10 de agosto de 2010
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Folha de S. Paulo
Manchete: Para ANP, governo deve ficar 'mais dono' da Petrobras
Diretor-geral da agência defende que fatia estatal seja ampliada de 32% para mais de 40% na capitalização
A capitalização da Petrobras traz a chance de o governo sair "mais dono" da empresa. O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima, espera que a participação estatal aumente dos atuais 320/0 para "40% e tanto".
Lima, que é filiado ao PC do B, defende também, em entrevista a Valdo Cruz, que o preço do barril das reservas do pré-sal que a União cederá à Petrobras seja o "mais alto possível"; Especialistas apontam valor entre US$ 5 e US$ 6.
Para Lima, esse número é baixo. A consultoria contratada para avaliar o preço dos 5 bilhões de barris prometeu entregar o laudo no fim deste mês. Lima admite que a eleição é um "complicador" para a capitalização, em setembro. (Págs. 1, B1 e B4)
Cheias na Ásia deixam mais desabrigados que tsunami
Com 13,8 milhões de pessoas prejudicadas e 1.500 mortos, as enchentes no Paquistão deixaram mais desabrigados que a soma do tsunami de 2004, do terremoto na Caxemira em 2005 e do tremor no Haiti neste ano, de acordo com a ONU.
Chuvas também causaram destruição na China. Soterramento em Zhouqu matou 337 pessoas. (Págs. 1 e A14)
Foto legenda: Vítimas das cheias em Pannu Aqil, na Província paquistanesa de Sindh, aguardam entrega de provisões pelo Exército; número de mortos chegou a 1.500
Foto legenda: Deslizamento de lama em Zhouqu, no centro-norte da China
Presidente 40: Eleições 2010: Dilma defende alianças de seu partido com Sarney e Collor
A candidata Dilma Rousseff disse ter experiência suficiente para governar e defendeu, em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, as alianças do PT com políticos como os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor. (Págs. 1 e A4)
Análise: Posta contra a parede, Dilma recorreu às tergiversações, escreve Josias de Souza (Págs. 1 e A4)
Liquidez eleitoral
Uma brincadeira de investidores transformou os candidatos em
"produtos financeiros". Na Bovap (Bolsa de Valores Políticos), os
"negociadores" compram e vendem "ações" dos políticos, cujos preços variam de acordo com fatos e humores da campanha. (Págs. 1 e A10)
Marcos Nobre
O dar de ombros da política atual é generalizado (Págs. 1 e A2)
A seu pedido, Marcos Nobre interrompe sua coluna a partir de hoje.
Uso recorde de térmica deve elevar conta de luz
A baixa nos reservatórios das hidrelétricas levou à geração recorde diária de energia gerada por meio de termoelétricas no sábado, com 6.118 MW (megawatts).
Quanto mais essas usinas são acionadas para suprir a demanda energética do país, maior é o reajuste anual na tarifa paga pelos consumidores. (Págs. 1 e B9)
Boa Notícia: Desmate será um dos menores da história em 2010
O desmate na Amazônia em 2010, pelo segundo ano seguido, deve ser um dos menores da história. O governo prevê queda recorde. Segundo ONG, haverá alta discreta ante 2009, até agora o melhor ano. (Págs. 1 e A16)
Juiz da Infância dá o veredito e interna menor primo de Bruno (Págs. 1 e C7)
Editoriais
Leia "Impasse ambiental", sobre o governo e o novo Código Florestal; e "Eleitor infantilizado", acerca das normas que regulam o processo eleitoral. (Págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Petrobras quer reduzir fatia nacional no pré-sal
Indústria do País não teria como atender à demanda da estatal, que precisa fazer caixa; ANP protesta
