sexta-feira, novembro 09, 2007

PETROBRAS: USA OU IRÃ?

Governador da Flórida boicota Petrobras devido a relações com Irã

O governador do estado americano da Flórida, Charlie Crist, que lidera uma missão comercial de seu país no Brasil, cancelou nesta quinta-feira uma reunião de negócios com diretores da Petrobras, alegando que a estatal mantém relações com o Governo do Irã.
"Continuaremos seguindo o caminho moral e prudente de não fazer negócios com companhias que apóiam o terrorismo e assim estabelecer um exemplo para os demais estados e nações", disse Crist, segundo um comunicado no site do Governo da Flórida. Para Crist, o apoio ao Irã "é uma ameaça aos Estados Unidos e a seus aliados, como Israel". Ele defendeu a lei promulgada em meados do ano no seu estado, que proíbe os fundos de previdência de investir em companhias que façam negócios com Irã e Sudão. O assessor do governador, George LeMieux, foi ao Rio de Janeiro para se reunir com Samir Passos Awad, gerente-executivo da estatal para a área internacional. Ele explicou que a participação do Irã da companhia é só de "prospecção", mas alertou que será difícil uma "desvinculação" no próximo ano, como exige a legislação da Flórida. Petrobras e Flórida são partes vitais para fortalecer o acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos, que procura promover a produção e comercialização de etanol no mundo. Na segunda-feira, em sua primeira atividade no Brasil, Crist disse, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que ele e seu estado defendem uma redução das taxas de importação de etanol. O governador quer que a Flórida seja a porta de entrada do álcool brasileiro nos Estados Unidos. O consumo de gasolina na Flórida, com 32,7 bilhões de litros por ano, superior ao de todo o Brasil, faz do estado um mercado "potencial" para o etanol brasileiro, como combustível alternativo, segundo a União dos Produtores de Açúcar e Álcool.
Folha Online, EFE, 0911.

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