Reunida nesta quinta (29), a bancada de senadores do DEM ratificou algo que seu líder, José Agripino Maia (RN) já negociara: o apoio a José Sarney (PMDB-AP).
Assim, Sarney ganha 14 votos potenciais. A votação é secreta. Pode haver traição. Mas os senadores ‘demos’ assumiram o compromisso de respeitar a posição partidária.
Agripino vinha negociando o apoio a Sarney desde o final do ano passado. Numa fase em que o candidato ainda dizia que não iria à disputa.
O líder ‘demo’ dialogava com o próprio Sarney e com o centro-avante dele, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Formalizado o apoio, Agripino justificou a decisão do partido com o discurso antipetista que caracteriza o DEM.
"O senador Sarney é um homem de diálogo, não é petista, não tem alinhamento com o Executivo...”
“...O senador Tião [Viana] é integrante do PT, que já detém o Executivo. Ter a presidência da República e do Congresso é um pouco demais".
Curiosamente, ao declarar-se “neutro” na disputa, Lula facilitou a progressão de Sarney.
Hoje, o candidato apoiado pelo DEM parece mais conveniente ao Planalto do que o rival petista Tião Viana.
Confirmando-se a eleição de Sarney, o DEM beliscará, entre outras posições, dois dos cargos mais cobiçados do Senado.
Acomodará Heráclito Fortes (DEM-PI) na primeira secretaria. É uma espécie de prefeitura do Senado, que gere um orçamento de mais de R$ 2 bilhões.
Para a cadeira de presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) vai o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
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