A Petrobras defende redução de 65% para 35% na média de contratação de equipamentos nacionais para a exploração das reservas que serão repassadas pela União à estatal, em sua capitalização. Embora seja o principal instrumento do governo para fortalecer a indústria nacional de fornecedores, a Petrobras precisa fazer caixa rapidamente para investir no pré-sal. "É inadmissível", reagiu Haroldo Lima, diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP). "Toda a questão do governo Lula está fundamentada nesse aumento do porcentual do conteúdo nacional. Como é que isso mudaria dessa maneira?" Lima concorda, porém, que a indústria nacional não tem condições de atender à demanda da Petrobras num prazo tão curto. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)
Haroldo Lima
Diretor-geral da ANP
"Na média da participação da indústria nacional (na exploração de reservas) não se mexe"
Governo alerta sobre entrada no País do vírus 4 da dengue
O Ministério da Saúde alertou as secretarias estaduais sobre fortes evidências do retorno ao Brasil do vírus DEN-4 da dengue, o que traz risco de casos graves da doença. Amostras positivas foram colhidas de quatro pacientes de Boa Vista (RR). Também a OMS foi notificada sobre a suspeita do governo. Há 28 anos o País não registra a presença do agente infeccioso e a maioria da população nunca teve contato com esse sorotipo. (Págs. 1 e Vida A20)
Marina e Dilma já arrecadam online
As candidatas à Presidência Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) começaram a arrecadar contribuições online de pessoas físicas. Para Marina, é uma maneira de romper o "velho sistema" em que as doações são "um grande mistério". Já o tucano José Serra não pretende usar esse modelo. (Págs. 1 e Nacional A4)
Foto legenda: Moscou derrete
Turistas enfrentam calor próximo dos 40 graus na capital russa, o mais intenso em mil anos, usando máscaras para evitar a fumaça dos incêndios; a média diária de mortes na cidade dobrou, subindo para 700. (Págs. 1 e Internacional A18)
BB se une ao Bradesco para atuar na África
Banco do Brasil, Bradesco e Banco Espírito Santo, de Portugal, acertaram parceria para atuar na África. A associação atende a pedido do presidente Lula, que defende a internacionalização do BB. (Págs. 1 e Economia B13)
Presidente da Colômbia recebe Chávez hoje (Págs. 1 e Internacional A16)
Diplomata diz que Irã vai enforcar condenada (Págs. 1 e Internacional A17)
Dora Kramer: Agenda Interditada
De modo geral, os candidatos, por alguma razão, resolveram não incluir na agenda eleitoral a tão falada corrupção, que rendeu tantas CPIs. (Págs. 1 e Nacional A6)
Notas & Informações: Incompetência gerencial
Lula deixará R$ 90 bilhões a pagar por incapacidade de investir verbas autorizadas no Orçamento. (Págs. 1 e A3)
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Valor Econômico
Manchete: Quatro grandes auditorias detêm 99% da receita total
O mercado de auditoria de grandes empresas no Brasil é mais concentrado do que sugerem os dados disponíveis até o ano passado. Levantamento feito pelo Valor com as 200 maiores empresas abertas por ativos mostra que as quatro grandes do setor - PricewaterhouseCoopers, Deloitte, Ernst & Young e KPMG - tinham 81% dos clientes e receberam 96% do total gasto pelas empresas com serviços de auditoria em 2009, no valor de R$ 382 milhões.
Com a compra da Terco pela Ernst & Young, anunciada na semana passada, a concentração deve aumentar ainda mais. Sobe para 88% no total dos 200 clientes e atinge 99% do faturamento total obtido com eles. Apesar de ter 10% dos clientes dessa amostra, a BDO, quinta firma do mercado, fica com apenas 1% da receita. (Págs. 1, D1 e D4)
País importa mais derivados de petróleo
Pela primeira vez, pelo menos desde 2000, o Brasil está gastando mais com a importação de derivados de petróleo do que com a compra do óleo bruto. No primeiro semestre, o país gastou US$ 6,1 bilhões com a importação de nafta petroquímica, óleo diesel, gás liquefeito e gasolina, entre outros derivados, valor 17% superior aos US$ 5,2 bilhões dispendidos com petróleo. O aumento das compras de derivados decorre do aumento da demanda interna e da incapacidade de fornecimento local de alguns combustíveis.
