A nova modalidade de doações para campanhas pela internet pode ser uma forma de as operadoras lucrarem ou contribuírem com as campanhas.
Não há impedimento legal para que as empresas reduzam ou deixem de cobrar as taxas relativas às transações financeiras, tornando uma possível a isenção como forma de contribuir com as campanhas. Ontem, as principais candidatas na disputa pela Presidência deram importante passo para a arrecadação.
Segundo a analista de investimentos Maria Cristina Costa, da consultoria Lopes Filho, a taxa de administração média cobrada dos comerciantes pelas operadoras de cartões de crédito gira em torno de 3%, mas o percentual pode cair.
Como ocorre no comércio, se um partido prevê uma arrecadação alta, há a possibilidade de conseguir taxa abaixo da média.
Para isenção, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), basta que as operadoras e os partidos formalizem um contrato civil registrando a doação.
Dinheiro na rede A primeira a aderir às doações pela internet foi Marina Silva. Ontem ela deu início à campanha de mobilização para arrecadar fundos online. No site da candidata do PT, Dilma Rousseff, a opção para doações foi disponibilizada no final da tarde. A primeira a contribuir para a campanha da petista foi a primeira dama, Marisa Letícia, que doou R$ 1.013,00.
Balanço divulgado pela campanha de Marina mostrava que a iniciativa começa a dar resultados. Em quatro dias, a candidata conseguiu R$ 11.200.
Por ser uma prática nova, não há previsão de ambas as campanhas sobre o quanto poderá ser arrecadado pela internet. No início, a campanha verde previa receber cerca de R$ 15 milhões. Entretanto, o responsável pela mobilização de arrecadação, Álvaro de Souza, prefere não falar em números.
A campanha do candidato do PSDB, José Serra, informou que, pela burocracia e riscos que as operações envolvem, não há previsão de aderir às doações pela internet.
Apenas pessoas físicas poderão fazer as doações por cartão de crédito, desde que emitido no país. As doações podem ser feitas até o dia da eleição. O pagamento das taxas cobradas pelas operadoras será contabilizado pelos partidos como gasto de campanha.
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