Três cervejarias holandesas foram multadas em 273,7 milhões de euros (US$ 372 milhões) pela Comissão Européia nesta quarta-feira (18) por fixarem preços em seu mercado doméstico. A Heineken foi a mais penalizada. A InBev, formada em 2004 pela união da belga Interbrew e da brasileira AmBev, não recebeu multa por ter fornecido o que a Comissão chamou de "informação decisiva" sobre o cartel. A chefe antitruste da União Européia, Neelie Kroes, prometeu ampliar as multas para cartéis no futuro, após ter imposto o pagamento de 219 milhões de euros à Heineken, na sétima maior multa aplicada pela Comissão por violação de regras concorrenciais no bloco de países. Cartel teria sido formado entre 1996 e 1999. As evidências "mostraram que Heineken, InBev, Grolsch e Bavaria formaram um cartel ilegal na Holanda", afirmou a Comissão. "Os principais executivos dessas companhias sabiam muito bem que o procedimento era ilegal, mas seguiram adiante e tentaram encobrir as provas", disse Kroes. O cartel era para a venda de cerveja em hotéis, restaurantes, cafeterias e supermercados. A cervejaria Grolsch foi multada em 31,7 milhões de euros e a holandesa Bavaria - que não está relacionada à empresa de mesmo nome na Colômbia controlada pela SABMiller - terá que pagar 22,9 milhões de euros. A Comissão Européia disse que as evidências de formação de cartel de cerveja entre 1996 e 1999 incluem notas escritas à mão e provas de datas e locais em que encontros foram realizados. A Grolsch e a Bavaria informaram que vão recorrer da decisão. A Heineken disse ter ficado surpresa com a decisão e afirmou que a multa é excessiva e injustificada, e que também pretende apelar. g1.com Reuters.
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