


[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
A senadora e pré-candidata Marina Silva participa de evento em SP.
Declaração de Dilma a respeito de 'medo da luta' gerou debate.
"Todos aqueles que saíram do Brasil, não fugiram. Eles fizeram um ato de legítima defesa da sua vida porque é assim que cada pessoa faz quando se sente ameaçada."
A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, disse, nesta segunda-feira (12), que as pessoas que se exilaram durante a ditadura militar fizeram a “legítima defesa” de suas vidas ao deixar o país e que não são fugitivos.
A senadora deu as declarações ao ser questionada sobre o fato de a ex-ministra Dilma Rousseff ter dito, no sábado (10), que não tem "medo da luta”.
“Tenho uma visão dessa questão até inspirada na ministra Dilma. Quando o senador Agripino Maia (DEM-RN) insinuou que ela era mentirosa, ela fez uma fala que foi comovente para todos nós. Ela disse que era muito fácil dizer a verdade quando se é torturado. Difícil era mentir e não entregar seus companheiros. Então, inspirada nisso, [digo que] todos aqueles que saíram do Brasil, não fugiram. Eles fizeram um ato de legítima defesa da sua vida porque é assim que cada pessoa faz quando se sente ameaçada”, disse Marina, ponderando que não sabe em que contexto Dilma falou.
Marina Silva, que participou de um seminário em São Paulo, disse ainda que está fazendo uma "cruzada" para promover o debate na campanha eleitoral e afirmou que, quando um candidato "alfineta" o outro, diminuem as possibilidades de discussão profunda dos temas.
Dilma se explica no Twitter
“Acredito que não estivesse se referindo a mim. O próprio Leonel Brizola, que era o chefe do partido da Dilma, foi exilado porque se ficasse no Brasil ia ser preso. Há muitos companheiros de partido da Dilma que também foram exilados por esse motivo. Por isso, não entendi essa declaração porque seria um desrespeito a várias pessoas”, disse, em uma entrevista nesta segunda. A ex-ministra foi filiada ao PDT de Brizola antes de ingressar no PT.
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http://g1.globo.com/Noticias/Politica/
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Ele estava preso desde 11 de fevereiro na Superintendência da PF.
STJ ordenou a liberação do ex-governador do Distrito Federal.
Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília
Veja vídeo da suposta tentativa de suborno de testemunha do mensalão do DEM
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda deixa a superintendência da Polícia Federal abraçado com sua esposa, Flávia Arruda, no banco de trás de uma pickup (Foto: José Cruz/ABr)
Liberdade
O placar da votação do STJ nesta segunda foi de 8 votos pela liberdade contra 5 pela manutenção da prisão. Dos 15 membros que compõem a Corte Especial, dois ministros não comparecerem ao julgamento. Além de Arruda, outras cinco pessoas que estão no presídio da Papuda supeitos de envolvimento com o escândalo também devem ser soltas.
No dia 16 de março, Arruda perdeu o mandato por infidelidade partidária por decisão do Tribunal Regional Eleitoral. O ex-governador e seus advogados decidiram não recorrer da decisão, o que paralisou a análise dos pedidos de impeachment que corriam contra ele na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
‘Arruda vai respirar’
“Arruda vai respirar, rever a filha, a família e cuidar de reorganizar a sua existência. Ele quer o retorno da sua paz, da sua saúde que perdeu no cárcere. Ele quer voltar a sua família. Ele prefere o sossego para enfrentar com segurança na Justiça as acusações que possam surgir”, afirmou Nélio Machado.
Ao longo de dois meses, os advogados de Arruda tentaram de todas as formas obter a liberdade dele. Alegaram problemas de saúde, falta de condições dignas para sua prisão na superintendência da PF, sua incapacidade em interferir nas investigações e até fizeram com que o então governador desistisse de tentar manter-se no cargo. Todos os pedidos, inclusive o de prisão domiciliar, haviam sido rejeitados pelo STJ.
