Em reunião com congressistas que integram o consórcio governista, Lula disse, nesta terça-feira, que os controladores fizeram “jogo baixo” com o presidente da República. “Eles me apunhalaram pelas costas”, disse o presidente, segundo relataram ao blog deputados que participaram do encontro. “Só esperaram eu sair do país para causar confusão.” Lula reportava-se à crise da última sexta-feira (30). Naquele dia, enquanto voava para os EUA, sargentos que cuidam do controle de vôo amotinaram-se no Cindacta 1, em Brasília. A bordo do Aerolula, o presidente foi comunicado sobre o caos, que provocou a paralisação dos aeroportos brasileiros por cinco horas.
Referindo-se à negociação feita, em seu nome, pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento), Lula disse não ter autorizado o auxiliar a comprometer-se com o cancelamento de punições impostas aos controladores pela Aeronáutica. Tampouco o autorizara a prometer que os sargentos sublevados não sofreriam sanções por conta do motim de sexta-feira. Nesse ponto da reunião, Lula tentou isentar Paulo Bernardo de responsabilidade por promessas que o governo tratou de romper nesta terça-feira (3). Disse que o ministro fez o que lhe pareceu correto num instante de crise. Porém, com um atraso de quaro dias, condenou o acordo. Disse que não faz sentido premiar com o cancelamento de sanções os militares que não respeitam nem o presidente da República nem a sociedade brasileira. Segundo o relato dos parlamentares que estiveram com Lula, o presidente declarou que considera adequado qualquer tipo de protesto. Mesmo aqueles que são organizados contra ele próprio. Mas não pode admitir que a sociedade seja prejudicada por “militares irresponsáveis”. Disse claramente que autorizou para a Páscoa o que desautorizara dias atrás. No auge da crise de sexta-feira, quando o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, preparava-se para mandar à prisão os sargentos amotinados, o presidente desautorizou a providência. Agora, diz ter dado carta branca à Força Aérea para prender os controladores de vôo que ousarem causar problemas no feriado de Páscoa. De resto, Lula informou aos congressistas que devolveu ao comandante Saito a atribuição de coordenar a transição do regime militar para um sistema de controle civil da aviação civil. Diferentemente da disposição que exibia até domingo, o presidente agora não tem pressa. Disse que o processo será feito com "toda a calma necessária". Condicionou as mudanças à normalização da situação aeroportuária. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.
Referindo-se à negociação feita, em seu nome, pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento), Lula disse não ter autorizado o auxiliar a comprometer-se com o cancelamento de punições impostas aos controladores pela Aeronáutica. Tampouco o autorizara a prometer que os sargentos sublevados não sofreriam sanções por conta do motim de sexta-feira. Nesse ponto da reunião, Lula tentou isentar Paulo Bernardo de responsabilidade por promessas que o governo tratou de romper nesta terça-feira (3). Disse que o ministro fez o que lhe pareceu correto num instante de crise. Porém, com um atraso de quaro dias, condenou o acordo. Disse que não faz sentido premiar com o cancelamento de sanções os militares que não respeitam nem o presidente da República nem a sociedade brasileira. Segundo o relato dos parlamentares que estiveram com Lula, o presidente declarou que considera adequado qualquer tipo de protesto. Mesmo aqueles que são organizados contra ele próprio. Mas não pode admitir que a sociedade seja prejudicada por “militares irresponsáveis”. Disse claramente que autorizou para a Páscoa o que desautorizara dias atrás. No auge da crise de sexta-feira, quando o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, preparava-se para mandar à prisão os sargentos amotinados, o presidente desautorizou a providência. Agora, diz ter dado carta branca à Força Aérea para prender os controladores de vôo que ousarem causar problemas no feriado de Páscoa. De resto, Lula informou aos congressistas que devolveu ao comandante Saito a atribuição de coordenar a transição do regime militar para um sistema de controle civil da aviação civil. Diferentemente da disposição que exibia até domingo, o presidente agora não tem pressa. Disse que o processo será feito com "toda a calma necessária". Condicionou as mudanças à normalização da situação aeroportuária. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.
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