



[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
Roberto Civita, superintendente da Editora Abril, em agosto de 1989 convidou para um jantar em sua casa o candidato a presidência da República que vinha subindo nas pesquisas, Fernando Collor de Mello. Os dois jantaram sozinhos, mas a mulher de Roberto, Laura, pode observar bem Collor, quando este foi embora ela disse ao marido: “Roberto, o Collor é louco no sentido clínico, ele não vê a realidade, vive no mundo dele”.
Passados mais de 20 anos, a cada dia mais se vê que Laura teve razão, ainda mais com seu olhar desvairado que costuma aparecer em algumas fotografias. Alguns, como sua falecida mãe, chegaram a pensar que sua doideira fosse turbinada.
Collor depois de seu retorno à política como senador (PTB-AL), foi aceito sem pestanejar pelo Presidente Lula a quem vilmente humilhara, como amigo de peito, em contrapartida Collor tornou-se defensor perpétuo das grandes trapalhadas de Lula.
No Jantar do PTB, dessa terça feira passada (16/3), Fernando Collor, com os olhos rútilos, denunciando insanidade, fez uma apoteótica saudação à ministra e candidata Dilma Rousseff, afirmando que sua candidatura é “uma coisa extraordinária”, que o presidente Lula está fazendo “uma renovação nos costumes ao escolher para sucessor uma mulher” e que “o Brasil, um país tradicionalmente machista, está prestes a eleger uma mulher presidente da República”.
Mas até loucura tem limite e Collor extrapolou, quando pedia a Dilma que tentasse uma aproximação com o presidente do partido, Roberto Jefferson, que denunciou o mensalão do PT, ao dizer:
“A senhora, que é uma mulher, tem que usar todo seu encantamento para trazer para a campanha o nosso presidente Roberto Jefferson”.
(*) Foto: Dilma exibindo todo seu encantamento
http://www.prosaepolitica.com.br/author/adriana-vandoni/
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(*) Como Uma Onda. Lulu Santos. Composição: Lulu Santos / Nelson Motta.
"Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará (...)"
http://letras.terra.com.br/lulu-santos/47132/
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MANTEGA ASSUMIRÁ CONSELHO DA PETROBRAS |
Autor(es): Cláudia Schüffner, do Rio |
Valor Econômico - 19/03/2010 |
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deverá ocupar o lugar da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na presidência do conselho de administração da Petrobras. A vaga de Mantega no conselho será preenchida por Márcio Zimmerman, que assumirá interinamente o Ministério das Minas e Energia com a saída de Edison Lobão. É a primeira vez na administração do presidente Lula que o ministro da Fazenda assume o posto. Desde o início do governo, Dilma, que era ministra das Minas e Energia, ocupa o cargo. Hoje ela deve presidir a reunião que vai aprovar e divulgar o balanço de 2009 da estatal. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve assumir a presidência do conselho de administração da Petrobras no lugar da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Mantega já é membro do conselho da estatal e será o primeiro ocupante da pasta da Fazenda a acumular esse cargo no governo Lula. O anterior, Antonio Palocci, era apenas conselheiro da estatal. Dilma, que desde janeiro de 2003 preside o conselho da Petrobras (entrou quando era ministra de Minas e Energia), deve permanecer até a próxima reunião do conselho, em 16 de abril, quando já deverá ter lançado sua candidatura à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A vaga de Mantega no conselho deve ser preenchida por Márcio Zimmerman. Atual secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Zimmerman será ministro interino com a saída de Edison Lobão, que é senador do PMDB (MA) e que deverá se descompatibilizar para concorrer à reeleição. Uma cerimônia para marcar a posse dos ministros e a transmissão dos cargos vai acontecer em Brasília no dia 1º de abril. Márcio Zimmerman é ligado ao PT e muito próximo da ministra Dilma. O conselho da Petrobras é formado ainda pelo presidente da companhia, José Sergio Gabrielli; por Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau; o empresário Jorge Gerdau Johannpeter; o presidente do Santander no Brasil, Fabio Barbosa; o ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Sérgio Franklin Quintella; e o general da reserva Francisco Roberto de Albuquerque. A Petrobras divulga hoje o balanço de 2009. Inicialmente a divulgação aconteceria em 26 de fevereiro, mas foi adiada na véspera por problemas de agenda dos conselheiros, que têm de se reunir para aprovar os números. Cogitou-se que o problema teria sido a impossibilidade de Dilma comparecer à reunião, o que não foi confirmado pela estatal. Os analistas esperam lucro de R$ 7,4 bilhões a R$ 7,5 bilhões no quarto trimestre. |
LULA: "O CONGRESSO QUE RESOLVA" |
Autor(es): Agencia O Globo/Eliane Oliveira e Gustavo Paul AMÃ |
O Globo - 19/03/2010 |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que é do Senado a responsabilidade de resolver a guerra federativa patrocinada pelos deputados com a chamada emenda Ibsen, que redivide toda a renda do petróleo, inclusive a já paga hoje, retirando cerca de R$ 7 bilhões da economia do Rio. Lula disse que alertou no ano passado, quando do envio dos projetos do marco regulatório do pré-sal ao Congresso, para o risco de se fazer gracinha com o tema em ano de eleição.