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http://g1.globo.com/Noticias/
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Brasília (10) - Aclamado por uma platéia entusiasmada que o aplaudiu de pé, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve que esperar alguns instantes para iniciar seu discurso. Segundo ele, nestas eleições, o Brasil vai ter que escolher "entre os que difamam o passado e os que querem construir um país e seu futuro". E emendou: "Não queremos um Brasil com ódio."
Fernando Henrique disse que, nos últimos tempos, viajou pelo país em busca de obras do atual governo: Mas revelou: "Não encontrei a transposição do rio São Francisco, o biodiesel, a Transnordestina e as moradias populares." E alfinetou: "Nós cumprimos o que prometemos. O que se faz hoje, foi plantado no nosso governo e nas administrações anteriores. As pessoas precisam de coisas simples e que funcionem." Fernando Henrique ainda fustigou a corrupção na atual administração federal afirmando que "o país quer lei, quer respeito e quer malandro na cadeia".
Fernando Henrique disse ainda que hoje o Brasil tem uma enorme necessidade de promover uma "revolução na educação" que conduza o país a uma transformação maior ainda que, segundo ele, será " a revolução humana".
Ao falar sobre Serra, de forma descontraída, Fernando Henrique começou lembrando que conheceu o pré-candidato no exílio, no Chile, no final da década de 60: "O Serra tinha o olhar esbugalhado, que ele sempre teve, e ainda era cabeludo, meu Deus."
O ex-presidente destacou as qualidades de administrador de Serra, assegurando que ele é "o construtor do futuro". FHC lembrou que, como governador de São Paulo, Serra implantou duas linhas de metrô e impulsionou as obras de saneamento básico. Além de mudar a condição da educação e da saúde no estado mais importante do País.
Fernando Henrique também não poupou elogios ao ex-governador Aécio Neves, a quem chamou de "o futuro do Brasil". Neste momento, a platéia começou a gritar em coro: "Vice, vice".
E concluiu: "Venceremos. Chegou a hora."
Ouça discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Fonte: Agência Tucana
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https://www2.psdb.org.br/interna/index.php
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Autor(es): Denise Rothenburg | ||||
Correio Braziliense - 13/04/2010 | ||||
Visita de Dilma ao estado servirá para o PT medir apoio à ex-ministra, mas pode decretar racha com o PSB, que se sentiu afrontado
Pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, o deputado Ciro Gomes (CE) comentou com amigos que a visita da presidenciável petista, Dilma Rousseff, ao Ceará ontem foi uma provocação. Isso porque, com tantos estados para ir, ela escolheu justo aquele onde o PSB faz política e está em litígio com o PT por conta da composição da chapa ao governo estadual. A irritação de Ciro está numa ascendente desde o início do mês, quando aumentaram as pressões do PT para que o PSB retire a sua candidatura. Na última sexta-feira, ele afirmou que o comportamento do PT “beira o criminoso”, mas que ele está resistindo e não vai retirar a sua candidatura ao Palácio do Planalto. O PSB, no entanto, não tem mais tanta certeza assim. O partido soube que a visita de Dilma ao Ceará foi decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra a avaliação até mesmo da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), que concordava em adiar a viagem da ex-ministra para depois que a relação PT-PSB estivesse mais clara. Lula discordou. A ideia do presidente em mandar Dilma ao Ceará foi justamente para ver se consegue desidratar Ciro Gomes na sua base e deixar claro de uma vez por todas que o Planalto tem apenas um candidato a presidente da República: Dilma. Lula está certo de que pode emplacar sua candidata no primeiro turno — inclusive disse isso num no ABC paulista, no sábado. Mas, para isso, quer o