quinta-feira, junho 14, 2007

OPERAÇÃO RÚSSIA/PF: "'TÁ RUSSO!!!"

PF desarticula quadrilha que enviava ouro e dinheiro ao Uruguai.

A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira no Rio Grande do Sul a "Operação Rússia", para desmontar uma organização criminosa que atuava nos Estados do Rio Grande do Sul e São Paulo enviando dinheiro e ouro ilegalmente ao Uruguai. As operações superam os R$ 40 milhões. Segundo a PF, que atua por meio do Nufin (Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros), 140 policiais cumprem mandados de prisão (o número não foi divulgado para não atrapalhar o processo) e 23 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Porto Alegre, dois em Canoas, um em Sapucaia, cinco em Pelotas (RS) e quatro em São Paulo. A investigação começou em março de 2006 e descobriu que empresas gaúchas atuavam como instituição financeira sem autorização do Banco Central, captando clientes com recursos disponíveis para investimento, especialmente instituições religiosas e de ensino, que eram persuadidas a adquirir ouro e aplicá-lo mediante contrato similar a uma conta poupança. Em determinado momento os investigados apropriaram-se dos recursos aplicados pelos clientes. A organização criminosa também enviava ilegalmente ouro e moeda (nacional e estrangeira) do Brasil para o Uruguai com o objetivo de liquidar operações de câmbio ilegais realizadas por doleiros de diversos Estados brasileiros, com o apoio de agentes financeiros do país vizinho. De acordo com a polícia, além do prejuízo já causado às instituições religiosas e de ensino, o esquema que supera os R$ 40 milhões também permitia que a organização lavasse dinheiro obtido com a prática de outros crimes. Os valores remetidos ilegalmente ao exterior giravam em torno de US$ 800 mil mensais. Segundo a PF, o suposto líder da organização é Alexander Dzioubanov, 27, preso em junho com João Rodrigues Do Carmo, 47, seu braço direito. A dupla foi flagrada pela PF em Jaguarão (RS) transportando US$ 200 mil para o Uruguai, ocultos em uma BMW. Eles e os demais presos serão indiciados por funcionamento de instituição financeira sem autorização, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Folha Online.

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