Cabral: Senado tem que corrigir erro A estratégia do Planalto é tirar do colo do presidente a responsabilidade do veto que tem custo político imenso e forçar a negociação no Senado. Se Lula se comprometer publicamente com o veto à emenda, explicam seus auxiliares, acaba-se com qualquer chance de os senadores buscarem um acordo político que permita uma distribuição mais equilibrada das riquezas do petróleo, evitando ainda uma batalha judicial pela inconstitucionalidade da emenda Ibsen. Ibsen: Rio manifestou apoio ao golpe de 64 Ibsen, em entrevista no rádio, criticou a manifestação que reuniu 150 mil pessoas no Rio, afirmando que nem toda passeata é do bem: O Rio já fez uma passeata para apoiar o golpe de 64. Oswaldo Cruz foi muito vaiado e xingado na ruas do Rio na batalha contra a varíola. É preciso perceber que o Brasil inteiro apoia uma mudança do sistema de distribuição dos royalties. Na Câmara, 24 bancadas votaram unanimemente pela mudança. |
Entrevista - Guillermo Fariñas Hernández |
Autor(es): # Rodrigo Craveiro |
Correio Braziliense - 19/03/2010 |
Minha mãe e meu pai falecido me ensinaram que, acima de qualquer afeição, está o amor à pátria”
Lula demonstrou que suas afinidades ideológicas estão acima da vida dos seres humanos”. ----------------- (*) Los Hermanos. (Atahualpa Yupanqui letra - Pablo Del Cerro música); (Milonga). Yo tengo tantos hermanos que no los puedo contar. En el valle, la montaña, en la pampa y en el mar. Cada cual con sus trabajos, con sus sueños, cada cual. Con la esperanza adelante, con los recuerdos detrás. Yo tengo tantos hermanos que no los puedo contar. Gente de mano caliente por eso de la amistad, Con uno lloro, pa llorarlo, con un rezo pa rezar. Con un horizonte abierto que siempre está más allá. Y esa fuerza pa buscarlo con tesón y voluntad. Cuando parece más cerca es cuando se aleja más. Yo tengo tantos hermanos que no los puedo contar. Y así seguimos andando curtidos de soledad. Nos perdemos por el mundo, nos volvemos a encontrar. Y así nos reconocemos por el lejano mirar, por la copla que mordemos, semilla de inmensidad. Y así, seguimos andando curtidos de soledad. Y en nosotros nuestros muertos pa que nadie quede atrás. Yo tengo tantos hermanos que no los puedo contar, y una novia muy hermosa que se llama ¡Libertad! ----- http://www.letras.com.br/atahualpa-yupanqui/los-hermanos ----- |
Presos reclamam de tratamento | ||||
Autor(es): # Lilian Tahan | ||||
Correio Braziliense - 19/03/2010 | ||||
Não é só José Roberto Arruda que quer o benefício de ser preso em casa. Outros acusados de participar da suposta tentativa de suborno de uma testemunha-chave na Operação Caixa de Pandora também pedem a transferência. Em ação assinada pelos advogados de Antônio Bento, Haroaldo Brasil e extensiva aos outros detidos na Papuda — Geraldo Naves, Weligton Moraes e Rodrigo Arantes —, a defesa se apega a dois argumentos na tentativa de livrar os suspeitos do cárcere. Um deles, as instalações das celas, que, segundo os representantes legais, não reúnem condições mínimas de permanência. O outro traça um paralelo de desvantagem em relação à situação de Arruda e dos outros investigados no próprio processo. Às 11h da última terça-feira, os advogados entraram com o pedido de prisão domiciliar no Supremo Tribunal Federal (STF). No conteúdo do habeas corpus, descrevem algumas das “precariedades” constatadas em visitas aos clientes. Entre elas, os advogados apontam que falta ventilação na cela, relatam que a comida é péssima, afirmam que a água consumida é de torneira e ainda alegam que seus clientes estão sendo vítimas de “violência psicológica”. Acusam um agente conhecido por Nascimento de expor os presos a constrangimento. Em uma comparação à situação de Arruda, preso em sala da Superintendência da Polícia Federal, os advogados protestam: “Arruda não está exposto ao constrangimento pessoal experimentado