Reportagem publicada na edição desta segunda-feira da Folha informa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus principais aliados no Senado estão preocupados em deixar uma brecha política e jurídica que permita a Renan Calheiros (PMDB-AL) uma saída honrosa. Entre as possibilidades está o licenciamento da presidência do Senado, renúncia ao comando da Casa ou, no limite, renúncia ao mandato sem perder o direito de concorrer nas próximas eleições. O Planalto teme que uma crise longa prejudique sua agenda legislativa, dificultando a aprovação de itens de interesse do governo, como a prorrogação da CPMF, o imposto do cheque, e da DRU (Desvinculação de Receitas da União), instrumentos fundamentais para fechar as contas públicas. Renan é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar aluguel e pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento. Para comprovar que seus ganhos eram compatíveis com os pagamentos, Renan apresentou documentos que apontam para um ganho de R$ 1,9 milhão, nos últimos quatro anos, com a venda de gado. Reportagem do "Jornal Nacional" lançou suspeita sobre esse ganho. A reportagem contestou autenticidade das notas fiscais de venda de gado apresentadas pela defesa de Renan. O Conselho de Ética pediu para a Polícia Federal periciar a autenticidade dos documentos apresentados por Renan. A perícia verificou que Renan entregou notas fiscais com indícios de fraude, além de documentos que apresentam, entre si, uma "diferença" de 511 cabeças de gado na venda declarada, cerca de R$ 600 mil, quase um terço do que ele afirma ter ganho com atividades agropecuárias desde 2003. Folha Online.
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