas. Só em 2012 o governo gastou mais de R$ 12 bilhões em equalizações desse tipo. Agora, a União decidiu renegociar essa operação. Vai, assim, contabilizar as transferências feitas ao banco por um valor menor do que antes.
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GOVERNO VAI MEXER NO ''FOREVIS'' (Muçum/Os Trapalhões)
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Governo admite mudar as regras da poupança
O provável aumento da Selic para 8,50% ao ano, indicado pelo Banco Central, deve alterar o rendimento das cadernetas. A equipe econômica já discute retomar o antigo processo de remuneração.
Ganho da poupança vai mudar com alta de juros
O governo já admite mudar novamente as regras da tradicional caderneta de poupança. A alteração deverá ocorrer em julho próximo, caso se confirmem as indicações dadas ontem pelo Banco Central de que a taxa básica de juros (Selic) subirá mais 0,50 ponto percentual, dos atuais 8% para 8,50% ao ano. A partir desse nível de juros, o BC é obrigado a acionar o gatilho que retoma o processo antigo de remuneração da caderneta. Ou seja, em vez de pagar 70% da Selic, como ocorre com os atuais depósitos, o correspondente a 0,45% ao mês ou 5,5% ao ano, a poupança voltará a remunerar os investidores em 0,5% mensal ou 6,17% ao ano, como ocorria antes de a presidente Dilma Rousseff mudar a lei.
De olho no aumento do rendimento da caderneta, os investidores já estão promovendo uma ampla corrida para tal modalidade de aplicação. Segundo o BC, nos primeiros cinco meses do ano, a poupança registrou ingresso líquido (descontados os saques) de R$ 18,8 bilhões, um recorde para período tão curto de tempo.
Além da perspectiva de remuneração maior, os poupadores priorizam a facilidade para depósitos e o fato de os ganhos não pagarem Imposto de Renda (IR). Nem mesmo o fato de os rendimentos estarem perdendo para a inflação nos últimos meses tem inibido as aplicações.
A certeza de que a caderneta voltará às regras antigas foi baseada na ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual os juros passaram de 7,50% para 8% anuais. O documento, divulgado ontem, trouxe um discurso mais duro contra a inflação e sinalizou que o BC, comandado por Alexandre Tombini, continuará a elevar os juros a um ritmo de 0,50 ponto. No mercado futuro, as apostas são de que a Selic ficará entre 9,25% e 9,50% ao ano até o fim de 2013. Se chegar a esse nível, deverá demorar a voltar a um percentual que atrele novamente a remuneração da poupança à Selic.
Descontrole e gastança
Na avaliação do governo, apesar de todo o desgaste político quando se fala em mudança na poupança, o mais importante agora é recuperar a credibilidade do BC e da política econômica — a desconfiança é tamanha, que a agência de classificação de riscos Standard & Poor"s ameaçou rebaixar a nota do Brasil (leia mais na página 10). Segundo a ata chancelada por Tombini, a inflação no país está "resistente e disseminada" e exige uma ação "tempestiva" da autoridade monetária.
Para os diretores do BC, o elevado nível do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que se mantém no teto da meta, de 6,5%, em 12 meses, e a dispersão dos reajustes contribuem para a piora na percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica dos preços. Ou seja, famílias e empresários deixam de acreditar na capacidade do governo de manter a inflação sob controle. O documento do Copom mostra ainda que índices de preços além do desejado retiram o poder de compra dos salários e das transferências de renda (Bolsa Família), ampliando a onda de desconfiança.
A ata projeta um IPCA em 2013 mais alto do que há 45 dias e, por isso, o BC precisa estar "especialmente vigilante". Para este ano e 2014, o centro da meta é de 4,5%, com variação de no máximo dois pontos percentuais para cima ou para baixo. "Tendo em vista os danos que a persistência (inflacionária) causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, a mesma seja revertida", destacou o documento. "Por isso, o Comitê entende ser apropriada a intensificação do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso."
O BC jogou parte da culpa pelo descontrole da inflação ao Ministério da Fazenda, por causa do gastos públicos excessivos, que estimulam as remarcações de preços. O perigo da expansão fiscal inclui a estratégia de estímulo ao consumo por meio de benefícios tributários (redução de impostos). No entender do Copom, a despeito da limitada capacidade produtiva do país, que tem levado ao aumento de preços e de importações, o governo continuou a impulsionar a demanda e, consequentemente, a carestia.
Especialistas alertam que, com a elevação dos juros básicos, a Fazenda pode se sentir ainda mais confortável para expandir as despesas, o que anularia os efeito do aperto monetário sobre a inflação. Segundo Flávio Combat, economista-chefe da Concórdia Corretora, a tendência é de que as despesas públicas cresçam conforme se aproximem as eleições de 2014. "Com a intensificação do ritmo de aumento dos juros, o BC também abriria, a princípio, maior espaço para a expansão fiscal", ponderou.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, fez avaliação semelhante. "Temos, de um lado, a política monetária fechando a torneira e, do outro, a fiscal escancarando. É preciso um realinhamento dessas estratégias", criticou.
» Consumo robusto
Para o Banco Central, os reajustes salariais acima do aumento de produtividade são um risco para a inflação. Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição afirmou que, em função desses ganhos, o consumo doméstico deve permanecer robusto. "Não obstante aos sinais de moderação, o Comitê avalia que a dinâmica salarial permanece originando pressões inflacionárias de custos", disse o documento. Em contraponto, o BC avaliou o cenário internacional como frágil e afirmou que isso contribui para conter a demanda.
» IGP-DI volta a incomodar
O Banco Central recebeu uma péssima notícia ontem. Os preços de alimentos no atacado, que vinham caindo desde o início do ano, inverteram o sinal e devem voltar a pressionar a inflação ao consumidor. O aviso veio do Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna (IGP-DI), que cravou 0,32% em maio, depois de ter recuado 0,06% em abril, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado surpreendeu os especialistas, que projetavam alta entre 0,05% e 0,30%. Na avaliação do economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, acabou o período de deflação dos produtos agrícolas, o que se refletirá nos próximos índices, reforçando a necessidade de mais elevação na taxa básica de juros (Selic). Também pesou no IGP-DI o forte avanço do Índice Nacional da Construção Civil (INCC), com incremento de 2,25% no mês passado, por causa do dissídio coletivo dos trabalhadores do setor.
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