pelo paciente cujos algozes arrotam ‘quem manda aqui sou eu e que vocês aqui fazem o que eu mando’”. No processo, os advogados alegam que as palavras foram ditas pelo agente Nascimento e que o assunto foi comunicado por telefone ao Delegado Gerson Miller, o segundo na hierarquia da Superintendência da Polícia Federal no DF. Outras condições específicas sobre a situação de Arruda, como o fato de ele receber a visita da mulher, Flávia Arruda; a permissão para que ela leve o almoço dele; e o acesso a ar-condicionado, mesa e cama também são motivos de desgosto para os detentos na Papuda. Além do mais, “Arruda não sofre ameaças de cortarem os seus cabelos, não tem limitação de visitas dos familiares e horários”. Diferença de tratamento que não se justifica, como argumentam os advogados, na legislação (leia o que diz a lei). Celas Os cinco acusados de ajudar Arruda na suposta tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra ficam alojados em duas das quatro celas do CPD, para onde são levados presos com algum tipo de privilégio, seja pela prerrogativa do cargo, seja pelo nível de escolaridade. Em cada um dos ambientes, podem ser alojados até cinco presos. Mas, em geral, eles são acomodados de dois em dois, dependendo do período. Desde que foram presos, em 11 de fevereiro, quatro dos cinco “pandoras”, como são chamados na Papuda, chegaram a ocupar uma mesma acomodação. “Eles usam o banheiro sem nenhuma privacidade e, como não há ventilação adequada, às vezes fica um mau cheiro insuportável”, alega o advogado Pedro Barreto, que representa Antonio Bento e Haroaldo no processo de tentativa de suborno, e é o representante legal de Weligton Moraes no inquérito da Caixa de Pandora. Barreto tem ido com frequência às dependências do CPD na Papuda para se reunir com os clientes. O advogado relata que as conversas só são possíveis por meio de um parlatório, que separa por vidro o preso do advogado. Nos primeiros dois dias de cárcere, os acusados foram algemados a um gancho acoplado à parede de vidro para falar com seus representantes legais. Sob o argumento de que não haveria condições de fuga e de que a lei estabelece casos específicos para o uso das algemas, os agentes responsáveis pelo CPD autorizaram a dispensa das algemas. Mas eles continuam a se comunicar por meio do parlatório, o que virou motivo de reclamação formal junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na manhã de ontem, o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, e o chefe da Ordem no DF, Francisco Caputo, foram até a Papuda para investigar as denúncias de um suposto desrespeito às prerrogativas dos advogados e para checar também as condições de instalação dos presos no CPD. (leia texto abaixo). De acordo com a Polícia Federal, os presos no âmbito do Processo nº 622, que investiga a tentativa de suborno cuja liderança é atribuída a Arruda, são tratados “sob os mesmos procedimentos adotados em relação aos presos federais” e que os “todos os direitos de advogados e detentos são cumpridos”. No habeas corpus protocolado primeiro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 17 de fevereiro, e mais recentemente no STF, os advogados pedem que uma comissão de direitos humanos designada pela Justiça faça uma vistoria nas dependências da Papuda onde se encontram os “pandoras”. O QUE DIZ A LEI De acordo com o artigo nº 295 do Código Penal, alterado posteriormente pela Lei Federal nº 10.258, de julho de 2001, a cela especial poderá consistir em alojamento coletivo se forem atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência humana. Ainda de acordo com a legislação, quem tem direito à prisão especial deve ficar devidamente separado da prisão comum, como ocorre no CDP da Papuda. -------------------- |
Arrocho de R$ 21,8 bi para pressionar o BC | ||||
Autor(es): # Luciana Otoni | ||||
Correio Braziliense - 19/03/2010 | ||||
