sexta-feira, julho 20, 2012

''RIQUINHO RICO'' **



"Privacidade invadida"



Correio Braziliense - 20/07/2012
 

A legalidade da divulgação dos salários dos servidores na internet de forma nominal é um dos motivos que provocaram apreensão entre membros do Poder Judiciário. Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) já ter se manifestado favorável à publicação dos dados, alguns presidentes de tribunais de Justiça do país veem a medida de transparência imposta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como exagero.
Segundo o presidente do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, desembargador Marcus Faver, os órgãos cumprirão a norma, "embora muitos descordem". "Nem a lei nem a Constituição determinam isso. Há uma avaliação nos tribunais de que essa divulgação é indevida e invade a privacidade não só de magistrados, mas de servidores também", diz.
Marcus Faver avalia que não tem sentido social divulgar os salários dos servidores, mas acredita que a medida vai "ser boa, porque o Judiciário mostrará à sociedade que ganha muito menos do que se pensa".
Conselho
O CNJ divulgou, na noite de ontem, as remunerações dos seus funcionários, de forma nominal e individualizada, na internet. A disponibilização dos dados ocorreu à véspera de acabar o prazo que o próprio conselho estipulou para todos os tribunais do país publicarem os contracheques de funcionários e magistrados.
No site do órgão, foi disponibilizada a lista com os vencimentos, total e líquido, de todos os servidores, conselheiros, juízes auxiliares, colaboradores, aposentados e pensionistas. É possível fazer a busca por nome ou cargo, mas não há como exportar os dados para uma tabela Excel ou em formato PDF, por exemplo.
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(*) Personagem de história em quadrinhos (''gibis'').

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