SARNEY: ONTEM, HOJE, AMANHÃ ... II

Para base, discurso de Sarney foi calmo e esclarecedor

05 de agosto de 2009 • 18h35 • atualizado às 18h35

Sarney se defendeu de denúncias em Plenário

05 de agosto de 2009

AFP

Laryssa Borges

Direto de Brasília

Integrante da tropa de choque do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Almeida Lima (PMDB-SE) avaliou que os argumentos apresentados por Sarney em Plenário foram "calmos, tranqüilos, pontuais e esclarecedores". "Não há razão alguma para o afastamento de Sarney. Aqueles que entraram com representações têm legitimidade para fazê-lo, mas Sarney não deve se afastar", disse Lima. "Achei o discurso muito bonito, muito adequado, muito verídico", completou o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ). O presidente do Senado se defendeu na tarde de hoje de uma série de denúncias que sofre na Casa.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que "os argumentos (apresentados por Sarney) são bons", mas ressaltou que o lugar de se discutir os fatos não é o Plenário. "O presidente Sarney colocou sua defesa. Os fatos são tratados no Conselho de Ética. No foro apropriado, tudo isso será discutido e esclarecido", afirmou.

O Conselho de Ética, que irá analisar as 11 representações contra José Sarney, retomou sua sessão pouco após o discurso do presidente da Casa. Alegando ser "vítima de uma campanha sistemática e agressiva", Sarney pediu em Plenário que os demais senadores o julguem com justiça e levem em conta tudo que ele representou em 55 anos de vida pública. Em um discurso para dar resposta à crescente onda de denúncias, Sarney negou, por exemplo, ter praticado nepotismo ou estar envolvido em desvio de recursos da fundação que leva seu nome.

"Me julguem pela minha conduta austera, sem arrogância, respeitando todos e com todos mantendo convivência. Peço justiça para sairmos da crise e voltarmos à normalidade. Meu apelo é pela volta da normalidade (do Senado)", declarou Sarney em 48 minutos de discurso.

Redação Terra