Num esforço para transmitir uma mensagem de rigor nas contas públicas em um contexto de ameaça de elevação dos juros básicos da economia (Selic), o governo anunciou ontem cortes de gastos de R$ 21,805 bilhões em diversas áreas da administração. Foi o maior arrocho nas verbas do Orçamento nos mais de sete anos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A restrição abrangerá investimentos em obras de infraestrutura, contratação de servidores, realização de concursos, negociação de acordos salariais ainda em aberto, despesas com custeio da estrutura federal e emendas de parlamentares. A meta é preservar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os programas sociais, em especial os das áreas de saúde e educação. A decisão de restringir o Orçamento de 2010 foi determinada pelo presidente Lula e comunicada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, um dia depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidir, por cinco votos a três, manter a taxa Selic em 8,75% ao ano, adiando para abril o aperto nos juros, como prevê todo o mercado financeiro. Questionado sobre se o bilionário corte de gastos poderia amenizar o arrocho monetário no mês que vem, Bernardo desconversou. “A orientação do presidente é para que voltemos a tratar com rigor a questão fiscal. Portanto, vamos trabalhar duro para cumprir a meta fiscal”, afirmou. “Há muito ruído no mercado para que a política de juros se torne mais rigorosa e mais dura, e isso são interpretações. A inflação está controlada e o BC demonstrou que não se deixa pressionar pelos boatos do mercado”, complementou o ministro, referindo-se à decisão do Copom de adiar a elevação da taxa Selic para o próximo mês. Critérios O corte de despesas leva em conta três critérios: a revisão para baixo da estimativa das receitas tributárias (o valor passou de R$ 557,7 bilhões para R$ 529,6 bilhões); o aumento da meta de superavit primário, que é a economia no orçamento para pagar parte dos juros da dívida pública (o valor subiu de 2,50% do Produto Interno Bruto em 2009 para 3,3% em 2010, o que significa um ajuste de R$ 113 bilhões); e a ampliação em R$ 3,9 bilhões na projeção de rombo nas contas da Previdência Social para 2010, agora recalculado para R$ 47,2 bilhões. O secretário adjunto da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), George Soares, explicou que a Lei Orçamentária votada no Congresso projetava uma receita de R$ 557,7 bilhões, numa perspectiva mais otimista, na qual se previa expansão do PIB em 2009. O que ocorreu, na realidade, foi uma queda de 0,2%. Com isso, informou, caiu a previsão de recolhimento do Imposto de Renda, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Com a elevação da meta de superavit primário, o governo decidiu cumprir um percentual maior que os 2,5% de 2009, um ano em que o resultado foi afetado pela crise. Haverá uma necessidade maior de aperto nas contas públicas porque o governo não pretende descontar da meta o valor gasto com os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2010, como fez no ano passado. Ou seja, o governo terá de economizar R$ 113 bilhões sem poder abater R$ 33,5 bilhões de despesas com as obras públicas de infraestrutura, o que é permitido pela legislação fiscal. “Com uma meta maior, preferimos ser conservadores agora porque, se houver algum erro, queremos uma margem para consertar”, comentou o ministro. A ampliação do deficit da Previdência considera o reajuste nos benefícios dos aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo. A despeito da mensagem de rigor e conservadorismo na liberação de dinheiro (1)público, na prática, se a arrecadação aumentar ao longo do ano, o governo pode rever o plano de contenção de R$ 21,805 bilhões e liberar os gastos na segunda metade do ano. Foi esse o procedimento adotado em 2009 para estimular a economia a sair da recessão. No ano passado, o Ministério