A doação de recursos financeiros pelo Grupo Gerdau a um partido que tem em seu programa a destruição do capitalismo e da livre empresa mais uma vez comprova as análises do estudioso inglês Antony Sutton: que o grande capital e os radicais socialistas andam de mãos dadas.
Segundo despacho de 30/08 da repórter Sinara Sandri, da Agência Reuters, “Doação da Gerdau ao Psol abre debate ideológico na esquerda”, noticia-se que a Metalúrgica GERDAU doou R$ 100.000,00 à campanha da candidata do Psol, Luciana Genro à prefeitura de Porto Alegre. A doação, que representaria cerca de 15% de todo o orçamento da sua campanha, causou frisson entre as esquerdas, abrindo “uma batalha ideológica entre integrantes de partidos de esquerda”.
Segundo o despacho “a questão se transformou em disputa ideológica já que o financiamento de campanha é apontado como origem das práticas de corrupção e vem sendo criticado por políticos de esquerda. No caso de Luciana Genro, a doação já serve como combustível para seus adversários. ‘A Luciana era vista como alguém que não se entregava (aos interesses econômicos). Infelizmente, ela aceitou o financiamento da Gerdau’, disse Fernando Correa, assessor de imprensa do PSTU em Porto Alegre”.
Segundo o Psol, a Gerdau teria procurado a candidata para oferecer o financiamento, o que é contrariado pelo grupo empresarial que declarou à Reuters, por meio de nota, que “apoiou de forma igualitária” doando 100 mil aos “candidatos à Prefeitura de Porto Alegre que procuraram a empresa”.
Enquanto a esquerda debate se a doação – e sua aceitação - é ou não uma atitude ética, onde está a “direita”? Ah, a direita brasileira, cad’ela? Pelo andar da carruagem foi passear com a Conceição, aquela que, “se sumiu, ninguém sabe, ninguém viu!” Mas não é que a direita é representada exatamente pelo “Dr. Jorge”, como é carinhosamente chamado pelos seus pupilos ao dono do grupo, Jorge Gerdau Johannpeter?
A tal direita,
De há muito se conhece a história do financiamento das esquerdas pelos empresários. A doação dos banqueiros à campanha do Lula tornou-se pública e a razão para tal estão aos olhos de quem quiser ver: os banqueiros jamais ganharam tanto dinheiro quanto nos últimos seis anos – melhor seria dizer 14, pois FHC os beneficiou quase tanto quanto Lula, vide o vergonhoso PROER. Desde então, os bancos imperam soberanos, cobram o que querem dos correntistas.
Historicamente, nenhum movimento revolucionário conseguiu nada sem o financiamento do empresariado. No Capítulo XVI do livro O Eixo do Mal Latino-Americano (Uma aliança improvável... mas real) abordo este assunto, mas para maiores detalhes ver de Anthony C. Sutton, Wall Street and the Bolshevik Revolution (Buccaneer Bokks, NY) e The Wall Street and the Rise of Hitler (GSC Associates, San Pedro, CA).
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