
JOBIM ROMPE O SILÊNCIA E CRITICA PMDB:
Brasília - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, rompeu o silêncio e criticou duramente, ontem, a maneira como seu partido, o PMDB, está fazendo as indicações para os ministérios neste segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, o PMDB não tem programa nem propostas para essas pastas. “A discussão se dá em torno de pessoas, e não em torno de projetos e de modelos. Não se sabe, realmente, o que o PMDB pretende com relação à Agricultura e nem com relação à Integração Nacional”, disse, após palestra sobre reforma política para o Conselho Superior de Direito, da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Jobim também questionou os mecanismos das indicações que a legenda vêm fazendo ao governo Lula. E continuou: “Porque (o PMDB) não tem posições. E não tendo posições, as ações dos ministros serão a partir da perspectiva individual e também a partir das pressões originadas de seus eleitores”. O ex-presidente do STF disse, também, que as indicações estão sendo feitas por Senado x Câmara, e diz não saber por que essas indicações precisam ser de parlamentares. “Nos Estados Unidos, inclusive, é proibido os parlamentares serem ministros”, argumentou. Questionado se teria saído magoado do episódio da disputa pela presidência do PMDB (vencida pelo deputado paulista Michel Temer), Jobim desconversou: “Faz parte do jogo político, todo mundo que joga, joga neste sentido. Você não pode personalizar decisões e questões políticas, o defeito é quando você se emociona com as questões políticas”. E citou a seguinte frase do falecido Ulysses Guimarães: “Eleição e política é toda combinada”. AgênciaEstado, Paraná Online; foto Antonio Cruz/AB.
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