
Ibama autoriza obras do rio São Francisco:
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou nesta sexta-feira (23) o início das obras de transposição de águas do rio São Francisco. De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa, o presidente da entidade, Marcus Barros, assinou a licença de instalação do projeto nesta manhã. A liberação saiu exatamente uma semana depois da posse do novo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que defende a transposição. "O que nós precisamos mostrar é que esse projeto não prejudica ninguém. Nosso grande desafio é mostrar que o projeto ajuda", afirmou na posse. A obra é uma das prinicipais metas do governo Lula para o segundo mandato e divide opiniões dos governadores. Pelo menos seis estados têm algum interesse direto no rio. Quatro governadores eleitos são favoráveis ao projeto - Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco; Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba; Cid Gomes (PSB), do Ceará, e Wilma Faria (PSB), do Rio Grande do Norte. Dois são contrários: Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas e Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais. Diversos movimentos sociais também não são favoráveis. Na semana passada, entidades chegaram a invadir o Ministério da Integração contra o projeto. Eles pedem a revitalização em vez da transposição.O projeto esteve suspenso por força de liminar (decisão provisória) do Supremo Tribunal Federal de novembro de 2005 a dezembro de 2006, quando uma decisão do tribunal derrubou a proibição. Para ser iniciado o projeto, faltava apenas a licença do Ibama.O Ibama já tinha concedido a licença prévia ao projeto de integração do Rio São Francisco, mas isso não permitia o início das obras. Agora, a transposição pode ser iniciada efetivamente. O investimento previsto para o projeto é de R$ 4,5 bilhões. O governo esperava iniciar as obras em janeiro deste ano, segundo a Integração Nacional anunciou em dezembro, mas faltava a licença. A obra prevê a construção de canais com 700 quilômetros de extensão, que levarão água do rio para regiões tradicionalmente secas de quatro estados (Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Ceará). G1.com.br; foto Agência Estado.
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