Uma dupla do barulho
O desempenho da Caixa Econômica Federal no terceiro trimestre deste ano – com lucro recorde e consolidação da quarta maior carteira de crédito do país – explica o prestígio da instituição em praticamente todas as instâncias do governo federal e junto à clientela crescente e que tende a se ampliar ainda mais com a chegada da “nação corinthiana”. Hoje, a Caixa deve se tornar o principal patrocinador do Corinthians, numa parceria que deve durar até dezembro de 2014. O patrocínio, que deve ficar em torno de R$ 30 milhões ao ano segundo apurou Adriana Mattos, do Valor, é sem dúvida uma grande tacada de marketing.
Os números da Caixa no terceiro trimestre confirmam que a instituição fez a lição de casa. Seguiu à risca a orientação do Ministério da Fazenda, que atravessou boa parte deste ano pregando a expansão do crédito e a redução das taxas de juro, como uma das alavancas para o crescimento. Só a carteira de crédito aumentou 43% frente ao terceiro trimestre do ano passado, atingindo R$ 324,5 bilhões.
A instituição também multiplicou suas transações, agregando clientes, novatos no sistema bancário e um contingente que optou pela migração da conta corrente (de outros bancos) para aproveitar vantagens oferecidas pelo banco estatal a quem não tem faltado iniciativa e imaginação.
Com taxa de inadimplência do crédito total de 2,06%, mantendo-se estabilizada e abaixo do índice do Sistema Financeiro Nacional de 3,77%, a instituição desconhece a palavra calote e parece não ter qualquer intenção de passar esse tipo de experiência para os seus livros.
Recentemente, o banco estatal lançou o singular “Crédito com Pausa”. A novidade é uma espécie de programa que permite o equilíbrio do orçamento familiar nos meses com excesso de compromissos ou em uma situação de emergência, dando ao cliente a oportunidade de adiar o pagamento de uma parcela ou de incorporar esse pagamento ao seu contrato de financiamento.
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