BRASÍLIA. Diferentemente do comportamento que teve com a desfiliação da senadora Marina Silva (AC), a direção do PT deve dificultar muito a saída do partido do senador Flávio Arns (PR), que ficou “envergonhado”, como disse, com o fato de o PT ter ajudado a livrar o presidente Sarney das investigações.
Além de cobrar dívida de R$ 66 mil, referente à inadimplência nos últimos dois anos com a contribuição partidária, o PT estuda pedir o mandato de Arns, baseado na regra da fidelidade partidária.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), avisou que Arns terá que acertar a dívida antes de deixar a legenda: — O senador Flávio Arns ficou sem pagar a contribuição do PT de 2003 a 2006. Pagou para ser candidato em 2006 e, logo que acabou a eleição, deixou de pagar de novo.
Isso não é ético. Antes de sair tem que acertar as contas — avisou.
— Não precisam e ameaçar. Até porque não me impressiono com ameaças. Reconheço a dívida e vou pagá-la. Essa é uma questão administrativa que tem que ser resolvida — respondeu Arns.
Ele lembrou, porém, que a bancada debatia a redução do valor da contribuição e que há posição da Justiça que considera ilegal essa cobrança.
Arns disse que não ficaria intimidado com a hipótese de perder o mandato e confirmou que até sexta-feira apresentará o pedido de desfiliação. O PT terá até 30 dias para recorrer ao TSE com o objetivo de recuperar o mandato.
— Vamos discutir no TSE. Para mim, há todo o interesse que se crie juris prudência de que existe fidelidade ao partido, mas que também se crie uma fidelidade do partido com suas bandeiras.
Acredito que tenho boas chances de sucesso — disse Arns. -----------------
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