deputado socialista fora da disputa. Nessa fase da pré-campanha, onde Dilma pisa logo depois chegam os pesquisadores para detectar pontos fortes e fracos da visita, uma vez que a pré-candidata se desdobra em entrevistas nas rádios. Dessa vez, eles querem saber se o eleitor de Ciro gostou da ministra e se, na hipótese de Ciro não ser candidato, eles votariam em Dilma. Se as respostas forem favoráveis à candidata petista, a pressão do PT sobre o PSB aumentará. Frangalhos Embora o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, tenha dito que seu partido não deixará de apoiar a reeleição do governador Cid Gomes, a relação entre o PT e o PSB no Ceará está em frangalhos. O PT quer indicar o vice na chapa de Cid e, ao mesmo tempo, garantir uma das vagas ao Senado para o deputado José Pimentel, ex-ministro da Previdência Social. O PSB considera que a vaga de vice de Cid está de bom tamanho para o PT, já que Ciro e Cid Gomes têm uma relação histórica com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e planejam fechar uma coligação branca para ajudar a reeleger o senador tucano. Ontem, por exemplo, Tasso deu declarações de solidariedade a Ciro. “A visita de Dilma é uma provocação a ele. Mas é bom ela vir aqui, porque pelo menos fica sabendo o que é o Ceará”, disparou o tucano. O PT cearense não aceita essa relação dos irmãos Gomes com os tucanos e ameaça até mesmo romper a aliança com Cid Gomes. Em Brasília, deputados do PSB não duvidam que esse racha ocorra e a ordem é tentar juntar os cacos da relação entre os dois partidos. O PSB tem hoje oito candidatos a governador, dos quais cinco já estão certos: Cid Gomes, no Ceará; Wilson Martins, no Piauí; Iberê Ferreira, no Rio Grande do Norte; Ricardo Coutinho, na Paraíba; e Eduardo Campos, em Pernambuco. Mas a legenda ainda está na dúvida se saem candidatos Renato Casagrande, no Espírito Santo; Beto Albuquerque, no Rio Grande do Sul; e Paulo Skaf, em São Paulo. Nesses três últimos casos, as candidaturas vão contra os planos petistas, assim como a candidatura de Ciro Gomes atrapalha a ideia de Lula de resolver tudo no primeiro turno. Só que, avisam os socialistas: se Lula continuar mandando Dilma provocar Ciro, é bem provável que ela perca parte do apoio do PSB. O número 8 Quantidade de pré-candidatos do PSB a governos estaduais Ânimos acirrados Josie Jeronimo Especial para o Correio A suposta referência de Dilma Rousseff (PT), que teria tachado o período de exílio do pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra, como uma “fuga”, acirrou os ânimos dos competidores na corrida presidencial. A senadora Marina Silva (PV-AC), adversária de Serra e de Dilma na disputa, censurou o discurso da petista, que enalteceu como qualidade política o fato de não ter “medo da luta”, apesar de “apanhar, sofrer, ser maltratada” e de “nunca abandonar o barco”. Dilma foi torturada na década de 1970, durante a ditadura militar, e Serra recorreu ao exílio político no início do golpe. “A legítima defesa da vida, da integridade e da dignidade daqueles que, com dor e sofrimento, saíram de seu país para rumos indefinidos, não é fuga. Eu não sei o contexto em que a (ex) ministra falou, mas os exilados políticos não são fujões”, criticou Marina. José Serra, por sua vez, lembrou que aliados de Dilma também estiveram na condição de exilados. “O próprio Leonel Brizola, que era chefe do partido da Dilma, foi exilado. Não entendi direito a declaração, porque ela seria um desrespeito a toda essa gente.” A ex-ministra utilizou sua página no Twitter para responder os rivais. “Grandes amigos meus só tiveram uma saída na ditadura: se exilar. Querer dizer que eu os critiquei só pode ser má-fé.” |
Lula confirma aviso sobre o mensalão | ||||
Autor(es): Alana Rizzo e Tiago Pariz | ||||
Correio Braziliense - 13/04/2010 | ||||
Em documento enviado ao STF, presidente admite que soube, durante conversa com o ex-deputado Roberto Jefferson em 2005, do pagamento a deputados aliados
