17/09/2010
Sob ameaça de degola, presidente da Vale vai a Lula
Denis Balibouse/Reuters
Privatizada sob FHC, a Vale é tratada por Lula como se ainda fosse estatal. Presidente da companhia, Roger Agnelli viu-se convertido em candidato à degola.
Dissemina-se a notícia de que, eleita, Dilma Rousseff providenciaria a substituição de Agnelli. Incomodado com o zunzunzum, o executivo foi à presença de Lula.
A coluna de Monica Bérgamo resume, numa trinca de notas veiculadas na Folha, o resultado da investida de Agnelli. Leia abaixo:
- Vale futuro: Roger Agnelli, presidente da Vale, se reuniu anteontem com o presidente Lula em meio a rumores de que não seguirá no cargo num eventual governo de Dilma Rousseff (PT). Saiu com a impressão de que a degola pode ser revista. Disse a interlocutores que Lula o tratou ‘muito bem’.
- Tudo ou nada: O tratamento dispensado por Lula ‘pode não querer dizer muita coisa’, diz um conselheiro da Vale. ‘Numa hipótese, há pessoas em torno dele alvoroçadas para tirar o Roger do cargo e Lula não está nesse ritmo. Na outra, ele simplesmente está evitando marola na eleição.’ O problema de Agnelli seria outro: ele e Dilma não se bicam. E parte do PT o quer fora da Vale.
- Tradução: Lula teve contrariedade recente com Agnelli, quando ele anunciou que compraria 20 navios no exterior, e não no Brasil. Dirigente do PT diz que o presidente, apesar de tratar bem o executivo, ‘ainda está furioso’. O conselheiro da Vale afirma que o episódio foi superado. Lula entendeu que os navios brasileiros custam caro.
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Escrito por Josias de Souza às 07h27
Folha.
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(*) CANTIGA de roda (brincadeira de meninas ''nos tempos do Liceu").
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