do Planejamento anunciou cortes de R$ 21,4 bilhões, mas acabou liberando todos os valores previstos para os ministérios no fim do ano. Essa é a aposta do analista em contas públicas Amir Khair. Para ele, a receita com tributos reagirá nos próximos meses. De fato, nas estimativas do governo (veja quadro abaixo), a previsão de expansão da economia para este ano passa de 5% para 5,2%. “O fator de ajuste das contas públicas será a arrecadação e não a despesa. A receita com tributos vai bombar e, à medida que isso se confirme, o governo liberará verbas”, avaliou. Na análise do consultor, a arrecadação será alta o suficiente para aumentar a carga tributária. 1 - Lei eleitoral Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o impedimento para gastos em investimentos em anos eleitorais se limita aos convênios entre os entes da Federação, em geral transferências voluntárias da União para estados e municípios. De acordo com a lei, esses repasses de recursos somente podem ser autorizados até 3 de julho, três meses antes da eleição presidencial deste ano. Em compensação, não há restrições para a liberação de dinheiro do Orçamento para obras exclusivas do governo federal. Liberação a conta-gotas - (Em R$ bilhões) Redução da receita líquida - 17,773 Impacto na despesa - 0,064 Aumento na previsão de deficit da Previdência - 3,968 Total - 21,805 Fonte: Ministério do Planejamento Investimentos serão afetados Os cortes de R$ 21,805 bilhões atingirão os investimentos públicos federais. A orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que sejam preservadas apenas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que representam a maior parte da carteira de projetos. Ao anunciar a suspensão dos recursos, o Ministério do Planejamento informou que a previsão total de investimentos no Orçamento, o que não inclui as despesas feitas pelas estatais federais, é de R$ 62,550 bilhões. Desse montante, R$ 33,5 bilhões correspondem ao PAC. Uma avaliação preliminar indica que a tesoura do governo tende a avançar principalmente sobre as emendas parlamentares, que são os pequenos e médios investimentos incluídos no projeto do Orçamento ainda durante a fase de votação no Congresso. Essas inserções não serão canceladas em sua totalidade, mas passarão por um crivo do Planejamento, o que deve envolver negociações entre o Palácio do Planalto e a base do governo na Câmara e no Senado. Pequenas despesas Outra indicação de corte, conforme informou a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), são as despesas de custeio, que abrangem uma série de pequenas despesas como passagens aéreas, diárias em hotéis, contratação de serviços terceirizados e algumas compras governamentais. O detalhamento das restrições por ministérios será feita nos próximos dias e constará de um decreto a ser publicado no Diário Oficial da União até o fim do mês. (LO) |
Pyongyang faz plano brasileiro fracassar na ONU |
Autor(es): Jamil Chade |
O Estado de S. Paulo - 19/03/2010 |
A estratégia do Brasil de poupar regimes autoritários e criar condiçõesde diálogo com países que promovem graves violações de direitos humanos sofreu um ontem um duro revés e mostrou todas as suas limitações. Em Genebra, a Coreia do Norte rejeitou todas as sugestões do Brasil e de outros governos para promover a melhora da situação dos direitos humanos. Pyongyang se recusou até mesmo a afirmar se aceitava ou não as propostas e só indicou que "tomava nota" das ideias. Para ONGs, aconfusão de deve servir de lição para o Brasil, que já admite mudar deposição pelo menos em relação à Coreia do Norte. O Itamaraty, em 2009, absteve-se numa resolução apresentada na ONU que condenava as violações aos direitos humanos pelo regime da Coreia do Norte e estabelecia um relator especial para investigar o país. Na época, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, poupou a Coreia do Norte explicando