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula admitiu pela primeira vez que teve conhecimento do mensalão durante reunião com o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), no primeiro semestre de 2005. No Ofício nº 57/2010 encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, incluído na Ação Penal nº 470, que investiga o repasse financeiro a partidos da base aliada, Lula também reconheceu a possibilidade de ter sido feito um acordo financeiro entre o PT e o antigo PL (hoje PR) na campanha eleitoral de 2002. No documento, Lula gasta o maior número de linhas para explicar o encontro com Jefferson. Limita-se a fazer um relato da reunião, na presença dos ex-ministros Aldo Rebelo, Walfrido dos Mares Guia, e dos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), José Múcio Monteiro (PTB-PE) e o próprio Jefferson. Lula disse que foi feita uma menção ao assunto “repasse de dinheiro para integrantes da base aliada do governo federal na Câmara dos Deputados”. Posteriomente, o presidente disse que foi informado de uma reportagem publicada no Jornal do Brasil em 2004 que resultou na abertura de dois procedimentos na Câmara, um deles teria sido enviado ao Procurador-Geral da República. Detalhes específicos do encontro ou sua reação no momento foram poupados pela defesa. Essa pergunta de número 22 desdobrou-se em outras três. Duas não tiveram resposta por Lula ter considerado “prejudicada”. E, na outra, disse não se lembrar de ter tomado conhecimento do “mensalão” por outra pessoa que não Roberto Jefferson. Na questão 28, quando o Ministério Público Federal (MPF) especifica a pergunta sobre se o PT repassava dinheiro aos aliados, o presidente disse não ter tido conhecimento, somente por meio da imprensa. Lula negou ter conversado sobre o esquema antes da eclosão do escândalo com os principais envolvidos —o deputado cassado José Dirceu, o ex-tesoureiro Delúbio Soares, o ex-presidente da legenda José Genoíno (SP), o ex-secretário-geral Silvio Pereira e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha. O presidente, porém, joga para a antiga direção partidária a responsabilidade por acordos com o PL. “Acredito que as questões financeiras ou de mútuo apoio eleitoral foram tratadas pelas respectivas direções dos partidos”, respondeu o presidente à pergunta 10 do MPF, que elaborou 33 questões: “Em termos financeiros, no que concerne à relação que seria estabelecida entre o PL e o PT durante a campanha eleitoral, qual foi a configuração final do acordo?” Segundo o antigo presidente do PL deputado Valdemar Costa Neto (SP), o acordo eleitoral em 2002 só saiu porque o PT comprometeu-se a repassar R$ 10 milhões à campanha com aval de Lula numa reunião, em Brasília, que ocorreu no apartamento do deputado Paulo Rocha (PT-PA). O dinheiro foi pago em parcelas no total de R$ 6,5 milhões, depois que o governo havia sido formado. O presidente confirma ter havido essa reunião na fase final da formação de chapa. “Recordo-me de estarem presentes ao menos o vice-presidente José Alencar e os presidentes do Partido Liberal e do Partido dos Trabalhadores e de que a reunião transcorreu de forma amistosa”, escreveu Lula em resposta à pergunta 9.1. O presidente nega, no entanto, que tenha sido informado por Valdemar do empréstimo para financiar a campanha. Lula acaba também com uma antiga dúvida durante o escândalo. Ele foi explícito ao negar ter conhecido o publicitário Marcos Valério, considerado operador do mensalão, e também rejeitou um suposto encontro na Granja do Torto. Acordo Nas 15 páginas de respostas, Lula também desconhece qualquer ilícito em relação à votação da reforma da Previdência. Segundo ele, foi fruto de acordo com os 27 governadores. Na linha das respostas da presidenciável e ex-ministra Dilma Rousseff e do deputado Antonio Palocci (PT-SP), Lula afirmou não ter havido nenhum pedido para qualquer