Ministério Público investiga falhas na fiscalização do leite
A Procuradoria da República em Minas Gerais instaurou um inquérito civil público para investigar as falhas no sistema de fiscalização de leite no país, além de prováveis fraudes em laticínios no Estado. O inquérito será conduzido em conjunto pelos procuradores Carlos Henrique Dumont e Bruno Nominato de Oliveira, de Passos e Uberaba. Oliveira e Dumont conduziram junto à Polícia Federal as investigações da operação Ouro Branco, que prendeu 27 pessoas acusadas de fraudar leite de duas cooperativas --a Casmil e a Copervale. O inquérito vai avaliar quantas amostras de leite foram examinadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários durante este ano e quantas delas apresentaram adulteração. Os procuradores já pediram informações ao Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), do Ministério da Agricultura, sobre quais providências são tomadas pelo órgão quando amostras de leite analisadas não estão de acordo com os padrões. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também deverá informar a Procuradoria a quantidade de leite retirada do mercado em 2007 por não respeitar as determinações legais. "Fraudes como estas só se tornaram possíveis em decorrências de falhas no funcionamento do Sistema de Inspeção Federal, falhas essas que necessitam de correção sob pena de, após a passagem da comoção social causada pela constatação das mesmas, novas fraudes voltarem a ocorrer", dizem os promotores.
Fraude
Segundo as investigações, a Casmil e a Copervale adicionavam soro ao leite para aumentar o volume e substâncias como água oxigenada e soda caústica para disfarçar o sabor e aumentar o prazo de validade.
Fraude
Segundo as investigações, a Casmil e a Copervale adicionavam soro ao leite para aumentar o volume e substâncias como água oxigenada e soda caústica para disfarçar o sabor e aumentar o prazo de validade.
Folha Online. 3110.
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