PARIS - O presidente eleito da França, Nicolas Sarkozy, começou nesta segunda-feira, 7, a traçar a estratégia para a eleição parlamentar do mês que vem, crucial para sua capacidade de impor as profundas reformas que prometeu. O político, que inicia seus cinco anos de mandato em 16 de maio, deve indicar seu diretor de campanha, François Fillon, como primeiro-ministro, e nomear mulheres para metade dos cargos em seu compacto gabinete de apenas 15 ministros. Sarkozy obteve um forte mandato para realizar mudanças políticas e econômicas, ao receber 53,06% dos votos no segundo turno da eleição presidencial, no domingo, contra 46,94% da socialista Ségolène Royal. Ele também precisa formar maioria na eleição para a Assembléia Nacional, em 10 e 17 de junho, para poder cumprir suas promessas de relaxar as rígidas leis trabalhistas, cortar exageros do serviço público, reduzir impostos e restaurar o pleno emprego. Sarkozy, 52, conversou com assessores horas depois do seu triunfo eleitoral, embora pretenda tirar alguns dias de folga para recarregar as baterias depois da acirrada campanha. "Vamos ver como podemos dar a ele a mais ampla maioria parlamentar possível para que ele possa levar a cabo suas tarefas", disse a ministra da Defesa, Michele Alliot-Marie, a jornalistas em frente à sede da campanha de Sarkozy. "Conforme ele disse novamente ontem (domingo) à noite, ele quer realizar todos os compromissos que assumiu durante a campanha", declarou ela. A maioria dos parlamentares do pequeno partido centrista UDF saiu em apoio à União por um Movimento Popular (UMP), de Sarkozy, mas o ex-ministro do Interior também espera atrair figuras de esquerda para ampliar o apelo da sua iniciativa reformista. "Temos de organizar esta maioria multipolar com o UMP, a UDF e então o pólo esquerdista", disse André Santini, um influente deputado centrista e aliado de Sarkozy. Uma pesquisa da noite de domingo mostrou o UMP à frente dos socialistas, com 34% contra 29%. Analistas dizem que a votação deve entregar uma clara maioria ao novo líder. "Temos de agir, o povo francês espera isso. Deram a ele um real mandato - não é só uma autorização para implementar seu programa", disse o chefe de gabinete da campanha de Sarkozy, Claude Gueant, à rádio RTL. O Estadão,
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