tipo de vantagem durante as votações no Congresso. O presidente respondeu “não sei” às questões 13 e 14 sobre o tamanho da dívida remanescente do comitê de campanha de 2002 e ou com o marqueteiro Duda Mendonça. Lula preferiu adotar a mesma estratégia dos petistas durante o escândalo: jogou no colo de Delúbio Soares a responsabilidade pelas negociações. O ministro Joaquim Barbosa recebeu o documento da Casa Civil na última quinta-feira e ainda não analisou as respostas. As defesas terão um prazo para se manifestar. O número 39 Quantidade de réus no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal Sem ajuda a Dirceu O presidente Lula não se comprometeu com a defesa do deputado cassado José Dirceu (PT) no processo do mensalão, que corre no Supremo Tribunal Federal. Em resposta encaminhada ao ministro Joaquim Barbosa, Lula não soube detalhar se Dirceu tratou de dinheiro na campanha de 2002. “Não sei se tratava de assuntos financeiros diretamente”, respondeu o presidente a uma das questões elaboradas pelo MPF. Segundo denúncia feita pelo então presidente do PL (hoje PR), deputado Valdemar Costa Neto (SP), Dirceu deu aval ao acordo de R$ 10 milhões que seriam repassados pelo PT durante a campanha. Em 26 de março, o Correio mostrou que José Dirceu queria o aval de Lula na sua defesa no STF. O presidente apenas corroborou a informação que Dirceu deixou de ter papel direto na legenda quando ele se tornou chefe da Casa Civil no começo do governo. “Creio que José Dirceu se afastou da administração interna do PT antes de ter assumido o cargo de ministro”, respondeu. O presidente jogou para o partido a responsabilidade de ter indicado Dirceu, Delúbio Soares e o deputado João Paulo Cunha, respectivamente coordenador, tesoureiro e coordenador do grupo de trabalho eleitoral em 2002. “A decisão referente à estrutura da campanha presidencial foi do PT”, afirmou. Lula descartou ter sido informado por Valdemar que o PT não honrou o compromisso financeiro fechado na negociação eleitoral. |
Seis discursos, três dos quais de improviso, e nenhum plural exterminado, nenhum pontapé na gramática, nenhum raciocínio esganado pelo cérebro baldio, nenhuma frase perdida no deserto de neurônios - nenhuma agressão à lógica e ao idioma. Tanto bastaria para que se saudasse com fanfarras e fogos de artifício a festa de lançamento da candidatura presidencial de José Serra. Mas o conteúdo superou a forma, e a celebração política ocorrida em Brasília neste sábado excitou o Brasil que pensa com a sensação de que pode estar perto do fim a Era da Mediocridade instituída há mais de sete anos.
O presidente Lula atravessou o verão com Dilma Rousseff no colo e um par de certezas na cabeça: a oposição enfrentaria uma campanha inteira sem discurso e tentando esconder Fernando Henrique Cardoso. Acaba de descobrir que flutuou na estratosfera. Aplaudido de pé pela multidão, FHC foi louvado por todos os oradores, finalmente despertados para a evidência de que o presidente que venceu a inflação só é impopular entre milicianos petistas e cabeças contaminadas por versões companheiras da história do Brasil. A segunda fantasia foi rasgada ao longo do encontro e ficou em frangalhos com o pronunciamento de José Serra. A oposição tem discurso de sobra.
Quem não tem é Dilma, reafirmou a fala de Serra, radiografada com brilho e precisão por Reinaldo Azevedo no seu blog em VEJA.com. Na convenção do PT, a sucessora que Lula inventou produziu só mais um capítulo do Discurso sobre o Nada. Reverenciou seu Senhor particular mais de 60 vezes e prometeu que, se virar presidente, vai seguir disciplinadamente o caminho que ele ensinou — sejam quais forem o traçado e o destino. Neste sábado, em menos de uma hora, Serra escancarou o abismo que separa um político com história pessoal, biografia política e currículo administrativo de uma principiante de passado fosco, presente bisonho e futuro escurecido pelo perigo.
