
Viva Macunaíma:
Boa parte dos políticos nativos anda preocupada com o rumo do debate aqui (no Paraná) desde que o PMDB de Requião e o tucanato de Beto Richa passaram a trocar bordoadas.
Políticos experientes não gostam de turbulências que inviabilizam, entre outras coisas, bons negócios e certos entendimentos heterodoxos só possíveis onde prevalece o espírito macunaímico.
Diga-se: na política nativa, o espírito macunaímico é uma praga pior que maria-sem-vergonha. Chamam a isso, frequentemente, de bom senso. E lá vêm os mestres do pragmatismo a recomendar a marcha à ré em relação aos rompantes iniciais.
Nada de confrontos. Qualquer discussão coloca as instituições em risco, dizem esses vetustos senhores que gostavam mesmo é da paz dos cemitérios do regime fardado.
O entendimento e a harmonia são fundamentais, dizem os adeptos da conciliação por cima. Tudo indica, porém, que fundamental é outra coisa: a clareza, a definição e, sempre que possível, a revelação das mazelas de cada qual.
A verdade é que o tiroteio entre Requião e seus adversários tornou-se fato político relevante, na medida em que eliminou de vez a possibilidade de um grande conchavo pelo qual o PMDB e o PSDB acertariam os ponteiros para evitar que outras forças pudessem chegar ao poder.
O problema é que nesta área, de ferozes conservadores e refinadíssimos hipócritas, a relevância de cada fato raramente é medida corretamente na hora em que acontece.
O enfrentamento entre Richa e Requião sempre pareceu inevitável. São políticos de idéias, posições, interesses e perspectivas muito diferentes. Anormal era a aproximação política entre os dois naquele período em que certas conveniências eleitorais pareciam se sobrepor às convicções de cada qual. Agora, vejamos. O debate não interessa a Macunaíma. A nitidez ideológica, o rigor moral, a limpidez nos propósitos e nas ações não agradam Macunaíma. Ele gosta é da geléia geral. (Fonte: Paraná Online).
Políticos experientes não gostam de turbulências que inviabilizam, entre outras coisas, bons negócios e certos entendimentos heterodoxos só possíveis onde prevalece o espírito macunaímico.
Diga-se: na política nativa, o espírito macunaímico é uma praga pior que maria-sem-vergonha. Chamam a isso, frequentemente, de bom senso. E lá vêm os mestres do pragmatismo a recomendar a marcha à ré em relação aos rompantes iniciais.
Nada de confrontos. Qualquer discussão coloca as instituições em risco, dizem esses vetustos senhores que gostavam mesmo é da paz dos cemitérios do regime fardado.
O entendimento e a harmonia são fundamentais, dizem os adeptos da conciliação por cima. Tudo indica, porém, que fundamental é outra coisa: a clareza, a definição e, sempre que possível, a revelação das mazelas de cada qual.
A verdade é que o tiroteio entre Requião e seus adversários tornou-se fato político relevante, na medida em que eliminou de vez a possibilidade de um grande conchavo pelo qual o PMDB e o PSDB acertariam os ponteiros para evitar que outras forças pudessem chegar ao poder.
O problema é que nesta área, de ferozes conservadores e refinadíssimos hipócritas, a relevância de cada fato raramente é medida corretamente na hora em que acontece.
O enfrentamento entre Richa e Requião sempre pareceu inevitável. São políticos de idéias, posições, interesses e perspectivas muito diferentes. Anormal era a aproximação política entre os dois naquele período em que certas conveniências eleitorais pareciam se sobrepor às convicções de cada qual. Agora, vejamos. O debate não interessa a Macunaíma. A nitidez ideológica, o rigor moral, a limpidez nos propósitos e nas ações não agradam Macunaíma. Ele gosta é da geléia geral. (Fonte: Paraná Online).
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N.B.: Na foto, Grande Otelo in Macunaíma. (Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele nasceu na selva e de preto, virou branco. Depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos. Macunaíma vive várias aventuras na cidade, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de todos os tipos. Fonte: www.adorocinema.com.br).
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