que o Itamaraty se absteria como forma de dar "uma chance" ao governo asiático. Naquele momento, o Brasil estava prestes a abrir uma embaixada em Pyongyang, o que acabou ocorrendo poucos meses depois. O argumento do Brasil é o de que todo debate sobre direitos humanos deveria ocorrer durante o Exame Periódico Universal da ONU, uma espécie de sabatina à qual todos os governos devem se submeter. O Itamaraty aposta no mecanismo como forma de superar osc onfrontos e não precisar tomar posições de princípios contra regimes autoritários, mas que serão fundamentais para as aspirações políticas brasileiras pelo mundo. A promoção do diálogo é a posição que o Brasil defende em relação ao Sri Lanka, Irã, Cuba, Mianmar e Sudão. O Itamaraty oficialmente alega que essa seria a forma de garantir que governos não sejam apenas acusados e haja, portanto, uma cooperação para a promoção dos direitos humanos. Ontem, porém, a estratégia brasileira fracassou. A Coreia do Norte já havia recusado 50 propostas de diversos governos em dezembro, mesmo diante da constatação da ONU que o país vive uma situação de "violações endêmicas". Pyongyang rejeitou acabar com execuções, tortura, campos de trabalho forçado e aceitar a entrada da ONU no país. Os norte-coreanos se recusaram a acabar com a pena de morte, pedido específico do Brasil. Para o embaixador norte-coreano na ONU, Rê Tcheul, essas recomendações tem como objetivo fazer cair o regime de seu país. "Elas têm como base oódio e a motivação política. Na Coreia do Norte, temos uma situação política estável e todos estão unidos ao redor de nosso grande líder", disse. "Não há discriminação em nosso país e todos têm liberdade",afirmou. Segundo ele, os problemas enfrentados pelo país são decorrência de desastres naturais nos anos 90, da ocupação militar do Japão décadas atrás, das sanções existentes contra o país e da Guerrada Coreia nos anos 50. Ontem, as restantes 117 propostas que ainda precisam ser debatidas nem sequer tiveram uma resposta do governo. Ri limitou-se a dizer que "tomava nota" das recomendações. |
19 de março de 2010
O Globo
Dois palanques, duas medidas
A superação que faz diferença
Corte no Orçamento chega a R$ 21,8 bi
Celular agora terá que vir desbloqueado
PM assaltante entrou em UPP pela Justiça
Brasil agora quer Síria no xadrez da paz
Plano de direitos humanos pode acabar no STF (págs. 1 e 19)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Acerto entre empreiteiras envolveu até prédio da PF
Foto legenda: Altas horas
Congonhas ignora ordem sobre limitação de voos
Lula leva multa por campanha a favor de Dilma
Plano de Marina prevê frota de táxi elétrico no país
Asiáticos acertam parcerias para a licitação do trem-bala
Barbara Gancia: Santo Daime é para povos da floresta, não para urbanoides
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Arrecadação sobe, mas governo decide bloquear verbas
TSE multa Lula em R$ 5 mil por campanha
Mulheres desafiam regime cubano
Brasil sofre revés na ONU em sua defesa de ditaduras
Amorim vai à Síria a pedido de Israel
Aula noturna de direção vale em maio
Anatel: desbloqueio de celular será gratuito (págs. 1 e Negócios B16)
Mosquito transgênico imuniza a vítima (págs. 1 e Vida A19)
Desaprovação a Obama supera aprovação (págs. 1 e Internacional A16)
Marcos Sá Correa: O futuro esteve aqui
Notas & Informações: Pensamento mágico
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Jornal do Brasil
Manchete: Perda com ICMS é maior do que com os royalties
Subida de Dilma era "previsível"
Coisas da política
Informe JB
Sociedade Aberta
Sociedade Aberta
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Correio Braziliense
Manchete: STJ nega prisão em hospital a Arruda
Contas públicas: União enxuga orçamento para segurar alta de juros
Salários: GDF fecha reajuste de 33% a PMs e bombeiros
Cuba: Dissidente diz que Lula é cúmplice de opressão