Teotônio acredita em diálogo com Dilma
Governador reeleito diz que o Estado nunca recebeu tantos recursos, e espera manter relação que tem com Lula
01 de novembro de 2010 | 0h 00
O Estado de S.Paulo
ALAGOAS
Cativante como o pai, o ex-senador Teotônio Vilela - "o menestrel das Alagoas" -, ele, que se considera o mais mineiro dos alagoanos, disse não temer o desafio. "Provei no meu governo que, se o administrador é sério, independentemente de quem seja o presidente da República, o Estado é respeitado."
Vilela disse que seduzirá Dilma do mesmo jeito que cativou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de cuja parceria disse não ter nada a reclamar. "Se nós tivermos bons projetos, um Estado adimplente, com dinheiro para as contrapartidas, tocando as obras com ética, não haverá problema nenhum."
"Provei isso no governo Lula, que é do PT e eu do PSDB, e no entanto Alagoas nunca recebeu tantos recursos como agora", observou. Ele disse que saneou as finanças no primeiro mandato e o Estado está pronto agora para o grande salto de desenvolvimento, acompanhando o ritmo do resto do Brasil.
Prisões. Balanço divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostra que pelo menos 30 pessoas foram presas em Alagoas durante a votação, a maior parte por boca de urna, compra de voto e constrangimento ilegal. Quase todos foram liberados ontem mesmo. O dado que mais chamou a atenção foi a elevada abstenção, cerca de 26%. Houve cidades, como Anadia, a 120 quilômetros de Maceió, em que o índice de ausências chegou a 55%.
Entre os presos está o presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), o empresário Gustavo Feijó. Ele foi detido por soldados do Exército, acusado de fazer boca de urna para Lessa, no município de Boca da Mata. Ele informou ter sido detido por desacato à autoridade, mas alegou que foi vítima de abuso de poder.
Também foi presa uma das coordenadoras de campanha de Teotônio Vilela Filho, Dulce Palmeira. A polícia encontrou R$ 20 mil dentro do seu carro, que foi apreendido para averiguação. Ela alegou que o dinheiro era para pagar fiscais. Em Arapiraca, segunda maior cidade do Estado, três mulheres foram presas em um posto de gasolina, quando ofereciam combustível a eleitores em troca de voto.
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