Tardes de consumo nada sustentável
Integrantes de delegações estrangeiras aproveitam as brechas no horário para ir ao shopping e Marcela Temer assume papel de anfitriã das primeiras-damas
RIO — No intervalo dos debates sobre sustentabilidade, integrantes das comitivas dão um jeitinho de ir às compras e participar de eventos sociais na cidade. Desde segunda-feira, é grande o movimento de estrangeiros em shoppings da Zona Sul e de São Conrado, especialmente africanos, asiáticos e integrantes de delegações dos países do Oriente Médio. A maioria comprou bolsas, sapatos e joias.
Enquanto isso, Marcela Temer, mulher do vice-presidente Michel Temer, assumiu o papel de anfitriã, recepcionando as primeiras-damas estrangeiras em eventos. A programação começou com um almoço no barco de Eike Batista, na Escola Naval, seguido de um chá, um desfile de moda e outro de joias da H. Stern, no Palacio Itamaraty. À tarde, Marcela e as primeiras-damas visitaram a exposição "Amazônia", no Centro Cultural Banco do Brasil.
No final da tarde de quinta-feira, nada menos do que sete comitivas, a maioria do Oriente Médio, chegaram ao Shopping RioSul, em Botafogo. As lojas mais procuradas eram as populares e as de grandes redes. Seguidas por seguranças, iranianas de xador preto compraram roupas de cama numa loja do primeiro piso e artigos na Renner. O RioSul montou um esquema especial de segurança, em conjunto com a Polícia Federal e as Forças Armadas, para atender às delegações que entraram em contato com antecedência. Somente na quarta-feira passaram pelos corredores 12 comitivas, entre elas as da Hungria, da Zâmbia e das Ilhas Comores, segundo a assessoria do shopping.
Alguns grupos não deram aviso prévio. A embaixatriz da Nigéria, Precious Okoedion, aproveitou a hora do almoço para trocar dois pares de sapatos — um social e outro de festa — comprados em Brasília.
— Os calçados brasileiros estão entre os melhores do mundo — comentou a embaixatriz, que está envolvida numa série de $e projetos na cidade por conta da Rio+20.
Um grupo de índios brasileiros, com vestes e acessórios tradicionais, chamava a atenção quarta-feira no Fashion Mall.
— Eram uns três ou quatro com adereços indígenas — disse Kiki Simão, gerente de marketing do Fashion Mall.
Dona da Sara Joias, Laja Zylberman confirma o interesse de grupos do Oriente Médio e de africanos por joias:
— Recebemos várias delegações da África e do Oriente Médio no Fashion Mall. O recorde de vendas foi o pingente da Terra de pedra brasileira e ouro. Custa a partir de R$ 2 mil.
http://oglobo.globo.com/rio20/tardes-de-consumo-nada-sustentavel-5282900
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