quarta-feira, outubro 31, 2007

PERDIGÃO & ELEVA: NEGÓCIO DA CHINA

Perdigão anuncia a compra da Eleva Alimentos por R$ 1,35 bi

A Perdigão anunciou nesta terça-feira a aquisição de 77,31% do capital da Eleva Alimentos, pelo qual vai pagar cerca de R$ 1,342 bilhão.
O grupo controlador da Eleva --liderado pelo fundador da empresa, o chinês Shan Ban Shun--, receberá R$ 598,17 milhões em dinheiro e mais 15.463.349 ações da Perdigão, que pela cotação desta terça-feira da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valem R$ 744,25 milhões.
O negócio faz com que a Perdigão passe a ser a maior empresa de alimentos com capital aberto no Brasil, ultrapassando a Sadia. Para poder realizar o pagamento da parte em dinheiro da negociação --que deve ser feita até o final do ano--, a Perdigão fará uma oferta de ações no mercado, em quantidade e condições ainda não especificadas. Após a conclusão da compra das ações do grupo controlador da Eleva, será realizada uma oferta de compra para os acionistas minoritários da empresa --onde uma parte será paga em dinheiro (pelo mesmo valor pago a Ban Shun) e outra parte em ações da Perdigão (na proporção de 1 ação da Perdigão para 1,74308855 ações da Eleva). As duas empresas já negociavam há mais de um mês. Porém, até o momento a expectativa era de que elas passariam por um processo de fusão, ao invés da Perdigão comprar a Eleva.
Nova gigante
A compra cria uma gigante do setor. A Perdigão passa a ser a líder na produção e comercialização de carnes de frango e suína, além de se consolidar no setor de lácteos. Ela passa também a ser a maior empresa alimentícia brasileira de capital aberto. O valor de mercado de Perdigão e Eleva juntos é de cerca de R$ 9,4 bilhões, passando a Sadia --que tem valor de mercado de aproximadamente R$ 8 bilhões. O faturamento de Perdigão e Eleva somados no primeiro semestre (cerca de R$ 8,7 bilhões) também passa o da principal concorrente (cerca de R$ 7,7 bilhões). A compra chega a ter tons de vingança, já que em meados do ano passado a Sadia tentou comprar a Perdigão. Porém, o bloco controlador da empresa --formado por fundos de pensão e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)-- recusou a proposta.
Folha Online, 3110.

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