Chuva obrigou outro jato da TAM arremeter na segunda-feira
SÃO PAULO - O problema do acúmulo de água na pista do Aeroporto de Congonhas causou um susto aos passageiros do vôo JJ 3949 da TAM, que fazia a ponte aérea Rio-São Paulo na noite de segunda-feira, 16. Tudo transcorria normalmente, até o momento em que o avião estava prestes a pousar em Congonhas, às 19h10. "De repente, a uns 20 metros de altitude, o piloto arremeteu. Já era possível ver a pista", disse um dos passageiros, o advogado Jorge Henrique Guedes, de 53 anos. Segundo ele, a aeronave só pousou às 19h38 e, somente 15 minutos depois da manobra inesperada, o piloto informou no sistema de som do avião que havia desistido de pousar por conta do excesso de água na pista. "Ele também avisou que outro avião estava na pista, esperando autorização para decolar." A decisão de arremeter por questões de segurança cabe ao comandante do avião. O advogado disse que houve inquietação entre os passageiros, mas sem pânico. Ele contou que ainda conseguiu ver, no primeiro procedimento de pouso, o avião da empresa aérea Pantanal que havia derrapado na pista horas antes. Apesar da seqüência de acidentes e do susto por que passou, Guedes disse que não vai deixar de andar de avião. "Fica sempre um receio, mas a necessidade do trabalho fala mais alto." Guedes disse que o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, estava entre os passageiros do vôo, que havia saído do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, por volta das 18h30. O dirigente foi procurado pelo Estadão, mas não retornou as ligações ontem à noite. Por meio de sua Assessoria de Imprensa, a TAM limitou-se a dizer que não houve registros de arremetida em seus vôos na segunda-feira. No início da tarde de segunda-feira, outra aeronave sofreu um acidente na pista principal do Aeroporto de Congonhas. O avião ATR-42 da Pantanal Linhas Aéreas derrapou no momento em que chovia muito sobre Congonhas. Segundo a Infraero, peritos analisariam o aparelho para saber as razões que fizeram com que ele perdesse o eixo principal da pista, escorregando para a sua lateral. Eduardo Reina, Juliano Machado, Marcelo Godoy e Humberto Maia Junior, do Estadão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário