Líder do PT critica choradeira de aliados por cargos em troca de CPMF
O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), criticou nesta segunda-feira a pressão dos partidos aliados que querem que o governo apresse as nomeações em troca de apoio nas votações da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e da DRU (Desvinculação de Receitas da União) até 2011. Também condenou os que reclamam de indicações já efetivadas. "O 'chororô' será permanente. O governo não pode é ser babá desse 'chororô'. Em um governo de coalizão, a tensão é permanente. Sempre vai ter um partido achando que precisa de mais e outro que acha que perdeu alguma coisa", reagiu Luiz Sérgio. "Essa disputa é absolutamente normal." No final de semana, a tensão na base aliada aumentou depois da confirmação de dois petistas para a Petrobrás --José Eduardo Dutra e Maria das Graças Foster. O PMDB, que pertence à base, quer nomear a diretoria Internacional da estatal e o PP, que também é aliado, reivindica a manutenção da diretoria de Abastecimento da Petrobrás. A pressão dos aliados por cargos e a eventual insatisfação provocada pelas nomeações na Petrobrás, destinando cargos a petistas, poderá refletir nas votações de destaques e emendas (propostas que visam o texto principal) da CPMF e a DRU, segundo o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE). Mas para o PT, a dificuldade não impedirá o governo de finalizar a votação. "Pode dar um pouco mais de trabalho, uma dificuldade aqui e ali. Evidentemente terá uma disputa que merece atenção, mas isso não impedirá os avanços", afirmou Luiz Sérgio. Renata Giraldi, Folha Online, Brasília.
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