Desprovida de ideias próprias ou expropriadas, estreante em disputas eleitorais, Dilma anda produzindo platitudes, obviedades ou maluquices em quantidade suficiente para matar de tédio a mais gentil das plateias. Reduzida a apêndice de Lula, terá de enfrentar um adversário com sólida formação política, ampla autonomia de voo, larga milhagem em comícios, testado em muitas disputas eleitorais e capaz de dizer o que pretende com clareza e consistência.
Não é um panorama alentador para quem só precisou de uma viagem a Minas para oferecer a Aécio Neves a provocação que faltava para cimentar a parceria eleitoral com Serra com um discurso que, simultaneamente, implodiu outro equívoco de Lula. Convencido de que Aécio reprisaria a performance ambígua das eleições presidenciais anteriores, o Grande Estrategista decidiu que Dilma visitaria o túmulo de Tancredo Neves em São João del Rey e, no meio de alguma entrevista, proporia ao neto do homenageado a aliança promíscua.
Deu tudo errado, deixou claro Aécio neste sábado. Incisivo, contundente, lendo na memória o texto com requintes mineiríssimos, o melhor orador da festa lembrou os piores momentos da feroz oposição feita pela companheirada a Tancredo Neves, Itamar Franco e Fernando Henrique. Depois de cumprimentar Lula por ter mantido as linhas gerais da política econômica do antecessor, informou que o PT sempre colocou os interesses partidários acima dos interesses do país. Cumpre à oposição fazer o contrário.
Foi um discurso sem volta. Ainda que insista em disputar o Senado, Aécio vai comandar a campanha de Serra em Minas com a energia que faltou em 2002 e 2006. O neto de Tancredo aparentemente compreendeu que, desta vez, o triunfo individual talvez seja insuficiente para preservar o sonho de chegar ao cargo que o avô não pôde assumir.
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13 de abril de 2010
O Globo
Manchete: Floresta da Tijuca e Cristo são interditados sem prazo
Arruda sai da prisão 60 dias depois
Irã: China cede a Obama e isola Brasil
Dilma agora cria atritos no Ceará
Crime em GO põe em xeque benefício penal
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Folha de S. Paulo
Manchete: Homossexualismo tem laço com pedofilia, diz Vaticano
Foto legenda: Dois meses depois
Dilma nega ter criticado exilados e aponta 'má-fé'
Produtores de cana acusam usinas de cartel
Foto legenda: Aberto para reformas
Cúpula reforça solidez do diálogo do grupo Bric
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Brasil desafia pressões e garante crédito ao Irã
Arruda é solto após 2 meses
Pão de Açúcar e Casas Bahia se desentendem
Investimento da indústria crescerá 26%
Foto legenda: A vida, como num filme
Vaticano quer levar pedófilos à Justiça civil
Governo será parceiro da Oi na banda larga (págs. 1 e Economia B12)
Em SP, 17 mil pessoas vivem sobre lixões (págs. 1 e Cidades C1 e C3)
Arnaldo Jabor: Marcha à ré
Visão Global: Mensagem de esperança
Notas & Informações: A resposta ao 'nós e eles'
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Correio Braziliense
Mensalão: Lula admite que sabia
Laudo mostra que Adimar era sádico e violento
Metrô tomba e sai dos trilhos
Cameron vai à luta contra Belo Monte
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Valor Econômico
Manchete: Pão de Açúcar e Casas Bahia reveem fusão
Foto legenda: Por que não existe aqui?
Centrais disputam sindicatos
Dívidas de governos viram fundos
Remuneração nos bancos sobe 50%
Microsoft traz o Windows de 'aluguel'
Economia em movimento
Acordo pode favorecer negócio
Chocolate da Cosan
Déficit das autopeças
Renda agrícola
Campanha pelo etanol de cana
Inversões emergentes
Ideias
Ideias