O crescimento das compras externas de derivados dilui, em parte, o superávit expressivo que o país já acumula no comércio exclusivo de petróleo. De janeiro a junho, o país exportou US$ 8 bilhões em óleos brutos, valor 54% maior que a importação do mesmo bem. (Págs. 1 e A3)
Submarinos terão partes nacionalizadas
Indústrias brasileiras que produzem máquinas e equipamentos, motores, sistemas de propulsão elétrica e outros bens vão participar do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), acertado em 2008 entre Brasil e França, orçado em € 6,7 bilhões. A nacionalização de partes e peças das embarcações está prevista em contrato, assim como a exigência de transferência de tecnologia da França para o Brasil. Um exemplo de parceria nessa área é o da Saturnia Sistemas de Energia, que assinou acordo com o governo francês para produzir as baterias dos submarinos para a Marinha brasileira. (Págs. 1 e B1)
Foto legenda: Dois bancos, duas estratégias
Lazaro Brandão, do Bradesco, durante o anúncio de parceria com Banco do Brasil e Caixa no cartão Elo: banco também criou holding para atuar na África junto com o BB e o Banco Espírito Santo, seguindo estratégia diferente da do rival Itaú, que busca internacionalização sozinho. (Págs. 1 e C1)
Um boom na construção de hospitais privados
São Paulo e Rio, os maiores mercados para o setor de saúde no país, vivem uma corrida de investimentos para construção de hospitais privados. Nos próximos anos, cinco empreendimentos de grande porte e alta complexidade, com dois mil leitos, serão construídos no Rio, com investimentos estimados em cerca de R$ 500 milhões. Em São Paulo, os recursos ultrapassam os R$ 2 bilhões, sendo a maior parte para levantar unidades de oncologia, cardiologia, neurologia, ortopedia e hospitais-dia, onde o paciente é atendido e vai para casa no mesmo dia.
A expansão deve-se, em parte, ao fato de a população estar envelhecendo e de haver aumento no número de pessoas com planos de saúde. (Págs. 1 e B4)
Armazém Paraíba pinta o sucesso
Os políticos da cidade pernambucana de Itambé, assim como de outros municípios do Nordeste, estão tendo que disputar espaço com a rede Armazém Paraíba para divulgar seus nomes. Muros, fachadas de casas e de pequenas empresas e até barracas de ambulantes foram pintados de vermelho e amarelo com a logomarca do grupo varejista, comandado pela família Claudino, bastante influente no Piauí. Em quase todos os casos, a pintura acompanha a mensagem: "Fiado só no Armazém Paraíba".
Essa é uma estratégia do Armazém Paraíba para divulgar rapidamente seu nome nas cidades onde se instala pela primeira vez. Candidata ao posto de maior rede varejista do Nordeste, a empresa foi fundada em 1958 no município de Bacabal, no Maranhão. A rede conta hoje com 369 pontos de venda, quase todos na região. Apesar do nome, não existem unidades na Paraíba. As lojas estão espalhadas por Bahia, Pernambuco, Ceará, Tocantins, Piauí e Maranhão, os dois últimos com uma concentração maior de pontos. (Págs. 1 e B4)
Empresas brasileiras têm operações de captação de US$ 5 bi em andamento (Págs. 1 e C8)
Fed deve revisar para baixo expectativa de expansão dos EUA (Págs. 1 e A13)
Transporte ferroviário
Novo marco regulatório do setor ferroviário permitirá ao governo, por meio da estatal Valec, negociar o direito de uso da malha não utilizada pelos atuais concessionários. (Págs. 1 e A2)
Atraso histórico
O governo federal acredita que pode concluir até o fim de 2012 quatro rodovias da Região Norte do país que tiveram obras iniciadas nas décadas de 60 e 70. (Págs. 1 e A16)
MRV vai investir galpões
A MRV, maior construtora de casas populares do país, vai entrar no segmento de imóveis industriais e comerciais por meio da MRV LOG. A abertura de capital da subsidiária é uma das possibilidades. (Págs. 1 e B10)
Produção local
Empresas químicas e petroquímicas instaladas no Brasil voltam a estudar a fabricação de ácido acrílico no país. O insumo, 100% importado, destina-se à produção de tintas e fraldas descartáveis. (Págs. 1 e B10)
Pescadores de SC em greve
Cerca de 1,2 mil pescadores de Santa Catarina estão em greve há mais de uma semana para forçar a indústria a elevar o preço pago pela sardinha. As importações do pescado em conserva dispararam neste ano. (Págs. 1 e B13)
Itaú na Suíça
O Itaú Unibanco está perto de obter a licença do governo suíço para se instalar no país, onde irá atuar no segmento de gestão de fortunas. (Págs. 1 e C5)
Economia aquecida
Crescimento das vendas no primeiro semestre leva a Randon, fabricante de implementos rodoviários, ferroviários e autopeças, a projetar receita recorde de R$ 3,4 bilhões para este ano. (Págs. 1 e D11)
Ideias
Antonio Delfim Netto
Se Obama não reconstruir a confiança do setor real da economia, não há esforço público que restabeleça o nível de emprego. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Yoshiaki Nakano
A redução lenta e gradual das dívidas parece ser a saída que será adotada nos EUA e Europa e poderá levar mais de uma década. (Págs. 1 e A15)
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